segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Aula prática de como fazer uma fake news

Do blog Nocaute:

Passo 1:

Recorte uma foto do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica andando no modesto sítio em que vive em Montevidéu:



Passo 2:

Escolha ao acaso uma foto de pessoas anônimas andando nas ruas de Nova York:


Plágio e paranoia no Inep de Bolsonaro

Murilo Resende Ferreira
Do Jornal GGN:

Uma das fontes de inspiração do novo diretor de Avaliação de Ensino Básico do Inep, Murilo Resende Ferreira, foi também referência intelectual de Anders Breivik, terrorista que, em julho de 2011, foi o autor do maior ataque em solo norueguês desde a Segunda Guerra Mundial.

Breivik planejou a explosão de um carro-bomba, em Oslo, e um atentado contra jovens do Partido Trabalhista norueguês, que participavam de um encontro na ilha de Utoya, matando 77 pessoas e ferindo mais de cinquenta. Um dos mentores intelectuais do terrorista é Michael Minnicino, norte-americano de extrema-direita autor da teoria conspiratória 'Marxismo cultural', o mesmo escritor que o novo coordenador do Enem é acusado de plagiar.

Antipetismo como ideologia de poder

Por Jeferson Miola, em seu blog:

“Nós não podemos errar. Se nós errarmos, os senhores bem sabem quem poderá voltar. E as pessoas de bem, que foi a maioria que acreditou naquilo que nós pregamos nos últimos anos [racismo, violência, ódio, autoritarismo e preconceitos] não poderá se decepcionar conosco” - Bolsonaro, em 7/1/2019, na posse dos presidentes do BNDES, BB e CEF.

“Se eu errar, o PT volta” - Bolsonaro, em 2/11/2018, em entrevista.


“Nós ainda só somos uma democracia e um país com liberdade graças às Forças Armadas. Nós somos o último obstáculo para o socialismo. Se envergarem a nossa coluna, tristeza virá sobre todos nós e nós não queremos isso” - Bolsonaro, em 25/12/2018, em entrevista.

Ao discursar na cerimônia de transmissão do comando do Exército que Bolsonaro “libertou” o país “das amarras ideológicas”, Villas Bôas não pretendeu anunciar o fim das ideologias.

Venezuela: Maduro, até o fim

Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

Eu juro que queria ter essas certezas absolutas que leio em toda parte sobre a tal ditadura de Nicolás Maduro, mas não tenho. E por uma razão bem simples: são todas enviesadas, tanto pela direita que o odeia como pela esquerda que o inveja.

O fato é que Maduro, apesar de ser atacado pelos Estados Unidos sem intermediários, está de pé. A Venezuela não se dobrou, nem mesmo fustigada por uma crise econômica devastadora, com as consequências sociais que todos testemunhamos.

Os perigos da capitalização da Previdência

Por Sergio Luiz Leite (Serginho), no site Vermelho:

Após tomar posse, o governo de Jair Bolsonaro está empenhado agora em conseguir que o Congresso vote as reformas consideradas prioritárias para a economia, como a da Previdência. De acordo com informações que têm sido amplamente divulgadas, o texto, que deve ser enviado até fevereiro ao Congresso, inclui mudanças como um regime de capitalização, proposta que pode retirar de R$ 689 bilhões a 1,47 trilhões dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, e transferir – parte ou a totalidade do montante – para o sistema financeiro!

Oposições projetam a resistência em 2019

Parlamentares contrários à censura na sala de aula (dir.) protestam
durante sessão do projeto "Escola Sem Partido"
Foto: Lula Marques/PT na Câmara
Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

Parlamentares de oposição no Congresso Nacional e organizações do campo popular se preparam para lidar com o conjunto de pautas que vem a reboque do governo de Jair Bolsonaro (PSL), eleito em outubro de 2018.

Uma das promessas para o primeiro semestre é o resgate do Projeto de Lei (PL) 7180/2014, conhecido como “Escola sem Partido”. A proposta é fortemente criticada por professores, especialistas e entidades da sociedade civil porque impõe restrições aos educadores, impedindo, por exemplo, conteúdos sobre questões de gênero e educação sexual em sala de aula. Por esse motivo, ela foi apelidada pelos opositores de “Lei da Mordaça”.

Bolsonaro banaliza agressão contra mulher

Por Débora Fogliatto, no site Sul-21:

Na primeira semana de 2019, foram registrados pelo menos 21 casos e 11 tentativas de feminicídio no Brasil. Como geralmente ocorre nesse tipo de crime, na maioria deles o agressor mantinha alguma relação com a vítima, seja como marido, namorado ou ex-namorado. Apenas em dezembro do ano passado, o Ligue 180 registrou denúncias de 391 mulheres agredidas por dia no Brasil.

Ao mesmo tempo em que os números são alarmantes, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta quarta-feira (9) que retiraria a pauta da igualdade entre homens e mulheres e do combate à violência contra a mulher dos livros didáticos. Após pressão popular, o Ministério da Educação voltou atrás e cancelou a portaria que determinava as alterações nas regras para o material.

Bolsonaro e o sono da razão

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:

A quadrilha de ministros mega corruptos do governo Temer cedeu lugar a um bando de doidos de extrema direita, com mentalidade pré-moderna e anti-científica. São fundamentalistas que preferem a crença à razão. Mas não se trata de um hospício com doidos do tipo maluco beleza. Sabem o que fazem e a quem vão servir.

Há, portanto, um método nessa loucura, como dizia o personagem Polonius a respeito de Hamlet, na famosa peça de Shakespeare. Antes, porém, de examinar os beneficiários do novo governo, vale a pena repassar as demonstrações de loucura já alardeadas para todo o país.

domingo, 13 de janeiro de 2019

Caixa corta apoio ao futebol. Chora babaca!

Charge: Dorinho
Por Altamiro Borges

Uma cena lamentável que marcou o futebol brasileiro no final do ano passado foi a presença de Jair Bolsonaro na entrega do título de campeão da Série A à Sociedade Esportiva Palmeiras. O oportunista, que já trajou as camisetas de vários times, foi bajulado por atletas que são sua imagem e semelhança – como o violento Felipe Melo e o autoritário Luiz Felipe Scolari. Estes e outros ricaços do futebol nativo, que fizeram campanha do fascista repetindo o gesto de arma, agora devem estar preocupados. Na semana passada, a direção privatista da Caixa Econômica Federal confirmou que cortará os patrocínios para os times do Brasileirão.

Mídia acoberta contas de Serra na Suíça

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (10), a Justiça da Suíça finalmente autorizou o envio de informações bancárias ao Brasil para compor a investigação sobre os repasses às campanhas do PSDB e do senador José Serra por meio de instituições financeiras locais. A decisão ocorre após os suíços rejeitarem recurso que pedia a suspensão da cooperação entre as procuradorias dos dois países sob a desculpa da “prescrição das denúncias”. O envio dos dados pode complicar de vez a vida do grão-tucano, que anda meio desaparecido do noticiário, e do seu decadente partido. O curioso é que a mídia falsamente moralista, que adora promover a escandalização da política, preferiu acobertar a decisão. O assunto não foi destaque, por exemplo, no Jornal Nacional da TV Globo.

Battisti e a tática manjada de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

A tática diversionista de Jair Bolsonaro, dos seus filhotes mimados e dos fanáticos bolsonaristas que envenenam as redes sociais já está ficando manjada. Sempre que surgem notícias ruins sobre o capetão-presidente e o seu desgoverno, que mais se parece uma zorra total, eles saem disparando tuítes com outros assuntos para enganar os otários e para manter a moral da tropa fascistoide elevada. Neste sábado (12), a malandragem voltou a se repetir. Jair Bolsonaro e seu exército de guerrilheiros virtuais tomaram a internet para festejar a prisão de Cesare Battisti, ocorrida na Bolívia. Em tom belicoso e provocador, eles atacaram as forças de esquerda e o ex-presidente Lula, que concedeu refúgio político ao italiano.

Joly Júnior, o bolsonarista ameaçador

Por Juca Kfoury, em seu blog:

O valentão abaixo escreve para o blog com o pseudônimo “JConselheiro” e usa o email da esposa.

Seu nome é José Emílio Joly Júnior.

Mora em Curitiba e é corretor de imóveis da “Executivo Imobiliário”.



Bolsonaro tem espécie de amor pela guerra

Do Blog do Renato:

Empossado para mais quatro anos como governador Maranhão, Flávio Dino (PC do B) prevê um ciclo de baixo crescimento econômico e dificuldades para os estados.

À frente de um dos estados mais pobre do país, diz que buscará uma relação institucional respeitosa com o presidente Jair Bolsonaro, mesmo lhe fazendo oposição.

Por outro lado, critica a “lógica de confrontos eternos” de Bolsonaro e seus ministros: “É como se fosse um amor pela guerra”.

Caso Queiroz respinga na imagem do Einstein

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O caso Queiroz respingou na reputação do Einstein, um dos hospitais mais respeitados - e caros - do Brasil.

Em novo vídeo divulgado pela família, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro diz que a gravação da dancinha aconteceu porque ele quis dar “cinco segundos de alegria a uma tristeza que se tomava (sic) dentro da enfermaria”.

Para um convalescente, aparece com a voz firme, forte, sem qualquer sinal de debilidade.

Declara-se revoltado com a circulação das imagens.

Encontramos os carros do Queiroz

Por Cecília Olliveira e Tatiana Dias, no site The Intercept-Brasil:

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, se define como “um cara de negócios”. Além de seu salário de R$ 23 mil, ele diz que faz dinheiro comprando e revendendo carros. “Sempre fui assim. Comprava um carrinho, mandava arrumar, revendia”, corado e bem humorado, em entrevista bastante dócil ao SBT em dezembro – a primeira desde que estourou o escândalo sobre uma movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária, que incluiu um cheque de R$ 24 mil à primeira dama Michelle Bolsonaro.

OK, Google: deflagre a III Guerra Mundial

Por Michal T. Klare, no site Outras Palavras:

Nada é mais certo de que o lançamento de armas atômicas poderia provocar um holocausto nuclear. O presidente norte-americano John F. Kennedy deparou-se com tal momento durante a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962. Depois de pressentir o resultado catastrófico de um confronto nuclear entre EUA e União Soviética, ele chegou à conclusão que as potências atômicas deveriam impor barreiras ao uso precipitado uso de tal armamento. Entre as medidas, ele e outros líderes globais adotaram diretrizes, requerendo que funcionários de alto nível, não apenas militares, tivessem um papel em qualquer decisão de lançamento de armas atômicas.

Dança de Queiroz custará caro a Bolsonaro

Por Renato Rovai, em seu blog:

Em política, como na vida, os mais experientes não abusam da sorte quando tudo parece estar dando certo. Porque sabem, em primeiro lugar, que o vento muda. Que as coisas são mais complexas do que parecem. E que aquilo que você gasta ou de capital econômico ou político nos tempos gordos, pode fazer falta nas vacas magras.

Como estamos num momento muito cristão da sociedade, vou recorrer à bíblia. Mais precisamente ao velho testamento.

Brasil: o desenvolvimento interditado

Por João P. Romero, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O reconhecimento da importância da atividade de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e da inovação para o desenvolvimento é um dos raros consensos em economia. Embora haja discordância a respeito dos fatores que determinam o nível de P&D em cada país, há evidências robustas a respeito do impacto positivo da intensidade de pesquisa (P&D em relação ao PIB) sobre o crescimento da produtividade. Além disso, há também amplas evidências a respeito do papel crucial da competitividade tecnológica na performance de cada país no comércio internacional. Dessa forma, o que se observa é que países desenvolvidos em geral têm maior intensidade de pesquisa que países subdesenvolvidos, apresentando também melhor desempenho comercial. Enquanto países como EUA, Alemanha e Japão investem em torno de 3% do PIB em P&D, Argentina, Índia e África do Sul, por outro lado, investem menos de 1%.



O "amigo" de Bolsonaro na Petrobras

Por Thais Reis Oliveira, na revista CartaCapital:

Em meio às polêmicas em torno da promoção do filho de seu vice no Banco do Brasil e de uma nomeação desastrada na Apex, o presidente Jair Bolsonaro vem sustentando outra ascensão controversa. Dessa vez, ele indicou um amigo pessoal para um cargo de alta gerência na Petrobras.

O problema é que seu apadrinhado não atende aos critérios internos da empresa para ocupar o posto, que paga um salário mensal na casa dos 50 mil reais.

Conforme o próprio Bolsonaro anunciou na quinta-feira 10, seu amigo Carlos Victor Guerra Nagem foi indicado por ele à gerência-executiva de Inteligência e Segurança Corporativa (ISC), setor ligado diretamente à Presidência da empresa.

O dilema do 'bobo' da corte da direita

Charge: Aroeira
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Oito dias “fora do ar”, olhando de longe as notícias, escapei de comentar as presepadas da semana do – vá lá o exercício de boa-vontade – governo Jair Bolsonaro.

A nítida impressão que se tem é a de que dois núcleos se esforçam para manter o presidente “dentro da casinha” e fazê-lo (e aos filhos e siderados que acompanham a família) se convencerem que podem tudo, menos arranjar problemas para o processo de liquidação da soberania nacional e dos direitos sociais.