sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Cármen Lúcia e os que desacatam a "Justiça"

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A presidenta do STF, ministra Carmen Lúcia, disse, na abertura do ano judiciário, no início do mês, que é “inadmissível e inaceitável desacatar a Justiça”, como se a casta de privilegiados à qual pertence estivesse acima do bem e do mal. A presidenta do Supremo não citou a decisão do TRF-4 sobre Lula, mas a indireta era clara, tanto para o ex-presidente quanto para os milhões de brasileiros que consideramos sua condenação injusta e movida por interesses políticos.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Bloco carnavalesco discute a internet

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Já imaginou um bloco carnavalesco cujo trajeto percorresse as principais redes sociais e aplicativos, coletando por onde você andou, com quem estava, o que consumiu e tudo o que você fez ou deixou de fazer? Essa é a proposta do Bloco Dado Bem Dado, que ocorrerá no celular de todos os foliões interessados em entender a importância da discussão sobre a proteção de dados pessoais.

FBI discute a Lava-Jato em São Paulo

Supremo não prende, mas fuzila o Lula

"Moraloides" estão sendo desmascarados

Golpe no Brasil: A exceção e a regra

Por Lindbergh Farias, no Jornal GGN:

“A democracia no Brasil é um grande mal-entendido”, disse certa vez Sérgio Buarque de Holanda, escritor de obras clássicas de interpretação do Brasil. O que ele queria dizer ao pronunciar a frase? O nosso autor clássico remetia a duas questões principais.

Em primeiro lugar, a constatação que na história do Brasil a interrupção da ordem democrática sempre foi mais a regra que a exceção. Na breve história republicana apenas seis constituições foram escritas, duas das quais em plena ditadura (1937 e 1967), e, após a clivagem de 1930, apenas cinco presidentes eleitos cumpriram o mandato em prazo integral (Dutra, Juscelino, FHC, Lula e um mandato de Dilma). Depois, as nossas classes dominantes, nem mesmo em processo de formação, jamais cultivaram virtudes revolucionárias e se alinharam invariavelmente aos ditames daquilo que Marx chamava no século XIX de “partido da ordem”.

O lucro do Itaú e a verdadeira corrupção

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O Itaú Unibanco teve um lucro de R$ 24,9 bilhões no ano de 2017; um ganho 12,3% maior que o lucro que teve em 2016.

O jornal Valor de 6/2/208 [página A2] informa que devido ao lucro espetacular, o Itaú decidiu distribuir um “superdividendo” de R$ 17,6 bilhões aos seus acionistas – que não são mais que um punhado de rentistas e especuladores.

Enquanto o Itaú e a orgia financeira tiveram lucros exorbitantes em 2017, o orçamento da União teve um déficit de R$ 124 bilhões.

A Cepal e a "reforma" da Previdência

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) é uma instituição integrante do sistema das Nações Unidas. A Comissão foi criada em 1948 e vai completar sete décadas de existência no próximo dia 25 de fevereiro. Desde então o organismo tem contribuído de forma significativa para o processo de desenvolvimento social e econômico da região. Por seu quadro de dirigentes passaram economistas e intelectuais de grande importância para a consolidação do pensamento e de formulações relativas a questões como a desigualdade e os obstáculos à superação do atraso relativo de nossos países.

Reforma trabalhista: ainda é possível mudar

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

A agenda da reforma trabalhista e sindical está pautada na sociedade brasileira há algum tempo, em função de vários motivos, como as mudanças na base produtiva e na divisão internacional do trabalho, a expansão do setor de serviços e a disseminação de novas tecnologias e do trabalho imaterial – fatores que impactam o emprego e as empresas e demandam transformações do sistema de relações do trabalho.

Desde já, ressalta-se também a necessidade da reforma tributária, política, eleitoral, agrária, do solo urbano, da educação, do Estado e dos serviços. Longa é a lista das inúmeras reformas urgentes que estão paradas.

Carrasco de Cancellier é exonerado na UFSC

Luiz Carlos Cancellier
Por Raquel Wandelli, no site Jornalistas Livres:

Um dia após reassumir o cargo de corregedor geral da Universidade Federal de Santa Catarina, Rodolfo Hickel do Prado, pivô das denúncias que desencadearam a Operação Ouvidos Moucos e resultaram na prisão e suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier, foi exonerado. Portaria assinada pelo reitor pro tempore da UFSC, Ubaldo Balthazar, afastando-o do cargo de corregedor-chefe e nomeando o corregedor Ronaldo Davi Barbosa, deve ser publicada nesta quinta-feira (08/2) pelo “Diário Oficial da União”.

Eletrobras, a privatização bandida

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

A essa altura dos acontecimentos está mais claro para boa parte dos brasileiros que, se os golpistas seguirem implantando o seu programa, passaremos a considerar a primeira onda neoliberal, que teve seu auge no governo Fernando Henrique Cardoso, um passeio no parque. Com o golpe e a aplicação de um ultraliberalismo agressivo, que nem o FMI recomenda mais, o Estado foi colocado na condição de vilão e principal causador da crise econômica.

Fernando Henrique, o “Angélico”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como este ano eu deixo – vá lá, tenham boa vontade – a meia idade e entro na implacável estrada da velhice, não posso deixar de sentir certa piedade de Fernando Henrique Cardoso, a quem o escurecer da vida não ensinou a discrição.

Porque, afinal, tudo o que tem feito na política é vestir camisetas destas que chamam “mamãe, sou forte” e exibir sua flacidez moral e intelectual em praça pública ao promover a candidatura Luciano Huck e dizer que ela “seria boa para o Brasil”, para “arejar” e “botar em perigo a política tradicional”.

Liminar de Fux compra quantos triplex?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quando o novo presidente do TSE Luiz Fux ameaça retirar Lula da campanha presidencial ao dizer que "Ficha Limpa está fora do jogo democrático", cabe lembrar a origem da condenação: um triplex que Lula não comprou, não usou nem alugou. Também cabe recordar que em 2014 o novo presidente do TSE Luiz Fux assinou liminar autorizando o pagamento de auxílio moradia no valor de R$ 4.300 a 17.000 juízes federais, decisão capaz de gerar uma conta atual de R$ 884 milhões por ano. Por baixo, daria para comprar pelo menos 490 triplex a cada ano passado depois da aprovação da liminar. Ou alugar 15.000 imóveis de ótimo padrão num bairro nobre de São Paulo.

Mídia almeja a imagem de Lula preso

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Todos sabemos desde que a perseguição a Lula se iniciou que há um risco claro e expressivo de seus inimigos conseguirem encarcerá-lo. Talvez até temporariamente, pois muitos acreditam que mantê-lo preso indefinidamente pode se converter até em ameaça à democracia.

Mas o que os inimigos de Lula querem, acima do que alardeiam em meio ao fedor insuportável de hipocrisia que exalam, é uma imagem. Essa imagem seria a compensação pelo sofrimento que lhes causaram as quatro derrotas eleitorais acachapantes que sofreram para o insolente pau-de-arara de Garanhuns.

A bizarra entrevista de Fux à Globo

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Luiz Fux, ministro do STF que tomou posse como presidente do TSE na última terça, concedeu entrevista ao jornal O Globo.

O nível da submissão de Fux à agenda da Globo e a quantidade de absurdos proferidos na entrevista são surreais.

A manchete do site do Globo nesse momento, em letras garrafais, é a seguinte: “Político ficha-suja é “irregistrável”, diz Fux”.

Sobre auxílios e a hipocrisia das elites

Por Beatriz Cerqueira, no jornal Brasil de Fato:

Foi de um grupo de WhatsApp que recebi o cartaz. Nele uma mulher, negra, deitada numa rede, pergunta ao telefone: "Alô, é da Caixa? Já depositaram meu Bolsa Família, Bolsa Escola, seguro desemprego?"

No momento em que se desnudam os "auxílios" que são, na verdade, privilégios a magistrados e políticos, deveríamos nos perguntar: em que país vivemos onde o auxílio-moradia de um juiz é superior ao salário de uma professora? Que valores temos ou queremos construir como sociedade? Também é preciso nos questionarmos sobre que país é este de desigualdades estruturais, onde o que incomoda não é o auxílio do juiz, mas a política de combate à fome!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

‘Pejotização’ acentua desigualdade de renda

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Segundo um estudo do pesquisador Fábio Castro, que busca contribuir com a compreensão dos mecanismos do Imposto de Renda de Pessoa Física e sua influência sobre as desigualdades no Brasil, um fator que gera distorções é a categoria de rendimentos isentos ou não-tributáveis no Imposto de Renda de Pessoa Física. Esta cresceu 154% entre 2003 e 2012: de R$ 221 bilhões para R$ 562 bilhões. No mesmo período, os rendimentos tributáveis cresceram bem menos, em torno de 86%.

Carnaval de Temer leva 60 para Marambaia

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Falam tanto que o Brasil está quebrado, gastando mais do que arrecada, mas este é um país rico para os donos do poder, que ganham todos acima de R$ 30 mil por mês.

Paga auxílio-moradia para a casta da Justiça que é dona de imóveis, mais um monte de penduricalhos, num país com 6 milhões de sem-teto.

Paga os melhores planos de saúde para os seus nobres parlamentares enquanto o povo morre nas filas dos hospitais.

Paga auxílio-pré-escola para procuradores como aquele herói que combate a corrupção.

Setor elétrico: Mais caro e mais sujo

Por Ikaro Chaves e Fabíola Latino, no site da Fundação Maurício Grabois:

Não é verdade que o projeto do governo Temer para o setor elétrico brasileiro se resuma à privatização da Eletrobras. Ele vai muito além, mas assim como a irresponsável proposta de privatizar a maior empresa de energia elétrica da América Latina, a mudança no marco legal do setor aponta para um perigoso e insustentável futuro para o país.

O Brasil construiu uma das matrizes energéticas mais limpas e renováveis do mundo, muito em função do setor elétrico. A título de comparação, no ano de 2016 quase 70% da energia elétrica produzida no Brasil teve origem hidráulica, enquanto que na China, maior consumidor desse produto no mundo, mais de 60% da produção teve por base o carvão mineral. Entretanto essa vantagem econômica e ambiental está seriamente ameaçada.

A Folha contra o Datafolha

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

O jornal Folha de S.Paulo não gosta do Datafolha. Manda-o fazer pesquisa, paga por ela, recebe os resultados e mete-se a bagunçá-los. Desde quando resolveu pisar no acelerador para alavancar a imagem de Michel Temer, vem fazendo isso, causando embaraços e ferindo suscetibilidades internas. Não que a direção do jornal se incomode. Ao que parece, o fim (acabar com o lulopetismo) justifica os meios (quaisquer que sejam). Os incomodados que se retirem. Na pesquisa mais recente, repetiu a dose.