Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Uma bomba atômica social que vai desabar sobre o próximo Governo, cujos efeitos ainda são imponderáveis, é a desorganização social e produtiva que será causada pela reforma trabalhista, particularmente pela aplicação desenfreada do trabalho intermitente e precário, de acordo com as regras já vigentes, de uma parte, e com a “pejotização” acelerada, de outra parte, que transformará uma boa parte da mão de obra assalariada em falsos empresários de si mesmos. A queda da arrecadação que advirá para o financiamento da Previdência Social, o sentimento de desresponsabilização do trabalhador-nômade com os destinos da empresa tomadora “eventual” dos seus serviços e a ausência de pertencimento a uma comunidade social – aquela comunidade primária solidária que é a base de uma sociedade de convívio, como asseverara Durkheim – vai ter severas consequências políticas e econômicas.
Uma bomba atômica social que vai desabar sobre o próximo Governo, cujos efeitos ainda são imponderáveis, é a desorganização social e produtiva que será causada pela reforma trabalhista, particularmente pela aplicação desenfreada do trabalho intermitente e precário, de acordo com as regras já vigentes, de uma parte, e com a “pejotização” acelerada, de outra parte, que transformará uma boa parte da mão de obra assalariada em falsos empresários de si mesmos. A queda da arrecadação que advirá para o financiamento da Previdência Social, o sentimento de desresponsabilização do trabalhador-nômade com os destinos da empresa tomadora “eventual” dos seus serviços e a ausência de pertencimento a uma comunidade social – aquela comunidade primária solidária que é a base de uma sociedade de convívio, como asseverara Durkheim – vai ter severas consequências políticas e econômicas.