quarta-feira, 5 de abril de 2017
Lula é a estabilidade contra o caos
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
Por trás da fumaça que vem do Tribunal Superior Eleitoral (o TSE, como se sabe, decidiu adiar o julgamento da chapa Dilma-Temer, oferecendo sobrevida ao moribundo consórcio Temer/PMDB/PSDB) e de Curitiba (a Lava-Jato se consolida como um Tribunal de Exceção, conduzido por um juiz desequilibrado que manda prender blogueiro), alguns movimentos quase imperceptíveis no mundo da política indicam que o cenário mudou.
O fato político mais importante dos últimos 10 dias não foi, tampouco, a capa da “Veja”, que indica Aécio Neves no mesmo caminho trilhado por Carlos Lacerda em 64: implorou pelo golpe, achando que herdaria o poder, e terminou cassado pelo processo que ajudou a fomentar. Aécio é um cadáver, e será devorado, mas deixemos os mortos vivos em paz… O fato mais importante foi outro: a declaração enfática de Nelson Jobim (ex-ministro do STF, mas que é sobretudo um peemedebista com trânsito no PT e no PSDB) defendendo que “proibir Lula de ser candidato é fazer o que fizeram os militares”.
Por trás da fumaça que vem do Tribunal Superior Eleitoral (o TSE, como se sabe, decidiu adiar o julgamento da chapa Dilma-Temer, oferecendo sobrevida ao moribundo consórcio Temer/PMDB/PSDB) e de Curitiba (a Lava-Jato se consolida como um Tribunal de Exceção, conduzido por um juiz desequilibrado que manda prender blogueiro), alguns movimentos quase imperceptíveis no mundo da política indicam que o cenário mudou.
O fato político mais importante dos últimos 10 dias não foi, tampouco, a capa da “Veja”, que indica Aécio Neves no mesmo caminho trilhado por Carlos Lacerda em 64: implorou pelo golpe, achando que herdaria o poder, e terminou cassado pelo processo que ajudou a fomentar. Aécio é um cadáver, e será devorado, mas deixemos os mortos vivos em paz… O fato mais importante foi outro: a declaração enfática de Nelson Jobim (ex-ministro do STF, mas que é sobretudo um peemedebista com trânsito no PT e no PSDB) defendendo que “proibir Lula de ser candidato é fazer o que fizeram os militares”.
Qual é a base do otimismo com a economia?
Perde-se a conta das vezes em que o otimismo até certo ponto misterioso das frequentes sondagens de expectativa empresarial sucumbe à realidade da economia. O mantra incessante de Brasília sobre o fim da recessão e o raiar da recuperação também não adiantou.
Os dados de fevereiro do IBGE, divulgados na sexta-feira 31, mostram um aumento drástico do desemprego, de 11,7% no trimestre de dezembro a fevereiro, na comparação com o período de setembro a novembro.
A variação correspondeu ao acréscimo de 1,4 milhão de desempregados, elevando o total para inéditos 13,5 milhões de trabalhadores sem ocupação. A taxa de desemprego, de 13,2%, é a mais alta para trimestres desde que o instituto começou a publicar a pesquisa, em 2012. Em um ano, são 3,2 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 30,6%.
Ampliar as alianças contra o retrocesso
Por Verônica Couto, no site SOS Brasil Soberano:
A necessidade de ampliar as alianças políticas, de modo a fortalecer a resistência ao projeto implantado após o impeachment, foi defendida pela maior parte dos palestrantes do I Simpósio SOS Brasil Soberano, realizado nesta sexta-feira (31/03), no Rio de Janeiro. Os debates de alternativas “Contra a crise, pelo emprego e pela inclusão”, tema do evento, também apontaram a urgência da retomada do investimento público. Especialmente na construção civil, para gerar empregos e estimular a economia, proposta do professor Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES, e na tecnologia nacional, para assegurar posições estratégicas na indústria e no mercado internacional, como destacou o engenheiro Alan Paes Leme Arthou, ex-coordenador do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear da Marinha (Prosub). Tais medidas, voltadas à proteção de direitos e da soberania nacional, poderiam constituir, na avaliação do ex-ministro de C&T, Roberto Amaral, uma plataforma de unidade na resistência democrática e contra o programa em curso, de desconstrução do Estado.
A necessidade de ampliar as alianças políticas, de modo a fortalecer a resistência ao projeto implantado após o impeachment, foi defendida pela maior parte dos palestrantes do I Simpósio SOS Brasil Soberano, realizado nesta sexta-feira (31/03), no Rio de Janeiro. Os debates de alternativas “Contra a crise, pelo emprego e pela inclusão”, tema do evento, também apontaram a urgência da retomada do investimento público. Especialmente na construção civil, para gerar empregos e estimular a economia, proposta do professor Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES, e na tecnologia nacional, para assegurar posições estratégicas na indústria e no mercado internacional, como destacou o engenheiro Alan Paes Leme Arthou, ex-coordenador do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear da Marinha (Prosub). Tais medidas, voltadas à proteção de direitos e da soberania nacional, poderiam constituir, na avaliação do ex-ministro de C&T, Roberto Amaral, uma plataforma de unidade na resistência democrática e contra o programa em curso, de desconstrução do Estado.
Doria, o Berlusconi da Lava-Jato?
Por Jeferson Miola
O prefeito paulistano João Dória é uma das apostas da classe dominante caso a Lava Jato fracasse na condenação arbitrária do Lula e não consiga impedir sua candidatura. Estariam reservando a Dória, o “João trabalhador” do marketing eleitoral, o mesmo papel que o fascista Sílvio Berlusconi desempenhou na Itália pós-Operação Mãos Limpas?
O PIB da Itália em 1992, então a quinta economia do planeta, era de U$$ 1,28 trilhões. Em 1994, no auge das apurações da Mãos Limpas, o PIB desabou 17%, para US$ 1,06 trilhões, significando o derretimento de US$ 221 bilhões da economia do país em decorrência do fechamento de empresas e de prisões e suicídios de empresários.
O prefeito paulistano João Dória é uma das apostas da classe dominante caso a Lava Jato fracasse na condenação arbitrária do Lula e não consiga impedir sua candidatura. Estariam reservando a Dória, o “João trabalhador” do marketing eleitoral, o mesmo papel que o fascista Sílvio Berlusconi desempenhou na Itália pós-Operação Mãos Limpas?
O PIB da Itália em 1992, então a quinta economia do planeta, era de U$$ 1,28 trilhões. Em 1994, no auge das apurações da Mãos Limpas, o PIB desabou 17%, para US$ 1,06 trilhões, significando o derretimento de US$ 221 bilhões da economia do país em decorrência do fechamento de empresas e de prisões e suicídios de empresários.
TSE deixou claro: é para inglês ver
Se alguém tinha ilusões com o julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, é bom ir enfiando a viola no saco. A sessão de abertura do julgamento deixou claro como será o jogo: com prazos, recursos e procrastinações, o julgamento vai terminar quando Temer não for mais presidente. Ou quando faltar tão pouco tempo para a eleição presidencial que os ministros poderão dizer candidamente: para o bem do país, que fique tudo como está.
Os partidos devedores em fuga
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
A temerária ação do Procurador Dallagnol contra o PP, cobrando mais de dois bilhões de reais daquele Partido, decorrentes de lesões ao erário, que ele assevera cometidas por filiados ao mesmo, certamente abre a lista de um rosário de ações judiciais, que visam o extermínio dos partidos políticos no Brasil. Isso só foi possível “naturalizar”, como ação do Ministério Público Federal, após um exitoso movimento da mídia tradicional, articulado com direita liberal orgânica – existente na burocracia do Estado e na maioria dos partidos tradicionais – para criminalizar a política de forma radical. Por dentro da política democrática e com o funcionamento normal das suas instituições, não conseguiriam fazer as suas reformas de desmonte do Estado, de terceirizações selvagens e de entrega do pré-sal.
A temerária ação do Procurador Dallagnol contra o PP, cobrando mais de dois bilhões de reais daquele Partido, decorrentes de lesões ao erário, que ele assevera cometidas por filiados ao mesmo, certamente abre a lista de um rosário de ações judiciais, que visam o extermínio dos partidos políticos no Brasil. Isso só foi possível “naturalizar”, como ação do Ministério Público Federal, após um exitoso movimento da mídia tradicional, articulado com direita liberal orgânica – existente na burocracia do Estado e na maioria dos partidos tradicionais – para criminalizar a política de forma radical. Por dentro da política democrática e com o funcionamento normal das suas instituições, não conseguiriam fazer as suas reformas de desmonte do Estado, de terceirizações selvagens e de entrega do pré-sal.
A classe trabalhadora e o discurso liberal
Por Jordana Dias Pereira, no site da Fundação Perseu Abramo:
Uma boa polêmica tomou conta de redes sociais a partir da recém-lançada pesquisa da Fundação Perseu Abramo, que aponta uma tendência das camadas de menor renda da nova classe trabalhadora para a orientação liberal.
A princípio, é importante destacar que este resultado não é uma novidade para o campo progressista. Há extensa bibliografia sobre os efeitos da ascensão social e do aumento do poder aquisitivo neste estrato social específico.
Os governos do PT, com políticas de ampliação do crédito e de aumento do salário mínimo, possibilitaram que o povo alcançasse aquilo que almejava num primeiro momento: acesso aos bens consumo (eletrodomésticos, carro, casa própria…). Isso deve ser visto como uma conquista importante da classe trabalhadora.
Uma boa polêmica tomou conta de redes sociais a partir da recém-lançada pesquisa da Fundação Perseu Abramo, que aponta uma tendência das camadas de menor renda da nova classe trabalhadora para a orientação liberal.
A princípio, é importante destacar que este resultado não é uma novidade para o campo progressista. Há extensa bibliografia sobre os efeitos da ascensão social e do aumento do poder aquisitivo neste estrato social específico.
Os governos do PT, com políticas de ampliação do crédito e de aumento do salário mínimo, possibilitaram que o povo alcançasse aquilo que almejava num primeiro momento: acesso aos bens consumo (eletrodomésticos, carro, casa própria…). Isso deve ser visto como uma conquista importante da classe trabalhadora.
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Mídia tenta esconder o caos econômico
Foto: Felipe Bianchi |
A crise que não sai nos jornais foi tema de debate na sexta-feira (31), na sede do Barão de Itararé, em São Paulo. De acordo com o senador Roberto Requião (PMDB-PR), não adianta os grandes meios de comunicação contrariarem os indicadores para fingir que as promessas de melhoras na economia, que culminaram no impeachment de Dilma Rousseff, deram algum resultado. Pelo contrário, a despeito de manchetes espalhafatosas e esperançosas, "a realidade entra pelas portas e janelas de nossas casas", afirmou.
Temer tenta sobreviver a julgamento no TSE
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
O julgamento do presidente Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), previsto para começar na próxima terça-feira (4), ocorre num momento de ventos desfavoráveis. Sua popularidade está baixíssima e em queda. As duras críticas do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), ao governo, nos últimos dias, indicam que até mesmo correligionários do presidente começam a se preocupar mais com as eleições de 2018 do que com a salvação do próprio governo. E as manifestações contra Temer aumentam.
Reencontro de Dilma/Temer no banco de réus
Por Tomás Chiaverini, no site The Intercept-Brasil:
O processo de cassação da chapa Dilma-Temer, que começará a ser julgado nesta terça-feira, dia 4, para quem não lembra, foi iniciado em 2014, com uma birra do PSDB que, diante da derrota na corrida presidencial, em vez de sentar e chorar como qualquer menino mimado de respeito, resolveu tentar melar o jogo na Justiça.
Vivíamos, então, uma época de pureza e inocência, na qual ninguém sonhava com um Eduardo Cunha na presidência da Câmara e o impeachment não passava de uma ideia disparatada, oculta sob os cabelos metaleiros da desconhecida Janaína Pascoal. Então os tucanos apelaram para o que tinham à mão: acusaram a chapa adversária de, entre outros malfeitos, usar recursos não contabilizados para pagar contas de campanha. A ideia, ao que tudo indica, era usar o tapetão para que Aécio Neves, na condição de segundo mais votado, fosse alçado à Presidência. O processo era um tiro no escuro e tinha poucas chances de dar resultados, já que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nunca tinha julgado um processo contra um presidente eleito.
Vivíamos, então, uma época de pureza e inocência, na qual ninguém sonhava com um Eduardo Cunha na presidência da Câmara e o impeachment não passava de uma ideia disparatada, oculta sob os cabelos metaleiros da desconhecida Janaína Pascoal. Então os tucanos apelaram para o que tinham à mão: acusaram a chapa adversária de, entre outros malfeitos, usar recursos não contabilizados para pagar contas de campanha. A ideia, ao que tudo indica, era usar o tapetão para que Aécio Neves, na condição de segundo mais votado, fosse alçado à Presidência. O processo era um tiro no escuro e tinha poucas chances de dar resultados, já que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nunca tinha julgado um processo contra um presidente eleito.
Condenação de Temer fará bem à democracia
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
O esforço de Michel Temer e seus aliados para impedir o avanço do julgamento no TSE se explica por um cálculo evidente. Em posição insustentável, a cassação dos direitos políticos de Temer abre o debate sobre a escolha do novo presidente, aquele que irá governar o país até 2018.
Em condições normais, não haveria o que discutir fora da regra constitucional, que determina a escolha pelo Congresso, em voto indireto, no prazo de 90 dias.
Mas o país não vive um período de normalidade desde o afastamento de Dilma sem crime de responsabilidade configurado. Desde o 15 de março de 2017, os brasileiros e brasileiras demonstraram, na rua, que estão mobilizados para defender seus direitos.
O esforço de Michel Temer e seus aliados para impedir o avanço do julgamento no TSE se explica por um cálculo evidente. Em posição insustentável, a cassação dos direitos políticos de Temer abre o debate sobre a escolha do novo presidente, aquele que irá governar o país até 2018.
Em condições normais, não haveria o que discutir fora da regra constitucional, que determina a escolha pelo Congresso, em voto indireto, no prazo de 90 dias.
Mas o país não vive um período de normalidade desde o afastamento de Dilma sem crime de responsabilidade configurado. Desde o 15 de março de 2017, os brasileiros e brasileiras demonstraram, na rua, que estão mobilizados para defender seus direitos.
'Folha' propõe o que não faz
Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:
O jornal Folha de S.Paulo, apontado como o maior do País, está realizando nova reforma editorial e divulgou no final de março um projeto destinado a informar seu público sobre sua proposta. Não tem grandes novidades, mas propõe um jornalismo bem diferente daquele que pratica.
Este é um dos principais veículos do que costumamos chamar de “grande mídia impressa brasileira”, que apoiou o golpe de estado que foi o impeachment da presidente Dilma Rousseff, democraticamente eleita. Participou, portanto, de um dos momentos mais vergonhosos da história da imprensa tupiniquim.
O jornal Folha de S.Paulo, apontado como o maior do País, está realizando nova reforma editorial e divulgou no final de março um projeto destinado a informar seu público sobre sua proposta. Não tem grandes novidades, mas propõe um jornalismo bem diferente daquele que pratica.
Este é um dos principais veículos do que costumamos chamar de “grande mídia impressa brasileira”, que apoiou o golpe de estado que foi o impeachment da presidente Dilma Rousseff, democraticamente eleita. Participou, portanto, de um dos momentos mais vergonhosos da história da imprensa tupiniquim.
A terceirização e as falsas promessas
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
O “presidente” Michel Temer, ansioso para aprovar a terceirização sem limites antes que o Supremo Tribunal Federal pudesse opinar sobre os dois mandados de segurança impetrados pelo PT e pela Rede, sancionou a lei do jeito que veio da Câmara, sem nenhuma modificação que pudesse proteger os trabalhadores. A sanção foi divulgada na noite de sexta-feira, quando já não havia atividade legislativa ou dos tribunais em Brasília.
João Doria: um falso brilhante
Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:
O prefeito Dória é um político esperto, inteligente, flexível, tem método, tem estratégia e sabe o que quer e como quer chegar. Ao contrário da maioria esmagadora dos políticos brasileiros sabe jogar com a lógica do poder e usa os instrumentos de psicologia nas suas relações pessoais e com a sociedade. Por tudo isso, Dória é um político perigoso pelo potencial que ele tem de alcançar distâncias consideráveis no seu projeto de poder. Nada disso seria recriminável se Dória fosse um político autêntico, um democrata compromissado. Mas o fato é que ele não o é e sequer é um liberal, algo que aqui no Brasil nunca existiu.
O prefeito Dória é um político esperto, inteligente, flexível, tem método, tem estratégia e sabe o que quer e como quer chegar. Ao contrário da maioria esmagadora dos políticos brasileiros sabe jogar com a lógica do poder e usa os instrumentos de psicologia nas suas relações pessoais e com a sociedade. Por tudo isso, Dória é um político perigoso pelo potencial que ele tem de alcançar distâncias consideráveis no seu projeto de poder. Nada disso seria recriminável se Dória fosse um político autêntico, um democrata compromissado. Mas o fato é que ele não o é e sequer é um liberal, algo que aqui no Brasil nunca existiu.
Por que tanto ódio, Andrea Neves?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Andrea Neves, irmã do senador e presidente do PSDB, gravou, às lágrimas, um vídeo [assista aqui] para o Youtube, dizendo que são mentiras as denúncias veiculadas pela revista Veja, de que a construtora Odebrecht fez depósitos para Aécio, numa conta de Nova York controlada por ela, segundo a delação de um dos dirigentes da empresa.
Nele, Andrea se pergunta “por que tanto ódio” em relação a ela e ao irmão.
Não posso, obvio, explicar se houve o depósito de milhões no exterior.
Andrea Neves, irmã do senador e presidente do PSDB, gravou, às lágrimas, um vídeo [assista aqui] para o Youtube, dizendo que são mentiras as denúncias veiculadas pela revista Veja, de que a construtora Odebrecht fez depósitos para Aécio, numa conta de Nova York controlada por ela, segundo a delação de um dos dirigentes da empresa.
Nele, Andrea se pergunta “por que tanto ódio” em relação a ela e ao irmão.
Não posso, obvio, explicar se houve o depósito de milhões no exterior.
Cunha pode estremecer as bases golpistas
Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:
O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que todos se lembram teve papel relevante no processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff, na prática um golpe parlamentar, pegou 15 anos e quatro meses de prisão ao ser julgado em Curitiba. Terá também que devolver o que surrupiou da Petrobras por ter recebido propina em contrato com a empresa petrolífera para a exploração do ouro negro em Benin, na África.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, que quando ocupava o cargo fazia e acontecia, vai apelar da sentença e os seus advogados vão declarar que ele é inocente e tudo o mais. Cunha, hoje execrado por praticamente todos os setores da sociedade tem carta escondida e segundo denúncias continuava a pressionar parlamentares que ajudou a eleger através de métodos que envergonham a classe política honesta.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, que quando ocupava o cargo fazia e acontecia, vai apelar da sentença e os seus advogados vão declarar que ele é inocente e tudo o mais. Cunha, hoje execrado por praticamente todos os setores da sociedade tem carta escondida e segundo denúncias continuava a pressionar parlamentares que ajudou a eleger através de métodos que envergonham a classe política honesta.
"Carne Fraca" e o projeto de terceirização
O escândalo da “Carne Fraca” mostrou várias coisas ao mesmo tempo. Antes de mais nada, escancarou a luta pelo protagonismo dentro da Polícia Federal – cada delegado querendo aparecer mais do que o outro. A qualquer custo. Depois, a tentativa de chantagear políticos, pela mesma instituição: primeiro, um recado ao ministro da Justiça, supostamente “chefe” da PF; quando outro ministro criticou a PF, reação parecida.
Depois veio Blairo Maggi – que Deus o tenha e o Diabo o receba. Não constava em delações, no dia seguinte a suas declarações, passou a constar. E os delegados fizeram questão de alertar: o que vazamos é apenas parte de nossa munição. O estado policial foi deslanchado com os golpistas e agora reina absoluto. Manda recados via vazamentos.
Depois veio Blairo Maggi – que Deus o tenha e o Diabo o receba. Não constava em delações, no dia seguinte a suas declarações, passou a constar. E os delegados fizeram questão de alertar: o que vazamos é apenas parte de nossa munição. O estado policial foi deslanchado com os golpistas e agora reina absoluto. Manda recados via vazamentos.
A 'Trumplândia' e o Brasil dos golpistas
Por Sebastião Velasco, no site Carta Maior:
Não sei se você, caro leitor, mas de minha parte jamais imaginei que viveria o bastante para assistir ao espetáculo hoje exibido ao mundo pelos Estados Unidos.
A sequência é estonteante. Descontada a fase preparatória – a campanha eleitoral --, ela começa na cerimônia de transmissão de cargo, em 20 de janeiro, com o discurso pronunciado pelo novo Presidente logo depois de seu juramento.
Quem viu, há de lembrar. Feitos os agradecimentos convencionais, Trump abre sua fala com um ataque à elite política de seu país, cuja brutalidade não poupa nenhum dos presentes. Na sequência, define sua vitória como a devolução do poder ao povo americano, e reafirma seus compromissos de campanha, sintetizados no slogan “Make America Great Again”: reerguer a indústria, trazer de volta os empregos, reconstruir a infraestrutura devastada por décadas de descaso, reequipar as Foras Armadas. Com a sua contrapartida, mudar as relações com os parceiros comerciais, defender as fronteiras nacionais; cobrar dos aliados o custo de sua segurança. Os Estados Unidos buscarão amizade e boa vontade em toda parte – assevera o orador -- mas colocarão os seus interesses em primeiro lugar, como fazem – ou devem fazer – todas as nações do mundo.
Não sei se você, caro leitor, mas de minha parte jamais imaginei que viveria o bastante para assistir ao espetáculo hoje exibido ao mundo pelos Estados Unidos.
A sequência é estonteante. Descontada a fase preparatória – a campanha eleitoral --, ela começa na cerimônia de transmissão de cargo, em 20 de janeiro, com o discurso pronunciado pelo novo Presidente logo depois de seu juramento.
Quem viu, há de lembrar. Feitos os agradecimentos convencionais, Trump abre sua fala com um ataque à elite política de seu país, cuja brutalidade não poupa nenhum dos presentes. Na sequência, define sua vitória como a devolução do poder ao povo americano, e reafirma seus compromissos de campanha, sintetizados no slogan “Make America Great Again”: reerguer a indústria, trazer de volta os empregos, reconstruir a infraestrutura devastada por décadas de descaso, reequipar as Foras Armadas. Com a sua contrapartida, mudar as relações com os parceiros comerciais, defender as fronteiras nacionais; cobrar dos aliados o custo de sua segurança. Os Estados Unidos buscarão amizade e boa vontade em toda parte – assevera o orador -- mas colocarão os seus interesses em primeiro lugar, como fazem – ou devem fazer – todas as nações do mundo.
Aécio, candidato a deputado federal
Por Renato Rovai, em seu blog:
Aécio foi o pai do golpe. Esse golpe bastardo que acabou gerando Temer, um presidente absolutamente ilegítimo.
Depois de ter saído da eleição com todas as condições de fazer oposição responsável e se cacifar pra chegar em 2018 como favoritíssimo à sucessão de Dilma, preferiu, por vaidade, o confronto em ritmo de UFC.
Pediu recontagem de votos no TSE, se alinhou a Cunha para aprovar pautas bombas no Congresso, insuflou uma resistência anti-PT nas redes e nas ruas e fechou um acordo com Temer para realizar o impeachement.
Achava que ao fazer isso, se fortaleceria para o atropelo final nas próximas eleições. Mas deu ruim.
Aécio foi o pai do golpe. Esse golpe bastardo que acabou gerando Temer, um presidente absolutamente ilegítimo.
Depois de ter saído da eleição com todas as condições de fazer oposição responsável e se cacifar pra chegar em 2018 como favoritíssimo à sucessão de Dilma, preferiu, por vaidade, o confronto em ritmo de UFC.
Pediu recontagem de votos no TSE, se alinhou a Cunha para aprovar pautas bombas no Congresso, insuflou uma resistência anti-PT nas redes e nas ruas e fechou um acordo com Temer para realizar o impeachement.
Achava que ao fazer isso, se fortaleceria para o atropelo final nas próximas eleições. Mas deu ruim.
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