terça-feira, 16 de maio de 2017

Marcia Tiburi: A política do terror

Marcia Tiburi
Por Aray Nabuco, Lais Modelli e Nina Fideles, na revista Caros Amigos:

As pessoas estão todas morrendo de medo, e quem morre de medo se despreocupa da democracia, fica a mercê do seu inimigo.” Assim, Marcia Tiburi, gradua­da em filosofia e artes, e doutora em filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, define nossos tempos.

A estratégia, executada pelo arranjo “mafioso” entre mídia, Judiciário, Legislativo e empresários, pela derrocada da pre­sidente afastada Dilma Rousseff, continua dan­do seus pequenos golpes diariamente e arrancan­do aplausos de uma po­pulação que, segundo ela, tem seus afetos e ações manipulados. Ao mesmo tempo em que a esquer­da, hoje muito mais plu­ral e ampla que nos tem­pos idos, não dispõe de muitas armas. Para Marcia, a luta por hegemonia é desmedida porque “a direi­ta chega e simplesmente decreta, implanta, e faz o jogo da política da terra arrasada”.

Moro confessou que o triplex é da OAS?

Ilustração: Cival Einstein Macedo Alves
Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

O juiz Sérgio Moro negou na madrugada dessa segunda (15) pedidos feitos tanto pelos advogados do ex-presidente Lula quanto pelo Ministério Público Federal na ação que apura a propriedade do famoso triplex no Guarujá.

No caso dos advogados do ex-presidente a solicitação seria para incluir novos documentos e provas ao processo além das oitivas de oito novas testemunhas. Já o MPF solicitou o depoimento de outros três nomes considerados relevantes para o caso.

Acostumados a terem praticamente todos os seus pedidos negados por Moro, os advogados de Lula fizeram o que já virou rotina na defesa de seu cliente: recorreram às instâncias superiores na esperança de que alguma justiça lhes fosse concedida.

Lula X Moro: o Frankenstein judicial

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Demorei vários dias para escrever sobre o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro porque entendi, assim que terminei de assistir as quatro horas de gravação, que estava diante não apenas de um fato de forte impacto na luta política presente, mas também de uma situação com potencial de se tornar símbolo de toda uma era.

Então eu peguei um clássico autor anarquista, Pedro Kropotkin, para me inspirar um pouco.

“Abaixo os juízes!”, assim encerra Kropotkin o seu ensaio Lei e Autoridade, no qual defende que “o primeiro dever de uma revolução é fazer uma fogueira com todas as leis que existem e com todos os títulos de propriedade”.

Reformas de Temer e "debandada" no PMDB

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Ainda que o presidente Michel Temer ignore a baixa popularidade das reformas aprovadas no Congresso Nacional, os parlamentares do PMDB já estão sentido em suas próprias bases eleitorais os reflexos de se aprovar medidas tão impopulares. Terceirização, redução de direitos trabalhistas e reforma da Previdência têm impactado o eleitorado de deputados do partido, o que deve provocar uma debandada peemedebista em 2018.

Os placares favoráveis ao governo em pautas polêmicas escondem, na verdade, uma insatisfação que é sentida, principalmente, nos bastidores. Apesar de votarem a favor das pautas por pressão do Palácio do Planalto, muitos deputados do PMDB já negociam com líderes partidários uma eventual troca de legenda. Em condição de anonimato, alguns parlamentares estimam em 20 deputados, de um total de 64 peemedebistas, que cogitam trocar de partido.

Lula e a fábula do lobo

Por Joan Edesson de Oliveira, no site Vermelho:

Creio que todos conhecem a fábula do lobo e do cordeiro. Estava o cordeiro num córrego, bebendo, quando o lobo acusa-o de turvar a água. O cordeirinho argumenta que está abaixo do lobo e que, portanto, a água corre daquele para ele. O lobo diz então que soube que no ano anterior o cordeiro andava falando mal dele, ao que o cordeirinho retruca que no ano anterior nem havia nascido. O lobo fala que deve ter sido o irmão mais velho dele, mas o cordeiro diz que é filho único. O lobo, sem mais argumentos, diz que se não foi o irmão, foi o pai ou o avô do cordeirinho, e abocanha-lhe o pescoço, sangrando-o.

Dilma, Temer e o impasse do TSE

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Ministério Público Eleitoral pediu, outra vez, a cassação da chapa Dilma-Temer.

O procurador Nicolao Dino quer que sejam anulados os votos, porque a campanha da chapa teria usado “caixa 2”.

Como todas as outras, aliás.

A de Aécio, a de Eduardo Campos que virou de Marina , a do presidente do Senado, Eunício Oliveira, a do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Todos estão no “bololô” da lista da Odebrecht e ninguém foi julgado por isso. Até agora são todos apenas e igualmente investigados.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Um apelo pela democracia

Por Jeferson Miola

Paulo Sérgio Pinheiro, que foi Secretário Nacional de Direitos Humanos no governo FHC e membro da Comissão Nacional da Verdade no governo Dilma, verbaliza o sentimento que inquieta a sociedade brasileira: “Estamos vivendo no Brasil uma escalada autoritária”.

Na opinião dele, “depois do fechamento do Instituto Lula não há absolutamente nenhuma dúvida. A decisão é um atentado contra o direito de associação, o direito de reunião, o direito de opinião, ao pluralismo e com um conteúdo nitidamente persecutório ao ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva”.

O papel da imprensa no julgamento de Lula

Foto: Mídia Ninja
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Depois de vazar ilegalmente para a Globo conversas particulares de Lula, de pedir o apoio da opinião pública através da imprensa, de ter discursado em eventos patrocinados por políticos do PSDB, de ter sua esposa dando entrevistas e aparecendo em capas de revistas, de assistir docilmente diversos vazamentos ilegais - e condenar apenas um, justamente o que em tese favoreceria a Lula - , o juiz Sérgio Moro teve a coragem de afirmar não ter nada a ver com o que é publicado pela imprensa.

“O senhor tem essas reclamações com a imprensa, e eu compreendo, mas o juiz não tem nenhuma relação com o que a imprensa publica ou não publica, e esses processos são públicos”.

Cruel com o povo, Temer dá bilhões aos ricos

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O jogo ficou mais pesado, concorda a líder do PT no Senado, senadora Gleisi Hoffmann, tanto na ofensiva da Lava Jato contra Lula e Dilma como na marcha do governo Temer para impor sua agenda conservadora e aprovar as reformas a toque de caixa, enquanto distribui favores bilionários a bancos e empresas. Na reunião de hoje da bancada petista Gleisi colocará em pauta o desafio da oposição de denunciar o recrudescimento do golpe e ao mesmo tempo ampliar as formas de resistência e luta.

Golpistas confiaram na domesticação da Globo

Por Fátima Bezerra, no blog Viomundo:

Na madrugada do dia 12 de maio de 2016, o Senado Federal aprovou a admissibilidade do impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, instituindo um Estado de Exceção a serviço de uma elite reacionária, ignorante e covarde.

Sob o olhar omisso do Supremo Tribunal Federal e a proteção do oligopólio da mídia, iniciava-se o processo de desconstrução do Estado Social inscrito na Constituição Cidadã, liderado não apenas por Michel Temer e o seu partido, mas sobretudo pelo PSDB, partido que foi derrotado quatro vezes seguidas nas eleições presidenciais.

O vírus global que veio de Washington

Por Sam Biddle, no site Outras Palavras:

Em meados de abril, um poderoso arsenal de ferramentas de software, aparentemente projetadas pela NSA para infectar e controlar computadores que usam sistema operacional Windows, foi vazado por uma entidade conhecida pelo nome de “Shadow Brokers” (agentes da sombra). Menos de um mês depois, a suposta ameaça de que criminosos usariam estas ferramentas contra o público em geral tornou-se real, e milhares de computadores no mundo inteiro estão agora paralisados, dominados por uma quadrilha desconhecida que exige uma recompensa.

Cinco tiros nos direitos trabalhistas

Por Edson Carneiro Índio, no site Carta Maior:

O Senado Federal acelera para votar sem debates o PLC 38/2017, da ‘deforma’ trabalhista. Temer e sua base parlamentar manobram para que nenhuma alteração seja feita no texto que veio da Câmara que garante aos empresários uma cesta de novas opções – na linguagem do mercado – para contratar mão de obra, podendo escolher entre tantas modalidades, aquela que propiciar menor custo e melhor se adaptar ao negócio.

O texto votado na Câmara traz alterações em mais de 100 artigos e 200 dispositivos da CLT, o que concorre para dificultar a compreensão e dispersar a resistência. O texto contém todas as exigências do empresariado, de todos os setores, e não dispensa factóides, armadilhas e alguns bodes na sala pra tentar nos confundir.

O pensamento do juiz autoritário em 14 pontos

Por Rubens Casara, no site Justificando:

I – Introdução

Em 1950, foram publicadas as conclusões da pesquisa conduzida por Theodor W. Adorno e outros pesquisadores, realizada nos Estados Unidos da América, logo após o fim da 2ª Guerra Mundial e a derrota dos fascistas, com o objetivo de verificar a presença naquele país de tendências antidemocráticas, mais precisamente de indivíduos potencialmente fascistas e vulneráveis à propaganda antidemocrática. Os dados produzidos na pesquisa, tanto quantitativos quanto qualitativos, não deixaram dúvida: a potencialidade antidemocrática da sociedade norte-americana já era um risco presente naquela oportunidade.

Motivos para cassar a concessão da Globo

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Não dá para levar a sério qualquer candidatura do campo democrático que não inclua em seu programa o acerto de contas com o monopólio da Globo. Se Lula conseguir vencer o cerco criminoso do qual é vítima e concorrer em 2018, ele vencerá a eleição. Mas, mesmo no caso do poderoso conluio golpista lograr o impedimento de Lula, o candidato da oposição, seja ele quem for, não tem como fugir desse debate. Para além de um compromisso político-partidário, é um dever de honra com a afirmação da cidadania e uma imposição ditada pela pluralidade da nossa sociedade.

Golpe pode inventar Macron brasileiro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Apenas o espírito abertamente reacionário dos tempos atuais explica o sucesso da palavra "centrista" para designar o novo presidente da França, Emmanoel Macron.

Sua aceitação mesmo no Brasil, país que deu quatro vitórias consecutivas ao Partido dos Trabalhadores nas eleições presidenciais entre 2002 e 2014, mostra a fantasia ideológica construída no país após golpe que afastou Dilma Rousseff.

Em tempos de maior lucidez e respeito pelas ideias políticas e pelo significado real das palavras, Macron seria chamado sem receio como aquilo que é -- um líder conservador, de direita, com um programa destinado a defender interesses e reconstruir privilégios das camadas superiores da sociedade francesa, enfraquecendo direitos e conquistas dos trabalhadores e da população em geral.

O novo golpe está sendo preparado

As “reformas” e o futuro dos trabalhadores

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Já há fartíssima massa crítica sobre as mudanças, chamadas eufemisticamente de reformas (previdenciária e trabalhista), que o governo quer fazer na Previdência e nas relações de trabalho, por meio das proposições — PEC 287/16 e PLC 38/17 - PL 6.787/16 — que encaminhou ao Congresso Nacional, em dezembro de 2016.

A reforma da Previdência institui idade mínima para o Regime Geral em 65 (H) e 62 (M), aumenta idade no Regime Próprio de 60 para 65 (H) e de 55 para 62 (M) e, ainda, aumenta a carência (contribuição) de 15 para 25 anos para concessão de aposentadoria.

domingo, 14 de maio de 2017

Huck é um velhaco na política e na TV

Por Altamiro Borges

Nas prévias para a eleição presidencial de 2014, o eterno candidato José Serra afirmou com todas as letras: “FHC está gagá”. O motivo da bicada eram as disputas sangrentas no PSDB. Passados alguns anos, a frase volta à cabeça quando o príncipe da Sorbonne defende o lançamento das candidaturas de João Doria e de Luciano Huck para as eleições de 2018. Segundo afirmou, eles representam o “novo na política”. Quanto ao “prefake” de São Paulo, ele não tem nada de novidade. Está na política desde o berço – seu pai foi deputado – e ocupou vários cargos públicos desde o período da ditadura militar. Ele se traveste de “apolítico” e gestor apenas para enganar os otários.

Temer é derrotado até em enquete do PMDB

Por Altamiro Borges

Todas as pesquisas recentes – Vox Populi, Ipsos, Ibope e Datafolha – confirmam que a popularidade do golpista Michel Temer está quase beirando o zero. O Judas é um sujeito odiado pelo povo brasileiro. Suas maldades – como a PEC que congelou por 20 anos os gastos em saúde e educação e as contrarreformas trabalhista e previdenciária – são rejeitadas pela ampla maioria da população, inclusive pelos “coxinhas” que apoiaram o golpe dos corruptos que depôs Dilma Rousseff. Agora, uma pesquisa encomendada pelo próprio partido do usurpador, o PMDB, confirmou este desastre federal. Foi o maior mico!

Michelzinho e a babá do Temer

Por Altamiro Borges

Sem qualquer comentário ácido, a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, deu uma curiosa notícia neste domingo (14):

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O Palácio do Planalto emprega uma babá de Michelzinho, Leandra Brito, como assessora do Gabinete de Informação em Apoio à Decisão (Gaia), órgão responsável por municiar o presidente da República com dados para a tomada de decisão.

Leandra diz não ser babá do menino, mas não sabe precisar o que faz no palácio.