segunda-feira, 23 de julho de 2018

Direita abre novo capítulo do golpe

Da revista Fórum:

Líderes de partidos de direita e centro-direita, o chamado “centrão”, que foram protagonistas no golpe que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff, se reuniram mais de uma vez ao longo desta semana para definir as alianças das eleições e, ao que tudo indica, vão definir seu apoio a Geraldo Alckmin (PSDB).

Depois de alguma aproximação com Ciro Gomes (PDT), partidos como o DEM, PRB e SD teriam decidido, com a entrada do PR de Valdemar Costa Neto no grupo, rumar para o tucano. O anúncio oficial deve ser feito na semana que vem.

Metade do eleitorado não votará, diz Ibope

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Dos 142 milhões de brasileiros inscritos para as eleições deste ano, metade não deverá votar em ninguém, calcula o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, o maior especialista brasileiro em pesquisas eleitorais.

Ao constatar que o cenário está inalterado há mais de um ano, “como água parada”, Montenegro encontra dois motivos principais para esse desinteresse:

- “Ninguém sobe nem desce porque os candidatos não emocionam”

- “A população está enojada da política. Nunca vi o eleitor tão frio e desmotivado”.

Quanto custa uma eleição?

Por Leonardo Fernandes, no jornal Brasil de Fato:

Duas reformas do sistema eleitoral, realizadas em 2015 e 2016 instituíram novas regras para o sistema eleitoral brasileiro. Além de encurtar o tempo de campanha, as reformas limitaram as formas de financiamento de campanhas, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu as doações de recursos por parte de empresas.

Minas Gerais pode melar o acordo de Alckmin

Do blog Nocaute:

Dado como certo pelos jornais deste fim de semana, o acordo de Geraldo Alckmin com o Centrão pode ir por água abaixo. A primeira dificuldade é que o ex-governador paulista teria que arrastar pela campanha o caixão do presidente Postiço Michel Temer – cuja rejeição, contando a margem de erro, pode, como se diz em Minas, “desafiar as leis da estatística e ser superior a 100%”.

Centrão não é centrão. É direitão!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Diz a Fel-lha que "Centrão desiste de Ciro Gomes, apoia Alckmin e dá fôlego eleitoral a tucano".

"Cúpulas do DEM, PP (o partido mais corrupto do Brasil - PHA), PR (do Valdemar Costa Neto - precisa desenhar? - PHA) SD (do Pauzinho do Dantas - PHA) e PRB levarão acordo para diretórios estaduais antes do anúncio oficial"

Com isso, o tempo de tevê do santo do Alckmin passa de 1 minuto e 18 segundos para 4 minutos e meio, quase 40% de toda a fatia da disputa.

domingo, 22 de julho de 2018

Como os reacionários pautam as redes sociais

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

“A legalização da pedofilia no Brasil é uma questão de tempo. Isso vai acontecer fatalmente”, alertou Olavo de Carvalho, o guru intelectual do mais obscuro conservadorismo brasileiro em vídeo gravado em 2012. De tempos em tempos, os reacionários trazem o tema ao debate político, sempre dando um jeito de associá-lo aos gays e às esquerdas, fabricando a ideia de que estes seriam tolerantes com pedófilos.

Mídia esconde o que é o Centrão

Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:

A gente sabe que o nível de hipocrisia no país está escancarado, quando o fiel da balança da eleição mais importante da era pós democrática está num bloco formado pela fisiologia pura, algo que não teria espaço em nenhuma república democrática.

Quem “inventou” o tal de “Centrão” (que de centro não tem nada) foi Eduardo Cunha, para derrotar o PT na câmara. Cunha se fortaleceu, engrandeceu uma agenda do século retrasado e ainda assaltou o país na maior tranquilidade do mundo.

Manuela D´Ávila no site 'Jornalistas Livres'

A esquerda e o novo quadro eleitoral

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O candidato tucano Geraldo Alckmin volta a ser peça do jogo com o apoio do Centrão.

Ganha um tempo de TV colossal, capilaridade e máquina, mas vincula-se também ao que há de mais atrasado e melhor representa a “velha política”.

A bola agora rola no campo da esquerda, em resposta à jogada do adversário da centro-direita.

E a resposta, por ora, não foi a busca da unidade, como fez a direita, mas o acirramento da disputa entre PT e PDT pelo apoio do PSB e do PCdoB.

Bolsonaro deve sua candidatura à mídia

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Eu tenho uma tara pela Rede Globo”, disse Bolsonaro em discurso em Registro, interior de SP, na semana passada.

“Eu gosto das novelas deles, que arrebentam com as famílias no Brasil. Eu gosto daquela que faz um programa de manhã: Fátima Bernardes. Também sou vidrado em BBB”, continuou.

“No meu governo não vai ter dinheiro para valorizar esse pessoal que faz esse tipo de programa. Pode continuar fazendo, não vai ter censura. Mas dinheiro público!??”

Bolsonaro solta coices em 'O Globo'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Francamente, não fico impressionado com o festival de asneiras e grosserias contido na entrevista de Jair Bolsonaro a O Globo.

Afinal, o “imbroxável” – como ele se define, humildemente confessando, porém que anda “meio broxa, sim” – é só um imbecil, como há muitos pelo país. Por qualquer país, aliás.

O que impressiona é que gente muito mais sofisticada e de boas-maneiras tenha criado no Brasil condições para que viceje esta espécie de capim daninho na vida brasileira.

Veneno no campo e democracia falida

Por Gustavo Freire Barbosa, no site Outras Palavras:

“Por direito à alimentação entende-se o direito de todo o ser humano a ter um acesso regular a uma alimentação suficiente, adequada no plano nutricional e culturalmente aceitável, para ter uma vida sã e ativa”. É desta forma que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO –, define o direito à alimentação, deixando claro que comer adequadamente abrange tanto a dimensão quantitativa – comer o suficiente para ficar em pé – como a qualitativa – consumir alimentos que não causem danos à saúde.

PCdoB conclama união do campo progressista

Do site do PCdoB:

Os membros do Comitê Central do PCdoB, reunidos neste fim de semana (dias 20 a 22), na sede nacional do partido na capital paulista, para a 3ª reunião da direção nacional, debateram e deliberaram posição sobre a situação política e o projeto eleitoral da sigla para 2018.

Em nota, aprovada neste domingo (22), o PCdoB, reafirma a necessidade de unidade do campo progressista para vencer as eleições de outubro e derrotar a agenda neoliberal representada pelas candidaturas da direita. Para isso, o Partido faz um chamamento ao PT, PDT, PSB, Psol e outras forças progressistas para a construção desta unidade.

sábado, 21 de julho de 2018

Cem anos de Antonio Candido

Por Emir Sader, no site da Fundação Perseu Abramo:

Antonio Candido costumava ser chamado assim, segundo ele mesmo, por quem o conhecia pela sua vida acadêmica. Para os mais íntimos, entre os familiares e os amigos mais próximos, era simplesmente Candido. Foi assim que o conhecemos, desde pequenos, como sobrinhos de um dos seus amigos mais próximos, Azis Simão.

Alckmin fortalece agenda de Temer

Do site Vermelho:

A pré-candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela D’Ávila, postou nesta semana nas redes sociais que partidos do centrão – bloco formado por DEM, PR, PP, PRP e Solidariedade – são a espinha dorsal do governo de Michel Temer e que o apoio deles ao candidato tucano à presidência Geraldo Alckmin mostra que estão todos do mesmo lado. “o tucano é a continuação do governo mais odiado do país”.

Os jovens bolsominions

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

O deputado e ex-capitão do Exército Jair Bolsonaro tornou-se, sem dúvida, a mais curiosa e perigosa atração de uma eleição na qual boa parte dos eleitores parece mesmo disposta a votar nele. Sem a presença de Lula, as chances deste tresloucado competidor crescem. A competição é importante. Talvez uma das mais inquietantes da República. Ela sucede a um golpe que, lentamente, leva o País para o fundo do poço. A queda é profunda e está longe do fim. 

A derrota póstuma de Roberto Civita

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Iniciei minha carreira jornalística na Veja em 1970. Era dirigida por Mino Carta, tendo abaixo de si dois grandes secretários de redação: Luiz Garcia, um mestre na arte do jornalismo, Sérgio Pompeu, um mestre na psicologia das redações. Foram substituídos por outros jornalistas, igualmente talentosos, mas de estilo mais truculento, Luiz Roberto Guzzo, que assumiu o posto ainda na era Mino, e Elio Gaspari, que foi convocado na era Guzzo, depois de ter saído da Veja para assumir uma coluna no Jornal do Brasil.

Depois de três anos de experiências, até atingir o azul, Veja tinha todos os ingredientes de um ambiente inovador campeão.

O desafio atual: resgatar a democracia

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Não são poucos os analistas sociais e juristas da maior qualidade que denunciam o atual situação política do Brasil como a instauração de um Estado de exceção. O golpe parlamentar, jurídico e midiático de 2016 permitiu que os golpistas passassem por cima da Constituição, modificassem as leis trabalhistas em favor dos patrões, engessassem o país com o teto de gastos, em saúde e educação, impedindo que se crie um Estado de Bem Estar Social.

Só o trabalho intermitente cresce no país

Da Rede Brasil Atual:

Sem criar vagas em junho, na primeira queda do ano, o emprego formal mostra a estagnação do mercado de trabalho e da economia. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho, no mês passado foram fechados 661 postos de trabalho com carteira assinada, com 1,167 milhão de contratações e 1,168 milhão de demissões. Só o que cresceu foi a modalidade intermitente, criada com a "reforma" e que não significa uma garantia de trabalho efetivo.

Bolsonaro e o ovo da serpente

Por Lúcio Kowarick, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Bolsonaro é deputado federal por vários mandatos, com vasto apoio de algumas parcelas da população, inclusive de alguns expoentes da elite econômica. Não se trata de qualquer pessoa, mas de um pré-candidato à Presidência da República: sem a presença de Lula, os jornais apontam que Bolsonaro recebe apoio de 20% da população, o que lhe dá amplas possibilidades de chegar ao segundo turno nas próximas eleições.