segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Ano da esperança ou dos retrocessos

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Este é um ano decisivo porque de transição, entre o golpe de 2016 e o que deve ser o ano das novas eleições presidenciais, em 2018. Pode ser o ano da consolidação do governo golpista, caso ele consiga blindar o processo eleitoral, eliminando Lula da disputa, ou pode ser a preparação do cenário de recuperação, por parte do povo, do direito de eleger por via direta, de novo, o presidente do país.

O Brasil saiu da ditadura, mas nunca chegou à democracia. O caráter predominantemente liberal da transição à democracia fez com que esta fosse um processo limitado às estruturas políticas – descentralizando o poder em torno do Estado, restabelecendo a autonomia dos três poderes da República, promovendo os processos eleitorais, a diversidade partidária, entre outras medidas.

Justiça bloqueia bens de Blairo Maggi

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Do jornal Brasil de Fato:

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT), teve bens bloqueados pela Justiça do Mato Grosso nesta quarta-feira (11). Ele responde a processo por improbidade administrativa, acusado de ter participado de um esquema que comprou uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A decisão, que bloqueou R$ 403 mil de Maggi foi tomada na segunda-feira (9) pelo juiz Luís Parecido Bertolussi Júnior, tornando indisponíveis também veículos do político. José Riva (PSD), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, também foi alvo do processo. As informações são do jornal Folha de São Paulo.


A tragédia de Mariana e a febre amarela

A crise da previdência privada no mundo

Por Pere Rusiñol, no site da CTB:

Os lobistas das aposentadorias privadas passam toda a vida anunciando a iminente crise do modelo público. E agora que os recursos das aposentadorias atingiram níveis mínimos, o que ameaça de fato entrar em erupção são os sistemas privados. Em todo o mundo.

O modelo público espanhol é de repartição: os trabalhadores de hoje pagam os vencimentos dos aposentados. A maioria dos sistemas privados, por outro lado, tem um modelo de capitalização: cada trabalhador coloca dinheiro em uma conta própria, que será sua futura pensão.

Por que o PCC cresceu tanto sob Alckmin?

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que o PCC ganhou no acordo com o governo paulista em 2006?

Na época, a facção realizou vários ataques, especialmente a postos da Polícia Militar, de maneira coordenada. Eles foram interrompidos após uma reunião no presídio de Presidente Bernardes, no interior do estado.

De acordo com o Estadão, a solução foi encaminhada pela advogada Iracema Vasciaveo, então presidente da ONG Nova Ordem, que defendia os direitos dos presos e representava o PCC.

Folha tenta levantar o moral de Moro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A assessoria de imprensa da Lava Jato – leia-se, Folha de São Paulo – estampa a seguinte manchete em seu site, triunfante: “TRF mantém ou endurece 70% das penas aplicadas por Sergio Moro”.

De 23 condenados por Moro, 8 tiveram as penas mantidas, 8 tiveram as penas endurecidas, 4 foram absolvidos pelo TRF e 3 tiveram suas penas diminuídas.

No meio da matéria vem a pegadinha.

FMI rebaixa previsão de crescimento

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta segunda-feira previsão de crescimento de apenas 0,2% para o Brasil em 2017, índice menor que o divulgado na semana passada pelo boletim Focus do Banco Central e pelo Mundial, de 0,5%. A previsão do FMI, de crescimento maior, embora moderado, para as economias dos Estados Unidos e da China, é mais um indicador de que a estagnação brasileira tem um forte componente interno, que é a incerteza dos agentes econômicos em relação ao futuro do governo Temer.

Pastor Everaldo e os cristãos de araque

Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

Esse PSC, onde fundamentalistas religiosos, fascistas e pilantras em geral militam e se misturam, pode ser a chave para se descobrir como funcionou o financiamento do golpe que tirou a presidenta Dilma Rousseff do poder.

Trata-se, antes de tudo, de uma quadrilha mal disfarçada.

A taxa de juros e a farra dos bancos

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A situação geral de nosso país continua indo de mal a pior. A crise econômica se entrelaça cada vez mais à crise econômica, com seus tentáculos atingindo também a dimensão social e institucional. A cada novo dia que passa as imagens, as novidades e as rotinas repetidas retratam uma Nação que afunda a olhos vistos.

A recessão grave se impôs como uma realidade da dinâmica econômica, perpassando todos os setores de atividade e todas as regiões. O desemprego segue firme e forte, com o aumento expressivo no número de pedidos de falência de empresas por todos os cantos. A tragédia social começa a atingir também as finanças públicas de unidades importantes da federação, a exemplo do que ocorre de forma mais visível no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Uerj: uma universidade na UTI

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

O estado de calamidade pública do Rio de Janeiro - reconhecido pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em novembro de 2016 - pode causar sérios danos à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), 11ª melhor universidade do País, de acordo com o ranking da Times Higher Education, também do ano passado. Nesta terça-feira (10), o reitor Ruy Garcia Marques e a reitora Maria Georgina Munis Washington divulgaram uma carta afirmando que a crise financeira pode fazer com que a universidade não seja aberta no início do ano letivo, que começa nesta segunda-feira (16).

Doria: a política sob a forma do ridículo

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fran Alavina, no site Outras Palavras:

Após o ano do absurdo, 2017 inicia-se como passagem do absurdo ao ridículo. A história política mostra que uma vez alcançado o absurdo fatalmente se chega ao ridículo. Parece ser algo inevitável, como se tratasse de um aspecto imanente aos períodos de decadência dos regimes políticos. Antes que Maria Antonieta ridicularizasse os famintos de Paris, a monarquia francesa havia se refestelado em absurdas pompas e banquetes. Em Roma, Nero não era menos absurdo que ridículo. Se é verdade que na história as coisas se repetem a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. não se deixe de reconhecer que não há tragédia sem algo de absurdo, nem farsa sem algo de ridículo.

O golpismo de Janot: eternizar-se na PGR

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Globo noticia que Rodrigo Janot pretende mais um mandato à frente da Procuradoria Geral da República.

Diz, segundo o jornal, que ele é “a garantia da Lava Jato”

Quando as ações institucionais são personalizadas, deixam de ser instituições e se tornam projetos de poder.

E isso virou uma febre na Justiça e seu entorno.

O golpe e os dez passos para trás

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

Na história recente do Brasil, será difícil encontrar um período tão marcado pelo retrocesso como 2016. Num curto espaço de tempo, a democracia e os direitos sociais foram atacados de modo selvagem. Foi o ano em que a relação entre as forças sociais perdeu qualquer equilíbrio, em uma guinada a favor do 1%, sem sistema de freios.

A consumação do golpe parlamentar, em abril-maio, e sua confirmação, em agosto, abriu a caixa de Pandora, que estava à espera de uma oportunidade adequada. Velhos projetos foram desengavetados. O atrevimento da casa-grande, contido por algum tempo, voltou com força redobrada.

Temer pode tornar Lula “invencível”

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Setores do PT articulam o lançamento da terceira candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. O evento seria na próxima sexta-feira (20/1) durante reunião do Diretório Nacional do partido, em São Paulo. É uma boa ideia. Talvez não no contexto pretendido inicialmente, mas certamente em outros contextos possíveis.

Antes de prosseguir, porém, quero avisar ao leitor que vou me valer, aqui, de um recurso estilístico conhecido como nariz-de-cera, ou seja, um longo preâmbulo ao tema central, determinado pelo título do post.

Cármen Lúcia e o conflito de interesses

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A campanha já indiscreta para transformar Carmen Lúcia em candidata séria à sucessão de Michel Temer - agora ou em 2018 - deveria receber um tratamento mais cauteloso de seus aliados assumidos ou encobertos. Presidente do STF pelo prazo de dois anos, Carmen Lúcia está condenada a desempenhar um papel decisivo na definição de candidaturas que eventuais adversários - num caso em que o conflito de interesses pode assumir um caráter particularmente vergonhoso.

Vamos examinar a questão essencial da sucessão de Temer: o candidato declarado Luiz Inácio Lula da Silva, hoje o líder em todas as pesquisas para o primeiro turno.

Clã Marinho degola Alexandre de Moraes

Por Altamiro Borges

O truculento Alexandre de Moraes – “ministro da justiça”, em minúscula, como escreve Eugênio Aragão – parece que está com os seus dias contados no covil golpista de Michel Temer. Além de incompetente e mentiroso, como ficou evidente nos recentes massacres em presídios, o egocêntrico vai colecionando inimigos por todos os cantos. Juristas e advogados de renome já lançaram um manifesto pelo sua imediata exoneração do posto. Agora, a própria revista Época, do Grupo Globo, parece que resolveu rifá-lo. Numa longa reportagem, que não seria publicada sem o prévio consentimento da famiglia Marinho, ela concluiu que Alexandre de Mores é “o homem errado” para a função.

Outro traste na Secretaria da Juventude?

Por Altamiro Borges

O Judas Michel Temer parece consultar os boletins de ocorrência para indicar seus ministros. Sete inclusive já foram defenestrados do covil golpista. O último a ser defecado foi o Secretário Nacional da Juventude, o fascistinha Bruno Júlio, que andou pregando uma “chacina por semana” após os lamentáveis episódios do presídio de Manaus. Em seu lugar, o usurpador nomeou nesta quinta-feira (12) outro traste: o advogado Francisco de Assis Costa Filho. Nem a mídia chapa-branca, tão subserviente diante das besteiras do governo ilegítimo, conseguiu esconder a ficha corrida deste “jovem”. Até o jornal O Globo, da mercenária famiglia Marinho, estranhou a indicação. Vale conferir:

Posse de Trump atemoriza brasileiros nos EUA

Do site Vermelho:

A uma semana da posse do novo presidente americano, a comunidade brasileira nos Estados Unidos segue com apreensão por conta das declarações de Donald Trump. Afinal, uma das promessas de campanha do republicano foi a deportação em massa de imigrantes ilegais. As informações são da Rádio França Internacional.

Legais ou ilegais, estudantes ou profissionais, imigrantes recentes ou “veteranos”, os brasileiros residentes nos EUA não estão tranquilos. Afinal, as últimas nomeações de Trump para seu gabinete sinalizam com razões concretas para as apreensões dos “brazucas”. Além de ter feito da “deportação em massa” de imigrantes ilegais um dos cavalos de batalha de sua campanha, o magnata nomeou o senador republicano Jeff Sessions, conhecido por seu discurso anti-imigração, como secretário de Justiça dos Estados Unidos.

Carnaval é espaço de luta política

Por Juliana Gonçalves, no site The Intercept-Brasil;

Purpurina, transgressão e resistência. No meio da folia carnavalesca, que já encena seus primeiros atos em 2017, a discussão política ganha espaço nos blocos de rua. Com o lema “Carnaval, folia e luta”, blocos não autorizados pela Prefeitura do Rio ocuparam as ruas do centro da cidade no primeiro domingo do ano, dia 8, em um ato festivo contra as imposições do governo, como o monopólio da cervejaria patrocinadora do evento oficial nas vendas de bebida.

Trump assume sob bombardeio midiático

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Nem analistas, nem altas esferas de Washington podem prever o que Donald Trump vai realmente fazer, ou poder fazer, após tomar posse no próximo dia 20. A imprevisibilidade e o temperamento errático, além de seu caráter outsider, são alguns dos motivos pelos quais o presidente republicano, eleito após oito anos de domínio democrata com Barack Obama, tem causado calafrios e tem sido vítima de uma verdadeira guerra midiática.