sábado, 24 de outubro de 2015
Dez mentiras da direita sobre o BNDES
Foto: Joka Madruga/MST |
Vamos considerar que tudo tenha sido uma imensa coincidência: a Polícia Federal desvenda um megaesquema de corrupção na Petrobras, a maior empresa brasileira.
Ao esquema é atribuído o financiamento da coalizão governista: PT, PMDB e PP.
Vítima, a Petrobras, que controla o pré-sal, sai fortemente enfraquecida do escândalo. Vende parte de bens estratégicos: Gaspetro, BR Distribuidora, Transpetro.
Lula é o alvo do juiz de camisas negras
Por Rodrigo Vianna, em seu blog:
O retorno de Henrique Pizzolato ao Brasil, o bloqueio das contas de Eduardo Cunha na Suíça e a nova convocação da seleção de Dunga acabaram por deixar em segundo plano um fato que pode ser decisivo para o desfecho da crise política no Brasil: o STF negou habeas corpus que pedia a liberação de Marcelo Odebrecht, dono de empreiteira preso há quatro meses pelo juiz das camisas negras – Sérgio Moro.
O retorno de Henrique Pizzolato ao Brasil, o bloqueio das contas de Eduardo Cunha na Suíça e a nova convocação da seleção de Dunga acabaram por deixar em segundo plano um fato que pode ser decisivo para o desfecho da crise política no Brasil: o STF negou habeas corpus que pedia a liberação de Marcelo Odebrecht, dono de empreiteira preso há quatro meses pelo juiz das camisas negras – Sérgio Moro.
Quatro eleições na América Latina
Da Rede Brasil Atual:
Quatro países da América Latina terão um final de semana decisivo pela frente. Argentina, Guatemala, Haiti e Colômbia serão palco das eleições para presidente da República. Em sua coluna na Rádio Brasil Atual, o cientista político e sociólogo Emir Sader comenta as expectativas nas urnas desses locais.
Na Argentina, Daniel Scioli continua na frente nas pesquisas. Segundo Emir, existe uma margem de erro, mas aumenta a vantagem relativa, propiciando o favoritismo a Scioli no primeiro turno. “O candidato Francisco De Narváez, que era de direita, manifestou ao Scioli, é um elemento que ajuda a consolidar seu favoritismo. Se vencer é uma grande vitória de Cristina, mesmo não sendo o nome favorito dela.”
Na Argentina, Daniel Scioli continua na frente nas pesquisas. Segundo Emir, existe uma margem de erro, mas aumenta a vantagem relativa, propiciando o favoritismo a Scioli no primeiro turno. “O candidato Francisco De Narváez, que era de direita, manifestou ao Scioli, é um elemento que ajuda a consolidar seu favoritismo. Se vencer é uma grande vitória de Cristina, mesmo não sendo o nome favorito dela.”
O legado do kirchnerismo na Argentina
Por Lamia Oualalou, de Buenos Aires, no site Opera Mundi:
O prédio barra a vista. Cinza, gigantesco, fantasmagórico. Na década de 1950, o general Juan Domingo Perón queria edificar aí o hospital mais moderno da Argentina. Sua queda, depois de um golpe de Estado, acabou com o projeto. Hoje, as bases do edifício estão podres, não há água ou eletricidade. "Nós fechamos o acesso aos andares. Muitos jovens se encontravam lá para usar drogas e alguns deles, desorientados, caíram, já que as janelas nunca foram instaladas", explica a assistente social Graziana La Madrid. Ela aponta as barracas de madeira construídas ao redor do ex-hospital. Aqui moram as famílias mais pobres de Ciudad Oculta, a "cidade escondida" com mais de 60 mil habitantes, no coração de Buenos Aires.
Seu plano de saúde é uma farsa!
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Devo começar este texto relatando que a cirurgia a que minha mulher se submeteu na semana que finda foi um sucesso – os leitores desta página ficaram sabendo da extrema preocupação de minha família com o problema que ela teve na vesícula, sobretudo porque temos uma filha especial que depende da mãe como nós dependemos do ar que respiramos.
Devo começar este texto relatando que a cirurgia a que minha mulher se submeteu na semana que finda foi um sucesso – os leitores desta página ficaram sabendo da extrema preocupação de minha família com o problema que ela teve na vesícula, sobretudo porque temos uma filha especial que depende da mãe como nós dependemos do ar que respiramos.
Dinheiro público subsidia jornal e revista
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Tive uma treta no Twitter, outro dia, com um blogueiro da Veja, Felipe Moura Brasil.
O que mais me chamou a atenção foi a ignorância dele em relação às mamatas - nada capitalistas - concedidas pelo Estado às empresas jornalísticas.
É um desconhecimento brutal que se aplica, aparentemente, aos demais jornalistas das companhias de mídia.
Tive uma treta no Twitter, outro dia, com um blogueiro da Veja, Felipe Moura Brasil.
O que mais me chamou a atenção foi a ignorância dele em relação às mamatas - nada capitalistas - concedidas pelo Estado às empresas jornalísticas.
É um desconhecimento brutal que se aplica, aparentemente, aos demais jornalistas das companhias de mídia.
Barão lança núcleo no Vale do Paraíba
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Cumprindo seus objetivos e ampliando os espaços de luta pela democratização da mídia, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé acaba de instalar seu primeiro núcleo no interior do país, na região do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira - uma área que engloba 39 municípios e cerca de 3,5 milhões de habitantes, entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Alca e a resistência ao imperialismo
Por Igor Fuser, no site da CTB:
Na longa história da resistência dos movimentos sociais da América Latina às investidas do imperialismo, nenhuma campanha teve tanta importância, pelos seus resultados, quanto à mobilização continental contra a implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Essa campanha, que alcançou a vitória em 2005 com a rejeição da Alca na reunião de cúpula de Mar del Plata, impediu que os países latino-americanos fossem empurrados de volta a uma condição neocolonial, anulando todos os esforços de desenvolvimento econômico e social no século XX e inviabilizando qualquer projeto de avanço para o futuro.
Na longa história da resistência dos movimentos sociais da América Latina às investidas do imperialismo, nenhuma campanha teve tanta importância, pelos seus resultados, quanto à mobilização continental contra a implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Essa campanha, que alcançou a vitória em 2005 com a rejeição da Alca na reunião de cúpula de Mar del Plata, impediu que os países latino-americanos fossem empurrados de volta a uma condição neocolonial, anulando todos os esforços de desenvolvimento econômico e social no século XX e inviabilizando qualquer projeto de avanço para o futuro.
RBS/Globo e a propina de R$ 11,7 milhões
Por Najla Passos, no site Carta Maior:
Documentos sigilosos vazados nesta quinta (22) comprovam que o Grupo RBS, o conglomerado de mídia líder no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pagou R$ 11,7 milhões à SGR Consultoria Empresarial, uma das empresas de fachada apontadas pela Operação Zelotes como responsáveis por operar o esquema de tráfico de influência, manipulação de sentenças e corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), o órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga administrativamente os recursos das empresas multadas pela Receita Federal.
Documentos sigilosos vazados nesta quinta (22) comprovam que o Grupo RBS, o conglomerado de mídia líder no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pagou R$ 11,7 milhões à SGR Consultoria Empresarial, uma das empresas de fachada apontadas pela Operação Zelotes como responsáveis por operar o esquema de tráfico de influência, manipulação de sentenças e corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), o órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga administrativamente os recursos das empresas multadas pela Receita Federal.
Para quem populismo é palavrão?
Por Max Altman
O representante do Brasil no FMI, Otaviano Canuto, descartou em reunião da instituição em Lima, no começo deste mês, a possibilidade de o Brasil adotar políticas econômicas "populistas": “Há perfeita consciência do governo e da maior parte da oposição de que resvalar para políticas inconsequentes não é bom para ninguém", disse.
Em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’, ele afirmou que o Brasil não vai virar uma Argentina: “A Argentina teve uma profunda crise, derivada do desmonte de um regime extremamente rígido, que foi o currency board (paridade cambial da moeda local, o peso, com o dólar), que desaguou em uma crise política, para a qual a resposta de política econômica foi populista.”
O representante do Brasil no FMI, Otaviano Canuto, descartou em reunião da instituição em Lima, no começo deste mês, a possibilidade de o Brasil adotar políticas econômicas "populistas": “Há perfeita consciência do governo e da maior parte da oposição de que resvalar para políticas inconsequentes não é bom para ninguém", disse.
Em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’, ele afirmou que o Brasil não vai virar uma Argentina: “A Argentina teve uma profunda crise, derivada do desmonte de um regime extremamente rígido, que foi o currency board (paridade cambial da moeda local, o peso, com o dólar), que desaguou em uma crise política, para a qual a resposta de política econômica foi populista.”
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
MasterChef Júnior e a sexualização infantil
Por Carol Patrocinio, na revista CartaCapital:
Valentina tem 12 anos. Ela tem um corpo de uma menina de 12 anos de idade. Ela é loira, branquinha e age como uma menina de 12 anos de idade.
Valentina foi escolhida para participar do MasterChef Júnior junto com diversas outras crianças, meninos e meninas. O que separa Valentina de todas as outras crianças, por enquanto, não é seu talento na cozinha, mas a cultura do estupro que permite que homens adultos falem por aí como poderiam estuprar a garota.
Valentina foi escolhida para participar do MasterChef Júnior junto com diversas outras crianças, meninos e meninas. O que separa Valentina de todas as outras crianças, por enquanto, não é seu talento na cozinha, mas a cultura do estupro que permite que homens adultos falem por aí como poderiam estuprar a garota.
O governar tucano é fechar escolas?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Depois da decisão do governo de Geraldo Alckmin de fechar escolas, agora é o também tucano Beto Richa que planeja fechar escolas estaduais, noticia o jornal paranaense Gazeta do Povo.
Não uma ou outra, por justas razões operacionais ou de funcionalidade dos prédios. Nada menos que 150 delas, ou 7% das unidades escolares do Estado.
Chamam de “otimização”, enquanto a tendência mundial é a de aproveitar ao máximo o tempo e o espaço escolar para ampliar a formação dos jovens, porque vulneráveis às ruas, sobretudo os mais pobres.
Depois da decisão do governo de Geraldo Alckmin de fechar escolas, agora é o também tucano Beto Richa que planeja fechar escolas estaduais, noticia o jornal paranaense Gazeta do Povo.
Não uma ou outra, por justas razões operacionais ou de funcionalidade dos prédios. Nada menos que 150 delas, ou 7% das unidades escolares do Estado.
Chamam de “otimização”, enquanto a tendência mundial é a de aproveitar ao máximo o tempo e o espaço escolar para ampliar a formação dos jovens, porque vulneráveis às ruas, sobretudo os mais pobres.
O jogo do STF e a plateia catatônica
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
O país assiste ao circo de horrores das conspirações midiático-judiciais com um cansaço catatônico. Com o golpe parlamentar suspenso por tempo indeterminado, volta-se ao circo de sempre, com direito a um revival tedioso daquele que foi, por assim dizer, o golpismo originário: o julgamento farsesco do mensalão. Ao se recusar, por medo, tática e incompetência política (mais provavelmente os três juntos), a construir uma estratégia de combate a este golpismo, o PT e o governo deixaram a doença se espalhar e contaminar todo o Estado. Agora muitos procuradores e juízes querem fazer justiça com as próprias mãos e, para isso, dispensam provas e montam teorias ao sabor de seus desejos e rancores partidários.
O país assiste ao circo de horrores das conspirações midiático-judiciais com um cansaço catatônico. Com o golpe parlamentar suspenso por tempo indeterminado, volta-se ao circo de sempre, com direito a um revival tedioso daquele que foi, por assim dizer, o golpismo originário: o julgamento farsesco do mensalão. Ao se recusar, por medo, tática e incompetência política (mais provavelmente os três juntos), a construir uma estratégia de combate a este golpismo, o PT e o governo deixaram a doença se espalhar e contaminar todo o Estado. Agora muitos procuradores e juízes querem fazer justiça com as próprias mãos e, para isso, dispensam provas e montam teorias ao sabor de seus desejos e rancores partidários.
É preciso defender o Bolsa Família agora
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Ameaçado por um corte de R$ 10 bilhões no orçamento de 2016, todo esforço em defesa do Bolsa Família será pequeno enquanto houver qualquer tipo de ameaça a um programa que tirou o país do mapa da Fome da ONU e atende 13 milhões de famílias que residem na fronteira da pobreza brasileira.
Não há truque retórico possível para se defender qualquer redução nos recursos de um programa que ganha urgência e atualidade na medida em que a crise econômica começa a assumir uma face dolorosa e feroz. A simples hipótese de que se cogite cortar 35% das verbas já é um escândalo em si.
Ameaçado por um corte de R$ 10 bilhões no orçamento de 2016, todo esforço em defesa do Bolsa Família será pequeno enquanto houver qualquer tipo de ameaça a um programa que tirou o país do mapa da Fome da ONU e atende 13 milhões de famílias que residem na fronteira da pobreza brasileira.
Não há truque retórico possível para se defender qualquer redução nos recursos de um programa que ganha urgência e atualidade na medida em que a crise econômica começa a assumir uma face dolorosa e feroz. A simples hipótese de que se cogite cortar 35% das verbas já é um escândalo em si.
FHC e grande mídia: relações perigosas
Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:
Registrados em um gravador relatos cotidianos das experiências que vivia entre 1995 e 2002, na cadeira do Palácio do Planalto, o então presidente Fernando Henrique Cardoso narrou bastidores da sua agenda. Em um dos episódios, publicados em "Diários da Presidência" (Companhia das Letras), FHC conta a sua estrita relação com as Organizações Globo, por meio de Ali Kamel e de Roberto Marinho, e também de Otávio Frias Filho, que controla o grupo Folha.
Registrados em um gravador relatos cotidianos das experiências que vivia entre 1995 e 2002, na cadeira do Palácio do Planalto, o então presidente Fernando Henrique Cardoso narrou bastidores da sua agenda. Em um dos episódios, publicados em "Diários da Presidência" (Companhia das Letras), FHC conta a sua estrita relação com as Organizações Globo, por meio de Ali Kamel e de Roberto Marinho, e também de Otávio Frias Filho, que controla o grupo Folha.
Pacote de crédito: qual a novidade?
Por João Sicsú, no jornal Brasil de Fato:
O governo está lançando “pacotes” creditícios de juros abaixo do mercado através dos bancos públicos para grandes empresas – para que possam enfrentar as dificuldades do ambiente recessivo. A contrapartida é que as empresas tomadoras do crédito não poderão demitir trabalhadores. É algo anunciando como se fosse uma novidade.
Primeiro, é preciso lembrar que o governo faz a recessão com suas políticas monetária e fiscal e, ao mesmo tempo, lança com a outra mão pacotes creditícios. O governo eleva os juros da taxa Selic. Isso faz com que empresários prefiram o investimento financeiro ao produtivo. Compram títulos públicos e não compram máquinas. Mais: o governo corta quase 80 bilhões de reais de gastos previstos no seu orçamento. Isso gera desemprego de forma imediata.
O governo está lançando “pacotes” creditícios de juros abaixo do mercado através dos bancos públicos para grandes empresas – para que possam enfrentar as dificuldades do ambiente recessivo. A contrapartida é que as empresas tomadoras do crédito não poderão demitir trabalhadores. É algo anunciando como se fosse uma novidade.
Primeiro, é preciso lembrar que o governo faz a recessão com suas políticas monetária e fiscal e, ao mesmo tempo, lança com a outra mão pacotes creditícios. O governo eleva os juros da taxa Selic. Isso faz com que empresários prefiram o investimento financeiro ao produtivo. Compram títulos públicos e não compram máquinas. Mais: o governo corta quase 80 bilhões de reais de gastos previstos no seu orçamento. Isso gera desemprego de forma imediata.
Lava-Jato causa vergonha alheia
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Não tivéssemos no Brasil uma imprensa que há muito abdicou de qualquer princípio jornalístico em nome de um nível de partidarização indecente, uma pauta óbvia para matérias de fôlego seria a absurda quantidade de delatores no processo da Lava Jato.
Salvo engano, já são 32 acusados que se transformaram em delatores. Isso não encontra paralelo em nenhum outro processo da história do direito romano e e ocidental. O que pensar de uma investigação na qual só existem os que apontam o dedo acusador ?
Não tivéssemos no Brasil uma imprensa que há muito abdicou de qualquer princípio jornalístico em nome de um nível de partidarização indecente, uma pauta óbvia para matérias de fôlego seria a absurda quantidade de delatores no processo da Lava Jato.
Salvo engano, já são 32 acusados que se transformaram em delatores. Isso não encontra paralelo em nenhum outro processo da história do direito romano e e ocidental. O que pensar de uma investigação na qual só existem os que apontam o dedo acusador ?
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