sexta-feira, 10 de junho de 2016

Temer inicia caça as bruxas a magistrados

Por Carlos Eduardo, no blog O Cafezinho:

Um amigo me envia artigo do jornal O Dia - aliás um que deveria ler com mais frequência, pois no Rio de Janeiro talvez seja o único que não se alinhe ao pensamento único imposto pela Globo e adjacências - com uma denúncia gravíssima: o governo Temer já iniciou uma perseguição ideológica contra magistrados e servidores públicos que se manifestaram abertamente contra o golpe, a favor da democracia e do respeito à constituição.

Jornalistas sofrem assédio no trabalho

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Difícil encontrar um jornalista que não tenha uma história para contar sobre gritos histéricos de superiores na redação, chefes que arremessam objetos, humilham, destratam… É tão comum este tipo de comportamento que muita gente nem sabe que isso tem nome: assédio moral.

A profissão de jornalista é uma das campeãs em assédio, tanto moral quanto sexual. Uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal traz números assustadores: quase 80% das jornalistas entrevistadas relataram ter sofrido assédio moral no ambiente de trabalho por parte de chefes ou colegas.



Parlamentarismo é canto de sereia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A noção de que o país necessita de uma reforma política é um desses falsos consensos que periodicamente aparecem política brasileira. Em 2016, todos parecem estar de acordo com a noção que o sistema político atual armazena tantos defeitos e tantos problemas que seria muito razoável fazer uma mudança de envergadura, a qual se dá o nome de "reforma política."

O problema é dizer quais problemas são estes e quais os remédios adequados para que sejam resolvidos. Como acontece com outras quimeras da vida nacional, o risco é abrir passagem para uma abstração ("reforma política") sem fazer o debate concreto, sobre o que se quer reformar, para quê, a favor de quem.

Temer, a Cultura e a burrice autoritária

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Ilustrada da Folha publica hoje uma boa matéria sobre como se espalham, em espetáculos artísticos aqui e e lá fora, as manifestações de repúdio ao governo que se instalou no Brasil.

É o que se tem dito: onde junta gente, é “Fora, Temer”.

E é impressionante que, embora em qualquer circunstância fosse haver oposição à ruptura da ordem democrática, a direita brasileira conseguiu, em menos de um mês, criar quase um clima de “1968” contra si na área cultural.

A entrevista de Dilma na TV Brasil

'Temer é a síntese do que pensa Cunha'

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Na esperada entrevista a Luis Nassif, que foi ao ar na noite de ontem (9) na TV Brasil, a presidenta afastada Dilma Rousseff falou sobre crise política, impeachment, economia, relações exteriores, aliados e adversários. Criticou duramente o chanceler interino do governo provisório de Michel Temer, o tucano José Serra. Segundo Dilma, minimizar a importância dos Brics ou do G20, em termos geopolíticos e econômicos, como Serra tem feito, "é miopia tendendo à cegueira".

Você quer mesmo votar em Bolsonaro?

Por Caio Botelho, no site da UJS:

Tem circulado pela internet uma ferramenta que permite conferir todos os seus amigos no Facebook que curtem a página de Jair Bolsonaro (se tem essa curiosidade, clique aqui). Ao contrário do que estimulava uma campanha nas redes sociais, não excluí absolutamente ninguém, tanto por considerar que uma curtida em uma página não representa, necessariamente, compromisso com o que defende o parlamentar, quanto pelo fato de que sempre discordei dessa ideia de se isolar, como em uma ilha imaginária onde só estejam os que pensam igual ou semelhante. Ora, uma das tarefas de quem deseja ajudar a mudar o mundo é justamente a de se propor dialogar com as pessoas à sua volta, sobretudo com as que tem pontos de vista diferentes, por mais difícil que isso seja.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Delações revelam poleiro sujo dos tucanos

Por Altamiro Borges

A sorte dos tucanos de alta plumagem é que a mídia garante forte blindagem aos seus escândalos de corrupção. Nos últimos dias, vários delatores da midiática Operação Lava-Jato deram detalhes sobre as falcatruas de importantes dirigentes do PSDB. Citaram o ex-presidente FHC, o cambaleante Aécio Neves e até um tucano já falecido, o coronel Sérgio Guerra. As denúncias, porém, não ganharam as manchetes dos jornalões, não foram capas das revistonas e nem viraram motivo de comentários nas emissoras de rádio e tevê. Esta omissão só confirma uma brincadeira que circula na internet; basta ser filiado à sigla dos "cheirosos" para não ser investigado, julgado, condenado e, muito menos, preso!

Cláudia Cruz será presa? E o maridão Cunha?

Por Altamiro Borges

A situação de Cláudia Cruz, esposa do correntista suíço Eduardo Cunha – presidente afastado da Câmara Federal que segue dando as cartas no covil golpista de Michel Temer –, parece que se complicou. Nesta quinta-feira (9), o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia contra ela, o que a torna ré no midiático processo da Lava-Jato. Ela é acusada de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Cláudia Cruz tinha plena consciência dos crimes que praticava e é a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior em montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos, entre 2008 e 2014.

Dilma e a escolha do futuro

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Qualquer observador realista sabe que a ruptura representada por um golpe militar ou constitucional abre trincas duradouras na vida da sociedade.

Atravessado o Rubicão, dificilmente se retorna ao ponto original, ainda que os golpistas sejam derrotados.

Não há motivos para imaginar que será diferente no Brasil de 2016.

O golpe de 12 de maio evidenciou uma beligerância conservadora que soube construir as condições necessárias ao assalto ao poder, num esforço de convencimento, e autoconvencimento, ao longo de quatro derrotas em escrutínios presidenciais.

Japonês da Federal, Temer e os oportunistas

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A saga do Japonês da Federal, preso por contrabando, encarna à perfeição o roteiro do impeachment.

Newton Ishii pegou quatro anos e seis meses de prisão em regime semi aberto por causa de crimes na fronteira do Panará com o Paraguai.

Até ontem, era celebrado como herói absoluto do coxinismo revoltado online. Máscaras com sua face foram vendidas no Carnaval e exibidas com orgulho por milhares de seres que o viram em fotos conduzindo presos da Lava Jato.

A aposta de Janot no fim da política

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há duas possibilidades no pedido de prisão de Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot.

A primeira, é a de que os elementos de que dispõem são apenas as gravações divulgadas pela mídia. Nesse caso, seria blefe. A fala de Renan não é motivo sequer para a abertura de um inquérito, quanto mais um pedido de prisão.

Fosse apenas isso, as consequências seriam desastrosas para o PGR. Ele ficaria enfraquecido, contando apenas com o apoio das Organizações Globo. Formar-se-ia uma unanimidade contra o arbítrio, ficando mais fácil convencer o grande condutor Globo para a necessidade do pacto.

Outubro trará surpresas para a esquerda?

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                  

Há poucos meses, muitos vaticinavam uma performance desastrosa do PT nas eleições municipais de outubro. A tragédia eleitoral anunciada atingiria também o principal aliado dos petistas na esquerda, o PCdoB.

As projeções, objetivamente, levavam em conta os efeitos do massacre midiático sofrido pelo PT (dia sim outro também associado a casos de corrupção) e as ações da força-tarefa golpista de Curitiba comandada por Moro.

Fórum-21 promove "ato contra o golpe"


Do site do Fórum-21:

O Fórum 21 convida a todas e todos para o ato “Contra o golpe, pelo povo brasileiro” que acontece na próxima sexta-feira, dia 10 de junho, às 15 horas, no Teatro do Maksoud Plaza. O evento contará com as presenças, já confirmadas, da presidenta Dilma Rousseff, do brazilianista James Green (Brown University); de Vagner Freitas, presidente da CUT Nacional; e Guilherme Boulous, da coordenação nacional do MTST.

O ataque aos movimentos sociais

Foto; Jornalistas Livres
Editorial do site Vermelho:

O jornal O Estado de S. Paulo se arvora como radical defensor do governo ilegítimo de Michel Temer. Prega a intolerância e incita a ação policial e repressiva contra os movimentos sociais, revelando o caráter ditatorial que espera da interinidade golpista.

A pregação autoritária está presente em dois editoriais publicados nesta segunda-feira (6), sob os títulos “O desespero petista” e “Ganhando no grito” – dois textos exemplares da limitada concepção de democracia daquele porta-voz do obscurantismo que defende a criminalização do movimento social que não se enquadra nas limitadas regras da classe dominante, que rejeita o protagonismo popular. A participação política deve restringir-se ao ato meramente formal de votar, quando a elite julgar conveniente...

Petroleiros fazem greve contra o golpe

Do site da FUP:

Como em outros momentos da nossa história, o petróleo está novamente no centro do golpe que coloca em xeque o Estado Democrático. O desmonte de direitos e conquistas vai atingir em cheio os trabalhadores, que precisam reagir aos golpistas enquanto ainda há tempo.

A paralisação de 24 horas que os petroleiros realizam nesta sexta-feira, 10, será a retomada das mobilizações da categoria contra a entrega do Pré-Sal e a privatização da Petrobrás, que culminaram na greve de novembro do ano passado.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Cultura está fora dos planos de Temer

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A extinção do Ministério da Cultura pelo governo provisório de Michel Temer é um sinal claro: a Cultura não faz parte do projeto que tem como prioridade alimentar o setor financeiro. A colocação é de João Brant, ex-secretário executivo da pasta. Segundo ele, o fato de Temer voltar atrás em sua decisão tem apenas um motivo: “É óbvio que a compreensão deles sobre o tema não mudou, apenas tornou-se politicamente insustentável”.

A censura bate à porta…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Um golpe não é, ele vai sendo. Tenho batido nesta tecla há algum tempo porque num certo ponto do processo político, diferentes grupos se alinharam para derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff.

E aos poucos foram construindo as condições políticas para derrubá-la, sem que houvesse motivos legais para isso. Ou seja, esse golpe foi ganhando formas no processo.

E não foi em 2013 que isso aconteceu, como insistem alguns. Pode-se até concordar que algumas tecnologias de mobilização foram criadas lá. Isso é um fato. Mas o golpe começou a ganhar forma no primeiro semestre de 2014, quando a Lava Jato já estava mostrando boa parte dos seus dentes e as ruas passaram a pedir o impeachment.

Temer prepara a regressão trabalhista

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Revelada na terça-feira, 31, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios rea­lizada pelo IBGE entre fevereiro, março e abril deste ano apontou que 11,4 milhões de brasileiros estavam à procura de emprego no período. No dia seguinte à divulgação, cerca de 10 mil metalúrgicos do ABC Paulista foram às ruas protestar para não engrossar a estatística.

A categoria, uma das mais organizadas no País, teme uma provável rodada de demissões nas principais montadoras de São Paulo, capaz de atingir mais de 4 mil trabalhadores nos próximos meses.

As razões do STF contra Janot

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Uma coisa é quase certa: o STF não deve autorizar as prisões pedidas pelo procurador-geral Rodrigo Janot. Pelo menos não todas.

Outra coisa é bem certa: se eventualmente forem autorizadas as prisões de Renan e Jucá, o Senado não vai repetir o que boa parte do senadores chamam de “submissão no caso Delcídio Amaral”. A autorização da casa deve ser negada. O arrependimento pela concordância com a prisão de Delcídio perpassa todos os partidos, fortalecendo a crença de que isso abriu uma brecha para a tentativa de prender mais senadores.