sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

O Globo manipula, na política e no esporte

Por Wevergton Brito Lima, no site Pega na Geral:

Um dos métodos mais antigos e eficazes que o jornal O Globo usa para manipular informações tem como base a constatação de que grande parte dos leitores só lê a manchete de uma matéria, ou o seu primeiro parágrafo, chamado, no jargão jornalístico, de “lead” ou lide.

Na edição desta sexta-feira (22), em uma leitura rápida, já encontramos dois exemplos deste método. A proposta da reforma da previdência, enviada pelo Governo ao Congresso, pode ser resumida da seguinte forma: iremos nos aposentar muito perto de morrer, ganhando um salário miserável, o que, aliás, apressará nossa morte. Um plano morbidamente bem bolado. Parece até feito por milicianos.

Oposição denuncia o golpe da Previdência

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

O modus operandi do governo Bolsonaro

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

Saber o que pensa, como está estruturado e o modus operandi de qualquer governo são condições fundamentais para se relacionar com ele, tanto de modo propositivo quanto de maneira reativa. Com o governo Bolsonaro não será diferente. Se a sociedade civil e os cidadãos não entenderem essas dimensões, as chances de êxito em eventuais disputas com o governo serão praticamente nulas.

Sobre o pensamento do governo Bolsonaro, parece não haver dúvida de que se trata de um governo:

A melhor Previdência para o povo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Depois que Bolsonaro foi ao Congresso entregar um projeto de reforma da Previdência, iniciando aquela que será a grande luta política deste período, é bom não esquecer o ponto fundamental: o repúdio da maioria dos brasileiros e brasileiras aos projetos de enfraquecimento e mudança de sistema público de aposentadorias. 

Todos sabem que a Previdência precisa ser aperfeiçoada - mas funciona, é sustentável e deve ser defendida.

A incrível omissão do governo no caso da Ford

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É inacreditável a inércia do governo brasileiro no caso do anunciado fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo.

Para entender a importância disso basta imaginar o inverso: a festa que os governantes estariam fazendo se a montadora, em lugar de fechar, estivesse abrindo uma fábrica.

Mas não temos Ministro do Trabalho para defender os 3 mil trabalhadores que, de boa-fé, fizeram um acordo em maio do ano passado para ter, entre outras vantagens, estabilidade no emprego.

Também não temos ministro da Indústria e Comércio, que pressione a empresa pelos benefícios tributários que recebeu a fim de funcionar e crescer.

Brasil, um país em busca de inimigos

Por Marcelo Zero

Até pouco tempo, o Brasil era um país sem inimigos. Mantínhamos boas relações com todos os países, independentemente das ideologias políticas de seus governos circunstanciais, como são todos os governos.

Lula se relacionava bem com Chávez e Evo Morales, mas também tinha excelentes relações com Bush, Sarkozy e com Juan Manuel Santos, o conservador colombiano.

Nosso soft power era respeitado no mundo inteiro.

O Brasil era visto como um país moderador, negociador, pacificador, que contribuía de forma muito positiva para a conformação de uma ordem mundial multipolar, menos assimétrica e mais justa.

A dor e o prazer da velha direita brasileira

Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:

Não basta dizer que o governo de Jair Bolsonaro é de direita. Pra entender a dinâmica interna do governo é necessário um esforço maior de adjetivação. É necessário dividir a direita brasileira em dois grupos: a velha direita e a nova direita. O sucesso eleitoral de Bolsonaro significou a vitória da nova direita. A velha direita até foi chamada para compor o governo, mas ainda não conseguiu vencer as disputas internas e se tornar hegemônica.

Mas quem são os jovens? Quem são os velhos?

Os mais velhos primeiro.

Os principais pontos do golpe da Previdência

Por Juca Guimarães, no jornal Brasil de Fato:

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019 de Jair Bolsonaro (PSL) e do ministro da Economia Paulo Guedes, apresentada ontem na Câmara dos Deputados, desmantela as garantias mínimas de direitos dos trabalhadores previstas na Constituição de 1988. Além disso, deixa a porta aberta para reformas futuras, que podem tirar ainda mais direitos.

Confira, abaixo, alguns dos pontos mais polêmicos da reforma da Previdência:

- A reforma estabelece no artigo 201-A, a adoção do modelo de capitalização, com contas individuais, para o regime de Previdência, ou seja, uma ruptura radical com o atual modelo de participação, onde o trabalhador da ativa e as empresas financiam os beneficiários. Isso deve gerar um aumento do gasto público durante o período de transição entre os dois modelos e um futuro incerto sobre o valor das aposentadorias.

O desalento político no Brasil

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Não é só no campo do desemprego que o Brasil tem alguns milhões de desalentados – algo em torno de 4,8 milhões. No campo político o número de desalentados deve ser muito maior. Talvez a metade da população ou mais. O capital político do presidente Bolsonaro está evaporando de forma rápida e bem antes do que se esperava. Claro que em política sempre é possível começar de novo, se refazer. Mas os sinais que emanam do Planalto não são estes. São de confusão, desatino, atabalhoamento, arruaça política, falta de noção, de compostura, de decoro e de equilíbrio.

Bolsonaro é peão de Trump contra Venezuela

Por Renata Mielli, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A criminalização da política e a promessa de eliminar a “ideologia de esquerda” resultou na vitória da anti-política. Se fosse possível resumir em uma única frase o que levou à vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018, talvez essa fosse a mais abrangente e emblemática. Claro, há muito mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar a nossa vã filosofia, como disse William Shakespeare há mais de 400 anos.

Sergio Moro, o serviçal do clã Bolsonaro

Por Mariana Serafini, no site Carta Maior:

O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, comandou a Operação Lava Jato durante quatro anos e ao longo deste período sempre negou ter motivações políticas em suas decisões – muitas vezes – direcionadas apenas aos partidos da esquerda. Considerado por alguns o “herói” do combate à corrupção, também afirmou em diversas ocasiões que não tinha intenção de ser candidato ou ocupar cargos executivos. Hoje integra um governo que em menos de dois meses já está atolado em denúncias de esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro, coincidência ou não, a especialidade do juiz.

Bolsonaro vai à guerra: TV Globo é "inimiga"

Por André Cintra, no site Vermelho:

Como num juramento típico das máfias do sul da Itália, o clã Bolsonaro declarou guerra à família Marinho. Quem ouve os áudios revelados nesta terça-feira (19) das conversas entre o presidente da República e seu ex-ministro deduz que a vendeta do governo contra a TV Globo está encomendada. É possível concluir, também, que a emissora, como adversária poderosa que é, já se infiltrou no front adversário. É uma guerra sem volta.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Bolsonaro vai degolar o filhote Carluxo?

Por Altamiro Borges

O vereador Carlos Bolsonaro, chamado pelo pai de pitbull ou 02 e pelos mais íntimos de Carluxo, está na mira dos carreiristas que chegaram ao poder na carona de Jair Bolsonaro. Em entrevista à rádio Jovem Pan na terça-feira (19), Gustavo Bebianno, o defecado ministro da Secretaria-Geral da Presidência, resolveu concentrar a sua artilharia no “pimpolho” e aliviar a barra do “desleal” presidente. A mídia também garante que a bronca contra os filhos do “capetão” cresce entre os generais, que a cada dia concentram mais poder no Palácio do Planalto. Há boatos de que o mimado Carluxo poderá ser degolado em breve pelo pai, que adora posar de valentão, mas se acovarda diante de qualquer intempérie.

Rosário e Jean Wyllys derrotam Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Além de exonerar o seu amigão-laranja Gustavo Bebianno e de sofrer a primeira derrota na Câmara Federal (na votação da Lei de Acesso à Informação), o presidente Jair Bolsonaro teve outras dores de cabeça nesta semana infernal. Na terça-feira (19), o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso do “capetão” e manteve sua condenação por danos morais pelas agressões à deputada federal Maria do Rosário. O fascistoide terá que pagar multa de R$ 10 mil à petista gaúcha. No mesmo dia, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro julgou improcedente uma ação na qual Jair Bolsonaro acusava o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que o chamou de racista, homofóbico e “canalha”, por calúnia, injúria e difamação.

O fugaz reinado de Bolsonaro, o Patético

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Patético, segundo o Michaelis, pode ser aquele que “comove, que provoca piedade ou tristeza” ou também aquele “que causa constrangimento ou aversão por ser exageradamente emocional”.

Ambos os significados caem como uma luva no presidente Jair Bolsonaro após o rocambolesco episódio da demissão de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência.

É claro que a piedade e a tristeza são, embora provocadas pelo presidente, direcionadas ao nosso país, entregue a figura tão flagrantemente despreparada.

“Exageradamente emocional”, por sua vez, define à perfeição a conduta de Jair Bolsonaro no imbróglio.

Barão de Itararé e a "Constituição em risco"


Pouco mais de 30 anos após a promulgação da Constituição, seus princípios são postos em xeque pelo avanço do "ultra-neoliberalismo", tendência mundial representada no Brasil pelo governo de Jair Bolsonaro. O ex-chanceler e ex-ministro da Defesa Celso Amorim, a jurista Carol Proner e a economista Laura Tavares debateram as ameaças à democracia, aos direitos individuais e ao sistema de Seguridade Social, bem como à soberania nacional, nessa segunda-feira (18), no Rio de Janeiro.

O evento chamado A Constituição de 1988 em Risco, iniciativa do Coletivo Barão de Itararé, também teve a participação da líder da minoria da Câmara, deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e contou com o auditório da Conselho Regional de Economia do Rio lotado.

Laranjal dificulta o golpe da Previdência

Por Thais Reis Oliveira, na revista CartaCapital:

Depois de muitas idas e vindas, a Reforma da Previdência volta ao Congresso. Findado o prazo para o envio do texto nesta quarta-feira 20, Jair Bolsonaro foi à Câmara entregar a proposta do governo ao presidente Rodrigo Maia. Deputados do PSOL recepcionaram o presidente vestidos com um avental laranja e segurando a fruta.

A reforma é a prova de fogo do governo, que enfrenta pressão por aprovação rápida e indolor depois da jornada malsucedida no governo Temer: à época, a proposta embolorou conforme o escândalo da JBS avançava, e acabou não passando sequer do plenário da Câmara.

O governo dos generais da "turma do Haiti"

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A lambança na demissão do ministro dos laranjais foi a gota d´água.

Nenhuma surpresa. Acabou precocemente o governo do clã dos Bolsonaros, aos 50 dias de vida, na primeira crise que enfrentou.

A deprimente imagem do vídeo improvisado em que o presidente Jair Bolsonaro se rende à chantagem de Bebianno, e o cobre de elogios, deve ter arrepiado o brio até dos militares mais insensíveis.

Começa agora para valer o governo da junta militar comandada pelo general Augusto Heleno, o chefe da “turma do Haiti”.

Medo e solidão no marketing via Google

Por Patrick Berlinquette, no site Outras Palavras:

Como a Google diz diretamente, micro-momentos são os “momentos ricos em intencionalidade, quando decisões são tomadas, e preferências moldadas.” Isso esconde o que a Google não pode dizer: Sua atitude “quero-isso-agora” geralmente é produzida por incômodos sentimentos de ansiedade e medo. Quando você está fazendo compras nesta sintonia (de qualquer coisa, não apenas um produto), seus limites estão nublados pela emoção. Sua “necessidade” imediatista, transacional, de navegação ou informativa, é confundida com o desejo de que seus sentimentos ruins desapareçam.

A intencional discrição do homem de Chicago

Por Marcelo Manzano, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Fazendo jus ao frio mais-que-polar de sua Chicago, Paulo Guedes parece ter preferido hibernar nos primeiros 45 dias como superministro da Economia. Falou menos do que de hábito e, do que fez, pouco se sabe. Nos raros momentos em que botou a cara para fora, como em Davos, Guedes falou para os seus nada além do que dele se esperava: privatizações, abertura comercial, reforma da previdência. De resto, o silêncio foi sua marca.