segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Odebrecht e PT: história mal contada

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Muito mal contada a história de uma tentativa de delação da Odebrecht revelando o pagamento de R$ 100 milhões ao PT através do ex-ministro Guido Mantega.

Segundo a matéria de O Globo, tais pagamentos - que terão de ser provados, desafia a defesa do ex-ministro - teriam relação com medidas tributárias favoráveis a empreiteiras, mais precisamente com a medida provisória 647, convertida em lei em 2014. Ela reduziu de 35% para 25% o imposto de renda sobre lucros obtidos por empresas brasileiras no exterior.

Orçamento seletivo de Michel Temer

Por Maria Carolina Trevisan, na revista Brasileiros:



Há quase três meses no poder, o governo provisório decidiu adotar a lupa do equilíbrio das contas públicas para determinar suas prioridades. Esse caminho tem implicações importantes, não apenas em impactos econômicos. As consequências serão sentidas pela parcela mais vulnerável de brasileiros. São mudanças de recursos e acesso à Saúde e Educação - direitos sociais garantidos pela Constituição -, nas ações de combate à pobreza, segurança pública, segurança alimentar e agricultura familiar, entre outras.

Temer: o verbo que dá vida a um covarde

Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:

Gosto muito do Jeferson Monteiro e reconheço a maneira com que ele revolucionou a comunicação na política com sua personagem Dilma Bolada. Entretanto, dentre milhares de acertos, Jeferson pecou numa analogia, coisa rara se tratando do publicitário, ao comparar o golpista Michel Temer ao vilão da série Harry Potter, o Lord Voldemort.

Bom, essa comparação rendeu ótimos memes como “fora você-sabe-quem”, todavia, como sou fã do bruxinho mais querido do mundo, acabei sentindo certo incomodo ao ver o usurpador comparado com o Lorde das Trevas, afinal, Temer é covarde demais para ser comparado à um vilão tão soberano.

Os riscos da taxa de câmbio

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A obsessão da turma das finanças em continuar se orientando pelas receitas do ajuste ortodoxo não perdoa o Brasil e muito menos aqueles que dependem apenas da renda derivada de seu trabalho para sobreviver. Esses caras não possuem a menor compaixão ou preocupação para com os efeitos sociais da crise que seu modelito está provocando na grande maioria de nosso povo.

A submissão cega ao esquema do tripé da política econômica não oferece nenhuma válvula de escape, em especial nos períodos de recessão do ritmo da atividade econômica, onde se combinam desemprego crescente e falência generalizada das empresas. Como já sabemos, as três pernas do ajuste pressupõem a política monetária de juros elevados, a taxa de câmbio flutuante e a geração de superávit primário. Essa armadilha foi montada há mais de 20 anos atrás, ainda quando da implantação do Plano Real. E permanece como uma obrigação inescapável - uma auto obrigação sem o menor sentido - para quem quer que se habilite a conduzir a política econômica em nosso País.

A merecida ausência de Temer na Rio 2016

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A ausência de Michel Temer da cerimônia de encerramento da Rio 2016 é uma demonstração de fraqueza política do presidente interino, que preferiu não enfrentar a massa reunida na Maracanã.

Temer temeu uma vaia inesquecível e um grito Fora Temer! para entrar na história e quem sabe modificá-la, dias antes do Senado Federal reunir-se para debater o impeachment.

A ausência teve um aspecto didático, porém. Nem Temer nem seus ministros poderiam reivindicar qualquer coisa positiva com uma iniciativa que se mostrou um sucesso no plano da organização e revelou um animador sinal de progresso do esporte brasileiro na última década e meia.

domingo, 21 de agosto de 2016

Dilma no tribunal de exceção

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Jeferson Miola

Expectativas e mistério rondam o comparecimento da Presidente Dilma no próximo 29 de agosto no Senado da República, o tribunal de exceção da fase final da farsa do impeachment.

Com freqüência o processo da Dilma é equiparado ao de Getúlio Vargas, atacado covarde e implacavelmente pela oligarquia golpista e seus meios de comunicação até o último instante de vida, quando deferiu um tiro no próprio peito. A Carta Testamento, deixada para o povo brasileiro em 24 de agosto de 1954, tem sido evocada como referência para o pronunciamento de Dilma no Senado. É uma referência necessária, porém de eficácia histórica parcial.

Lula e Dilma, essa Olimpíada é de vocês…

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Renato Rovai, em seu blog:

Lula e Dilma é que levaram o Brasil a organizar dois grandes eventos esportivos questionados por alguns com certa razão e por muitos por absoluto ódio anti-nacional.

Por uma lógica besta do “imagina na Copa”, que foi estimulado por veículos de comunicação, em especial pela Globo.

E por uma elite Maimeira que adora desfilar de camisa verde e amarela, mas que não gosta do país em que vive.

Lula propõe rede da esquerda na internet

João Goulart, reformas e golpe

Por Emiliano José, na revista Caros Amigos:

Democracia para esses democratas não é o regime da liberdade de reunião para o povo: o que eles querem é uma democracia de povo emudecido, amordaçado nos seus anseios e sufocado nas suas reivindicações.

A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia antipovo, do antissindicalismo, antirreforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos que eles servem ou representam.

A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobras.

O mundo inviável sob a 'pax americana'

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

Terminada a Guerra Fria, os Estados Unidos­ puderam impor sua ordem ao mundo. O que deveria ser uma época da pax americana virou uma nova era de convulsões, tanto econômicas como bélicas. Sem o campo soviético, os Estados Unidos puderam impor sua hegemonia, mas o que surgiu foi um mundo de guerras, terrorismo e violência ainda maiores.

O neoliberalismo foi globalizado e se estendeu por praticamente o mundo inteiro. Em vez de retomar o crescimento, a economia internacional entrou no mais longo e profundo ciclo recessivo da sua história, desde 2008, sem prazo para terminar.

Acusação contra Feliciano chega ao STF

Da revista Fórum:

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta quinta-feira (18) a queixa apresentada pela estudante de jornalismo Patrícia Lélis contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Ela acusa o parlamentar de tentativa de estupro.

O caso, que já está com a Procuradoria-Geral da República (PGR), foi remetido ao Supremo pelo fato de o deputado ter foro privilegiado.

SP censura ao furar olho de fotógrafo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O fotógrafo Sérgio Silva foi considerado culpado pela Justiça do Estado de São Paulo por ter sido atingido por uma bala de borracha e, consequentemente, perdido o olho esquerdo. O disparo partiu da Polícia Militar, cuja repressão a um protesto pela redução na tarifa dos transportes públicos, no dia 13 de junho de 2013, deixou um rastro de manifestantes e jornalistas feridos.

O juiz da 10ª Vara de Fazenda Pública Olavo Zampol Júnior afirmou que “ao se colocar na linha de confronto entre a polícia e os manifestantes, [Sérgio Silva] voluntária e conscientemente assumiu o risco de ser alvejado por alguns dos grupos em confronto''.


A eleição municipal e o golpe

Editorial do site Vermelho:

Esta semana será importante na luta contra o golpe midiático-judicial-parlamentar que a direita move contra a presidenta constitucional Dilma Rousseff.

Os próximos dias são decisivos para a democracia e os defensores da legalidade e da Constituição precisam manter a mobilização para derrotar o grave retrocesso político-institucional que a direita e os conservadores querem impor ao Brasil.

É preciso reforçar a luta contra o golpe e direcionar ao Senado e aos senadores a exigência para que se alinhem com a nação que repudia o golpe e os golpistas de Michel Temer e Eduardo Cunha.

O golpe de Temer na Previdência Social

Por José Cássio, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um dos principais desafios do presidente Michel Temer - na realidade um compromisso que o interino selou com o setor produtivo em troca do apoio à derrubada da presidente Dilma Rousseff - é a aprovação da reforma da previdência.

Para pressionar os trabalhadores a contribuírem por mais tempo, Temer quer alterar o cálculo da aposentadoria, através da instituição de uma idade mínima - 65 anos tanto para homens quanto para mulheres.

Outra mudança será o tempo de contribuição obrigatório para que qualquer um se aposente - dos 15 atuais para 20 anos. Também é consenso que a vinculação do piso previdenciário ao reajuste do salário mínimo será revista, mas ainda não se sabe se isso será feito junto com a reforma ou em uma outra proposta, dada a polêmica da questão.

A casta de juízes que tem horror ao povo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



O Estadão publica hoje mais uma das matérias que mostram, outra vez, o absurdo das remunerações milionárias dos juízes e desembargadores brasileiros. Desta vez, para mostrar que ganham tanto ou mais que seus congêneres de países ricos, onde o trabalhador em geral ganha três, quatro, seis ou mais vezes que os brasileiros.

Volta e meia temos estas já nem tanto reveladoras contabilidades da drenagem de recursos da população para um grupo de profissionais vorazes e poderosos que hoje detêm, virtualmente, o direito de fazer o que quiserem, com qualquer um.

Atoleiro neoliberal e o paradoxo chinês

Por A. Sérgio Barroso, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Um articulista graúdo do The New York Times - correspondente econômico sênior do jornal e escritor - acaba de descobrir a pólvora. Sua pesquisa revelou que a economia mundial está “em marcha lenta”. Segundo concluiu Neil Irwin, esse crescimento lento “ocorre há 15 anos”. Ou seja, ele não se contentou com a violenta queda que atingiu em cheio o centro do capitalismo e que passou a ocorrer a partir de 2007-8; esticou a corda. [1]

sábado, 20 de agosto de 2016

Os espinhos no caminho de Temer

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Michel Temer foi à abertura da Olimpíada no Maracanã sob um esquema preparado para protegê-lo de um vexame global. Uma semana antes, o governo demitira o chefe do cerimonial da Rio-2016, Fernando Igreja, episódio a alimentar rumores entre diplomatas de que o embaixador foi espionado pelo aparelho de segurança de Temer e punido por “dilmismo”.

Na cerimônia, o nome do presidente interino não seria anunciado antes de ele declarar o início dos Jogos, seu discurso seria relâmpago e logo em seguida o volume de uma música subiria ao máximo. Tudo para impedir ou abafar vaias ao peemedebista diante das autoridades presentes e das bilhões de pessoas a assistir pela tevê. Em vão. Ele levou uma estrepitosa vaia.

Aliança pelo golpe escancara fisiologismo

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Os 100 dias de Michel Temer foram marcados politicamente por uma relação com o Congresso Nacional caracterizada pelo fisiologismo mais escancarado, pelo qual o governo interino condiciona a aprovação de matérias de interesse do Planalto à indisfarçada prática de concessão de vantagens, como cargos e liberação de emendas parlamentares em troca de voto. “Toda a ação governamental tem se voltado a esse propósito”, avalia o analista Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Alckmin e a volta da 'reorganização escolar'

Por Salomão Barros Ximenes, no site Outras Palavras:

Um fato surpreendente aconteceu no último dia 16 de agosto, no antigo Colégio Caetano de Campos, hoje sede da secretaria de Educação de São Paulo. O governo estadual constituiu, enfim, a Frente de Instituições Públicas pela Educação do Estado de São Paulo (Fipesp). O grupo havia sido criado em maio, mas aguardava indicação de representantes e adesão das instituições envolvidas. A surpresa está na composição, agora revelada: todos os onze componentes do grupo são juristas. Vale a pena investigar por quê.

Temer: entre o engodo e a guerra civil

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Roberto Requião, no blog Viomundo:

O governo interino enviou ao Congresso a PEC 241 com o objetivo de congelar os gastos públicos por 20 anos, tendo como referência os gastos de 2016.

Nunca em nenhum outro país uma proposta de congelamento dos gastos públicos. Nunca foi sequer cogitada como proposta legislativa, muito menos colocar tal aberração em um texto constitucional. Mesmo na Grécia, massacrada pela austeridade fiscal imposta pelos credores e pela Alemanha, imaginou-se tal coisa.

Essa proposta tão absurda serve para mostrar o grau de anormalidade política e institucional em que vive hoje o país.