sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Sindicatos se unem contra as privatizações

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

Sindicatos de vários setores lançaram, nesta quarta-feira (20), uma frente de atuação contra as privatizações de serviços essenciais propostas pelo governo Temer.

Segundo Eduardo Annunciato, presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, as experiências de privatização do setor básico retiram investimentos do serviço público, rebaixam os salários dos trabalhadores, além de precarizar a rede de serviços:

"Então, o que temos que fazer é combater as as privatizações e não deixar que os mesmos erros do passado sejam repetidos neste momento. O país está passando por uma crise e não é justo que todo o conhecimento sobre o setor elétrico brasileiro, saneamento seja jogado no lixo em nome de salvar alguns capa pretas do poder", declara Annunciato.

O masoquismo de parte dos militares

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

As Forças Armadas – e suas escolas – produziram algumas das melhores inteligências deste país.

O Exército, desde cedo, solidificou a ideia da unidade nacional, mesmo num tempo em que o país, politicamente, era pouco mais que um amontoado de oligarquias provincianas e um banco de inutilidades cortesãs. Agora, vê-se reduzido a um secretário de Segurança dizer onde deve colocar seus soldados como guarda da esquina.

Cadê a tal "retomada" da economia?

Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

Com a popularidade em baixíssimos níveis, o governo de Michel Temer aposta em parcos sinais de recuperação da economia, que apontariam para a superação do atual quadro de recessão, para assim se manter no poder. No mercado financeiro, o cenário é de aparente euforia, com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), registrando sucessivos recordes nesta semana. Apenas na quinta-feira (14), já sob impacto da nova denúncia apresentada contra o presidente, o índice fechou com leve queda. 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Fora do ar, site Carta Maior pode fechar

Da revista Caros Amigos:

Criada na primeira edição do Fórum Social Mundial, em janeiro de 2001, o site de notícias Carta Maior enfrenta crise financeira e pode fechar definitivamente. O veículo, referência na mídia contra-hegemônica e que atua intensamente para denunciar os retrocessos do golpe, está fora do ar desde o dia 11 de setembro por atraso no pagamento do serviço de hospedagem de seus servidores de internet.

Em um texto divulgado nas redes sociais, o diretor de Carta Maior, Joaquim Ernesto Palhares, explica a situação e pede ajuda (leia abaixo). Para ajudar, clique neste link ou na vá até a página do Facebook.

A crise política e o fator militar

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – sobre os cenários improváveis

Até a posse de Dilma Rousseff, já havia ocorrido os seguintes fenômenos, que passaram despercebidos dos partidos políticos e dos analistas em geral:

1. A montagem da bancada de Eduardo Cunha e Michel Temer, com recursos obtidos dos cargos públicos que receberam do PT.

2. As ligações entre a Lava Jato, a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Departamento de Estado norte-americano.

3. A parceria Mídia-Ministério Público Federal (MPF), criada com a AP 470, do “mensalão”.

Risco de golpe militar impacta a Câmara?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A ameaça de golpe militar pode ter uma serventia, afora a lamentável demonstração de que a tentação autoritária pulsa viva nos quartéis. Talvez sirva para sacudir a maioria governista na Câmara, onde aportará hoje a nova denúncia contra Michel Temer, agora por obstrução da Justiça e comando de organização criminosa, fazendo com que a ficha caia: a insustentável situação de Temer chegou ao limite. Afogado em denúncias de corrupção, aprovado por apenas 3,4% dos brasileiros, e incapaz de reverter a deterioração social e econômica do país, Temer é um presidente que justifica eventual intervenção das Forças Armadas, liquidando com o que ainda resta de democracia no país. Se suas excelências não entenderem o que se passa, e novamente absolverem Temer, poderão ser os primeiros a chorar as pitangas.

Os generais e o presidente desmoralizado

Por Wadih Damous, no blog Viomundo:

A Constituição é clara: o presidente da República é o comandante supremo das forças armadas. E no seu artigo 142 o texto constitucional só admite a atuação dos militares na garantia da lei e da ordem por iniciativa dos poderes constitucionais; jamais por conta própria. A ordem jurídica também veda a opinião de caráter político por parte de oficiais da ativa.

No entanto, em menos de 48 horas, três generais – dois deles pertencentes ao alto comando do Exército, aí incluído o comandante, e um da reserva, mas visto como uma forte liderança por seus pares desde que comandou a primeira força de paz do Brasil no Haiti – fizeram letra morta desse marco legal ao defenderem a intervenção militar, para impedir a “instalação do caos.”

Filme e debate sobre o bloqueio a Cuba

Do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

O Cineclube Vladimir Herzog exibe na próxima terça-feira (dia 26), às 19 horas, o documentário “Bloqueio: a guerra contra Cuba”, uma produção do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba.

O documentário aborda a história do bloqueio econômico dos EUA, aplicado desde 1962 como resposta à revolução cubano. O objetivo das restrições é asfixiar a economia do país, impondo fortes restrições à população.

A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) vota pelo fim do embargo americano à Cuba há mais de duas décadas, declarando-o ilegal e um atentado ao povo cubano. No ano passado, EUA e Israel se abstiveram da votação pela primeira vez. Todos os outros países-membros votaram contra o vergonhoso embargo.

Em 1955, lições contra o golpismo de 2017

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país onde não faltam lições amargas que mostram derrotas da democracia para conspirações militares, o ano de 1955 guarda uma lição positiva para os impasses e angústias do Brasil de 2017. As semelhanças são muitas e serão explicadas nos parágrafos adiante. A diferença está no comportamento da hierarquia militar.

Em 1955, viu-se um esforço decisivo do ministro da Guerra, Henrique Lott, para afastar e punir oficiais envolvidos em atos de indisciplina. Resultado: em outubro daquele ano, após sucessivas ameaças de golpe, ocorreram eleições que conduziram Juscelino Kubitschek ao Catete, de onde ele sairia na condição dos mais populares presidentes de nossa história republicana.

Os fanáticos e a psicóloga da “cura gay”

Por Nathalí Macedo, no blog Diário do Centro do Mundo:

Retrocedendo algumas dezenas de décadas, como é sabido, o Brasil voltou a admitir a homossexualidade como doença a partir da decisão absurda de um juiz de primeiro grau que agora tenta tornar-se desembargador (pai, afasta do Brasil esse cale-se!).

A psicóloga (?) que trouxe para o século XXI o medieval conceito de “cura gay” é Marisa Lobo, a mesma que assinou contra Patrícia Lélis – aquela que acusa o Pastor Marco Feliciano de estupro -, sem sequer consulta-la, um laudo atestando que ela seria mitomaníaca (risos), como forma de invalidar as acusações de Patrícia contra seu estuprador.

Lula é o plano A, B...e Z do PT

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                      
Só pode ser vista como tática de pressão política sobre o Tribunal do Santo Ofício de Curitiba (forma apropriada como o bravo jornalista Mino Carta se refere aos justiceiros do Paraná) a proposta de alguns dirigentes do PT de boicotar as eleições de 2018, caso Lula seja alijado da disputa. A ideia seria dar desdobramentos práticos e radicalizados à palavra de ordem “eleição sem Lula é fraude.”

Alguns petistas pregam inclusive o alargamento do boicote, com o partido se negando a lançar candidatos à Câmara dos Deputados e ao Senado. E, seja por coerência ou efeito cascata, o PT também abdicaria de disputar os governos estaduais e as vagas nas assembleias legislativas. A meu ver, tudo da boca para fora. Não pode ser levada a sério a entrega de mão beijada não só da presidência da República e governos aos carrascos do povo, mas também de todas as cadeiras dos parlamentos.

Reforma trabalhista no Brasil e no mundo

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

Com este artigo, inicio uma série de textos elaborados a partir de debates e palestras que realizei sobre a reforma trabalhista, buscando formas de sistematizar e contextualizar os problemas e enfrentar o desafio de pensar caminhos a serem trilhados pelo movimento sindical em cenário extremamente complicado.

Não é novidade que as dificuldades a serem enfrentadas são enormes. Contudo, a história nos autoriza a pensar que tudo muda o tempo todo; que no jogo social se disputa no presente as possibilidades de futuro; que alternativas se colocam e que tudo está sempre em aberto; que não há resultado definitivo, pois toda derrota pode ser revertida; um ônus pode se transformar em oportunidade; uma dificuldade pode mobilizar a criação de nova força de reação; há possibilidades de se caminhar para o inédito e o inesperado.

A Constituição não permite golpe militar!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Faz alguns anos, desde o agravamento da crise política, que grupos civis de extrema-direita começaram a se manifestar publicamente pedindo que os militares derrubassem o governo da então presidente Dilma Rousseff e tomassem o poder. E afirmavam que a Constituição Federal teria um dispositivo que permitiria aos militares agir assim.

Abaixo [aqui], vídeo gravado pelo Blog da Cidadania em 2014, durante uma reedição da infame Marcha da Família com Deus e pela Liberdade, ocorrida em março de 1964, pouco antes de os militares instalarem no Brasil uma ditadura que durou 20 anos. Vamos assistir

Todo o poder emana da Globo

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

O conservadorismo moral do 'liberal' MBL

www.cartunfolio.blogspot.com
Por Débora Melo, na revista CartaCapital:

O encerramento precoce da exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira pelo Santander Cultural de Porto Alegre foi encorajado por uma campanha de boicote ao banco promovida pelo Movimento Brasil Livre (MBL) nas redes sociais. Com o argumento de que as obras ofendiam a fé cristã e faziam apologia à pedofilia e à zoofilia, o movimento que se diz “liberal” atacou a mostra, que contava com o trabalho de artistas como Candido Portinari, Lygia Clark, Alfredo Volpi, Adriana Varejão e Bia Leite.

Curvando-se à pressão, o banco Santander suspendeu a exposição que abordava a diversidade sexual e tinha estudantes como público-alvo.

ONU ataca rentismo das corporações

Do blog Socialista Morena:

Um novo relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) critica as grandes corporações por inflarem seus lucros pela manipulação das regras do jogo. A crise de 2008 expôs essas práticas nos mercados financeiros; o uso dos paraísos fiscais por parte do 1% mais rico é fato conhecido. Contudo, tais práticas também têm se estendido a setores não financeiros. E os rendimentos derivados dessas práticas têm aumentado a desigualdade, “em um mundo onde o vencedor leva (quase) tudo”, diz o documento.

Lula é o candidato com menor rejeição

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Acabou de cair o “mito” de que Lula não poderia se eleger em 2018 porque teria rejeição alta demais.

Segundo a pesquisa CNT/MDA, realizada entre os dias 13 e 16 de setembro, ou seja, uma semana depois da última rodada de ataques do consórcio Lava Jato/Globo ao ex-presidente, ele tem a menor rejeição dentre todos os candidatos.

Bolsonaro, Doria, Alckmin, Marina, todos têm rejeição superior a Lula.

A intervenção militar é um filme trágico

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Uma das características das democracias, em seu conceito ocidental, é o rigoroso império da ordem legal-constitucional, reinando sobre todos e tudo, pessoas e instituições, sem privilégios de classe ou posto, ou função. A República moderna, ainda herdando o que sobrou da teoria clássica da separação e harmonia dos poderes (Montesquieu), entre nós Executivo, Legislativo e Judiciário, ignora o ‘Poder Moderador’, uma herança do Império, a qual, no entanto, tende a insinuar-se nos momentos de crise institucional, vividos com certa frequência nas democracias ditas frágeis, como aliás pode ser identificada a brasileira.

A campanha pela proteção dos dados pessoais

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A campanha "Seus Dados São Você" pretende sensibilizar a população e o Parlamento sobre a urgência da aprovação de uma Lei de Proteção de Dados Pessoais no Brasil, tendo em vista os atuais modelos de negócio e a atuação dos poderes públicos baseados na coleta massiva de dados.

Desde o momento em que uma certidão de nascimento é emitida e passa a constar no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil, brasileiras e brasileiros passam a ter informações pessoais coletadas e armazenadas em bancos de dados. Ao longo de sua vida, cada vez que um cidadão acessa um serviço público, preenche um cadastro em uma loja, usa aplicações digitais ou interage em redes sociais também gera e compartilha centenas de milhares de dados. Atualmente, a coleta, tratamento e comercialização de dados pessoais, por empresas e governos, são feitas de maneira desregulada, já que o Brasil, ao contrário da maioria dos países, não dispõe de uma lei que proteja esse dados.

O vergonhoso discurso de Temer na ONU

Editorial do site Vermelho:

Uma confissão de subordinação – assim pode ser entendido o discurso pronunciado pelo presidente ilegítimo Michel Temer (que mal fala por 3,4% dos brasileiros) na abertura da 72ª Assembléia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (19).

Na contra mão dos pronunciamentos de dirigentes de nações com papel ativo no cenário mundial, em seu discurso Temer se confessou avesso ao nacionalismo e recusou “os nacionalismos exacerbados”. Pronunciou palavras que são música para os ultra-liberais que dominam seu governo, e disse não acreditar “no protecionismo como saída para as dificuldades econômicas”.