domingo, 4 de dezembro de 2016

Temer apressa porrada na Previdência

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


O Globo publica hoje manchete dizendo que Michel Temer apressou o envio da mensagem com a reforma da Previdência, que, em tese, deve ser entregue à Câmara dos Deputados na terça-feira.

Frise-se, logo, que o entregará a uma Câmara completamente deslegitimada diante da população.



Temer joga pesado para agradar a mídia

Por Carlos Mota, no site PT no Senado:

Os donos de grandes empresas de comunicação no Brasil não têm do que reclamar do governo Temer. Em cerca de seis meses, a gestão atual concedeu anistia às emissoras de radiodifusão que estavam com suas concessões vencidas e ainda conseguiu engavetar uma proposta que garantia a distribuição mais justa da verba destinada à publicidade oficial. E gestos como esses não param de aumentar.

O mais recente agrado é direcionado aos políticos. Só no Congresso Nacional, são cerca de 40. Entre eles, figuaram os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Agripino Maia (DEM-RN) e Tasso Jeiressati (PSDB-CE). Em comum, todos são sócios de empresas prestadoras de serviços de radiodifusão, de acordo com o Sistema de Acompanhamento de Controle Societário (Siacco), da Anatel.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Temer teve o que mereceu em Chapecó

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que é pior: ser vaiado ou desprezado? Ser apupado ou ignorado?

Não são questões fáceis estas que devem estar ocorrendo agora a Michel Temer.

Para resumir, pode-se dizer que ele teve o que merecia nesta sábado em Chapecó.

Depois de uma série de idas e vindas, em que o pânico das vaias falou alto para sua alma medrosa como de hábito, ele decidiu ir ao estádio do Chapecó para as homenagens às vítimas da tragédia.

As divergências no covil golpista

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A palavra da moda é pós-verdade. Trata-se apenas de uma forma de definir a mentira. No campo da pós-verdade, não valem os fatos, mas as crenças. Seu uso é sempre uma forma interessada de intervir no debate público, de modo a impedir o necessário apoio em fatos. Quem tem certeza absoluta não precisa da realidade. Por isso a pós-verdade é ao mesmo tempo a ferramenta predileta da imprensa hegemônica, dos partidos sem substância popular e dos poderes da República. Não há nada melhor que a suspensão do debate para quem defende seu território.

As novas fraudes da Lava Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Segundo pesquisa Ipsus, divulgada na Folha de hoje, 96% da população apoia a Lava Jato "custe o que custar". É uma coisa de louco: apoio à Lava Jato mesmo que traga instabilidade política, instabilidade econômica, desemprego.

O Ipsos vem fazendo pesquisas sobre Lava Jato e PT desde o início de 2016. Foram pesquisas importantes para subsidiar o golpe, que ainda não terminou: é preciso estabelecer um regime autoritário. O momento para divulgar essa pesquisa não poderia ser mais oportuno: na véspera da marcha pró-lava jato marcada para domingo. A consultoria política e publicitária da força-tarefa segue firme e operante.

A demanda dos fascistas que saíram às ruas no início do ano e que pretendem voltar a ela neste domingo se concretizou: fora Dilma, fora STF, queremos só Ministério Público e Polícia Federal.


Fora eleição, o resto é golpe

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nós sabemos que a dificuldade de pensar com a própria cabeça constitui um dos obstáculos mais sérios à uma atuação política coerente com as urgências da história de um país. Numa sociedade dividida em classes, onde a dinâmica elementar da vida política é alimentada por interesses divergentes e até incompatíveis, a falta de clareza a respeito dos objetivos prioritários é o caminho mais curto para a derrota e o retrocesso.

Situações políticas turbulentas, nas quais a relação de forças evolui rapidamente e a posição dos personagens principais se modifica de forma difícil de prever, são particularmente propícias ao engano e a confusão.

Onde é a saída para Temer?

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

A lembrança de um pequeno trocadilho, muito além de deduções políticas complexas ou elementares, é o melhor caminho para Michel Temer livrar-se da tormenta em que se meteu. É tudo muito simples. Basta abrir a porta do Palácio do Planalto e sair.

Temer cometeu crime de responsabilidade, como já foi amplamente falado, por pressionar um ministro, Marcelo Calero, da Cultura, em defesa dos interesses particulares de outro ministro, Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo. Ambos já fora das respectivas funções.

Meirelles afunda economia e já é fritado

Do site Vermelho:

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou ao cargo louvado pela mídia e pelo mercado financeiro, sua origem. Era apresentado como o salvador da economia. Passados seis meses, a ilusão acabou. Todos os indicadores econômicos pioraram, e a estratégia de colocar a culpa na gestão anterior já não cola mais. O líder da “equipe dos sonhos” agora é alvo de críticas e pressões, inclusive dentro do próprio governo. Descobriram agora que o ajuste fiscal prometido não vai tirar o país do buraco.


O voo solo dos tucanos

Por Helena Borges, no site The Intercept-Brasil:

Os panelaços realizados em bairros nobres na quarta-feira, dia 30, e a manifestação organizada pelos mesmos grupos de direita que pediram o impeachment de Dilma Rousseff, marcada para domingo, dia 4, evidenciam a queda da já pouca popularidade do presidente Michel Temer. E assim se encerra a lua-de-mel entre governo e PSDB, que se provou fogo de palha e acaba de apagar.

“Depende do presidente, não depende do PSDB”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos mais proeminentes nomes dentro do partido, nos idos de abril, pouco antes de Temer assumir o governo interino. Na mesma semana, chegou a afirmar que “o Brasil está em primeiro lugar, o partido vem depois“. No entanto, para deixar bem claro no caso de algo dar errado, arrematou: “Isso não será um governo do PSDB”.

FHC pode ser a solução para o golpismo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O velho ditado de que onde há fumaça tem fogo não costuma falhar.

A fumaça foi ao ar com um artigo do atual estrategista de redes do PSDB, o ex-ministro e grande amigo do ex-presidente, Xico Graziano.

Ele lançou o volta FHC.

Aécio sentiu o cheiro da fumaça e disse que se tratava de um artigo desrespeitoso a FHC. Tentou tampar a fumaça com um tapete.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Marcha do MBL e os “corruptos inteligentes”

Por Altamiro Borges

Paparicados pela mídia falsamente moralista, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua programaram para este domingo (4) novas “marchas pela ética na política”. Estes grupelhos fascistas, que apoiaram o “golpe dos corruptos”, não pedirão o impeachment do Judas Michel Temer e nem as prisões imediatas de Geddel Vieira, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Romero Jucá e de outros chefes da quadrilha que assaltou o Palácio do Planalto. Nem daria. Afinal, vários membros destas seitas foram contemplados com cargos no covil golpista. Eles pretendem apenas expressar apoio à midiática Operação Lava-Jato e ao “justiceiro” Sergio Moro – o novo ídolo da direita nativa.

Barbosa detona o “pau mandado” da Veja

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

O “golpe dos corruptos”, que alçou o Judas Michel Temer ao poder central, tem produzido cenas curiosas. Em 2012, a asquerosa revista Veja transformou o ministro Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, no “menino pobre que mudou o Brasil”. Carrasco do “mensalão petista” no STF, ele virou o herói dos que conspiravam contra a democracia e chegou até a ser cogitado como presidenciável. Mas o mundo dá voltas. Neste ano, Joaquim Barbosa passou a destoar da direita nativa e a mídia venal promoveu o seu sumário sumiço. Já nesta semana, ele criticou a “encenação” do impeachment de Dilma e despertou a raiva hidrófoba de Reinaldo Azevedo, o pitbull da mesma Veja.

O golpe se jogou em uma armadilha

O juiz Sérgio Moro está fugindo

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Leandro Fortes, no site da CTB:

A Operação Lava Jato, dentro de um contexto social e político honesto, teria sido um presente para o Brasil. Acho que ninguém discorda de que, um dia, seria necessário acabar com a cultura da corrupção que sempre ligou empreiteiros e políticos brasileiros.

O fato é que, em pouco tempo, foi fácil perceber que as decisões e ações demandadas pelo juiz Sérgio Fernando Moro estavam eivadas de seletividade. Tinham como objetivo tirar o PT do poder, desmoralizar o discurso da esquerda e privilegiar aqueles que, no rastro da devastação moral levada a cabo pelo magistrado, promoveram a deposição da presidenta Dilma Rousseff.

O preço alto de manter Temer no poder

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Michel Temer tem um dilema para resolver.

Seu grupo político no Executivo e sua base de sustentação no Legislativo são uma dor de cabeça sem tamanho. Ou, como diria minha falecida avó, bichados.

Envolvido em denúncias de corrupção que já conhecemos e em outras que nem imaginamos ainda.

De repente, quando menos se espera, uma surpresa diferente. Teve até pressão para liberar apê de luxo em Salvador.

A derrota da casta que se acha acima da lei

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Pode-se medir a importância para o Estado Democrático de Direito da decisão da Câmara dos Deputados desta terça-feira (29) de punir por crime de responsabilidade os abusos cometidos por procuradores do Ministério Público e juízes pelas reações imediatas e iradas de Deltan Dallagnol e Carlos Fernando de Souza, destacados próceres da República de Curitiba.

Para Dallagnol, o texto aprovado pelos deputados "é uma tentativa de aterrorizar promotores, procuradores e juízes." Já Carlos Fernando vê o começo do fim da guerra à corrupção. A chave para entender a revolta da dupla está ao alcance de qualquer mortal : a Câmara acrescentou uma emenda à nova lei anticorrupção prevendo que sejam processados por crime de responsabilidade procuradores e juízes que instaurem ações movidos pela busca de "promoção pessoal ou perseguição política."

A falência da democracia de Facebook

Por Nathan Heller, no site Outras Palavras:

Em dezembro de 2007, o jurista Cass R. Sunstein escreveu no The Chronicle of Higher Education um artigo sobre os efeitos da filtragem que frequentemente acompanha a difusão de informações na rede. “Como resultado da internet, vivemos cada vez mais numa era de enclaves e nichos – a maioria voluntariamente, a maioria produzida por aqueles que pensam saber, e frequentemente sabem, aquilo de que provavelmente gostamos”, observou Sunstein. No artigo, “A Polarização dos Extremos”, Sunstein argumentava que a tendência era de efeitos negativos para a orientação – ou, mais precisamente, a desorientação – da opinião pública. “Se as pessoas estão separadas em enclaves e nichos, o que vai acontecer com sua opinião?”, pergunta ele. “Quais os eventuais efeitos disso na democracia?”

Michel Temer respira por aparelhos

Por Eric Nepomuceno, na revista Caros Amigos:

Algo novo e surpreendente está ocorrendo no Brasil: o governo de Michel Temer, surgido de um golpe institucional que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, se deteriora em velocidade alucinante.

Enquanto se aprofunda a mais severa recessão já vivida pelo País, com todos – absolutamente todos – os indicadores econômicos retrocedendo de forma contundente, Michel Temer demonstra fartamente que sua ausência de estatura (política, ética e moral) para ocupar a presidência do maior País latino-americano corresponde a uma extrema inabilidade para conduzir-se em meio à tempestade.

Contra boato, Aécio jura lealdade a Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Renan Calheiros sabe o que faz quando insiste com Temer para fortalecer o PSDB em seu governo. Há mais gente na coalisão do golpe colecionando sinais de que o partido desistiu de Temer e pretende derrubar a “pinguela” e eleger indiretamente FHC para um mandato tampão de “conciliação nacional” no ano que vem. Estes boatos levaram o ex-ministro Marcelo Calero a negar, no Facebook, que tenha agido em sintonia com os tucanos ao detonar Geddel, Padilha e Temer. Aécio Neves, presidente do PSDB, que na crise Geddel foi solidário a Temer e até defendeu que Calero fosse investigado, em conversa com o 247, negou peremptoriamente e reiterou a lealdade tucana a Temer.

Brasil deve rejeitar os tribunais de exceção

Por Marco Aurelio Garcia, no blog Nocaute:

Judicialização da política, você já deve ter ouvido mais de uma vez essa expressão que pode parecer um pouco enigmática, o que significa? Significa completamente quando o poder judiciário se mete de forma indevida para resolver problemas políticos que são essencialmente de competências do poder executivo e do poder legislativo. Isto é um fenômeno que ocorre na maioria das vezes quando há crises políticas e sobretudo quando essas crises são agravadas por um crise econômica e social, como é o caso do Brasil hoje.