terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Francisco provoca a hierarquia católica

Por Mauro Lopes, no site Outras Palavras:

O discurso do Papa para os bispos mexicanos neste sábado foi surpreendente — mas Francisco não se cansa de surpreender. A chave de leitura para compreender o que ele disse ao episcopado mexicano é o seu duríssimo discurso à Cúria romana no fim de dezembro de 2014 quando denunciou as 15 doenças curiais (mexericos, carreirismo, oportunismo, acúmulo de riquezas, indiferença em relação às pessoas, perda do “primeiro amor” pelo seguimento do Cristo, Alzheimer espiritual e outras). Se quiser lembrar ou conhecer um discurso histórico e inédito de um Papa à burocracia vaticana, clique no link clicando aqui.

Acabou o Carnaval. E o 'armistício' também

Por Valter Pomar, em seu blog:

1. O centro da tática continua sendo derrotar a contraofensiva conservadora.

A contraofensiva conservadora possui diversos protagonistas e métodos, mas propósitos estratégicos comuns: a) realinhar o Brasil aos EUA, afastando-nos dos BRICS e da integração regional; b) reduzir o salário e a renda dos setores populares, diminuindo as verbas das políticas sociais, alterando a legislação trabalhista, reduzindo direitos, não reajustando salários e pensões, provocando desemprego e arrocho; c) diminuir o acesso do povo às liberdades democráticas, criminalizando a política, os movimentos sociais e os partidos de esquerda, partidarizando a justiça, ampliando o terrorismo policial-militar especialmente contra os pobres, moradores de periferia e negros, subordinando o Estado laico ao fundamentalismo religioso, agredindo os direitos das mulheres, dos setores populares, dos indígenas.


A urgência de pensar o futuro

Por Alexandre Pilati, no site da Fundação Maurício Grabois:

A notícia mais relevante dos últimos tempos não veio dos já tradicionais vazamentos seletivos da Operação Lava-Jato, nem do processo de impeachment da Presidenta Dilma, nem da raivosa perseguição midiática ao ex-presidente Lula, nem da ocupação das ruas de São Paulo pelo Movimento Passe Livre em mais uma empreitada contra o recente aumento das tarifas de transporte público. A notícia mais importante veiculada recentemente, entretanto, diz muito sobre tudo isso: sobre a conjuntura brasileira e o que ela significa no contexto mundial contemporâneo; sobre como no presente se constrói um futuro de hecatombe ou de nova sociedade global.

Globo e corrupção na transmissão das copas

O último lance de Moro-Gilmar

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nos últimos dias, o juiz Sérgio Moro explicitou de vez seu ativismo político.

1- Manteve um fluxo interminável de vazamentos contra Lula, em relação ao tal tríplex de Guarujá e o sítio de Atibaia.

2- Quebrou “inadvertidamente” o sigilo que a própria Polícia Federal solicitava para a ampliação das investigações sobre o sítio, a fim de não interromper o fluxo de vazamentos.


Sanders, Lava Jato e a força da internet

Por Renato Rovai, em seu blog:

Desde a derrota de Hillary Clinton para Barack Obama nas primárias do Partido Democrata que o mundo percebeu como a internet pode ser um instrumento poderoso para mobilizar pessoas e derrotar grandes e poderosos esquemas.

Obama não ganhou a eleição dos EUA quando derrotou John McCain. Sua grande vitória foi contra Hillary, a verdadeira candidata do poder econômico, já que se sabia que o melancólico fim do segundo governo do segundo Bush levaria de novo um Democrata à presidência.

Mais uma arma contra Lula

Ilustração: Vitor Teixeira

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Na cruzada para incriminar e banir da vida política o ex-presidente Lula, seus adversários acabam de montar mais uma trincheira: a CPI do Carf na Câmara, que atuará em sintonia com a Polícia Federal, o Ministério Público e a Operação Lava Jato.

Do Carf mesmo, do mega-esquema de compra de sentenças por grandes empresas para driblar o fisco, esta nova CPI, que deve ser instalada na próxima semana, não quer nem saber. Seu objetivo e pegar Lula.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Torcida do Corinthians goleia a TV Globo

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (11), a torcida organizada Gaviões da Fiel surpreendeu todo mundo ao exibir faixas contra a TV Globo e a corrupção no futebol durante o jogo entre o Corinthians e o Capivariano. A PM de Geraldo Alckmin reprimiu os manifestantes e a emissora, que adora bravatear sobre a liberdade de expressão, censurou o protesto pacífico. Já neste domingo (14), durante a partida contra o São Paulo, na Arena de Itaquera, a torcida não se intimidou e voltou a golear o império global. As faixas foram ainda mais politizadas: “Futebol é refém da Rede Globo”, “Ingresso mais barato”, “CBF e FPF, vergonhas do futebol”. Sobrou até para o governador Geraldo Alckmin, o queridinho da famiglia Marinho: “Quem vai punir o ladrão da merenda?”. Foi um show de bola!

"Acabou a paz: as escolas ocupadas"

Blogs sujos prendem o Sergio Moro

Doria e Matarazzo: o escárnio do PSDB

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A qualidade do material político que o conservadorismo reserva à apreciação eleitoral de São Paulo antecipa, no plano municipal, a regressão embutida no eventual retorno do PSDB ao poder federal, em 2018.

É uma decorrência lógica.

Os nomes que disputam a vaga tucana nas eleições da capital paulista em outubro próximo, vinculam-se, respectivamente, às aspirações presidenciais de José Serra, de um lado, e às do governador Geraldo Alckmin, de outro.

Andrea Matarazzo e João Doria Jr são por assim dizer suas cabeças de ponte para o salto nacional.

Mídia e democracia nas arquibancadas

Por Thiago Cassis, no site Vermelho:

A partir do final do ano passado, os torcedores pelo Brasil voltaram a erguer os punhos em torno de pautas em comum. A exemplo da Argentina, onde o futebol foi um elemento para o avanço da Lei de Medios, a campanha “Jogo 10 da noite, não!”, do coletivo “Futebol, mídia e democracia”, do Barão de Itararé, teve rápida adesão nas redes e nos estádios, buscando através do futebol, escancarar o controle que a Globo exerce sobre o esporte dos brasileiros.

Caminhos aéreos do helicóptero dos Marinho


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que a gente noticiou no post anterior – que a Agropecuária Veine, oficialmente a proprietária da mansão praiana dos Marinho em Paraty , que está irregular, com processo para demolir-se – é também a operadora do helicóptero Agusta 109, prefixo PT-SDA, que serve à família Marinho está comprovado aí, com a cópia obtida por este blog do certificado de aeronavegabilidade – o “documento de voo” da aeronave – reproduzido acima.




Como ganhar aposentadoria de R$ 100 mil

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Em primeiro lugar, você precisa entrar para o funcionalismo público. Depois, recomenda-se que você consiga um emprego no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Lá tem pelo menos cinco servidores aposentados que receberam valores líquidos superiores a R$ 100 mil mensais entre janeiro e dezembro de 2015, segundo o setor responsável pelos pagamentos, conforme foi revelado pelos repórteres Rachel Gamarski e Carla Araújo, no Estadão de domingo.

Os presos políticos de Curuguaty

Por Leonardo Wexell Severo, de Assunção:

Os seis policiais militares do Grupo Especial de Operações (GEO) que morreram em Marina Kue, Curuguaty, no dia 15 de junho de 2012, foram abatidos com armas de “grosso calibre”, atestou o médico forense Floriano Irala. O testemunho comprova a inocência dos camponeses, pois além da força de elite da GEO, somente policiais do FOPE (Força de Operações da Polícia Especializada) portavam fuzis Galil durante o “confronto” em que também faleceram 11 sem-terra.

Artistas protestam contra ditador Macri

Do site Opera Mundi:

Um minifestival, liderado pelo cantor Fito Páez, reuniu manifestantes em uma praça em Buenos Aires no último sábado (13/02) para fazer um protesto contra o presidente do país, Mauricio Macri. Eles reclamam do que classificam como atitudes autoritárias do mandatário, como as demissões em massa de servidores públicos e a perseguição a movimentos sociais.

Antes da merenda, o desvio das mochilas

Por Antonio Barbosa Filho, no blog Vale Pensar:

Para alívio de muitos corruptos e de alguns policiais, promotores e magistrados mais condescendentes com desvios de dinheiro público, o escândalo de hoje faz esquecer o escândalo de ontem. A mídia lança uma nova “denúncia” a cada semana, ela repercute por alguns dias, mas logo é superada pela mais nova. Quando atinge o governo federal, o PT ou seus aliados, ainda há um esforço para manter o caso em evidência, ou para “requentá-lo” quando falta assunto, mas quando o caso envolve políticos ou funcionários tucanos, a operação-abafa é acionada desde o primeiro instante e a notícia tem vida curta e exíguo espaço – quando chega a ser divulgada.

As pautas-bomba no Congresso Nacional

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

O martelo só será batido após reuniões entre os presidentes da Câmara e do Senado na terça-feira (16) com os líderes partidários, para definição da pauta de votações das próximas semanas, mas não faltam matérias polêmicas a serem submetidas a votação pelo Congresso Nacional a partir de hoje (15). A situação mais complicada é a do Senado, cuja agenda inclui "pautas-bomba", que impactam nos gastos da União, além de matérias contrárias aos interesses dos trabalhadores. Na Câmara, os próximos dias serão marcados por reuniões para a definição ou não das comissões e eleição para a escolha da liderança do PMDB.

O "merendão" se aproxima de Alckmin

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

Em 2009, lei aprovada pelo governo federal estabelecia que 30% dos recursos encaminhados aos estados e aos municípios para merenda escolar deveriam ser adquiridos diretamente da agricultura familiar, priorizando os assentamentos da reforma agrária, comunidades indígenas e quilombolas.

O objetivo claro do artigo 14 da Lei nº 11.947/09 era fazer com que os quase 3,6 bilhões de reais repassados anualmente, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar, oferecessem merenda saudável aos alunos da rede pública e ao mesmo tempo investissem no pequeno agricultor.

Carnaval de Salvador é festa democrática?

Por Walter Takemoto, na revista Caros Amigos:

O Carnaval desse ano foi cantado em versos e prosas por alguns, principalmente governantes ou seus representantes, como tendo sido o mais democrático dos últimos anos. Outros, menos entusiastas, declararam que 2016 marca o início de um processo de democratização do Carnaval.

Um dos argumentos principais de quem viu o Carnaval de 2016 como mais democratizado e com maior participação popular, deu como maior exemplo o crescimento do número de blocos sem cordas, em especial os que tinham grandes artistas do axé, como Ivete, Bel e outros, não entrando no mérito da qualidade, ou se são artistas em decadência.