sexta-feira, 13 de maio de 2016

Vergonha deve se transformar em força

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ninguém tem o direito de ignorar o aspecto básico da conjuntura política inaugurada pela derrota de terça-feira passada, que definiu o afastamento provisório de Dilma da presidência da República e ameaça inaugurar um período de regressão em toda linha nas conquistas obtidas pelos de 2003 para cá.

Basta recordar o conteúdo superior da intervenção final do advogado geral da União José Eduardo Cardozo nos momentos que antecederam a votação.

Os editoriais tentam legitimar o golpe

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Mônica Mourão, na revista CartaCapital:

Quarta-feira, 11 de maio, o dia que não acabou. Insones, jornalistas acompanharam a votação, pelo Senado, da admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O resultado só se deu na manhã da quinta-feira (12), motivo de atraso de alguns dos principais jornais da mídia hegemônica brasileira.

Os editoriais de O Globo, Folha de S. Pauloe O Estado de S. Paulo, cada qual à sua maneira, constroem a noção de legitimidade do impeachment. O próprio nome utilizado, ao invés de “golpe”, como denunciado por Dilma em seu discurso após o resultado da votação no Senado, já dá o tom das narrativas.

O caso Gilmar & Aécio simboliza a nova era

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não foi necessário mais de um dia para que se confirmasse o óbvio.

Todo o alarido da plutocracia não era contra a corrupção. Era contra o PT. Contra a esquerda.

Primeiro veio a informação em que seu ministério, um verdadeiro mausoléu dos horrores, Temer incluiu sete investigados na Lava Jato.

Deu-lhes, assim, foro privilegiado.

O golpismo traduzido em uma imagem

Da revista Fórum:

Os sorrisos, as risadas, a ausência de mulheres, negros ou qualquer tipo de minoria entre os ministros escolhidos pelo vice-presidente Michel Temer em seu primeiro pronunciamento após assumir o lugar da presidenta eleita afastada não foram suficientes para escancarar o golpismo que permeia todo o processo de impeachment.

Temer não é satanista; é santo!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Depois vocês não acreditam em milagre.

Mesmo com Temer tendo montado um ministério com investigados e estar ele próprio na delação do Delcídio do Amaral, o clima de fraternidade que ele trouxe é sensacional.

Vejam o que O Globo conta sobre a palestra dada ontem pelo Dr. Sérgio Moro, em Maringá:

Chegou a hora da verdade, golpistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Imagino que poucos tenham sido os que perderam tempo de sono assistindo à encenação barata levada a cabo no Senado da República na madrugada desta quinta-feira, 12 de maio de 2016. Este blogueiro não esteve entre esse bando de crédulos, por óbvio. Pouco importou o que disse este ou aquele senador. As cartas estavam marcadas.

Não aconteceu nada de relevante no Plenário do Senado. Todos sabiam que nada havia a esperar. Nenhuma defesa de Dilma, por mais brilhante que fosse, mudaria o rumo das coisas. Nenhuma acusação que coonestasse o que lá ocorria veio nos salvar da confirmação de que a democracia estava sendo violentada com requintes de crueldade – pela capa torturante de “legalidade” (mal) estendida sobre o processo de impeachment de Dilma Vana Rousseff.

Cunha morreu e Temer agoniza

Por Marcelo Zero

Max Weber dizia que o Estado tem o monopólio do uso legítimo da força.

Entretanto, o governo sem voto que sucede a presidenta eleita não têm legitimidade alguma. Falta-lhe a credibilidade que só o voto soberano do povo pode conferir.

A frente do que talvez seja o pior ministério da história da república, um conjunto mal ajambrado para recompensar golpistas, composto só de homens brancos e ricos, alguns investigados pela Justiça, o governo usurpador só conseguirá se manter com a força ilegítima da repressão contra trabalhadores, movimentos sociais e defensores da democracia golpeada.

Michel Temer era informante dos EUA

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Não venham me dizer que estou inventando coisas!

Sei que parece teoria da conspiração, papo de esquerdista maluco, mas não posso fazer nada.

Não fui eu que disse. Foi o Wikileaks. Hoje.

A organização divulgou, em seu twitter, nesta noite de quinta-feira, um micropost em que acusa o "presidente interino" Michel Temer de ser informante do governo americano.

Observe que o Wikileaks chama o impeachment de Dilma Rousseff pelo que ele é: um golpe parlamentar.





Memorial do golpe no Brasil

Por Paulo Teixeira

O afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, embora temporário, representa a vitória daqueles que se deixaram guiar pela sanha golpista. O golpe, que no início parecia tão somente uma figura de retórica, revelou-se em sua plenitude: evidente, tangível, palpável.

Vivemos, hoje, o maior ataque à democracia brasileira desde a ditadura civil-militar de 1964. Um golpe parlamentar, midiático e empresarial, desferido neste 12 de maio, um dia que não deveria ter existido.

Governo golpista não terá trégua

Por Adilson Araújo

Foi consumado pelo Senado na madrugada desta quinta-feira, 12 de maio de 2016, o golpe de Estado travestido de impeachment que afastou Dilma Rousseff da Presidência da República, colocando no cargo o vice conspirador Michel Temer.

Sob a liderança de Eduardo Cunha na Câmara e Renan Calheiros no Senado, o Congresso Nacional cometeu uma grave injustiça contra uma presidenta honesta, que não praticou crime algum, afrontando a Constituição e o Estado Democrático de Direito, bem como comprovando o diagnóstico de que temos o Congresso mais reacionário da nossa história pelo menos desde o golpe militar de 1964. Cunha, um notório corrupto, fez o serviço sujo e foi defenestrado logo após, descartado como um bagaço de laranja.

O governo usurpador tomou o Palácio

Por Jeferson Miola

Menos de 12 horas depois da decisão majoritária a favor do golpe de Estado no Senado “da Republiqueta de Bananas”, a turba golpista se transferiu do Palácio do Jaburu, a sede da conspiração, para o Palácio do Planalto.

Os golpistas já levaram ao Planalto o programa de retrocessos e o slogan do governo usurpador prontos, numa prova de que a farsa vinha sendo preparada há bastante tempo, com a encenação final prevista para este 12 de maio de 2016.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dilma: "Vamos nos manter mobilizados"

Lutar pela democracia, derrotar o golpe

Por Luciana Santos, no site da Fundação Maurício Grabois:

Dia 12 de maio de 2016 entra para a história como palco de um acontecimento vergonhoso e ultrajante. A maioria do Senado Federal, rasgando a Constituição, aprovou a admissibilidade de um impeachment sem fundamento jurídico. Em consequência disso, a presidenta Dilma Rousseff, eleita com mais de 54 milhões de votos, será afastada do cargo e, sem ter cometido crime algum, será julgada pelo Senado. Arbitrariamente, a presidenta é arrancada do posto e com ela sai um projeto de país, um ciclo de desenvolvimento que reduziu substancialmente as desigualdades sociais e regionais.

O Brasil não anoitecerá

Do site da UNE:

A madrugada de 11 para 12 de maio de 2016 virou com a impressão de ter sido mais enevoada do que as outras deste outono. Ao determinar o afastamento da presidenta da República legitimamente eleita Dilma Rousseff por meio do golpe de um processo apodrecido de impeachment, o Senado Federal aprofunda a ferida aberta na democracia nacional já no fim das eleições presidenciais de 2014, quando perdedores decidiram, à força, sair vencedores da disputa das urnas. É o movimento para remover, sob quaisquer condições, um projeto popular e progressista de desenvolvimento que passou a priorizar as camadas historicamente excluídas das políticas públicas nacionais.

A contrarrevolução neoliberal: nove teses

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

1) O que está em curso no Brasil não é apenas um golpe em um governo legitimamente eleito mas uma contra-revolução neoliberal, típica de uma terceira fase regressiva do neoliberalismo no plano internacional. Se os anos oitenta marcaram a dominância de uma nova corrente regressiva do liberalismo, crítica e corrosiva ao liberalismo social que havia predominado no pós-guerra, se os anos noventa expressaram já após a dissolução da URSS uma desorganização avançada da tradição e do programa social-democrata através das chamadas terceiras-vias, os anos iniciais deste século evidenciam exatamente o surgimento de uma radicalização regressiva do programa neoliberal que se organiza em frente com forças e lideranças proto-fascistas. É por um radical ataque aos princípios republicanos e democráticos fundamentais que o neoliberalismo, em sua terceira fase, pretende resolver a sua incapacidade de formar maiorias nas democracias e legitimar uma nova onda de ataques aos direitos humanos e sociais.

Golpe inicia governo ilegítimo e impostor

Editorial do site Vermelho:

A votação que terminou na madrugada desta quinta-feira (12) no Senado, foi mais um passo na pantomina golpista que ocorre no Brasil. Por 55 votos contra 22, o golpe perpetrado contra a democracia e a Constituição colocou entre parênteses os 54,5 milhões de votos dados a Dilma Rousseff em 2014. E suspendeu o mandato legítimo da presidenta que agora vai responder ao processo instalado naquela casa legislativa.

Impeachment é golpe contra a democracia

Contra os golpistas, seguiremos em luta!

Do site da CUT:

Em reunião plenária do Senado, realizada hoje, dia 11 de maio, foi aprovado por 55 a 22 votos a admissibilidade do impeachment da Presidenta Dilma, que foi afastada do cargo por um período de até 180 dias, para que o processo seja concluído. Chega-se, assim, aos momentos finais do mais infame golpe cometido contra a democracia brasileira, desde que ela foi reconquistada pelo povo brasileiro ao derrotar nos anos oitenta a ditadura militar.

Senado consuma golpe e afasta Dilma

Por Natália Rangel, no site da CTB:

Na manhã desta quinta-feira 12, a presidenta eleita Dilma Roussef (54 milhões de votos) foi afastada de suas funções pelo Senado federal após 20 horas de debate e votação, em que a maioria dos senadores acatou a admissibilidade do processo (55 votos favoráveis a 22 contrários).

Ela deixa o cargo provisoriamente até 180 dias, é instaurada uma investigação no Senado e uma nova sessão (a ser marcada pelo Supremo) ratificará (ou não) a decisão. Dilma, sem ter cometido nenhum crime, recebeu a punição mais severa que uma república supostamente democrática reserva aos seus governantes: o impeachment.

Impeachment sem crime agrediu democracia

Editorial do site do MST:

Esta quinta-feira (12) ficará na memória do povo brasileiro como o dia em que o voto de 54 milhões de eleitores foi desprezado e, por meio de um golpe, a primeira mulher eleita presidente do Brasil foi afastada.

Em cumprimento a um rito que agride nossa democracia, o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), encaminhou o processo do impeachment ao Senado.