quinta-feira, 28 de julho de 2016

A retomada dos atos contra o golpe

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A Frente Povo sem Medo concentra forças para a realização de atos por todo o país no próximo domingo (31). A organização divulga sua página no Facebook uma agenda de manifestações também em várias cidades importantes da Europa, promovidas por coletivos e entidades em defesa da democracia no Brasil e contra o golpe que afastou Dilma Rousseff da presidência da República.

O chapa-branquismo golpista da Globo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Valor, que um dia tentou se diferenciar do populismo golpista de seus coleguinhas, ainda teve um surto de valentia e deu um título sutilmente crítico à notícia:



Eu enfatizo o termo "sutilmente", porque se fosse com a Dilma, a manchete seria algo como: "Dilma abusa do cargo e tenta manipular mídia para melhorar sua imagem". Em seguida, a oposição tentaria abrir uma CPI. O procurador-geral da República daria uma entrevista pedindo o indiciamento da presidenta. Gilmar Mendes convocaria uma coletiva para afirmar que Dilma estava fazendo tudo para se "manter no poder".

O fascismo e sua imbecilidade ilógica

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Célebre por seus estudos sobre a França de Vichy, Robert Paxton dizia que o fascismo se caracteriza por uma sucessão de cinco momentos históricos: a criação de seus movimentos; o aparelhamento do setor público; a conquista do poder legal; a conquista do Estado; e, finalmente, a radicalização dos fins e dos meios - incluída a violência política - por intermédio da guerra.

O fascismo de hoje se disfarça de “liberalismo” no plano político e de neoliberalismo no plano econômico.

"Plano Temer" para adiar cassação de Cunha

Do blog Viomundo:

Denúncia do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), nesta quarta-feira (27), aponta as articulações de Michel Temer para adiar a votação de cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). De acordo com Pimenta, que é vice-líder do PT na Câmara, Temer está “atuando pessoalmente” para que a votação só ocorra depois da decisão do Senado Federal sobre o impeachment de Dilma Rousseff.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Marta e Matarazzo, "a chapa dos traíras"

Por Altamiro Borges

O anúncio da aliança entre Marta Suplicy (PMDB) e Andrea Matarazzo (PSD) na disputa para a prefeitura de São Paulo gerou uma onda hilária de comentários nas redes sociais. A chapa foi apelidada de “Ma-Mata”, de “Coalizão do Morumbi”, de “Indústrias Reunidas Matarazzo”, entre outros nomes jocosos. Talvez o melhor rótulo, porém, seja o de “a chapa dos traíras”. Afinal, ambos traíram seu passado e seus partidos com objetivos meramente eleitoreiros. A dúvida é se a exótica aliança, que juntou dois ex-adversários raivosos, irá ludibriar os paulistanos. A ex-prefeita pode perder os votos que ainda possuía na periferia da cidade e o “vereador das abotoaduras de ouro” pode ser rejeitado pela elite paulistana.

Michelzinho e o papel ridículo da mídia

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, talvez na caça de um bilionário ‘jabaculê’ – termo usado nos meios jornalísticos referente à corrupção, suborno, propina –, perdeu totalmente o senso de ridículo. Nos telejornais desta terça-feira (26), a cena patética de repórteres e cinegrafistas disputando espaços para transmitir imagens do usurpador Michel Temer indo buscar seu filho, o ricaço prodígio Michelzinho, em uma escola particular em Brasília. O teatrinho medíocre foi montado previamente pela equipe de aspones do golpista, que ligou para as redações avisando da “agenda familiar”. As recentes pesquisas de opinião, que confirmam o acelerado desgaste do “golpe dos corruptos”, ajudam a explicar o marketing rastaquera.

Estadão odeia a democracia e o voto popular

Por Altamiro Borges

Quem já leu o livro “Nascidos para perder”, do jornalista Mylton Severiano, sabe que o oligárquico jornal Estadão sempre detestou a democracia. A famiglia Mesquita chegou a estocar armas no forro da redação do diário para derrubar Getúlio Vargas; ela foi uma das protagonistas do golpe de 1964, escrevendo o primeiro esboço das medidas de exceção da ditadura militar; ela nunca tolerou qualquer avanço social, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ou a construção de uma nação soberana, devido ao seu complexo de vira-lata diante dos EUA. Neste sentido, para quem conhece a sua história, não causou surpresa o editorial publicado nesta terça-feira (26), intitulado “A maioria também se equivoca”.

Política externa e as relações Sul-Sul

Por Celso Amorim, na revista CartaCapital:

Política externa, como toda política, implica conversa. Conceitos e ideias se expressam por palavras. Diferentemente do que pensam alguns, palavras têm consequências. Boas ou más. Podem apontar na direção de um mundo melhor ou semear destruição. Paz e Desenvolvimento dão sentido à Diplomacia, diferenciando-a do governo sem propósito ético, que Santo Agostinho comparava a um bando de salteadores.

Até neologismos têm força. Brexit só foi entendida, até pelos que a propuseram, em toda sua extensão ex-post. “Flexibilização”, um neologismo dicionarizado, aparentemente de sentido positivo, pode vir a se revelar nefasto, quando aplicado ao Mercosul e à integração, levando-nos de volta à era em que Brasil e Argentina rivalizavam para saber quem era o “melhor amigo” da grande potência.

Universidade pública e as mentiras da Globo

Por Jean Wyllys, na revista Caros Amigos:

Toda mentira bem elaborada, para ser convincente, precisa começar apontando alguns fatos verdadeiros. É a arte da falácia, na qual os editorialistas do jornal O Globo são mestres e doutores.

É fato: o sistema universitário brasileiro ainda é profundamente injusto. O acesso dos mais pobres à universidade pública ainda é minoritário, mesmo tendo melhorado na última década, graças a algumas políticas públicas de inclusão dos governos petistas que, contudo, apesar de terem ajudado, foram insuficientes.

Barão de Itararé e o golpe na Telebras

Por Theo Rodrigues, no site do FNDC:

O novo presidente da Telebras mal tomou posse e já está causando polêmica. Antonio Loss, executivo que passou pela Net Sul, Net Serviços, Oi e que se encontrava no comando da Via Sat do Brasil será o novo presidente da empresa pública de telecomunicações.

Loss foi nomeado pelo ministro das Comunicações Gilberto Kassab por ter essa experiência em seu currículo. Contudo, é justamente essa ligação com as principais empresas do setor que vem gerando polêmica.

Escola tem que ter partido

Por Bruno Vieira, no site Brasil Debate:

É de conhecimento de boa parte das pessoas que se encontram conectadas na internet a discussão sobre um projeto de lei, em trâmite no Congresso Nacional, que discorre sobre uma proposta dita educacional que visa a “desideologizar” os professores e a sala de aula. Com o nome inusitado de “Escola Sem Partido” (ESP), a ideia, em tese, é criar um ambiente no qual os estudantes não sofram “doutrinação” por parte dos mestres. Entretanto, por mais que essa proposta empunhe o desejo por neutralidade no ensino, é um engodo dizer que somos neutros e que existe a possibilidade de um “ensino neutro”.

O expurgo no Minc e as bruxas de setembro

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois da polícia, as demissões. A degola de 81 funcionários e gestores do Ministério da Cultura não tem outro nome. É um expurgo de natureza político-ideológica que só realça a feição obscurantista do governo. É uma vingança de Temer contra o segmento do funcionalismo público que protagonizou a mais forte insurgência contra o desmonte da administração anterior, a extinção do Minc. Os manifestantes que ocuparam as sedes dos órgãos da pasta mantiveram-se ativos mesmo depois do arremedo de sua recriação sob o lema Fora Temer. Na segunda-feira, o dia começou com a polícia removendo os últimos manifestantes que ainda ocupavam a Funarte no Rio. A investida contra os dirigentes de uma pasta com tão pouco peso orçamentário, mas de tão grande significado social, é prenúncio do que virá depois de agosto: com Temer efetivado, as bruxas serão caçadas para valer.

Bancos privados querem abocanhar o FGTS

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Na capa de O Globo, o que não se julgava possível nem mesmo durante a privataria do Governo Fernando Henrique, quando se ensaiou retirar uma parcela – apenas uma parcela – dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, para dar vitalidade à Bolsa de Valores, permitindo que fosse usada para comprar ações da Vale e da Petrobras.

Em letras bem grandes e claras: a entrega do FGTS aos bancos privados.

'Nem a Coca-Cola subestima a comunicação'

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O prefeito Fernando Haddad cortou em 50% os gastos com a divulgação do seu governo nos quatro anos em que dirigiu a prefeitura da maior cidade do país.

Foi repreendido por Lula na convenção que homologou seu nome à reeleição de São Paulo, no último domingo.

'O povo brasileiro não tem obrigação de saber', disse Lula e sapecou: ‘O prefeito cometeu um pecado ao não investir em divulgar a gestão; achando que é obrigação do povo saber; achando que já é conhecido; ledo engano; fosse assim’, concluiu, ' a Coca-Cola, que todo mundo já conhece, não faria propaganda. E ela faz’.

Mídia omite 'caprichos' da mulher de Temer

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



“Um dos maiores vexames internacionais a que o país poderá ser submetido nos próximos anos é o conhecido uso desmesurado de dinheiro público pela família de Michel Temer”, diz interlocutora profundamente versada em intimidades dos centros de poder. “Marcela é o ponto fraco de Temer”, diz a fonte. “Os caprichos dela ainda vão custar caro…”.

Temer chegou ao fim da linha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

As pesquisas dos últimos dias mostram que mesmo incluindo o esforço para levar o filho de 8 anos na escola, o baú de truques banais para tentar elevar a popularidade de Michel Temer a qualquer preço está chegando ao fim. Com números arrasadores, o Ipsos e o Paraná Pesquisas mostram uma verdade inegável. Quanto mais a população conhece o governo Temer, mais o rejeita.

Temer sempre foi um político ruim de votos e é claro que isso quer dizer muita coisa numa democracia. Coisas ruins, em geral. Fez a carreira política beneficiado pela presença em aparelhos que lhe garantiam a eleição em pleitos parlamentares, invisível e opaco num máquina de cabos eleitorais profissionais, prefeitos, governadores e empresários amigos que garantiam votos anônimos, inexpressivos e difíceis que são assegurados hoje para serem esquecidos amanhã. Tudo aquilo que a maioria da população rejeita e condena.

terça-feira, 26 de julho de 2016

MBL cancela ato pró-golpe dos corruptos

Por Altamiro Borges

As últimas pesquisas de opinião - com exceção do Datafolha, que "erra e persiste no erro", segundo a crítica da própria ombudsman da Folha - apontam acelerado desgaste do "golpe dos corruptos" que afastou a presidenta Dilma. O índice de rejeição do Judas Michel Temer já bate recordes históricos, conforme comprova a sondagem divulgada nesta terça-feira (26) pelo instituto Ipsos. O usurpador é apoiado por apenas 6% dos brasileiros. Estas pesquisas - mais o grito de "Fora Temer" que contagia as ruas do país - explicam porque o grupelho fascista Movimento Brasil Livre (MBL) cancelou a sua participação nos atos em defesa do "golpe dos corruptos" agendados para o próximo domingo (31).

A educação como privilégio dos ricos

Editorial do site Vermelho:

Num artigo publicado em 1956 – faz 60 anos – o grande educador brasileiro Anísio Teixeira defendeu ideias e uma interpretação da sociedade que se mantém nestes tempos turbulentos vividos por nosso país.

O artigo resultou de palestra proferida por ele no Congresso Estadual de Educação do Estado de São Paulo, e a atualidade de suas teses é inacreditável.

O editorial que o jornalão conservador O Globo publicou neste domingo (24), sob o título “Crise força o fim do injusto ensino superior gratuito” remete diretamente àquelas teses. E revelam a força que ideias tão conservadoras e retrógradas mantém na classe dominante brasileira, acentuadas desde que o golpe de estado em curso interrompeu a democratização do Brasil e da educação brasileira, acentuadas desde 2003.

Temer bate o recorde histórico de rejeição

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Michel. Michel Temer. Mas pode chamá-lo de Michel 6% Temer.

O resultado da pesquisa Ipsos divulgada hoje é categórico: Temer é um fiasco. Um monumental fiasco.

Apenas 6% dos brasileiros aprovam o interino. Isto é metade do que Dilma tinha em sua etapa final na presidência, sob bombardeio ininterrupto da mídia e da Lava Jato.

Quer dizer: não é metade. É menos que metade. Dilma tinha quase 14% de aprovação.

Aposta da mídia em Temer pode fazer água

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

“A grande mídia apostou tudo no processo de viabilizar Temer, e como isso começa a fazer água, uma pesquisa como essa pode ser útil”, ironizou o diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grzybowski, ao ler os resultados da pesquisa de opinião sobre o governo, do Instituto Ipsos, divulgada hoje (26). O percentual dos brasileiros que apoiam o impeachment de Dilma Rousseff vem caindo desde março, quando era de 61%, e continua em queda, revela a pesquisa. Segundo o estudo, o percentual dos que defendem o afastamento da presidenta era 54% em junho e recuou mais seis pontos percentuais, para 48%, em julho.