quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O desvio de foco para encobrir a verdade

Por Dilma Rousseff, em seu site:

A denúncia proposta pela Procuradoria-Geral da República acusando a mim de pertencer e ao PT de constituir uma organização criminosa é um documento que deve ter sido reunido às pressas e baseado, exclusivamente, em depoimentos de delatores premiados.

Não há comprovação resultante de qualquer investigação feita. Apenas ilações, deduções e insinuações tratadas como verdade. Apenas as convicções dos acusadores, baseadas em modelos fantasiosos .

A capa canalha do Globo contra Lula e Dilma

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O responsável pela capa canalha do Globo associando as malas de dinheiro no “bunker” de Geddel à denúncia de Janot contra Lula e Dilma é Ascânio Seleme, diretor de redação (com todo respeito, nome de xarope contra a tosse dos anos 40).

Evidentemente que Ascânio é apenas a longa manus de João Roberto Marinho, presidente do Conselho Editorial e dono do negócio.

O ato político-cultural pela paz na Venezuela

Janot, covarde, quer se "limpar" na mídia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A desmoralização da Procuradoria Geral da República o faz buscar, rápido, a recuperação de sua imagem diante da mídia.

Claro, usando os alvos dos quais a mídia gosta: Lula e Dilma.

Apresentou ao STF o pedido de abertura de inquérito contra ambos, Edinho Silva, João Vaccari, Antonio Palocci , Guido Mantega, Paulo Bernardo silva e a senadora Gleisi Hoffman por supostos desvios na Petrobras, segundo as primeiras informações.

É claro que Lula pode ser absolvido!

Foto: Ricardo Stuckert
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não é de hoje que o Partido Justiceiro – composto por setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal decididos a usar politicamente esse Poder – tenta criar um clima de inexorabilidade contra Lula. Sua eventual condenação é tratada como se fosse impossível impedir que sobrevenha.

Como o PJ (Partido Justiceiro) está coligado ao PM (Partido da Mídia) na FLJ (Frente Lava Jato), esses dois atores políticos tratam de produzir essa sensação de fatalidade em relação às chances de Lula de ser absolvido em 2ª instância da condenação que sofreu em 1ª instância.

Furacão Harvey não veio do nada!

Por Naomi Klein, no site The Intercept-Brasil:

Este é o momento exato para falarmos de mudanças climáticas e de todas as outras injustiças sistêmicas – do perfilamento racial à austeridade econômica – que transformam desastres como o Harvey em catástrofes humanas.

Quem assiste à cobertura do furacão Harvey e das enchentes de Houston ouve muita gente dizendo que essa é uma tempestade sem precedentes; que ninguém conseguiu prevê-la e, portanto, se preparar adequadamente para ela.

Mas fala-se muito pouco dos motivos pelos quais esses eventos climáticos sem precedentes, que quebram recordes, estão acontecendo com tanta frequência – a ponto de a expressão “recorde” já ter se tornado um clichê meteorológico. Em outras palavras, não vamos ouvir muito, se é que vamos ouvir alguma coisa, sobre mudanças climáticas.

As suspeitas que as fitas lançam sobre Janot

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Uma análise cuidadosa das fitas entregues pela JBS traz apenas um indício de crime: as ligações entre o Procurador Geral da República Rodrigo Janot e o ex-procurador Marcelo Miller.

Fica nítido, nas gravações, de que Miller operava antes de pedir demissão, que Janot tinha ciência desse meio campo com a JBS e que a delação premiada da JBS superou qualquer concessão feita anteriormente a outros delatores.

Os movimentos de Janot, na divulgação de fita, levantam suspeitas fundadas:

CNBB convoca para Grito dos Excluídos

Do site Vermelho:

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na última sexta-feira (1) nota convocando o povo brasileiro a participar das atividades do 23º Grito dos Excluídos, que acontecerá nesta quinta-feira (7). Com sua 1ª edição em 1995, o Grito busca mobilizar as pessoas nas lutas pela garantia dos direitos. É organizado pelas Pastorais Sociais e conta com a parceria de outras igrejas e movimentos.
"Encorajamos, mais uma vez, as pessoas de boa vontade, particularmente em nossas comunidades, a se mobilizarem pacificamente na defesa da dignidade e dos direitos do povo brasileiro, propondo “a vida em primeiro lugar”, diz trecho da nota.

Janot e a república do dedo-duro

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A delação premiada, que vinha sendo a estrela da Lava Jato, parece ter chegado ao limite. De um lado, Joesley Batista denuncia Temer como ladrão geral da República. Em resposta, o presidente golpista desanca o delator e, para não perder o mandato, compra o Congresso a peso de emendas e cargos. Para completar, coloca o procurador geral da República sob suspeição. Ninguém confia em ninguém.

Enquanto o andar de cima troca gentilezas, o país assiste paralisado à desmontagem do Estado social, com corte de investimentos, entrega de setores estratégicos aos interesses internacionais e empregos se dissolvendo. No parlamento, deputados e senadores se dedicam de corpo e alma a uma reforma política que preserve seus interesses. O Judiciário, mais uma vez, lava as mãos. Privatização, distritão e frouxidão.

Temer e a maçã podre de Rodrigo Janot

Oito hipóteses sobre a nova crise política

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

1. Ocorrida ao que tudo indica devido a um acidente bizarro, a revelação da conversa mantida em 17 de março por Joesley Baptista, dono da JBS, e Ricardo Saud – diretor da empresa, seu braço direito e confidente – tem potencial para provocar um novo tsunami político. Ela atinge em primeiro lugar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot; e beneficia dois de seus grandes desafetos, Michel Temer e Gilmar Mendes. Mas esta é apenas a ponta de um gigantesco iceberg. Joesley e a JBS são paradigmas da corrupção da política, do sequestro da democracia pelos grandes grupos empresariais. 

A Rússia e a nova estratégia global dos EUA

Por José Luís Fiori, no site Carta Maior:

A polarização da sociedade americana, e a luta fratricida de suas elites, neste início do século XXI devem prosseguir e aumentar sua intensidade nos próximos anos, mas não devem alterar a direção, nem a velocidade do crescimento do poder militar global, dos Estados Unidos. Este tipo de divisão e luta interna, não é um fenômeno novo ou excepcional - se repetiu em vários momentos do Século XX - toda vez em que foi necessário responder a grandes desafios e tomar decisões cruciais no plano internacional.

A traição do 'prefake' João Doria

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Eclesiastes, capítulo 1: "Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito".

João Doria chutou o balde. A disputa com Geraldo Alckmin pela indicação do PSDB à presidência em 2018 passou de guerra fria a guerra aberta.

Depois de Alckmin afirmar, na semana passada, que quer ser “o candidato do povo brasileiro”, Doria subiu o tom, abandonando as dissimuladas loas ao padrinho que sempre fazia publicamente:


Ricaços e multinacionais não pagam impostos

Por Denise Motta Dau e Gabriel Casnati, na Rede Brasil Atual:

A população brasileira não tem o hábito de analisar detalhadamente os impostos que paga. Por isso, é normal a reprodução da afirmação – divulgada incansavelmente na grande mídia – de que no país as empresas e os empresários são sobretaxados.

Porém, quando nos detemos para analisar o desenho da carga tributária no Brasil e no mundo constatamos que aqui existe uma distribuição da tributação totalmente desigual. As políticas tributárias não são neutras, assim como a construção do orçamento e dos respectivos investimentos em políticas públicas, pois a depender da dinâmica podem potencializar ou não maior inclusão social e equidade.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Sergio Moro e os marajás do Judiciário

Por Altamiro Borges

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou nesta segunda-feira (4) informações sobre a despesa dos juízes no Brasil. De acordo com o levantamento, eles recebem, em média, R$ 47,7 mil por mês. No caso do “justiceiro” Sergio Moro, chefão da midiática Lava-Jato, o rendimento mensal, incluindo salários diretos e benefícios indiretos, como gratificações, passagens aéreas, diárias e outras regalias, é mais do que o dobro. O CNJ é o órgão de controle do Judiciário e os dados constam do “Relatório Justiça em Números 2017”, com os dados até 31 de dezembro de 2016.

O jornalismo geneticamente modificado

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Na semana que findou a imprensa tradicional lotou de notícias positivas seus surrados jornalões e noticiários, com uma informação extraordinária: a informalidade estava combatendo o desemprego no país! Pela primeira vez na história da imprensa brasileira esta assume, com segurança, a responsabilidade e o risco de dar um atestado de imbecilidade a todos os seus leitores e declará-los mentalmente incapazes de olhar uma informação com um mínimo de lucidez. Felizmente – além das redes – uma pesquisa publicada no jornal “O Valor” (29.08), de forma solitária – mas digna – colocava as coisas nos eixos: “No segundo trimestre deste ano, o Brasil tinha 15,2 milhões de lares onde ninguém trabalhava, 2,8 milhões a mais do que no mesmo período de 2014 – um incremento de 22%. Isso significa que um, em cada cinco domicílios (21,8% do total), não tinha renda fruto do trabalho (formal ou informal)”.

Os efeitos jurídicos da 'reforma' trabalhista

Por Lúcio Costa, no site da Fundação Perseu Abramo:

A Lei 13.467/2017, que instituiu a dita “reforma trabalhista” foi sancionada pelo senhor Temer em 13 de julho, publicada no Diário Oficial no dia seguinte e passa a valer a partir de 13 de novembro próximo.

Com a nova legislação entrarão em vigor alterações nas relações individuais e coletivas de trabalho, bem como no processo trabalhista. Nesse artigo são tratadas algumas dúvidas e consideradas as soluções adequadas ao Direito vigente.


Os desafios da mídia contra-hegemônica

Da revista Caros Amigos:

Com a participação de profissionais de mídia de diversos países latino-americanos, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em parceria com a Fundação Friedrich Ebert, e apoio da revista Caros Amigos, promove o evento "Mídia contra-hegemônica na América Latina", dia 12 de setembro, às 19 horas, no Tucarena, na universidade, no bairro Perdizes.

Mesmo após o ciclo de governos progressistas na América Latina, o monopólio midiático segue atuando a favor de governos autoritários e conservadores da região. Os debatedores discutirão os papéis e os sentidos da mídia contra-hegemônica no continente, além dos desafios colocados ao fazer jornalístico com a internet.

Dallagnol e o power point do juiz Moro

Por Jeferson Miola

É intrigante o aumento do silêncio do juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato.

O silêncio deles é diretamente proporcional ao surgimento das novas revelações sobre os vínculos de Carlos Zucolotto Júnior e de Rosângela Moro com Rodrigo Tacla Durán, ex-funcionário da Odebrecht e foragido da justiça.

O juiz midiático e os não menos espalhafatosos procuradores da Lava Jato, sempre muito loquazes e garbosos frente às câmeras, os microfones e os púlpitos nos quais proferem suas rentáveis palestras, curiosamente parecem acometidos por uma síndrome de comedimento verbal.

Sigilo dos áudios e a batata quente de Fachin

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Deve ser conhecida nesta terça-feira a decisão do ministro-relator da Lava Jato no STF, Luiz Fachin, de manter sob sigilo ou divulgar os áudios em que os delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud revelam condutas que podem levar à anulação do acordo de colaboração premiada. Esta será a grande decisão do dia. A opção pelo sigilo trará o pior dos mundos. Como quatro ministros do STF foram citados, todo o Supremo estará sob suspeição. Temer e seus defensores farão a festa, desqualificando todo o processo da delação e subindo o fogo contra Janot, acusado pelo Planalto de perseguir seu ocupante. A primeira providência será pedir a anulação da primeira denúncia, a de corrupção passiva, que embora rejeitada pela Câmara terá prosseguimento quando Temer deixar o cargo.