segunda-feira, 24 de setembro de 2018

A injustiça tributária em dez pontos

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

1. Um sistema tributário para ser socialmente justo deve concentrar sua arrecadação sobre a renda e o patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas. Esses dois elementos (renda e patrimônio) diferenciam de forma clara os cidadãos e as empresas de acordo com a sua capacidade contributiva. Os impostos sobre o consumo e os serviços, pelo contrário, transformam todos como iguais diante do sistema tributário. Por exemplo, a tributação sobre os achocolatados (em torno de 40%) é injusta porque o pobre e o rico pagam o mesmo imposto ao adquiri-los.

O Brasil e a grande vergonha do mundo

Por Marcelo Zero

Conforme as pesquisas de opinião, no Brasil cerca de um terço dos eleitores estariam dispostos a votar numa versão patética de Hitler, um medíocre hitlerzinho tropical, sem o carisma, a retórica e a estratégia política do original. Sem sequer um programa de governo. Um grande vácuo pleno de ódio e preconceito. Nada mais, nada menos.

Segundo o TSE, o Brasil tem hoje 147 milhões eleitores. Portanto, cerca de 49 milhões de eleitores brasileiros gostariam de votar em nosso hitlerzinho tupiniquim e em seu pitoresco vice, Mourão, o Ariano. Aquele que não confia em mães e avós.

Bolsonaro quer ser o Fujimori brasileiro

Por Renato Rovai, em seu blog:

O discurso de Bolsonaro e do seu vice, General Mourão, não deixam margem alguma a dúvidas acerca do seu projeto para o caso de vitória nas urnas. Eles vão construir uma ditadura referendada pelo voto popular. Algo semelhante ao que fizeram Hitler e Mussolini, mas também ao que fez mais recentemente Alberto Fujimori num passado recente no Peru.

As tacadas finais antes do 1º turno

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Indício 1 – a manipulação recorrente na véspera das eleições

Na véspera das eleições de 2014, a revista Veja produziu uma matéria falsa, de capa, com supostas informações de que Lula e Dilma teriam participado dos esquemas de propinas para financiamento de campanha. Foi uma jogada articulada em que, adicionalmente à revista, foram impressas e distribuídas milhões de capas da revista.

Uma perda bilionária para o SUS em 2019

Por Bruno Moretti, no site Brasil Debate:

“Teto de gastos não será problema para saúde e educação” (Ricardo Barros) [1].
A Emenda Constitucional nº 95, aprovada em 2016, institui Novo Regime Fiscal, determinando que, em 2017, as despesas primárias teriam como limite a despesa executada em 2016, corrigida em 7,2%. A partir de 2018, vigoraria o limite do exercício anterior, atualizado pela inflação de doze meses. Na prática, a EC 95 congela as despesas primárias, reduzindo-as em relação ao PIB ou em termos per capita por duas décadas.

A robotização e os trabalhadores

Por Eduardo Camín, no site Carta Maior:

Estamos imersos em um mundo dominado pela tecnologia. O recente tsunami de inovação tecnológica deu origem a um intenso debate sobre o futuro do trabalho. Muitos dos atuais avanços científicos foram adiados, durante muitos anos, por serem considerados impossíveis, mas a passagem de um modo de produção a outro representa a negação dialética de uma velha qualidade por outra nova.

Isso nos leva a pensar que o conceito futuro de liberdade pode nascer da servidão atual, com a condição de que, no seio desta, o ser humano aspire mais que permanecer vivo e ativo, como também crescer e se expandir. Fatores de controvérsia e de mudanças, capazes de contrapor outra imagem do homem, a qual se concebe e difunde acatando a realidade constituída.

A onda de repúdio a Jair Bolsonaro

Por João Guilherme Vargas Netto

Seis centrais sindicais – Força Sindical, CTB, CSB, NCST, Intersindical e CSP-Conlutas – por meio de seus presidentes e outros expressivos dirigentes assinaram e divulgaram nota conjunta no sábado dia 22 de setembro com o título “Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro”.

A CUT e a UGT, por razões pouco claras, mas preocupantes não assinaram durante o fim de semana. Espera-se que elas venham a fazê-lo, com urgência, completando o empenho unitário das entidades que se manifestaram.

Paulo Freire e a 'Pedagogia do Oprimido'

Por Luciano Velleda, na Rede Brasil Atual:

Paulo Freire estava no exílio no Chile, em 1968, trabalhando no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA), quando lançou Pedagogia do Oprimido. O livro viria a ser a grande obra da vida do educador e pensador, traduzido para diversas línguas e revelando a gênese do pensamento freiriano ao esmiuçar as relações entre opressores e oprimidos e, a partir daí, sugerir a emancipação do indivíduo por meio do pensamento crítico e libertário. 

Eurásia renasce e quer ser alternativa

Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:

Xi Jinping e Vladimir Putin foram vistos numa joint venture culinária. Panquecas com caviar (blin, em russo), empurrados com um shot de vodca. Aconteceu há dias, no Fórum Econômico Oriental em Vladivostok. É metáfora desenhada (e comestível) para selar a sempre crescente ‘parceria estratégica abrangente russo-chinesa’. Assista aqui.

Já há alguns anos, o Fórum de Vladivostok vem oferecendo um mapa inigualável do caminho, a quem se interesse por rastrear o progresso da integração da Eurásia.


O dia em que Roberto Marinho apoiou o PT

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

O movimento político verificado em 1994, na primeira eleição de um governador pelo Partido dos Trabalhadores, pode se repetir agora, 24 anos depois, na campanha para presidente da república.

Na época, um político da linha de Jair Bolsonaro, chamado Cabo Camata, liderava as pesquisas de intenção de voto no segundo turno das eleições no Espírito Santo, na disputa com Vítor Buaiz, candidato do PT.

Cabo da PM, Dejair Camata conquistou, primeiramente, o eleitorado mais pobre, com o discurso de que, eleito, acabaria com a bandidagem.

Como deter o jogo sujo da direita?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Por onde passa o candidato Fernando Haddad arrasta multidões movidas pela esperança de que o Brasil retome seu caminho de respeito à soberania popular, desenvolvimento com inclusão social, geração de emprego e renda, forte investimento no social e espaço garantido para os pobres no orçamento. E o fiador deste sentimento que avança a galope país fora é Lula. Indestrutível politicamente, o ex-presidente segue emparedando as elites, mesmo encarcerado em Curitiba.

O dia de luta contra o fascismo

Por Gilberto Maringoni

Vamos ao calendário: o 7 de outubro de 2018 marca uma efeméride fundamental na luta contra a extrema-direita no Brasil. Nessa data, em 1934 (também um domingo!), a Ação Integralista Brasileira (AIB) havia marcado um comício na praça da Sé, em São Paulo, para comemorar dois anos do lançamento de seu Manifesto.

Não contavam com a disposição e iniciativa de um largo movimento antifascista, nucleado pelo Partido Comunista do Brasil (PCB), então na clandestinidade. Praticamente todas as organizações progressistas e de esquerda do movimento popular aderiram à convocação da contramanifestação.

O plano antissindical de Bolsonaro


Exceto por artigo de João Guilherme Vargas Neto, por publicações da Agência Sindical, do Portal Vermelho e de alguns outros sites, passou quase despercebido o Plano de Governo de Jair Bolsonaro no tocante ao mundo do trabalho - “Modernização da legislação trabalhista” é o nome.

Para um Plano com 4.583 palavras, Bolsonaro destina 113 aos trabalhadores. O conteúdo é radicalmente neoliberal, ao atentar contra o contrato mediado pelas garantias da Convenção Coletiva, ao criar uma Carteira para os contratados de forma precária e ao garantir permissão legal para que o trabalhador escolha o seu Sindicato, o que solapa o conceito de categoria profissional, que é uma das mais valiosas conquistas do sindicalismo brasileiro.


domingo, 23 de setembro de 2018

A maior fake news da história do Brasil

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

O capitão Jair Bolsonaro acredita que a ditadura militar foi uma época dourada para o Brasil. “Era completamente diferente de hoje. Naquele tempo você tinha liberdade, segurança, ensino de qualidade, a saúde era melhor.”

Apesar de nem as vírgulas dentro dessas aspas serem verdadeiras, a lorota de Bolsonaro tem colado com certa facilidade. Não é raro encontrar jovens defendendo o regime militar. Há também os que viveram a época e garantem que tudo era melhor. Todos da minha geração tem um tio, um pai ou um avô que afirma com muita convicção que o ensino público era fantástico, que não havia corrupção, que a economia bombava e que se podia andar tranquilamente nas ruas sem medo da violência. Mas essas experiências particulares não refletem exatamente o que se passava com a totalidade dos brasileiros naquele período. A bolha do seu tio não representa o Brasil.

Doria debocha de França. É o desespero…

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Muitas vezes, mais que os números das pesquisas, é a atitude dos candidatos na propaganda que revela seu desespero com os sinais de derrota.

É o que está acontecendo com João Dória.

Ao colocar no ar uma inserção em que debocha da mudança física do governador Márcio França (PSB) por conta de uma cirurgia bariátrica devida a um quadro de obesidade e diabetes, o ex-prefeito de São Paulo talvez tenha dado um mortal tiro no pé.

Sublime ironia: golpe implodiu PSDB e MDB

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“As redes sociais deram o direito à palavra a uma legião de imbecis que antes falavam apenas em um bar” (Umberto Eco, escritor e filólogo italiano, em junho de 2015).

A 15 dias da eleição, só uma coisa já é certa: PSDB e MDB, os grandes partidos da aliança golpista de 2016, cevada pela Lava Jato e pela velha mídia, já estão fora do segundo turno, relegados ao bloco dos nanicos.

E o PT de Lula, o principal alvo da operação para derrubar Dilma, sobreviveu com Fernando Haddad, na bica para ir ao segundo turno contra Jair Bolsonaro.

Carta de FHC: tiro n’água

Editorial do site Vermelho:

Desespero. Essa é a definição exata para o comportamento das hostes tucanas diante da tendência das intenções de votos, faltando, praticamente, duas semanas para o primeiro turno das eleições. A reação desvairada, que ecoa nos editoriais e colunas da mídia, está na “Carta aos eleitores e eleitoras” do ex-presidente Fenando Henrique Cardoso (FHC) e no manifesto de intelectuais ligados ao PSDB. Em uníssono, valendo-se da tática eleitoral do alarmismo, eles disseminam que a disputa eleitoral estaria polarizada por dois extremos (Fernando Haddad e Jair Bolsonaro), o que seria uma “ameaça” ao Brasil, para tentar fazer emergir um salvador da pátria de “centro”.

Centrais rechaçam o fascista Bolsonaro

Do site da CTB:

Lideranças de seis centrais sindicais divulgaram neste sábado (22) uma nota de repúdio ao candidato à presidência Jair Bolsonaro.

O texto intitulado “Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro” é assinado por dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, CSB, Nova Central, Intersindical e CSP-Conlutas.

Leia abaixo o texto na íntegra:

A polarização que cega

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A polarização chegou esta semana e assustou, embora fadada a acontecer quando fosse definido o substituto de Lula, o favorito barrado pela Justiça.

Para o IBOPE, Bolsonaro chegou a 28% e Fernando Haddad firmou-se no segundo lugar com 17%.

O petista cresceu menos, segundo o Datafolha, mas isso não conteve o pavor dos que consideram igualmente nefastas tanto a volta do PT como a vitória da extrema direita.

Enquanto isso, Bolsonaro é que continua crescendo sem fazer campanha, e isso é que devia nos apavorar.

sábado, 22 de setembro de 2018

Paulo Guedes tirou a máscara de Bolsonaro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

O liberalismo é vendido como o modelo econômico que pode salvar os cidadãos das garras do Estado malvadão.

A marota estratégia dos defensores deste modelo é excluir da equação os grandes predadores do mundo, o 1%: multinacionais, bancos, especuladores, milionários e bilionários. Se o Estado for mínimo, como querem os liberais, são estes que se apropriam da renda enquanto a esmagadora maioria da população luta pela sobrevivência enquanto sofre com o desemprego e os baixos salários.

O Estado, na realidade, não é o problema, mas sim a grande força que pode conter o apetite insaciável dos donos do capital e, assim, melhorar as condições de vida da população.