quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Janot vai investigar Aécio Neves. Será?

Por Altamiro Borges

O Jornal do Brasil noticiou nesta terça-feira (31) que Rodrigo Janot finalmente decidiu investigar as relações sinistras do cambaleante Aécio Neves com poderosas empreiteiras. "Após as delações da Odebrecht, a Procuradoria-Geral da República deve pedir nos próximos dias ao STF que um inquérito sobre o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, seja aberto. A acusação é de que o tucano teria recebido dinheiro das empreiteiras que fizeram as obras da Cidade Administrativa em Minas Gerais: entre elas a Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez".

O demagogo Doria já sumiu da periferia

Por Altamiro Borges

Durante a campanha eleitoral, o ricaço João Doria se fantasiou de “João Trabalhador” nos programas de televisão. Ele comeu pastel na feira e bebeu cafezinho em botecos da periferia de São Paulo – sempre com cara de nojo. Muita gente acreditou no marketing do candidato do PSDB. Tanto que ele venceu no primeiro turno a eleição para a prefeitura. Mas bastou um mês de gestão para revelar toda a falsidade do demagogo. Nesta terça-feira (31), a Folha serrista publicou uma matéria que mostra que o novo prefeito já abandonou a periferia da capital paulista. Pobre dos pobres que acreditaram em “João Dólar”.

Temer esconde custos das viagens aéreas

Por Altamiro Borges

Pelos nomes indicados para compor o seu “ministério de notáveis” já era possível prever que o “governo” de Michel Temer seria um paraíso dos corruptos. Vários deles estavam metidos em falcatruas, colecionando processos na Justiça. Sete deles inclusive já foram defecados do covil golpista. Outros tantos, como Eliseu Padilha e Moreira Franco, estão na linha de tiro. Mas a sujeira ainda não veio totalmente à tona. A quadrilha no poder tomou inúmeras medidas para encobri-la. A falta de transparência é uma marca deste bando. Uma matéria postada na servil revista Época é prova de que o pior ainda está por vir.

Globo, Lava-Jato e o circo Brasil

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A manchete principal do site do jornal O Globo, às 18h29min desta segunda-feira, simboliza perfeitamente a principal arma da Globo para controlar a opinião pública: jornalismo de péssima qualidade.

A chamada, como se fosse a grande notícia do dia, é a seguinte: “Merval Pereira: Liberação das delações pode diminuir a pressão”.

O artigo de Merval (meus comentários vem em negrito):

O ego supremo na disputa do STF

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Tem ganhado espaço nos meios de comunicação os nomes de possíveis indicados a preencher a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, que era ocupada por Teori Zavascki, morto em desastre aéreo sob investigação. A enxurrada de sugestões que surgem em meio a balões de ensaios, defesas de posições e exibições vergonhosas de sabujice explícita, indica a força que o Judiciário vem ganhando no jogo político.

Como fica cada vez mais patente, não se trata de uma discussão que leve em conta apenas as atribuições da corte, mas seu papel decisivo num momento de desequilíbrio dos poderes da República. O interesse na substituição de Teori Zavascki não escondeu, em nenhum momento, a perspectiva de procrastinação possível dos processos por ele relatados. Toda a consternação com as circunstâncias trágicas da morte do ministro surgiu tingida de pragmatismo.

Um funeral para a universidade pública

Por Helena Borges, no site The Intercept-Brasil:

Orçamento cada vez mais magro, greves recorrentes e o fantasma da privatização pairando no ar: o retrato da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) reflete o cenário apresentado em outras instituições públicas de ensino superior do Brasil, como as universidades estaduais de São Paulo, da Bahia e até mesmo da rede federal.

“Em praticamente todos os Estados da Federação há informes de que as universidades estaduais e municipais passam por momentos difíceis, em muitos casos interrompendo serviços que beneficiam sobretudo a parcela mais carente da população”, manifesta-se, em nota, a Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais.

Fim do ciclo progressista na América Latina?

Por Sérgio Martín Carrillo, no site Vermelho:

Depois de mais de 15 anos que as políticas neoliberais começaram a ser expulsas paulatinamente dos denominados países progressistas da região latino-americana, ao longo do ano de 2016 (coloquemos como início dezembro de 2015) começou a surgir a ideia de “mudança de ciclo” na América Latina.

Foram as vitórias da direita regional nas eleições presidenciais da Argentina e as legislativas na Venezuela que pareciam inaugurar este aparente novo ciclo político na região. A estas vitórias eleitorais se uniu a mudança de governo mediante um golpe orquestrado no Brasil contra a presidenta Dilma Rousseff e a derrota do governo boliviano em referendo. A Nicarágua foi a única nota dissonante no ano de 2016 [com a reeleição do presidente Daniel Ortega].

Cabral e Aécio: por que só um está preso?

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um vídeo disponível no YouTube mostra o jovem Aécio Neves no desfile de abertura da Conferência Mundial da Juventude, realizada em 1985 na cidade de Moscou.

“Olha a delegação comunista do Brasil, o Aecinho segurando a bandeira”, narra o jornalista Marcelo Tas, que fazia dupla com Fernando Meirelles num programa da TV Gazeta de São Paulo, ele como repórter Ernesto Varella; Meirelles, como cinegrafista.

No mesmo grupo, Gonzaguinha e Martinho da Vila, reconhecidos pela militância de esquerda e, por isso, presenças naturais num evento organizado pelo governo comunista da União Soviética.

Presente neoliberal: 5 milhões sem emprego

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


O desemprego, medido pelo IBGE, chegou a 12% no último trimestre de 2016 (contra 11,8 no trimestre anterior), o que torna certo que a taxa subirá mais no início de 2017, pelo menos. Dezembro é um mês de dispensas, normalmente e, segundo o Ministério do Trabalho, passou de 400 mil o número de pessoas que perderam a carteira assinada no mês passado, sem contar os “bicos” de Natal.

"Não haveria o golpe sem a mídia"

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Não haveria 'esta' Lava Jato, com uso político, sem a mídia. A opinião é do procurador federal Eugênio Aragão. Em declaração ao Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, nesta segunda-feira (30), o ex-ministro da Justiça criticou o papel jogado pelos grandes meios de comunicação não apenas na espetacularização e partidarização da Operação Lava Jato, mas também no processo ilegal de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A Petrobras e a Fada dos Dentes

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Em nova mancada, do ponto de vista estratégico e de comunicação com o público, a diretoria da Petrobras acaba de anunciar outra "baixa" - ridícula - do preço dos combustíveis nas refinarias, da ordem de alguns centavos por litro, quando poderia estar guardando esse dinheiro para ajudar na recuperação do faturamento da empresa.

Temer veta escola de cinema de Cuba

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

“A decisão do Ministério da Cultura (MinC) é tacanha, baseada em uma visão ideológica tacanha de preconceito contra Cuba. Vamos ter uma perda, sem dúvida”, afirmou o ex-secretário executivo do MinC João Brant, que trabalhou na pasta até o fim do governo Dilma Rousseff (PT), sobre a descontinuidade do convênio de 30 anos entre o governo e a Escola Internacional de Cinema e TV de San Antonio de Los Baños (EICTV), em Cuba. “É lamentável que o ministério acabe com essa política de trabalho conjunto”, acrescentou, sobre ato governo de Michel Temer (PMDB).

Lava-Jato: o Brasil aguenta o tranco?

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Teori Zavascki, o juiz da Operação Lava Jato em Brasília, estava muito preocupado ao ver o filho Francisco pela última vez, em Porto Alegre, na véspera de encontrar a morte em um desastre aéreo rumo a Paraty, no litoral fluminense.

Examinava há alguns dias o roteiro das delações de mais de 70 executivos da construtora Odebrecht, papelada que caberia a ele validar ou anular. E ficara impressionado, a se perguntar se o País aguentaria o tranco. “Acho que 2017 vai ser muito mais complicado que 2016”, comentou com o filho, autor de relatos sobre a conversa. Por quê? “Pelo envolvimento de pessoas realmente poderosas.”

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Temer destrói contas públicas e culpa Dilma

Por Altamiro Borges

Marcela Temer, a primeira-dama “recatada e do lar” que recentemente foi censurada pelo marido, deveria sugerir a ele que deixasse de falar besteiras. Fica até parecendo que o rapaz está meio gagá. Nesta terça-feira (31), foram divulgados os dados sobre as contas públicas em 2016. Uma tragédia! O déficit primário acumulado foi de R$ 155,791 bilhões – o pior da história recente do país. Diante destes números dramáticos, que só confirmam o desastre causado pelo “golpe dos corruptos” e a total incompetência da quadrilha que assumiu o poder, Michel Temer afirmou que a culpa é do governo anterior. Haja cinismo!

Temer ignora STF e esconde “lista suja”

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira ainda não divulgou o cadastro de empregadores flagrados com mão de obra análoga à de escravo, a chamada ''lista suja'' da escravidão.

Criada em 2003 pelo governo federal, a ''lista suja'' é considerada pelas Nações Unidas um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo no Brasil e apresentada como um exemplo global por garantir transparência à sociedade e um mecanismo para que empresas coloquem em prática políticas de responsabilidade social.

Temer e o fabricante de balas de borracha

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Tempos cada vez mais sombrios na presidência da República: foi anunciado hoje em Brasília que, entre os novos membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o “conselhão” criado por Lula, será empossado o empresário Carlos Erane de Aguiar, que preside a Condor Tecnologias Não-Letais e o Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (Simde). A Condor, empresa de Nova Iguaçu (RJ), é uma das maiores fabricantes de balas de borracha, gás lacrimogêneo e spray de pimenta do mundo. Ou seja, um especialista em reprimir manifestações virou conselheiro da presidência da República. Tudo a ver com a era Temer.

Trump: as contradições na burguesia dos EUA

Por Gaio Doria, no blog Resistência:

Para uma parte considerável dos observadores das últimas eleições estadunidenses, a vitória de Donald Trump apareceu como uma grande surpresa. Como foi possível um racista, misógino e “fascista” se eleger presidente no “país mais importante do mundo”? Ainda mais surpreendente, um candidato supostamente anti-establishment que enfrentou forte oposição até mesmo dentro da própria legenda por onde concorreu.

A delação e a dança dos mineirinhos

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – o assalto final ao país

Tem-se um presidente da República suspeito de corrupção. Seu preceptor maior – ex-deputado Eduardo Cunha – já está preso. Se receberem o mesmo tratamento dado a Cunha, seus dois lugares-tenentes – Ministro Eliseu Padilha e Secretário Moreira Franco – também irão para a prisão.

Nos últimos tempos, no entanto, esse grupo abaixo de qualquer suspeita, colocou em prática as seguintes medidas, tentando desesperadamente acumular poder para impedir a marcha dos processos:

1. Assumir o controle geral das definições de produtos de conteúdo nacional para as compras públicas, colocando de lado os técnicos do BNDES e Finep. Empresa que quiser ter seu produto enquadrado, terá que beijar as mãos do grupo.

Sardenberg articula o pensamento da Globo

Do blog Viomundo:

Em comentário na rádio CBN, Carlos Alberto Sardenberg colocou o milionário Eike Batista no colo de Lula e Dilma.

Referiu-se a fotos publicadas nos jornais “provando” a proximidade entre o trio e disse que Eike é o exemplo descarado do capitalismo “de favor”.

Tomado por súbita amnésia, esqueceu que trabalha num império construído de braços dados com a ditadura militar.

O preço da mixofobia de João Dória

Por Jorge Felix, no site Brasil Debate:

O diversionismo é o instrumento mais vulgar do marketing político. Quando o governante intenta omitir algum ato ou projeto, inventa algo atraente para a imprensa e, sobretudo, seus adversários, ocupando assim aqueles que deveriam fiscalizar ou conhecer as suas verdadeiras intenções e ações. É receita conhecida do jornalismo político em primeiros dias de mandato. O maior exemplo na história foi o de Jânio Quadros na Presidência da República com suas ordens para criar um uniforme civil (o safari), proibir o biquíni na transmissão do concurso de miss, criminalizar o lança perfume, entre outras notícias com potencial para deixar jornalistas sem dormir de tanto trabalho.