sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O porrete e o vira-lata

Por Mauro Santayana, em seu blog:

No momento em que se levantam, novamente, as vozes do neoliberalismo tupiniquim, exigindo uma rápida abertura comercial do Brasil para o exterior, e o PMDB inclui, em seu documento Uma Ponte para o Futuro, a necessidade do Brasil estabelecer acordos comerciais com a Europa e os EUA, lembrando a iminência e a imposição “histórica” do Acordo Transpacífico, e em que mídia tradicional segue com sua insistência em defender como modelo a ridícula Aliança do Pacífico, a União Européia - depois de enrolar, durante anos, nas negociações com o Mercosul - parece que vai simplesmente “congelar” as negociações entre os dois blocos nesta sexta-feira.

Delação de Delcídio é questão de tempo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O senador Delcídio Amaral está longe de ser um dirigente ou um quadro partidário.

Sempre foi um outsider da política que se movia por interesses próprios. E agora, descobriu-se, também privados.

Uma pessoa com essa característica não tem compromisso com projetos e nem com coletivos, mas com sua pele.

A banalização da prisão preventiva

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A banalização da prisão preventiva e a insensibilidade em relação aos impactos das investigações sobre a economia estão levando o país a uma situação de risco.

Não tenho a menor razão para ter simpatia pelo banqueiro André Esteves, muito pelo contrário. E espero que as investigações sobre o CARF revelem seus métodos.

Mas a autorização para sua prisão pelo Ministro Teori Zavaski a pedido do Procurador Geral da República Rodrigo Janot por conta de um mera gravação de conversa de Delcídio do Amaral comprova a perda de rumo de duas pessoas centrais para manter o equilíbrio no aparato repressivo. Ainda mais em uma quadra de profundo vácuo de poder no Executivo.

Brasil já vive estado de exceção

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Bepe Damasco, em seu blog:                                      

É claro que o modelo de estado de exceção em vigor hoje no Brasil não tem nada a ver com o tradicional. Não é preciso intervenção militar, nem fechamento de Congresso Nacional nem censura prévia à imprensa. Tampouco é necessário se recorrer à tortura, ao sequestro e ao assassinato de adversários do regime. A desmoralização do estado democrático de direito versão 2015 não requer também cerceamentos formais do direito à livre manifestação e à ampla liberdade de organização partidária.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Mídia esconde 'relações perigosas' de Bumlai

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Em mais uma fase da Operação Lava Jato foi preso preventivamente o pecuarista José Carlos Bumlai, na manhã de ontem (24). O Ministério Público afirma que as delações premiadas justificam a prisão. A defesa de Bumlai afirma que o empresário tem como provar com documentos que os delatores mentiram no caso dele.

As manchetes da imprensa tradicional usaram e abusaram da expressão "amigo de Lula" para se referir ao empresário preso, numa tentativa de mais uma vez associar o ex-presidente a denúncias de corrupção. Se depender da leitura das manchetes o pecuarista está preso por ser "amigo de Lula", tamanha a ênfase dada. Apesar disso, os próprios procuradores da força-tarefa que prenderam o pecuarista afirmaram claramente, em entrevista coletiva, que não há nenhuma prova contra o ex-presidente.

Lava-Jato investigará o ex-sócio de Serra?

Da revista CartaCapital:

Um desdobramento das gravações que colocaram na cadeia o senador petista Delcídio do Amaral (MS) e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, pode abrir uma nova frente de ação para a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Na semana passada, foi tornado público depoimento do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, no qual ele cita a empresa Iberbras como receptora de parte da propina de 15 milhões de dólares que viabilizou a venda da refinaria de Pasadena, nos EUA, da belga Astra Oil para a Petrobras.

Como mostrou CartaCapital, a Iberbras leva ao nome de Gregório Marin Preciado, um espanhol radicado no Brasil e investigado na CPI do Banespa.

Argentina: no caminho do inferno

Por Guadi Calvo, no site Vermelho:

Por fim a dúvida que pairava sobre os argentinos se esclareceu: o próximo presidente do país será o ultraliberal Mauricio Macri. À luz dos resultados do último domingo (25), deixa-se claro uma coisa: nada, mas nada pode ser dado por certo.

A mínima diferença entre as duas forças – um com 51,40% e o outro com 48,60% – deixa bem claro que o famoso boato que anunciava que o kirchnerismo estava acabando não está certo, ele segue muito vivo e é muito difícil que comece a ruir, principalmente se o novo presidente insistir com suas políticas de arrasar com tudo que foi construído nos 12 anos.

#MinhaAmigaSecreta e os atos machistas

Ilustração extraída do site: Geledés
Por Lia Bianchini, no blog O Cafezinho:

Desde terça-feira (24), as redes sociais têm sido inundadas de textos e mensagens da campanha #MeuAmigoSecreto, uma onda criada por mulheres para denunciar atos machistas cotidianos que são cobertos com o véu da normalidade.

A campanha surgiu na véspera do Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher e vem dando voz, principalmente, a um aspecto quase esquecido da realidade feminina: a violência psicológica. Grande parte dos depoimentos denunciam relacionamentos abusivos, gaslighting, silenciamento em espaços políticos, racismo e lesbofobia.

Para a mídia, Aécio Neves não tem amigos

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O senador Aécio Neves é um homem sem amigos, para a imprensa.

Ele não é amigo de Perrela, o homem em cujo helicóptero foi encontrada meia tonelada de pasta de cocaína.

Ele também não é amigo de Andre Esteves, o banqueiro preso hoje na Lava Jato.

Em contraste, Lula, segundo a mídia, é um homem cheio de amigos. Você é informado ubiquamente em jornais e revistas, por exemplo, que ele é amigo de um pecuarista preso na Lava Jato como o banqueiro Esteves.

Delcídio: morte súbita e velório no Senado

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Em 33 anos de cobertura e acompanhamento das atividades do Congresso eu pensava já ter visto acontecer tudo o que é possível na política. Na manhã desta quarta-feira, entretanto, o espanto me pegou no trânsito pelas ondas do rádio. A notícia de que o senador Delcídio Amaral fora preso pouco antes pela Operação Lava Jato foi como o aviso da morte súbita de alguém conhecido. Esta morte política repentina, singular e inesperada seria muito lamentada à noite na sessão do Senado que lembrava um velório.

'Vale' comete crime e quem protesta é preso

Do site do MST:

O MST vem a público denunciar e repudiar veementemente a prisão de quatro jovens do movimento após uma intervenção na Câmara dos Deputados Federais em solidariedade às vítimas de Mariana e contra o novo Código da Mineração, nesta quarta-feira (25), em Brasília, ao denunciarem o crime ambiental causado pela mineradora Samarco e a Vale.

Delcídio Amaral, o mais tucano dos petistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Delcídio do Amaral Gómez, que acaba de ser preso pela Operação Lava Jato sob razões incontestáveis, trabalhou para a Shell quando morou na Europa – nos últimos meses, vinha defendendo projeto de José Serra que, na prática, entrega o pré-sal.

Em março de 1994 (governo FHC), ocupou a secretaria executiva do Ministério das Minas e Energia. No final do governo Itamar Franco, foi ministro de Minas e Energia.

Delcídio foi filiado ao PSDB de 1998 a 2001. Fez parte da diretoria de Gás e Energia da Petrobrás durante o Escândalo do apagão, a crise de energia de 2000/2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

O lado invisível do terrorismo

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

I. Os recentes e trágicos atentados terroristas cometidos na França voltaram a colocar em debate, no chamado Ocidente e no Brasil, a questão do terrorismo.

II. Entretanto, é fácil constatar que tal debate está muito centrado no terrorismo que afeta eventualmente países ocidentais. Também é visível que se desenvolveu um senso comum em torno do tema, o qual impede ou distorce análises mais abrangentes, equilibradas e realistas sobre o fenômeno.

A aula de cidadania nas escolas ocupadas

Por Isabela Cristina Coev Hornos, no site Carta Maior:

Há alguns dias, várias escolas públicas estaduais de São Paulo estão sendo ocupadas por estudantes que são contra a política de “Reorganização Escolar” realizada pelo governador Geraldo Alckmin.

A chamada “reorganização”, sob o pretexto de organizar alunos e alunas em ciclos de estudos e faixas etárias, está fechando mais de 94 escolas da rede estadual, além de transferir vários estudantes de suas escolas atuais. Na realidade, não passa de uma estratégia descarada de corte de gastos públicos onde mais deveria existir investimento: educação. Tanto é assim, que a maior parte das escolas fechadas na região metropolitana de São Paulo seguem o modelo defendido pelo governo e estão sendo fechadas da mesma forma.

O avião russo e o mundo próximo à guerra

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O fantasma de uma guerra global voltou a se manifestar esta manhã, quando dois aviões de caça turcos dispararam contra um bombardeiro russo, que atacava instalações militares do Califado Islâmico na Síria. O avião, que voava próximo à fronteira sírio-turca (há controvérsias sobre a localização exata) foi derrubado e destruído. Os dois pilotos ejetaram-se da cabine, mas foram capturados e mortos por terroristas. A Turquia integra a OTAN, aliança militar dirigida pelos EUA. É a primeira vez, desde os anos 1950, que ocorre uma escaramuça de tal natureza entre duas potências nucleares. Ainda não se sabe como reagirá Moscou (Vladimir Putin considerou-se “apunhalado pelas costas”), mas num mundo à beira de um ataque de nervos as consequências podem ser dramáticas. Por que a Turquia agiu deste modo? Quais podem ser os desdobramentos?

O roteiro do suicídio político do PT

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Como escrevemos anteriormente, aqui e no Facebook, o mar de lama da Samarco teve também uma dimensão simbólica.

Explicitou que a captura das instituições públicas brasileiras pelo poder econômico é absoluta.

A Samarco disse que a lama não era tóxica, que estava “monitorando” a enxurrada, etc. etc.

A empresa e uma de suas controladoras, a Vale, assumiram papeis que cabiam ao Estado, dentre os quais distribuir água.

André Esteves doou R$ 500 mil a Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sobre as simpatias do banqueiro preso, André Esteves, na coluna de meu bom companheiro Fernando Molica, em O Dia, no dia 12 de outubro passado, que só a memória implacável dos 79 anos do professor Nílson Lage recordaria:

Dono do BSI, banco suíço em que Eduardo Cunha também teria conta, o banco brasileiro BTG Pactual doou, em 2014, R$ 500 mil para a campanha do hoje presidente da Câmara dos Deputados. A existência da conta foi revelada pelo Ministério Público suíço. Segundo relatório de Cunha apresentado ao TSE, a doação ocorreu no dia 11 de agosto. O dinheiro foi entregue pelo BTG ao PMDB, que o repassou para a campanha do deputado. Em 14 de julho, 28 dias antes, o banco brasileiro anunciara a assinatura de acordo para a compra do BSI.

Prisão do senador Delcídio é um erro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao decidir por 59 votos a 13 que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) deve permanecer em prisão preventiva, conforme resolução aprovada por unanimidade pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, o Senado brasileiro preferiu jogar para a plateia da justiça do espetáculo em vez de defender páginas mais honradas de sua história. Só para você ter uma ideia. Ao escrever a petição ao STF onde pedia a prisão do senador, o Procurador Geral da República admite que o pedido poderia ser recusado e até ser considerado uma medida descabida "em razão da vedação constitucional." Está lá, na página 44 da petição.

SC realiza encontro de ativistas digitais

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Está programado para a próxima sexta-feira (27), no Auditório Elke Hering, da Biblioteca Universitária da UFSC - Campus da Trindade, em Florianópolis, o 1º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais de Santa Catarina. A proposta é discutir o processo de democratização da mídia no contexto das novas tecnologias e o aparecimento de novos atores no campo da comunicação.

"Somos a geração da esperança"

Foto: Jornalistas Livres
Enviado por Ana Flávia Marx

Caros e Caras,

Esse texto é fruto de uma oficina de comunicação que o Barão de Itararé realizou em uma escola. Me comprometi com os estudantes que divulgaria para o máximo de pessoas, blogs e sites. Peço que me ajudem nesta tarefa, por favor.

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Somos a geração da esperança

Decidimos escrever esse texto para esclarecer alguns pontos sobre as ocupações das escolas públicas que não são mostrados pela mídia.