segunda-feira, 4 de abril de 2016

A democracia na mira da oposição

Por Adilson de Araújo, no site do CTB:

O ano de 2016 começou em meio a fortes disputas. Está em curso um golpe contra a democracia, que orquestrado por setores conservadores propõe a volta ao passado e ameaça conquistas históricas da classe trabalhadora. Esse golpe ataca nossos direitos duramente conquistados e barra a continuidade das mudanças.

O bloco de oposição ao Brasil, respaldado pela mídia golpista e por setores do empresariado, com destaque para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), não se conforma com a derrota em 2014 e opera com uma toada só: quanto pior, melhor.

Revanchismo conservador na América Latina

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Se falava de restauração conservadora para designar o projeto de contraofensiva da direita na América Latina. Uma expressão um tanto fria, intelectualizada, para mencionar os objetivos dessa forca política atualmente no continente. Porque não se trata de um processo cirúrgico, técnico, de substituição de um modelo por outro. Dentro dessa mudança estão transformações profundas nas relações de classe, acompanhadas de ódios e rancores.

Os golpistas não têm legitimidade

Editorial do site Vermelho:

“Meu Deus do céu! Essa é nossa alternativa de poder!” – a reação atribuída ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao assistir pela TV a transmissão da convenção em que a cúpula do PMDB decidiu deixar o governo, reflete semelhante perplexidade de democratas e patriotas diante dos acontecimentos recentes. Das pessoas que não aceitam o ataque golpista contra a legalidade constitucional.

Semana crucial: vento a favor do governo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A semana será decisiva para a guerra do impeachment e ela começa com o vento soprando a favor do governo e a oposição e a parcela do PMDB que aderiu ao movimento golpista admitindo que perderam terreno. O governo avançou tanto nas ruas, com o crescimento do movimento “não vai ter golpe”, como no Congresso, onde evolui positivamente a formação do chamado “Centrão”, frente composta PP, PR, PSD e talvez PRB, não apenas para barrar o impeachment, pela soma de seus votos com os da esquerda (PT, PC do B e PDT), mas também para dar sustentação ao governo Dilma depois de eventualmente garantida a sua sobrevivência. Sobre o futuro desta coalizão, disse o ministro Ricardo Berzoini em sua entrevista ao Estadão: “Não adianta vencer o impeachment sem garantir governabilidade. Estamos construindo uma base para governar e estabilizar o País.”


A indecorosa ambição de Sergio Moro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não publiquei aqui a foto da mulher de Sérgio Moro posando para o próprio com uma patética máscara de papelão com o rosto do “justiceiro”.

Embora tenha viralizado nas redes, acho que todo mundo tem o direito à privacidade nas suas tolices, ainda mais neste mundo de “selfies”.

Mas é diferente com a página que ela abriu no Facebook – e não o faria sem sua ordem ou anuência – para angariar apoios políticos.

Os delírios de poder da família Frias

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


Ao menos este blogueiro não se surpreendeu em nada com o “editorial” publicado neste domingo (3 de abril) pelo (ainda) principal tentáculo da família Frias, o jornal Folha de São Paulo. O texto “decreta” que a presidente Dilma Rousseff renuncie ao mandato concedido pela maioria dos brasileiros em 2014.




Os jovens trabalhadores na boa luta

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

Quem entrou no mercado de trabalho depois de 2004 muito provavelmente desconhece o que é o desemprego estrutural ou de longa duração, esse facão que destrói vidas, sonhos e perspectivas. Por aproximadamente uma década, a geração de empregos foi resultado de uma dinâmica econômica de crescimento em um ambiente de expectativa favorável sobre o futuro.

Há algum tempo, a situação mudou e a crise econômica, fenômeno cíclico no capitalismo, ganhou predominância. A incerteza sobre o futuro voltou. A crise mundial é muito grave e atinge o Brasil. Porém, esta nossa crise também decorre de vários problemas internos, sobrepostos. Estamos dentro de uma grande tempestade econômica e política, que tem efeitos devastadores sobre o emprego e os salários. O que podemos dizer aos jovens é que essa grande turbulência vai passar, que sairemos dela. O que ninguém sabe dizer é quando.

Golpe: "cavalo de tróia" do neoliberalismo

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

O golpe é o cavalo de tróia para a implantação definitiva do projeto neoliberal no Brasil. O alerta é do professor de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) e membro fundador do Fórum 21, que representou a entidade no encontro dos artistas e intelectuais pela democracia com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta (31), no Palácio do Planalto.

#panamaleaks: É preciso vazar o vazamento!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Estava na praia, trabalhando ao celular (vantagens de ser blogueiro), quando vejo notícias sobre os "Panamá Papers", chamado de "o maior vazamento da história".

Os arquivos da Mossack Fonseca, a maior parideira de offshores do mundo, foram vazados.

Minha empolgação, porém, não durou muito.

Os vazamentos estão em mãos de um jornal alemão e do ICIJ - The International Consortium of Investigative Journalists...

O escândalo da reeleição de FHC

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Em 2007, durante uma sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou participação no esquema de compra de votos para permitir sua reeleição, mas não negou a existência do esquema. “Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos”.

A compra de votos teria sido realizada por quem, então? A delação premiada do ex-presidente do PP Pedro Corrêa, que integra as investigações da Operação Lava Jato e ainda não homologada pela Justiça, pode ajudar a responder.

Mídia atinge a democracia à queima-roupa

Por Celso Vicenzi, em seu blog:

Já se disse que jornalismo “é a história à queima-roupa”. Expressão que nos remete, de imediato, para “um tiro à queima-roupa”. Um atentado. É o que os tradicionais veículos da mídia oligopolizada do país estão promovendo neste momento contra a democracia. A sangue frio, como narraria Truman Capote.

Todos os movimentos, feitos com sutileza, astúcia, insinuação, artimanha, dissimulação, logro, malícia, maquiavelismo, trapaça e distorção (exagero? não!) são habilmente manipulados para tentar induzir boa parte da opinião pública a aceitar inverdades. A começar por uma que já se fixou na mente de boa parte dos brasileiros desinformados: a de que nunca se roubou tanto neste país quanto nos governos do PT e que uma quadrilha se instalou no poder – como nunca antes houvera na história dessa nação de anjos.

domingo, 3 de abril de 2016

Show de Gil e Caetano: "Não vai ter golpe"

Moro vai desenterrar o caso Paolicchi?

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

O juiz Sérgio Moro, o chefe da “Operação Lava Jato”, anuncia que o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, que era do Partido dos Trabalhadores (PT), pode ter ligações com possíveis casos de “corrupção” (sempre na condicional). Já que ele tocou em assunto tão complexo, poderia ressuscitar outro cadáver, este do seu círculo político, o do secretário da Fazenda da prefeitura de Maringá, Paraná, Luiz Antônio Paolicchi, durante a gestão do ex-prefeito tucano Jairo Gianoto, que comandou o desvio de R$ 500 milhões, na época.

Autoritarismo, golpe e recalque

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

No último dia 22, um grupo foi até a casa do ministro Teori Zavascki intimidá-lo por conta de sua decisão de enviar a investigação contra Lula para o Supremo Tribunal Federal. Decisão esta que foi confirmada, na última quinta-feira, pelo plenário da corte.

O endereço do ministro foi divulgado nas redes sociais pelo movimento “Vem pra Rua”. O “músico” Lobão foi além e divulgou o endereço do filho do ministro, estimulando um cerco à sua casa.

"Domínio do fato" para Joaquim Barbosa?

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Messi, Macri, Mubarak, Eduardo Cunha, Joaquim Barbosa. Os #panamaleaks estão bombando. A empresa Mossack & Fonseca avisou seus clientes, ontem, que tinha sido vítima de uma invasão de seu banco de dados.

Na verdade, há mais de um ano o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, ICIJ, numa parceria que envolve 100 empresas jornalísticas de todo o mundo, está debruçado sobre os registros de mais de 214 mil empresas offshore criadas pela Mossack. Algumas podem ter servido a propósitos legais. Mas, na maioria das vezes, trata-se de esconder dinheiro sujo, sonegar imposto ou esconder patrimônio.


Celso Daniel é salto no escuro de Moro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quatorze anos depois, por iniciativa do juiz Sérgio Moro, o caso que envolve o sequestro e a execução do prefeito Celso Daniel, de Santo André, retorna à pauta da mídia.

A tentativa de vincular crime ocorrido em 2002 às denúncias investigadas pela Lava Jato é um grande salto no escuro, sem nenhuma relação com fatos e provas que envolvem a morte do prefeito.

Só para esclarecer qual é a discussão. Não conheço quem seja capaz de negar a existência de um esquema de corrupção, troca de favores e pagamentos de propina em Santo André, durante a gestão de Celso Daniel, num universo comum ao de grande parte das prefeituras e governos brasileiros. A questão sempre foi ligar o assassinato do prefeito à corrupção. Isso nunca foi demonstrado.

A autora do ataque misógino da IstoÉ

Por Renato Rovai, em seu blog:

A IstoÉ repete sua aula de antijornalismo e publica mais um texto vergonhoso e sem fontes. Dessa vez misógino e machista contra a presidenta Dilma Rousseff.

A autora da matéria é de novo Débora Bergamasco que publicou a tal delação do senador Delcídio do Amaral (s/part-MS) só com as partes que interessavam ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

A tentativa de criminalizar Boulos e o MTST

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Da mesma forma que é democrática a livre manifestação popular em defesa do impeachment de Dilma Rousseff, também é democrática a livre manifestação popular que considera um golpe de Estado a forma como é conduzido o processo de cassação.

Grupos e partidos contrários ao governo, que discordaram do resultado das eleições de 2014, foram às ruas contesta-las e demonstrar sua insatisfação, o que foi fundamental para colocar Dilma e o PT a um passo do cadafalso (bem, na verdade, eles mesmo caminharam para a forca por conta dos seus próprios erros). Posso discordar dos métodos e narrativas desses grupos e partidos mas, até aí, faz parte do jogo.

O deslumbramento fotográfico de Moro

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:



Circula com intensidade neste sábado nas redes sociais uma foto postada pela senhora Moro numa página que ela criou para o marido no Facebook.

Moro a fotografa com uma máscara de Moro.

É um sintoma notável de deslumbramento, de autoembevecimento. Moro não apenas tem uma máscara dele mesmo como manda a mulher usá-la, e registra isso numa foto.

PSDB e DEM pedem prisão do líder MTST

Da revista Fórum:

Favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o PSDB e o DEM agora querem calar o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos. Eles entraram com representações contra o militante em que o acusam de “incitação à violência”. Ele tem sido uma importante voz contra o golpe que pretendem dar contra a democracia e o mandato presidencial.