quarta-feira, 8 de junho de 2016

Jandira Feghali rebate mentiras de O Globo

Do blog de Renato Rabelo:

Ás vésperas de oficializar a campanha eleitoral de 2016, a deputada federal Jandira Feghali foi surpreendida nesta quarta-feira (8) com a denúncia do colunista de O Globo. Enquanto deputada, ela foi uma liderança na luta pelo fim do financiamento de campanha por empresas e contra as manobras do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para impedir essa proibição.

Governo Temer manobrou para salvar Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que era suspeita virou acusação.

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo,  disse que o governo Michel Temer tenta impedir a cassação de Eduardo Cunha.

É o que ele diz, com todas as letras, à Rádio Estadão.

“Não é certo o jogo de cartas marcadas. Senti naquele momento que governo entrou no jogo e decidia a favor de Eduardo Cunha. Eu tinha que dar um tempo para que o governo e a deputada repensassem. Esse não é assunto do governo. Esse é assunto da Câmara dos Deputados. Um problema de ética e decoro. Governo não tem que se envolver”, disse o presidente do Conselho de Ética.

Ruralistas e empresários dominam o Senado

Por Étore Medeiros e Bruno Fonseca, na Agência Pública:

“Quanto dá essa minoria dos pobretões?”, pergunta, bem-humorada, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). “É… Minoria mesmo”, responde, ao ser informada de que as bancadas temáticas nas quais milita – direitos humanos (14), sindicalista (11) e saúde (8) – não reúnem, juntas, nem a metade dos 81 parlamentares do Senado. Entre os grupos com maior representação na Casa estão o da agropecuária (32) e o empresarial (36). Os números fazem parte de um levantamento da Agência Pública sobre as bancadas em que atuam os senadores. A partir dele, é possível entender melhor o resultado da votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e também antecipar qual deverá ser a receptividade da Casa aos projetos do interino Michel Temer (PMDB).

Composição das bancadas do Senado


Michel Temer e o golpe dos Hunos

Por Marcelo Zero

Átila, Rei dos Hunos, Flagelo de Deus, dizia que, por onde passava seu cavalo, a grama não crescia nunca mais. De fato, as hordas dos hunos deixavam sempre um rastro de pilhagem, destruição e crueldade.

Átila não construiu nada. Não deixou nenhum legado. Sua especialidade era a destruição do legado dos outros.

O golpe brasileiro parece seguir o mesmo caminho.

O primeiro legado destruído foi o da democracia.

A encruzilhada política de Michel Temer

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Michel Temer está numa encruzilhada. Para seu governo interino ganhar um mínimo de credibilidade e conseguir sair da crise em que está três semanas após a posse, ele teria de se livrar das lideranças políticas envolvidas em denúncias, como as relacionadas aos vazamentos de conversas envolvendo o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR), do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) e do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Todos são acusados de conspirar para conter a Operação Lava Jato.

Mídia e governo tentam silenciar os blogs

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os blogs políticos independentes, que não fazem parte de portais corporativos, são um mistério.

De que se alimentam, como vivem, onde moram?

Como fazem os brasileiros, os blogs se viram: prestam serviços de consultoria, ganham com publicidade, dão palestras, vendem assinaturas, pagam do próprio bolso.

Para a grande mídia, porém, os blogs precisam ser exterminados, para que a narrativa golpista possa reinar solitária na opinião pública.

As saídas da crise passam por Dilma

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A coreografia ensaiada pelo PGR Rodrigo Janot em torno do vazamento do pedido de prisão de Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá não é um passo qualquer. Constitui uma forma de terrorismo típica de um período político delicado, no qual se utiliza a Justiça do Espetáculo para ameaçar garantias democráticas, em movimentos típicos de um Estado Policial.

Numa época em que ações necessárias contra a corrupção se transformam em ataques a democracia, o difícil é encontrar quem não tenha sua parcela de responsabilidade na corrosão das instituições, mantidas em situação de insustentável irracionalidade.

Pesquisa CNT/MDA é mortal para Temer

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Leitores do DCM correram para desqualificar a pesquisa CNT/MDA que acabou de sair.

Com toda a maquiagem que possa ter sido feita, ela é extraordinariamente reveladora no que diz respeito a Temer.

Apenas 11,3% dos ouvidos aprovam Temer. A mídia está tentando mitigar o efeito explosivo deste número comparando-o com o de Dilma nos últimos dias antes do impeachment.

Mas é uma falácia.

Chora coxinha: 'Japonês da Federal' é preso

Por Altamiro Borges

Os "midiotas" que endeusaram alguns falsos justiceiros nas marchas golpistas do ano passado devem estar de luto. Na manhã desta terça-feira (7), o agente Newton Ishii, o bajulado "Japonês da Federal" que ganhou os holofotes da mídia ao conduzir os presos da Lava-Jato, foi preso em Curitiba. Segundo relato do repórter Fernando Garcel, do Paraná Portal, "o mandado de prisão foi expedido pela Vara de Execução Penal da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A Polícia Federal ainda não informou o motivo da prisão".

Temer sabe, de fato, lidar com bandidos

Por Altamiro Borges

Duas semanas após tomar de assalto o Palácio do Planalto, o Judas Michel Temer mostrou-se irritado com as críticas ao seu governo interino. Segundo o noticiário, durante uma reunião com os deputados golpistas, em 24 de maio, ele deu um "tapa na mesa", jurou que sabe governar e disse que "já tratou com bandidos". Nesta semana, depois de uma enxurrada de denúncias de corrupção contra vários dos seus ministros, Michel Temer mostrou que, de fato, sabe lidar com os mafiosos, Ele manteve no seu governo todos os metidos em escândalos. Até a mídia chapa-branca, que apostava em mudanças para tentar embelezar a imagem do "golpe dos corruptos", ficou desconcertada com a postura do interino.

Mafiosos aparelham o governo. Cadê a mídia?

Por Altamiro Borges

A mídia privada, que orquestrou o "golpe dos corruptos", é descarada. Ela tem feito um baita esforço para limpar a barra do governo interino do Judas Michel Temer. Nesta semana, ela noticiou com certo estardalhaço a decisão do Palácio do Planalto de "paralisar as nomeações políticas nas estatais e nos fundos de pensão". Só não informou que a medida foi tomada para conter a gula dos mafiosos, que já ocuparam vastos espaços do governo. Logo após o afastamento da presidenta Dilma, em 12 de maio, os velhos patrimonialistas - com o seu senso de oportunidade, para não dizer oportunismo - correram para obter os cargos mais influentes e melhor remunerados. O apetite foi tão descontrolado que levou o chefe do assalto ao poder a dar um freio de arrumação. Afinal, ele precisa barganhar apoios e votos!

terça-feira, 7 de junho de 2016

João Doria, o golpista, será impugnado?

Por Altamiro Borges

João Doria, o empresário-golpista que liderou o frustrado movimento “Cansei” – que reunia artistas globais e a elite paulistana reacionária –, pode malograr novamente em suas ambições políticas. Na semana retrasada, o promotor José Carlos Bonilha, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, afirmou ter encontrado indícios de abuso do poder econômico na sua campanha para se tornar o pré-candidato do PSDB à prefeitura da capital paulista. O crime eleitoral foi cometido durante as prévias tucanas, em março, e foi denunciado por outros caciques da sigla, o que só confirma que as bicadas no ninho são cada vez mais sangrentas.

A correlação de forças mudou. Prepare-se!

Por Marcos Verlaine, no site Vermelho:

"Sem um trabalho intenso de resistência, denúncia e contestação à ofensiva do novo governo sobre direitos dos assalariados, conforme preconizado na ‘Ponte para o futuro’, há risco real de retrocesso nas conquistas sociais".

Depois de três mandatos sob o lulismo, a correlação de forças políticas e sociais mudou bruscamente. O abreviado segundo mandato de Dilma, que começou em janeiro de 2015, iniciou-se sob o signo dessa inversão, já que ela se elegeu com uma agenda e governou com outra, até ser afastada em 12 de maio. Mais claramente, a presidente governou com a agenda dos que perderam em 2014.

Violência na TV fere as leis e a ética

Em defesa do Marco Civil da Internet

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Regulamentado às vésperas do afastamento da presidenta democraticamente eleita Dilma Rousseff, o Marco Civil da Internet corre sério risco de retrocesso. Em carta aberta, entidades do direito à comunicação, da defesa do consumidor e ativistas representantes da sociedade civil cobram a manutenção do Decreto Presidencial nº 8.771/2016, a ser protocolado na Casa Civil na quarta-feira (8).

No documento, as organizações demonstram preocupações em relação à possibilidade de Temer ignorar a regulamentação da lei. Como o texto "foi produto de amplos debates com representantes de toda a sociedade e traz elementos fundamentais para a aplicação do Marco Civil da Internet, reduzindo incertezas e inseguranças", as entidades consideram injustificadas quaisquer mudanças arbitrárias que venham a ocorrer.

A privatização na (des)ordem do dia

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

As expectativas do povo do financismo eram as melhores possíveis para o período posterior à consumação do golpeachment. De um lado, já estaria solucionado o problema da desconfiança que guardavam com relação ao governo de Dilma Roussef. Sim, pois por mais que ela se esforçasse em seguir as recomendações da ortodoxia em termos de sua política econômica, a Presidenta nunca conseguiu ser bem aceita pelas elites do capital. De outro lado, seria viabilizada a estratégia de colocar um freio de arrumação nas investigações da Lava Jato e demais operações envolvendo desvios de recursos públicos para todo tipo de finalidade. Afinal, as revelações estão colocando cada vez mais a nu um esquema pesado de articulação criminosa dos principais grupos empresariais privados com seus apaniguados no interior da administração pública.

'IstoÉ' pode parar por falta de pagamento

Por Renato Rovai, em seu blog:

Não está fácil a situação dos jornalistas da IstoÉ. Eles já pensam em paralisar as atividades como forma de pressionar a Editora Três a regularizar as condições oferecidas aos funcionários. Segundo o blogue apurou, são cerca de 80 profissionais na empresa, responsável também por outros veículos, como as revistas Planeta, Motor Show e Menu. Desse total, apenas 10% possuem carteira assinada.

Meirelles golpeia a população vulnerável

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

O pacote anunciado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na terça-feira, 24, encaminha o desmonte da economia brasileira, com maior ímpeto naqueles setores voltados ao desenvolvimento do País, à proteção da parcela mais frágil da população e à elevação do nível de vida da maioria.

O outro lado da dilapidação é a reconstituição de parte das condições oferecidas na década de 1990 ao capital privado nacional e estrangeiro, na esteira do Consenso de Washington, de exigências do Banco Mundial, do FMI e do neoliberalismo, uma das causas da crise mundial de 2008, até hoje não superada. Um período de intensa privatização, política de FHC retomada pelo atual governo segundo anteciparam assessores do presidente interino Michel Temer.

Janot e o vazamento para constranger o STF

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Constranger o Supremo Tribunal Federal. Com este objetivo é que foram vazados os pedidos de prisão contra o ex-presidente José Sarney (domiciliar), o presidente do Senado, Renan Calheiros, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, e o senador Romero Jucá. Tais pedidos já haviam sido encaminhados há mais de uma semana pelo procurador-geral Rodrigo Janot ao relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki. A demora e a preservação do sigilo, pelo Supremo, indicaram uma disposição para a recusa, o que levou a Procuradoria-Geral da República a apelar para o vazamento. Ao contrário de Teori e do STF, Janot é que tinha interesse em ver sua iniciativa estampada como notícia.

EUA: Eleição como sintoma do declínio

Ilustração: Emad Hajjaj
Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

Estamos acostumados a pensar em instabilidade de Estados localizados principalmente no Sul global. É sobre essas regiões que eruditos e políticos do Norte global falam de “Estados falidos” nos quais há “guerras civis”. A vida é muito insegura para os habitantes dessas regiões. Há deslocamentos massivos das populações e esforços para escapar dessas regiões para partes “mais seguras” do mundo. Nelas há, supostamente, mais empregos e padrões de vida mais altos.