quarta-feira, 23 de maio de 2018

Lula e a estratégia do PT

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Seguindo a orientação do ex-presidente Lula, o PT adotou uma estratégia para a eleição presidencial que tudo indica ser correta. As reações nervosas da direita e daqueles que ainda sonham se construir como candidatos sugerem que foi uma boa decisão.

Manter a candidatura de Lula é duplamente acertado. De um lado, significa apostar na legalidade e ver aonde isso nos leva. De outro, demonstra o respeito que Lula e o PT têm por seu ativo fundamental, a vasta parcela da população que representam.

Alta do combustível e desmonte da Petrobras

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Protestos de caminhoneiros no país têm chamado a atenção para o custo dos combustíveis derivados de petróleo no Brasil, situação que o consumidor já vem sentindo cotidianamente. Nos últimos 12 meses, o preço médio da gasolina variou 18% para cima. Só em 2018, o crescimento foi de 3,37%.

Assim como no caso recente do gás de cozinha, para especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato, a alta dos combustíveis está diretamente associada à política de preços instituída em 2016 pela nova gestão da Petrobras. Pela medida, a estatal abriu mão de controlar diretamente o preço, evitando variações inflacionárias, para determiná-lo de acordo com o preço do mercado internacional.

Oito problemas da Argentina de Macri

Por Martín Fernández Lorenzo, no blog Socialista Morena:

Esta é para quem vive repetindo, como papagaios da mídia comercial, acusações à Venezuela como se fosse o inferno na terra. Durante a campanha, o direitista Mauricio Macri repetiu diversas vezes em seus discursos, em referência ao governo de Cristina Kirchner, para amedrontar o povo: “estivemos muito próximos de nos tornar a Venezuela”. A ironia é que, apenas três anos depois de Macri chegar ao poder, os argentinos estão mais próximos de “ser a Venezuela” do que os brasileiros imaginam. Confira.


Meirelles é a "ponte para o abismo" do MDB

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer, o homem que dizia que uniria o país, está produzindo um esfacelamento completo no (P)MDB, que nunca foi, aliás, mais que uma federação de grupos.

A candidatura de Henrique Meirelles, que não é levada a sério por nenhuma força política – e muito menos pelo eleitorado – empurra os candidatos do partido ao Legislativo para, praticamente, toda a fauna microbiana de candidatos e agrava o nó nordestino do partido, que ajudou a derrubar Dilma mas que, na eleição, sonha em apoiar Lula e tirar disso vantagens eleitorais.

Venezuela pode ser o novo Vietnã dos EUA

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Trump e seus lacaios na América Latina, dentre eles o governo golpista de Temer, que se preparem: se optarem mesmo por uma agressão armada contra a Venezuela, abrirão as portas do inferno para si mesmos, de onde só sairão derrotados e humilhados, a exemplo do que aconteceu no Vietnã (a imagem deste artigo mostra a fuga desesperada de norte-americanos da embaixada estadunidense, em Saigon).

Golpe causa evasão no ensino superior

Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

Nunca antes houve tamanha evasão no ensino superior do país. Somente em 2017, mais de 200 mil estudantes de 19 a 25 anos tiveram de abandonar o ensino universitário antes da conclusão. Os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Nacional de geografia e Estatística (IBGE), para os anos de 2016 e 2017, mostram também que esta é a primeira vez, desde o início da série histórica em 2001, que o número de estudantes nas universidades e faculdades brasileiras reduziu, de 7,7 milhões de estudantes em 2016 para 7,65 milhões em 2017, cerca de 50 mil a menos.

Os novos desafios do chavismo na Venezuela

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ainda que tenha obtido uma vitória respeitável, quando se considera o ambiente de guerra civil sem armas que define a situação política do país, a reeleição de Nicolás Maduro deve ser vista como uma oportunidade para o chavismo acumular forças e enfrentar adversários que planejam sua destruição por um golpe de Estado, num processo apocalíptico que já derrubou os governos de vários países vizinhos.

A ABJD e o Poder Judiciário

Por Cezar Britto, no site Congresso em Foco:

A política é a fórmula constitucional utilizada para verbalizar o poder político emanado do povo, direta ou através de seus representantes eleitos (parágrafo único do artigo inicial da Constituição). Não há vazio constitucional quanto à matéria de competência do Poder Executivo e do Poder Legislativo, tampouco quanto à afirmação de que a soberania é exercida diretamente pelo povo (plebiscito, referendo ou lei de iniciativa popular – art. 14, da CF) ou através do sufrágio universal (caput, do mesmo artigo).

Você sabe o que ocorre na Venezuela?

Lula e o juiz agressor de mulher

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Seguindo a praxe do judiciário na ditadura judicial, o juiz do TSE, Admar Gonzaga, antecipou-se aos fatos e declarou-se contra o direito do Lula ser candidato na eleição de outubro. Ele foi peremptório:

“O TSE é a 1ª e única instância de registro das candidaturas presidenciais. Nem o STF está acima. E a resolução 23.458, da Lei da Ficha Limpa, é clara: ‘pedido de registro deve ser indeferido quando o candidato for inelegível ou não atender a qualquer das condições de elegibilidade’. Ou seja, caberá ao ministro do TSE não validar o registro assim que o receber” [jornal Valor de 22/5/2018].

terça-feira, 22 de maio de 2018

200 anos em dois: retrocessos de Temer

Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

O marketing do governo do Golpe foi tímido.

Afirmou que o Brasil voltou 20 anos em 2.

Trata-se de modéstia excessiva.

O slogan não faz jus à hercúlea tarefa regressiva e destrutiva que o atual governo ilegítimo submete o país e seu povo.

Nunca se destruiu tanto em tão pouco tempo. Sequer Átila, o huno, chega perto.

Temer, a Petrobras e os caminhoneiros

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A história das movimentações políticas e reivindicatórias de determinadas categorias sociais carrega consigo uma tendência a apresentar elementos de natureza conservadora e retrógrada. Travestidos de manifestações de protesto contra políticas setoriais, tais movimentos muitas vezes acabam por enganar a opinião pública e provocar crises políticas mais amplas. Em geral, as greves de caminhoneiros tendem a ser um exemplo bem característico desse quadro de confusão. Talvez a mais dramática de todas tenha sido a atuação dessa categoria no Chile, às vésperas do golpe que derrubou o governo de Salvador Allende.

Israel pratica crime contra os palestinos

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no blog Tutaméia:

Numa cadeira de rodas, sem as duas pernas, Fadi Abu Salah arremessava uma pedra com uma funda. A foto de seu gesto de resistência resoluta e desesperada correu o mundo. Passou a ser uma síntese da brava luta palestina. Aos frangalhos, ele enfrentava militares superarmados do outro lado da cerca. Já tinha perdido as duas pernas num bombardeio em 2014.

Logo depois de atirar a pedra, Salah foi assassinado por um atirador de elite – um “sniper” – do exército israelense na Faixa de Gaza. Ele foi um dos 60 mortos do massacre promovido por Israel na segunda, 14/5, que deixou 2.771 feridos, 1.360 atingidas por tiros, 400 por estilhaços e 980 com problemas por inalação de gás. Oito crianças de menos de 16 anos foram mortas. Naquele dia, os médicos do Crescente Vermelho fizeram ao menos trinta amputações de pernas ali ao lado da fronteira. Um médico e um jornalista morreram; paramédicos foram feridos.


Efeito do golpe, mortalidade infantil cresce

Por Luciano Velleda, na Rede Brasil Atual:

Um enorme esforço do governo federal e da sociedade civil durante 15 anos para diminuir as taxas de mortalidade de bebês e crianças começa agora a ser desfeito, às custas do argumento do ajuste fiscal promovido pelo governo de Michel Temer. Depois de mais de uma década com quedas consecutivas, a taxa de mortalidade na infância (proporção de óbitos de menores de cinco anos para cada mil nascidos vivos) subiu 11% em 2016, em comparação com o ano anterior.

A impactante repercussão da prisão de Lula

A vitória de Maduro e seus desafios

Editorial do site Vermelho:

O vitorioso da eleição presidencial deste domingo (20) na Venezuela tem nome e endereço conhecidos, ao contrário do grande derrotado, cujo rosto é difuso embora também muito conhecido – a oligarquia, a direita, o imperialismo (com os EUA à frente), e a mídia patronal conservadora que difunde mentiras e falsidades sobre a revolução bolivariana, quer a desestabilização do país, mesmo a custo de uma guerra civil, ou da invasão estrangeira.

Nicolás Maduro, que teve 68% dos votos (5.823.728 no total, contra 1.820.552 do segundo colocado – três vezes mais), personifica a continuidade da revolução bolivariana, iniciada pela eleição presidencial de Hugo Chávez em 1998, que alcançou então 56% dos votos.

Rádio Globo FM de São Paulo é ilegal

Por Raymundo Gomes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se a lei fosse cumprida à risca, a Rádio Globo de São Paulo não poderia estar no ar.

Para o Ministério Público Federal, o Grupo Globo violou a lei que regula as concessões de rádio e TV ao transformar a Rádio Difusora FM de São Paulo em Nova Rádio Globo, mesmo sem ter autorização para operar rádio FM.

Sem muito alarde, em maio do ano passado, a Globo arrendou da Difusora a frequência FM 94,1 MhZ. Esse tipo de transação precisa de autorização do governo federal.

Moro ignora o código de ética dos juízes

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

“Quando recebi o convite, pensei se deveria aceitar. Não sei se um juiz deve chamar este tipo de atenção. Judiciário e juízes devem atuar com modéstia, de maneira cuidadosa e humilde”. Foi assim que, vestindo smoking, o juiz Sérgio Moro se dirigiu aos banqueiros e empresários em um luxuoso evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA em Nova York, onde foi premiado como Personalidade do Ano.

Moro não sabia se devia ou não violar mais uma vez o Código de Ética da Magistratura, mas acabou violando sem nenhum constrangimento. O artigo 13 do capítulo 4 diz que o “magistrado deve evitar comportamentos que impliquem a busca injustificada e desmesurada por reconhecimento social, mormente a autopromoção em publicação de qualquer natureza.”

A reação popular ao desmonte da educação

Da revista CartaEducação:

A impopularidade do governo do presidente Michel Temer – aplaudido por aproximadamente 5% da população -, se expressa na constante aprovação de medidas que são justamente impopulares. Na área da Educação, importante frente de desenvolvimento social, exemplos recentes são os impactos de medidas como a reforma do ensino médio, o corte de verbas das universidades públicas, o atrofiamento no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e no Programa Universidade para Todos (Prouni), e que representam o desmonte da educação pública brasileira.

O submundo das delações premiadas

Por Gleisi Hoffmann

A imprensa acaba de revelar algo que muitos já sabiam: há um abjeto submundo nas delações premiadas, uma verdadeira indústria. Não só nas delações, mas também em alguns silêncios premiados. Segundo a imprensa, o advogado Figueiredo Basto, pioneiro das delações, cobrava propina para garantir silêncio seletivo de seus clientes, manipulando depoimentos. Eu e Paulo Bernardo sempre denunciamos que somos vítimas destas manipulações. Explico em seguida.