Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Distribuído como peça de propaganda em sua viagem a Doha, a principal contribuição do vídeo de quatro minutos do prefeito João Dória sobre São Paulo ocorre no plano cultural. É um lamentável monumento do colonizado a colonização, aqui exibida como opção para salvar a maior cidade brasileira.
Cinco séculos depois da chegada das caravelas de Cabral ao litoral da Bahia, o prefeito da maior cidade brasileira assume a postura do chefe tribal - nada a ver com autoridade eleita democraticamente, direito que os brasileiros só puderam conquistar séculos mais tarde - que decide negociar as riquezas erguidas na cidade. Estamos falado de um patrimônio formado, tijolo a tijolo, desde 1554, pelo trabalho duro de seus cidadãos, numa história que inclui três séculos de escravidão, o braço que plantou e colheu as riquezas originais, para promover o "maior programa de privatização de sua história."
Distribuído como peça de propaganda em sua viagem a Doha, a principal contribuição do vídeo de quatro minutos do prefeito João Dória sobre São Paulo ocorre no plano cultural. É um lamentável monumento do colonizado a colonização, aqui exibida como opção para salvar a maior cidade brasileira.
Cinco séculos depois da chegada das caravelas de Cabral ao litoral da Bahia, o prefeito da maior cidade brasileira assume a postura do chefe tribal - nada a ver com autoridade eleita democraticamente, direito que os brasileiros só puderam conquistar séculos mais tarde - que decide negociar as riquezas erguidas na cidade. Estamos falado de um patrimônio formado, tijolo a tijolo, desde 1554, pelo trabalho duro de seus cidadãos, numa história que inclui três séculos de escravidão, o braço que plantou e colheu as riquezas originais, para promover o "maior programa de privatização de sua história."