quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A agressão da maioridade penal

Por Kátia Guimarães, no jornal Brasil de Fato:

A redução da maioridade penal de 18 para 16 anos voltou a entrar em pauta no Congresso. O tema deveria ser apreciado nesta quarta-feira (20) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas foi adiado para a próxima semana.

Para militantes em defesa da juventude ouvidos pelo Brasil de Fato, a PEC 33/2012, de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), voltou a ser alvo do Congresso Nacional porque a atual conjuntura política, desenhada em especial depois do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, permite o avanço das pautas mais conservadoras. Por isso, eles defendem a reorganização da militância e a politização do tema para pressionar os parlamentares a não aprovar a matéria.

Amor da Editora Abril por Doria é lindo…

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O amor é algo sublime, que faz alguém se esquecer da lógica e mergulhar no ridículo, feliz da vida.

Voz econômica da Editora Abril, “paga o mico” dos enamorados e publica a chamada: Pesquisa CNT: Doria empata com Marina para 2018.

Emocionante!

STF envia segunda denúncia contra Temer

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

O julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre validade ou não das provas apresentadas por Joesley Batista e pelo executivo Ricardo Saud não foi concluído hoje (20), mas já antecipa um resultado. A maior parte dos ministros votou com o parecer do relator, Edson Fachin, que foi favorável ao envio da segunda denúncia contra o presidente da República Michel Temer para ser avaliada pela Câmara dos Deputados. Amanhã (21), serão apresentados os outros três votos. Já se posicionaram os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

A falsificação de documentos na Lava-Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O livro-bomba sobre a Lava Jato, prometido pelo doleiro espanhol Tacla Duran, começa a dar frutos.

Tacla é o doleiro cuja declaração de renda comprovou pagamentos a Rosângela Moro, ao primeiro amigo Carlos Zucolotto e a Leonardo Santos Lima.

Alguns capítulos do livro ficaram por alguns dias no site de Tacla. No livro, ele diz que a delação da Odebrecht teve vários pontos de manipulação, com a montagem de documentos, provavelmente por pressão dos procuradores, atrás de qualquer tipo de prova contra Lula.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Temer, Trump e a ingerência na Venezuela

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Agora estamos feitos. Temer admite “coincidência absoluta” com as posições de Donald Trump. Conforme escrevi aqui, o jantar desta segunda-feira não foi um encontro bilateral entre Trump e Temer, tal como andou divulgando o Planalto. Foi uma reunião de Trump com Brasil e vizinhos que estão dispostos a “pressionar” a Venezuela por uma “solução democrática”, eufemismo para a derrubada do presidente Nicolás Maduro. Chega a ser patético, vindo de Temer, que usurpou a Presidência com um golpe parlamentar.

Reforço na mídia alternativa: Trajano na TVT

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

José Trajano é o mais novo reforço da mídia alternativa brasileira. Nesta segunda-feira (18), às 18h45, o gabaritado jornalista estreia seu programa na TVT (TV dos Trabalhadores, canal 44.1 HD): serão 15 minutos, de segunda à sexta, com pitacos e reflexões sobre futebol, cultura e política. O programa também vai ao ar pela Rádio Brasil Atual (98.9 FM).

Trajano já vinha atuando em espaços alternativos à mídia hegemônica, como em seu canal Ultrajano, nas redes sociais. Além de discutir os temas que serão pauta em seu programa no primeiro canal de televisão gerido por entidades de trabalhadores, ele chegou a entrevistar nomes de peso, como o do ex-presidente Lula, em transmissão direta para seus seguidores.


A grande quadrilha de Michel Temer

STF adia decisão sobre prisão de Aécio

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Rodrigo Janot já deixou a Procuradoria-Geral da República e Raquel Dodge foi empossada pelo presidente Michel Temer na manhã desta segunda-feira, mas o STF ainda não julgou os três pedidos de prisão feitos contra o senador Aécio Neves, presidente licenciado do PSDB.

Nem vai julgar esta semana, como estava previsto na pauta. A pedido da defesa de Aécio, a decisão foi adiada desta terça-feira para a próxima, dia 26 de setembro.

Detalhe mais curioso deste adiamento foi o motivo alegado: um dos advogados do senador, Alberto Zacharias Toron, viajou para Portugal e não poderia estar presente à sessão do STF.

Intervenção militar? Cadê os democratas?

A demagogia barata do aecista Samuel Rosa

Samuel Rosa
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

No Rock in Rio que já pode ser chamado de edição “Fora, Temer”, o roqueiro Samuel Rosa resolveu faturar. Num discurso com palavras que poderiam sair da boca de Deltan Dallagnol, ele disse:

“O nosso dinheiro está escorrendo pelo ralo, onde devia, neste leva e trás de malas, de milhões, dinheiro que devia estar indo para mais leitos dos hospitais, para a educação, para a nossa criançada que está no crime, para formar cidadãos, para as estradas”, disse.

Há três anos, Samuel Rosa veio a público para promover Aécio Neves, o príncipe da corrupção:

A eterna marcha contra a violência no campo

Por Caroline Nascimento Pereira e Ana Luíza Matos de Oliveira, no site Brasil Debate:

Os conflitos fundiários no Brasil vêm de longa data, porém é nos anos 1950 e 1960 que se formaram as bases para as primeiras organizações de trabalhadores rurais, como as Ligas Camponesas, associações de lavradores, sindicatos, além da constituição da bandeira da “reforma agrária” (ver Conflitos Sociais no Meio Rural no Brasil Contemporâneo).

Nos anos 1970, a Revolução Verde trouxe o aumento da produção e exportações agrícolas, mas ao mesmo tempo intensificava a concentração fundiária, a dependência de sementes, a degradação ambiental e a geração de lucros extraordinários a favor dos grandes produtores, colocando ainda mais fogo na disputa pela terra.

A opressão oculta das empresas alemãs

Por Tadeu Breda, no site Outras Palavras:

Se o placar de 7×1 na Copa de 2014 foi inesperado para uma partida entre Brasil e Alemanha, nas relações econômicas bilaterais essa disparidade é a regra. Historicamente, a balança comercial entre os dois países é uma goleada em favor dos alemães. E o esquema de jogo é conhecido: enquanto compramos máquinas e produtos industrializados, vendemos matérias-primas, perpetuando um sistema que se arrasta desde os tempos da colonização.

'Zero Hora' e a demissão de Verissimo

Luis Fernando Verissimo
Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Norberto Bobbio, no seu maravilhoso “Elogio da Serenidade”, diz que os dois acontecimento mais recentes que mais provocaram discussões sobre o tema do “mal” foram Auschwitz e a “queda do Muro de Berlim”. O primeiro representando “um desafio para o homem de fé”, o segundo um desafio, “sobretudo para o homem de razão”. E conclui, perante tais catástrofes – a primeira representando o mal em estado puro e a segunda a transfiguração da revolução em seu contrário, que tornou a utopia uma prisão –, conclui, repito: que os homens de razão “ficaram tentados a falar em derrota de Deus” e os “homens da fé”, em “suicídio da revolução”. Bobbio aponta, portanto, uma inversão: um argumento crítico-religioso por parte da razão iluminista e um argumento político-moral – baseado na força da ação política leiga – por parte dos crentes.

"Uma ditadura com luvas de pelica"

Aldir Blanc
Por Pedro Alexandre Sanches, na revista CartaCapital:

Um militante desavisado do MBL depara-se com uma letra de Aldir Blanc. Em rala-rala é que se educa a molhadinha/ se tu não peca, meu bem, cai a peteca, neném/ vira polícia da xereca da vizinha, canta a portuguesa Maria João no álbum recém-lançado A Poesia de Aldir Blanc (Sesc), para horror do jovem conservador empenhado na causa da sigla que esconde por trás de si o pícaro Movimento Brasil “Livre”.

Entre a santa e a meretriz/ só muda a forma com que as duas se arreganha/ eu só me queixo se criar teia de aranha, prossegue Maria João na feminina O Coco do Coco, lançada originalmente em 1996 pela paraense Leila Pinheiro. E lá se vai para a fogueira mais uma obra artística atentatória da “moral e dos bons costumes”.

Mourão quer golpe militar. 64? Não, 2017

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Parece um pesadelo: assim como em 1964 um general Mourão deu início à insurreição militar, agora aparece um novo general Mourão convocando as Forças Armadas para agir. Estamos vivendo uma versão literal da célebre frase de Marx, “a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”. É como se o Brasil tivesse entrado no “dia da marmota” do filme Feitiço do Tempo (1993), aquele em que Bill Murray acordava e era o mesmo dia de novo e de novo e de novo.

Corruptos assombram posse de Raquel Dodge

Por Tomás Chiaverini, no site The Intercept-Brasil:

“Deu a louca no Ministério Público” seria o título de um filme da Sessão da Tarde baseado na cerimônia de posse de Raquel Dodge, ocorrida na manhã desta segunda (18). A nova procuradora-geral da República já chegou mostrando que está pronta para muita confusão. Logo no começo do discurso, por exemplo, ela disse que se dirigia ao povo brasileiro “de quem emana todo o poder”.

Seria uma frase bastante adequada, não fosse o fato de que ali do lado estava ninguém menos do que Michel Temer, o presidente sem votos, que permanece no cargo apesar dos recordes de impopularidade, ofertando uma constante banana a qualquer coisa que emane do povo.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Leite das crianças e a dívida dos ruralistas

Por Altamiro Borges

O covil golpista de Michel Temer tem reduzido drasticamente os recursos públicos para inúmeros programas sociais – como o “Bolsa Família” e o “Minha Casa, Minha Vida”, entre tantos outros. A desculpa dos desalmados é de que é preciso diminuir os gastos da União. A política de “austericídio” fiscal não tem poupado nem as crianças. Nos últimos meses, a quadrilha que assaltou o poder cortou quase pela metade a grana destinada ao Programa do Leite. Num evento nesta segunda-feira (18) em Maceió, esta crueldade foi escancarada – conforme relato do site Vermelho:

Articulador político de Temer é um “bosta”

Por Altamiro Borges

A quadrilha que assaltou o poder tenta aparentar que está tranquila. Segundo o noticiário da mídia chapa-branca, nutrida com milhões em publicidade, Michel Temer teria folgada maioria na Câmara Federal para abortar a segunda denúncia de Rodrigo Rodrigo Janot, o ex-procurador-geral da República – que acusou o golpista de comandar uma “organização criminosa” e de obstruir a Justiça. O chefe do “quadrilhão”, porém, pode ter surpresas desagradáveis. A base fisiológica e mercenária de apoio no parlamento está em guerra e exige cada vez mais benesses – em emendas e outras mutretas – para salvar a pele do usurpador. Na semana passada, uma cena risível ilustrou este cenário perigoso, conforme registro da Folha:

Boris Casoy é condenado por ofender garis

Do site Vermelho:

O apresentador Boris Casoy e a TV Bandeirantes foram condenados a pagar indenização de R$ 60 mil por danos morais ao varredor José Domingos de Melo, que participou de uma vinheta de ano novo veiculada em um dos telejornais do canal, em dezembro de 2009.

José Domingos conta que se sentiu humilhado pelos comentários preconceituosos do apresentador. “Fui abordado pela equipe da Rede Bandeirantes solicitando que desejasse felicitações de ano novo para veiculação na TV, mas não imaginava que minha participação no programa renderia deboche, preconceito e discriminação”, lamentou.

Venda da Eletrobras vai gerar novo apagão

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

O anúncio feito pelo governo Michel Temer, do PMDB, sobre a intenção de privatizar o sistema Eletrobras, responsável pela geração e transmissão de energia no país, levou uma série de entidades sindicais e movimentos populares a lançarem a campanha “Energia não é mercadoria”, em aliança com parlamentares da oposição.

Para Icaro Barreto, diretor do Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal, que compõe a iniciativa, a possibilidade de privatização trará consequências relacionadas à soberania nacional, ao custo da energia e ao futuro da economia nacional. Haveria ainda, segundo ele, o risco de uma nova crise de abastecimento.