segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Sem-teto cresce 86%... em Nova York
Por Altamiro Borges
Na véspera da virada do ano, mais de 57 mil pessoas dormiram em abrigos públicos em Nova York, um dos maiores símbolos do império capitalista. Esta grave denúncia, publicada na edição brasileira do diário espanhol El País, dificilmente será destaque no Jornal Nacional da TV Globo. Afinal, para a mídia colonizada, com o seu complexo de vira-lata, os EUA são o paraíso na terra. Não é para menos que tantos ricaços têm comprado mansões em Miami, "apesar da crise". Já o Brasil, que insiste em reeleger os "populistas de esquerda", é o inferno no mundo, garantem os vira-latas de plantão. Vale conferir a reportagem da jornalista Amanda Mars:
Filho do presidente do TCU é investigado
Por Altamiro Borges
A oposição golpista - tendo à frente o senil FHC, o cambaleante Aécio Neves e o psicopata Eduardo Cunha - ainda aposta todas as suas fichas no parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os gastos do governo Dilma em 2014. Após a derrota no STF da "comissão do impeachment" articulada pelo presidente da Câmara Federal e do relatório do TSE que sugere a "aprovação com ressalvas" dos gastos de campanha da petista, o caminho que sobrou para os golpistas é o da rejeição das contas de Dilma pelo TCU. O problema é que a cada dia surgem novas denúncias sobre os integrantes "éticos" deste órgão "fiscalizador", que reúne inúmeros políticos velhacos e oportunistas.
TV Câmara censura críticas a Cunha
Gozando da impunidade garantida pela Justiça e da blindagem de alguns setores da mídia golpista, o correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, segue aprontando das suas. Ele é partidário da tática de que a melhor defesa é o ataque. Na semana passada, deputados se queixaram que tiveram suas falas editadas pela TV Câmara - hoje totalmente dominada por serviçais do lobista. Segundo relato do site da revista Época neste domingo (3), "o programa Fatos e Opiniões foi editado para excluir comentários negativos contra o presidente da casa, Eduardo Cunha".
Retrocessos ameaçam a América Latina
Por Frei Betto, no site Pátria Latina:
A vitória eleitoral de Macri, novo presidente da Argentina, é mais um passo da América Latina rumo ao neoconservadorismo. O processo de desmonte das políticas neoliberais, tão em voga nas décadas de 1980 e 1990, teve início com a eleição de Chávez na Venezuela, em 1998.
Em seguida, foram eleitos vários presidentes progressistas: Lula no Brasil, Lugo no Paraguai, Zelaya em Honduras, Funes em El Salvador, Bachelet no Chile, Morales na Bolívia e Mujica no Uruguai. Cuba e Nicarágua foram pioneiras nesse processo.
A vitória eleitoral de Macri, novo presidente da Argentina, é mais um passo da América Latina rumo ao neoconservadorismo. O processo de desmonte das políticas neoliberais, tão em voga nas décadas de 1980 e 1990, teve início com a eleição de Chávez na Venezuela, em 1998.
Em seguida, foram eleitos vários presidentes progressistas: Lula no Brasil, Lugo no Paraguai, Zelaya em Honduras, Funes em El Salvador, Bachelet no Chile, Morales na Bolívia e Mujica no Uruguai. Cuba e Nicarágua foram pioneiras nesse processo.
domingo, 3 de janeiro de 2016
O polêmico artigo de Dilma na 'Folha'
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
A primeira treta de 2016 já está no ar. No centro está um artigo que Dilma escreveu para a Folha a propósito do Ano Novo.
A questão é: Dilma apanhou tanto da Folha, e é assim que ela responde?
Para mim, trata-se de um modelo mental obsoleto. Dilma enxerga a mídia ao velho modo – jornais e revistas impressos, rádios e televisão.
A internet, nesta ótica, é uma coisa exótica e para poucos.
A primeira treta de 2016 já está no ar. No centro está um artigo que Dilma escreveu para a Folha a propósito do Ano Novo.
A questão é: Dilma apanhou tanto da Folha, e é assim que ela responde?
Para mim, trata-se de um modelo mental obsoleto. Dilma enxerga a mídia ao velho modo – jornais e revistas impressos, rádios e televisão.
A internet, nesta ótica, é uma coisa exótica e para poucos.
Dilma pode dar uma guinada à esquerda
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
O cerco ao governo Dilma Rousseff, a Lula e ao PT está chegando a um ponto que pode provocar uma reviravolta inédita na política. E isso não é suposição. Quem conhece os petistas sabe que não existe hipótese de aceitarem o golpe. E o que se nota na oposição midiática é que ela não aceita esperar por 2018.
Apesar de o impeachment ter sido dificultado pelo STF, há um fato que não pode ser mudado: as medidas de ajuste fiscal vão fazer a vida do brasileiro piorar antes de melhorar. Sindicatos e movimentos sociais não vão ter como explicar às suas bases que é preciso ajustar as contas públicas, e que os mais pobres terão que dar sua contribuição.
O cerco ao governo Dilma Rousseff, a Lula e ao PT está chegando a um ponto que pode provocar uma reviravolta inédita na política. E isso não é suposição. Quem conhece os petistas sabe que não existe hipótese de aceitarem o golpe. E o que se nota na oposição midiática é que ela não aceita esperar por 2018.
Apesar de o impeachment ter sido dificultado pelo STF, há um fato que não pode ser mudado: as medidas de ajuste fiscal vão fazer a vida do brasileiro piorar antes de melhorar. Sindicatos e movimentos sociais não vão ter como explicar às suas bases que é preciso ajustar as contas públicas, e que os mais pobres terão que dar sua contribuição.
Estadão "descobre" o elo Cunha-Temer
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O Brasil tem uma coisa original na imprensa.
É o “todo mundo sabe, mas só quando interessa vira notícia”.
O Estadão dominical “descobre” que uma emenda de Eduardo Cunha a uma Medida Provisória de 2012 que estabeleceu novas regras para a gestão dos portos no país favoreceu um doador de campanha do vice-presidente, Michel Temer.
O Brasil tem uma coisa original na imprensa.
É o “todo mundo sabe, mas só quando interessa vira notícia”.
O Estadão dominical “descobre” que uma emenda de Eduardo Cunha a uma Medida Provisória de 2012 que estabeleceu novas regras para a gestão dos portos no país favoreceu um doador de campanha do vice-presidente, Michel Temer.
O ressurgimento do fascismo no mundo
Por Umair Haque, no Observatório da Imprensa:
Pensamos que ele tinha desaparecido de vez. Foi um engano. Eis aqui por que.
Veja um pequeno exercício de reflexão. Se no natal passado eu lhe tivesse dito que o principal candidato a presidente do país mais poderoso do mundo tivesse dito, abertamente, que concordava com a venda de armas, com campos de concentração, com proibições extrajudiciais e com direitos de sangue, a menos que você fosse um sócio atuante da Internacional dos Teóricos da Conspiração, você provavelmente teria dado uma gargalhada na minha cara.
Veja um pequeno exercício de reflexão. Se no natal passado eu lhe tivesse dito que o principal candidato a presidente do país mais poderoso do mundo tivesse dito, abertamente, que concordava com a venda de armas, com campos de concentração, com proibições extrajudiciais e com direitos de sangue, a menos que você fosse um sócio atuante da Internacional dos Teóricos da Conspiração, você provavelmente teria dado uma gargalhada na minha cara.
Na crise, o Brasil entra em oferta
Por Juliana Elias, na revista CartaCapital:
Com a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, em 7 de dezembro, da aquisição da divisão de beleza do grupo brasileiro Hypermarcas, a francesa Coty, dona de 47 marcas em 40 países, “deu mais um passo para se tornar uma companhia desafiadora e líder global em beleza”, conforme anunciou o presidente Bart Becht, no fechamento do negócio de 1 bilhão de dólares, ou 3,8 bilhões de reais.
Direita retoma espaço na América do Sul
Se considerarmos os recentes processos eleitorais em vários países da América do Sul e em diferentes esferas governamentais, os resultados favoreceram a direita. Na eleição presidencial argentina venceu o candidato Mauricio Macri do Partido Proposta Republicana (PRO), de direita, e na eleição legislativa venezuelana a Mesa de Unidade Democrática (MUD), de oposição ao governo bolivariano, elegeu a maioria dos deputados da Assembleia Nacional.
O golpe do impeachment no Brasil
Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:
O ano de 2015 termina marcado pelas diversas tentativas da oposição de golpear a democracia brasileira e prejudicar o país, desejando o agravamento da crise política e do cenário econômico. O impeachment, o parecer do TCU, o pedido de recontagem de votos do PSDB ao TSE, todos são parte de uma estratégia da oposição que busca deslegitimar a vitória da Presidenta Dilma, obtida nas urnas, entre outras tentativas fracassadas daqueles que ainda não se conformaram com o resultado das eleições.
O salário mínimo e o fim da Era Levy
Por Najla Passos, no site Carta Maior:
Os jornalões falam em “rombo nas contas públicas”, “endividamento do Estado” e “tentativa de recuperação da sua base social”. Mas o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) afirma que a decisão do governo Dilma de apostar na Política de Valorização do Salário Mínimo como saída para a crise vai injetar R$ 57 bilhões na economia.
O raciocínio é relativamente simples: estima-se que 48,3 milhões de brasileiros têm rendimento referenciado no salário mínimo que, a partir de 1º de janeiro, passará a valer R$ 880, ao invés dos atuais R$ 788. Com mais dinheiro no bolso, as pessoas poderão gastar mais, o que irá gerar um incremento de R$ 30,7 bilhões na arrecadação tributária sobre o consumo. Isso, é claro, além do que será gasto em bens e serviços.
Os jornalões falam em “rombo nas contas públicas”, “endividamento do Estado” e “tentativa de recuperação da sua base social”. Mas o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) afirma que a decisão do governo Dilma de apostar na Política de Valorização do Salário Mínimo como saída para a crise vai injetar R$ 57 bilhões na economia.
O raciocínio é relativamente simples: estima-se que 48,3 milhões de brasileiros têm rendimento referenciado no salário mínimo que, a partir de 1º de janeiro, passará a valer R$ 880, ao invés dos atuais R$ 788. Com mais dinheiro no bolso, as pessoas poderão gastar mais, o que irá gerar um incremento de R$ 30,7 bilhões na arrecadação tributária sobre o consumo. Isso, é claro, além do que será gasto em bens e serviços.
2016 começa com mais uma chacina em SP
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Quatro jovens morreram e um ficou ferido na primeira chacina do ano em São Paulo, no município de Guarulhos. Adriano Silva Araújo (28), Francisco Pereira Caetano (23), Hermes Inácio Moreira (19) e Leonardo José de Souza (23) foram executados em um bar na Vila Galvão.
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, quando a perícia técnica chegou ao local, não havia nenhuma cápsula ou projétil em frente ao bar. A Polícia Civil investiga se os assassinatos seriam uma forma de vingança pela morte de um policial militar ocorrido na semana passada.
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, quando a perícia técnica chegou ao local, não havia nenhuma cápsula ou projétil em frente ao bar. A Polícia Civil investiga se os assassinatos seriam uma forma de vingança pela morte de um policial militar ocorrido na semana passada.
A privatização da política no Brasil
Por Luciano Rezende, no site da Fundação Maurício Grabois:
Provavelmente a prática política nunca foi tão agredida como na atualidade. O orgulho que deveríamos ter por sermos agentes políticos da transformação dá lugar ao sentimento de ojeriza a tudo que esteja associado a governos, partidos políticos ou movimentos sociais.
O ataque à política em geral e aos partidos de esquerda em particular faz parte de uma ação bem orquestrada pelo neoliberalismo. Da mesma forma quando querem abocanhar alguma empresa pública e tratam de enlamear o seu nome perante a opinião pública - tornando-a símbolo de corrupção e corporativismo para que os governos neoliberais tenham justificativas para entregá-las de mãos beijadas ao mercado -, fazem o mesmo com a política. Seu objetivo principal e fazer com que os governos sejam geridos por técnicos profissionalizados e indicados pelo mercado.
Provavelmente a prática política nunca foi tão agredida como na atualidade. O orgulho que deveríamos ter por sermos agentes políticos da transformação dá lugar ao sentimento de ojeriza a tudo que esteja associado a governos, partidos políticos ou movimentos sociais.
O ataque à política em geral e aos partidos de esquerda em particular faz parte de uma ação bem orquestrada pelo neoliberalismo. Da mesma forma quando querem abocanhar alguma empresa pública e tratam de enlamear o seu nome perante a opinião pública - tornando-a símbolo de corrupção e corporativismo para que os governos neoliberais tenham justificativas para entregá-las de mãos beijadas ao mercado -, fazem o mesmo com a política. Seu objetivo principal e fazer com que os governos sejam geridos por técnicos profissionalizados e indicados pelo mercado.
2016 pode acabar menos ruim do que 2015
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Acho perfeitamente possível imaginar um 2016 menos ruim do que 2015.
Duas decisões recentes - o decreto que elevou o salário mínimo em 11% e a abertura de facilidades para o acesso de Estados e municípios ao crédito externo - mostram isso.
Não se deve exagerar o impacto dessas decisões na vida real dos brasileiros. Até porque elas vêm acompanhadas de medidas em outra direção, como o veto presidencial ao reajuste do Bolsa Família para cobrir perdas inflacionárias, e a retomada no debate sobre mudanças na Previdência Social.
Acho perfeitamente possível imaginar um 2016 menos ruim do que 2015.
Duas decisões recentes - o decreto que elevou o salário mínimo em 11% e a abertura de facilidades para o acesso de Estados e municípios ao crédito externo - mostram isso.
Não se deve exagerar o impacto dessas decisões na vida real dos brasileiros. Até porque elas vêm acompanhadas de medidas em outra direção, como o veto presidencial ao reajuste do Bolsa Família para cobrir perdas inflacionárias, e a retomada no debate sobre mudanças na Previdência Social.
sábado, 2 de janeiro de 2016
A mais difícil eleição da história do PT
Por Renato Rovai, em seu blog:
Se o ano começa duro e difícil para o governo Dilma, que tem a tarefa de afastar do cenário a possibilidade de impeachment ao mesmo tempo que enfrenta uma profunda crise econômica, quem vai ter de encarar o desafio mais difícil de 2016 é o partido da presidenta que disputará a mais dura batalha eleitoral de sua história.
De Dilma aos Frias, com carinho!
O artigo da presidenta Dilma Rousseff com desejos de um feliz 2016 a todos brasileiros e brasileiras foi, primeiro, publicado na Folha de S.Paulo.
A mesma Folha que, há três meses, fez um editorial intitulado "Última chance", no qual exigia a saída dela, de forma desrespeitosa e degradante.
A mesma Folha da ficha falsa, da campanha eleitoral de 2010.
'The Economist' e o umbigo inglês
Por Mauro Santayana, em seu blog:
Como os abutres, que nas planícies da África avançam sobre a carniça quando as hienas se distraem, tem gente festejando a matéria sobre o Brasil da The Economist desta semana, mostrando uma Dilma Roussef cabisbaixa na capa.
Como faz com qualquer país que não reze segundo a cartilha neoliberal anglo-saxã, do tipo “faça o que eu digo, não o que eu faço”, The Economist alerta que o Brasil enfrenta um “desastre político e econômico”, cita o rebaixamento do país pela Fitch e pela Standard and Poors – mas não diz que essas agências foram incapazes de prever a crise que se abateu sobre os EUA e a Europa, Inglaterra incluída, em 2008, a ponto de terem sido multadas por incompetência e por enganar investidores – e conclui criticando o déficit previsto para nosso país em 2014, sem citar – aliás, como faz a imprensa conservadora tupiniquim - as reservas internacionais brasileiras, de 370 bilhões de dólares, o equivalente a 1 trilhão, 480 bilhões de reais.
Como os abutres, que nas planícies da África avançam sobre a carniça quando as hienas se distraem, tem gente festejando a matéria sobre o Brasil da The Economist desta semana, mostrando uma Dilma Roussef cabisbaixa na capa.
Como faz com qualquer país que não reze segundo a cartilha neoliberal anglo-saxã, do tipo “faça o que eu digo, não o que eu faço”, The Economist alerta que o Brasil enfrenta um “desastre político e econômico”, cita o rebaixamento do país pela Fitch e pela Standard and Poors – mas não diz que essas agências foram incapazes de prever a crise que se abateu sobre os EUA e a Europa, Inglaterra incluída, em 2008, a ponto de terem sido multadas por incompetência e por enganar investidores – e conclui criticando o déficit previsto para nosso país em 2014, sem citar – aliás, como faz a imprensa conservadora tupiniquim - as reservas internacionais brasileiras, de 370 bilhões de dólares, o equivalente a 1 trilhão, 480 bilhões de reais.
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