sábado, 18 de junho de 2016

A maioria tirânica no Senado

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, comanda também, conforme determina a lei, o processo de impeachment de Dilma Rousseff em andamento na Comissão Especial do Senado. Ele tem tido papel fundamental para garantir o direito da minoria pró-Dilma, em confronto com a maioria favorável a Temer.

A intromissão do Judiciário tem, no entanto, limites, quando tudo se passa no âmbito de outro poder, o Legislativo.

Delação da Odebrecht terá Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A resposta “veemente” que o presidente interino Michel Temer deu hoje sobre a delação de Sergio Machado, de que teria pedido recursos ilícitos no valor de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita, não deve ser a última sobre seu eventual envolvimento com o esquema investigado pela Lava Jato. No acordo preliminar para sacramentar a delação premiada da construtora Odebrecht, um dos executivos promete falar sobre uma doação de R$ 50 milhões para o PMDB, que teria tido a intermediação de caciques do partido, inclusive de Temer. Os termos preliminares de uma delação podem acabar não figurando nos depoimentos oficiais, que ainda não foram tomados, mas esta revelação, segundo fontes do Ministério Público, aparece no termo preliminar.

A crise econômica saiu dos jornais

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Uma febre renitente me tirou as forças, ontem, para chamar atenção para um artigo muito interessante publicado ontem pela professora de Economia da USP, Laura Carvalho, na Folha de S.Paulo.

No entanto, a denúncia gravíssima do Diário do Centro do Mundo. de que a direção do jornal Valor Econômico “baixou uma ordem aos seus repórteres: ignorar qualquer ato ou palavra da presidenta afastada Dilma Rousseff. Exceto, quando a notícia seja negativa, ainda que mentirosa” acaba de criar o “gancho para voltar ao tema.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Fascistas mirins amam o Judas Temer

Por Altamiro Borges

Os grupelhos fascistas que apoiaram o “golpe dos corruptos” – entre eles, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Revoltados Online – estão preocupados com o destino de Michel Temer. Devido ao rápido desgaste do presidente interino – que já levou à queda de três ministros e reforçou a suspeita de uma operação-abafa contra a Lava-Jato –, os golpistas mirins temem a alteração dos votos de senadores na sessão que discutirá o desfecho do impeachment de Dilma. Comprometidos até a medula com o programa ultraliberal, eles já planejam voltar às ruas para defender o Judas. Será que levarão faixas como os dizeres “Somos todos Temer”, como fizeram para apoiar o correntista suíço Eduardo Cunha?

Golpe na Previdência já está no forno

Por Altamiro Borges

Seguindo as ordens da elite empresarial, que fomentou e bancou o "golpe dos corruptos", o governo ilegítimo do Judas Michel Temer parece estar disposto a fazer todos os males de uma vez. Além dos cortes bruscos nos programas sociais, como no "Bolsa Família" e no "Minha Casa Minha Vida", ele já acelera os passos para a famigerada reforma da Previdência. Nestas cinco semanas de interinidade, várias reuniões ocorreram em Brasília para orquestrar a regressão social. Nem os cupinchas do golpe, como o "sindicalista" Paulinho da Força, estão animados com as tais "negociações". Eles rogam para que o golpe da Previdência seja feito só depois das eleições municipais, evitando maiores desgastes.

Geddel Vieira, o desbocado está na fila!

Por Altamiro Borges

Na semana retrasada, o ministro Geddel Vieira Lima – outro “homem-forte” do covil golpista de Michel Temer – respondeu de forma grosseira a um usuário do Twitter. Questionado sobre onde estava no momento das agruras do correntista suíço Eduardo Cunha, seu comparsa de longa data, ele rosnou: “Eu me aquecia na casa de sua mãe”. Nos últimos tempos, o jagunço vinha tentando conter o seu conhecido destempero verbal. A grosseria gerou uma onda de revolta na internet. Agora, segundo matéria postada na insuspeita revista Época, fica patente que ela decorre do desespero. Após a queda de Henrique Alves, o terceiro sinistro defenestrado em Brasília, Geddel Vieira já aparece na linha de tiro.

Henrique Alves, mais um defunto golpista!

Por Altamiro Borges

O "ministério de notáveis" do Judas Michel Temer, tão paparicado pela mídia golpista. é um desastre. Em pouco mais de um mês, três ministros já foram defenestrados - o que confirma que o "golpe dos corruptos" obrou um governo de bandidos. Nesta quinta-feira (16), Henrique Eduardo Alves, um dos "homens de confiança" do presidente interino, pediu demissão do Ministério do Turismo. Ele é mais uma das vítimas da delação premiada de Sérgio Machado, o ex-presidente da Transpetro que conhece todas as falcatruas do PMDB - o partido-ônibus que sempre foi governista.

O Estado como promotor da desigualdade

Por Vitor Nuzzi, na Revista do Brasil:

Se é verdade que o diabo mora nos detalhes, o governo interino já forneceu alguns sinais de mudança não só de rota, mas de concepção. Tirou, por exemplo, a palavra "desenvolvimento" de um de seus ministérios estratégicos, o da Indústria e Comércio Exterior, acrescido de "serviços". E em meio a uma severa crise no mercado de trabalho, nomeou para o Banco Central um economista que, refletindo uma ideia corrente em certa linha de pensamento, defende que um pouco de desemprego não é ruim para a economia. Nas medidas econômicas anunciadas pouco depois da "posse", não trouxe tanta novidade, adotando um programa de austeridade já implementado em outros países e com resultados perversos em termos sociais.

Um golpe patriarcal no Brasil

Por Maria Betânia Ávila, na revista Teoria e Debate:

Uma vez desmascarados podemos ver agora as faces horrendas dos homens públicos que arquitetaram e produziram o golpe patriarcal e ultraliberal contra a primeira mulher, democraticamente, eleita presidenta do Brasil.

Articuladores ocultos, traidores, homens violentos e gananciosos visam destruir as políticas sociais que sustentam a vida cotidiana, eliminar os direitos trabalhistas que asseguram cidadania a milhões de mulheres e homens, privatizar os bens públicos e comuns para autofavorecimento com fins de enriquecimento de seus patrimônios formados, em grande medida, pelo desvio do dinheiro público e, finalmente, mas não menos grave, cumprir os desígnios do sistema financeiro e entregar a riqueza do país aos capitalistas do Norte, que não cessaram, jamais, de extorquir os países do Sul.

A conexão Wall Street do golpe

Por A. Sergio Barroso, no blog de Renato Rabelo:

As indicações de Meirelles e Goldfajn, e especialmente as controvérsias iniciais sobre a CPMF (Skaf e Paulo Pereira, de imediato contrários), pareciam - só pareciam - sinais contraditórios sobre as políticas cambial e monetária. As nomeações - por um núcleo de governo provisório recheado de reacionários e corruptos - para a equipe econômica apontam a clara hegemonia no interino governo Temer do grande capital financeiro (local e forâneo). Quem, sibilina e efetivamente utilizou do peso pesado da burguesia industrial (especialmente a paulista) como aríete principal das classes dominantes para a campanha pelo impeachment. Esta, esperneia radicalmente contra novos impostos, ainda que provisórios.

Terceirização: trabalhador paga o pato

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Esta notícia é para você, caro amigo trabalhador, cara amiga trabalhadora, que abraçou patos amarelos, chamando-os de amigos, e acreditou no conto de que basta derrubar uma péssima presidente e um governo incompetente para o Brasil virar um lugar com rios de onde fluem leite e mel, cheio de unicórnios fofinhos e potes de ouro no final de arco-íris.

Durante um rega-bofe com a nata do empresariado, em São Paulo, nesta quinta (16), o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha foi ovacionado ao defender que o país precisa “caminhar no rumo da terceirização'', explicando que o projeto que permite isso deve ser votado com rapidez no Congresso Nacional.

O governo Temer acabou. Tem mais podre!

Ilustração: http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Renato Rovai, em seu blog:

A presidência de Michel Temer acabou, mesmo que ele continue. Isso acontece em muitos momentos não só da vida pública, mas também da privada. Muitos relacionamentos afetivos, por exemplo, se arrastam mesmo quando já não fazem o menor sentido para nenhuma das partes.

Se Dilma não errar muito nas suas próximas ações de articulação política (e Dilma tem sido precisa nos seus últimos lances) Temer se arrastará presidente até o meio de agosto. Mas se Dilma errar muito, Temer provavelmente prosseguirá. E mesmo assim seu governo já terá acabado ontem.

Lava-Jato resvala em Reinaldo Azevedo

Ilustração: http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

E eis que a Lava Jato resvala em Reinaldo Azevedo, através de Luiz Carlos Mendonça de Barros, um dos homens fortes de FHC na economia.

Sergio Machado citou Mendonça de Barros em sua delação. Mendonça de Barros, coordenador da campanha de reeleição de FHC, teria providenciado 4 milhões de reais - em dinheiro da época - para que Aécio financiasse 50 candidatos a deputados federais que lhe permitissem virar depois presidente da Câmara.

Temer: Um interino com a marca da suspeita

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

1. Ecos da delação de Sérgio Machado.

Eco 1 - Segundo o repórter Jorge Bastos Moreno, em frase atribuída a um Ministro Palaciano:

“O presidente, citado injusta, mentirosa e irresponsavelmente, não deixaria, por coerência, Henriquinho sair só por isso. Seria, paradoxal, com a indignação do governo com essas mentiras. Seria referendar essas mentiras”. (http://migre.me/u7K5J)

Henriquinho é amigo de Jorge, que é amigo de Temer, que é amigo do Ministro que é amigo do Henriquinho, que vem a ser o Ministro do Turismo demissionário. Todos são amiguinhos e atuam em corrente – com exceção de Jorge, que é apenas o Américo Vespúcio das caravelas cabralinas. O índice 3 de adjetivação do amigo do Jorge e do Henriquinho demonstra elevado grau de preocupação.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Cunha foi apenas um aprendiz de Aécio?

Por Altamiro Borges

A delação premiada de Sérgio Machado, o "homem-bomba" do PMDB, detonou Brasília. Ela atingiu em cheio o golpista Michel Temer e o seu partido, fazendo aumentar as apostas de que o interino não vai durar muito tempo. Mas ela também respingou no PSDB e, principalmente, no cambaleante Aécio Neves. Num dos trechos vazados, já abafado pela mídia tucana, o delator afirma que participou de um "plano para eleger a maior bancada possível" para viabilizar a eleição de Aécio Neves à presidência da Câmara Federal. Ou seja: não foi apenas FHC que comprou deputados para bancar a sua reeleição. Nem foi o correntista suíço Eduardo Cunha que inventou este esquema no Congresso Nacional.  

Tremem os Cunhas do governo e do Congresso

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                              

É público e notório que Eduardo Cunha pagou as campanhas de uma centena e meia de deputados nas eleições de 2014. A contrapartida foi o apoio à sua eleição para a presidência da Câmara. Mas chegar ao comando da Casa era apenas a primeira parte do acordo feito à base de dinheiro sujo de corrupção.

Cunha precisava de cumplicidade cega e incondicional para toda sorte de canalhices que planejava implementar assim que ocupasse um dos cargos que mais importantes da República. E Suas Excelências não lhe faltaram, concedendo-lhe uma espécie de salvo contudo para imprimir na presidência da Câmara a marca da delinquência que sempre acompanhou sua carreira de "homem público."

Tudo o que é sólido desmancha no ar

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

A delação premiada de Sérgio Machado expôs a nu o governo interino de Michel Temer. Toda a cúpula do PMDB foi diretamente comprometida, sem excluir o próprio presidente.

“Pro Michel eu dei”, disse o delator, explicando que se tratava de R$1,5 milhão acertados pessoalmente com Temer na Base Aérea de Brasília, em repasses de propina da empreiteira Queiroz Galvão. O dinheiro ilícito teria sido destinado à campanha de Gabriel Chalita à prefeitura paulistana.

A prioridade é a mobilização popular

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A unificação das lideranças do movimento social e dos partidos interessados em travar a luta essencial, mas dificílima, pela restauração da democracia brasileira após o golpe de abril-maio enfrenta dificuldades reais, mas pode ser menos complicada do que parece, como se viu numa reunião organizada na terça-feira, em Brasília, na presença de Dilma Rousseff.

A diferença principal entre uns e outros se concentra na proposta de Dilma defender um plebiscito para antecipar as eleições presidenciais, que deixariam de ser realizadas em outubro de 2018, como marca o calendário atual, para ocorrerem no final de 2016 ou início de 2017.

As bombas de efeito retardado de Machado

Do blog Viomundo:

José Sérgio de Oliveira Machado, ao se aproximar dos 70 anos de idade, deve ter imaginado que não valia a pena terminar a vida na cadeia.

Juntou-se aos três filhos que participaram direta ou indiretamente de seus negócios e produziu 246 páginas de denúncias sobre o submundo da política brasileira.

Ele tem história. Serviu como coordenador de campanha de Tasso Jereissati no Ceará, estado pelo qual foi eleito deputado federal (1991-94) e senador (1995-2003).

Foi líder do PSDB no Senado, mas não se reelegeu em 2002.

FNDC lançará campanha em defesa da EBC

Do site do FNDC:

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lançará, nos próximos dias, a campanha “A EBC é Sua”. O objetivo é divulgar a comunicação pública como direito e incentivar a sociedade civil organizada a visitar as emissoras públicas levando suas pautas. A campanha se dará basicamente nas redes sociais.