quinta-feira, 4 de abril de 2019

Voto bonzinho pode enterrar a Previdência

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os jornais informam que um bom número de deputados pretende criar uma cena teatral para apoiar a reforma da Previdência anunciada por Paulo Guedes e Jair Bolsonaro.

Pretendem votar a favor de todos os itens da reforma, que irão transformar a Previdência num novo investimento a disposição do mercado financeiro. Mas, num esforço para iludir o eleitorado, planejam abrir duas exceções - rejeitar a redução do Benefício de Prestação Continuada para 400 reais e a cobrança de contribuição para a aposentadoria de trabalhadores rurais, que hoje são isentos pela Constituição.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Regina Duarte deu calote em Ilhabela (SP)

Por Altamiro Borges

A atriz Regina Duarte, que se projetou na TV Globo como “a namoradinha do Brasil” e que hoje exerce o papel de “a matriarca dos bolsominions” – segundo a hilária definição de Kiko Nogueira, editor do blog Diário do Centro do Mundo –, está enrolada novamente na Justiça. Ela adora subir em árvores e pegar em vassouras para berrar contra a corrupção, mas parece que não passa de mais uma moralista sem moral. Vale conferir a notinha irônica postada na revista Veja nesta sexta-feira (29):

Bolsonaristas demitem na RedeTV!

Marcelo de Carvalho (RedeTV!)
Por Altamiro Borges

A sinistra RedeTV! foi palanque do “capetão” Jair Bolsonaro quando ele ainda era candidato – como confessou um dos sócios da emissora orgulhoso por sua opção política de ultradireita. Hoje, mais ainda, o canal virou porta-voz do presidente. Famosos por várias sacanagens – calotes trabalhistas, dívidas previdenciárias e sonegação de impostos, ao mesmo tempo em que ostentam luxo –, os donos dessa concessão pública bajulam o governante talvez em busca de publicidade e outras mutretas. Mas a RedeTV! parece caminhar para o desfiladeiro, como relevou na sexta-feira (29) o jornalista Flávio Ricco, em postagem no UOL:

O improvável Bolsonaro paz e amor

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Não se cultiva impunemente uma base de fanáticos. Por isso, Jair Bolsonaro preocupou-se, também em Israel, em reanimar seus seguidores mais fiéis – agora visivelmente acabrunhados – com uma dose extra de disparates. “Não há dúvidas” de que “o nazismo foi de esquerda”, disse ele na terça-feira (2/4), ecoando seu chanceler. Horas mais tarde, assegurou que o desemprego, novamente em alta, deve-se a um “erro de cálculo” do IBGE. Nesta fala, foi capaz de cometer “três erros em menos de um minuto”, segundo computou a Agência Lupa. Mas esta era a parte previsível, o teatro para a torcida. O novo, na viagem, foi a trama, por enquanto provisória, de um acordo. O presidente e os integrantes do consórcio heterogêneo de forças no poder deram-se conta de que não poderão seguir em completo desarranjo – e, pior, atacando-se uns aos outros. Costurou-se um entendimento mínimo, que visa impor à sociedade a Contrarreforma da Previdência. Os primeiros atos já foram encenados – mas ninguém sabe se funcionará.

Olavo de Carvalho e a sina a dos militares

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É deprimente ver generais que, até há pouco ocupavam os mais altos postos nas Forças Armadas e agora ocupam os mais altos postos do Governo, terem de permanecer num silêncio obsquioso diante dos ataques e das ofensas pessoais que sofrem no “guru” do clã Bolsonaro, Olavo de Carvalho.

“A gente tem de tomar muito cuidado quando está lidando com uma personalidade histérica”, disse ontem o General Santos Cruz, de quem o guru disse que “não presta”, a mesma atitude do vice, General Hamilton Mourão, chamado de “idiota” e “covarde”.

O buraco em que a economia se meteu

Editorial do site Vermelho:

Empresários desconfiam de melhorias na economia. Mercado já estima crescimento da economia abaixo de 2% neste ano. Economia definha na desordem política. Eis algumas manchetes do noticiário que indicam o tamanho do buraco no qual o Brasil se meteu, cavado desde que a marcha golpista se pôs em movimento. Não há como negar que a agenda econômica adotada desde que Michel Temer ocupou o Palácio do Planalto, usurpando a cadeira presidencial, é a grande responsável por esse desastre.

Bolsonaro confessa que seu governo acabou

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Quem viu a guerra suja que Bolsonaro travou para se eleger presidente, sendo seu apoiador ou crítico certamente ficou estarrecido com o que ele acaba de dizer sobre governar o Brasil ser um “abacaxi” e sobre estar apenas empurrando o governo com a barriga. Que tal, então, o Congresso Nacional providenciar a aposentadoria precoce dele para aliviá-lo desse fardo?

Matéria do jornal espanhol El País veiculada durante a eleição presidencial do ano passado revela que a campanha de Bolsonaro apelou a “difusão de mentiras camufladas como notícias, vídeos que tentavam desmentir publicações negativas da imprensa, desconfiança das pesquisas e falsos apoios de celebridades à candidatura Jair Bolsonaro”.


Napoleões de hospício e o nazismo de esquerda

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Bolsonaro deve achar que todo mundo é idiota, não só os que votaram nele.

Quando ignorância, cinismo e má-fé se juntam, é um perigo.

Dá nisso que estamos vendo.

Em Israel, perguntado sobre a nova teoria de Ernesto Araújo, o chanceler aloprado, para quem o nazismo foi um movimento de esquerda, o capitão respondeu de bate pronto:

“Não há dúvida. Partido Socialista… Como é que é? Da Alemanha (alguém lhe assoprou no ouvido). Isso: Partido Nacional Socialista (com ênfase no socialista)”.

A aliança de Moro com a indústria do tabaco

Qual crise fiscal atinge o Brasil?

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O governo do capitão continua insistindo na tecla da chamada crise fiscal. Para além de todas as translouquices e das trapalhadas dos integrantes de seu primeiro escalão, existe um time sério e perigoso no comando do Ministério da Economia. Não devemos nos deixar enganar pelas inimagináveis propostas e ações que terminam por depor contra a própria imagem do nosso País no exterior. O governo Bolsonaro não se resume a Ernesto Araújo nas Relações Exteriores, a Damares na Família, a Velez na Educação, aos filhos irresponsáveis ou a Olavo Carvalho infernizando a vida de todos por aqui a partir de torpedos disparados lá dos Estados Unidos.

Ele foi fazer boca de urna para o Netanyahu

Fome dispara na Argentina de Macri

Foto do site: El Ciudadano
Por Martín Fernández Lorenzo, no blog Socialista Morena:

Na semana passada, o INDEC (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina) publicou índices de pobreza e indigência em nossos vizinhos: 32,2% e 6,7%, respectivamente. O presidente de direita Mauricio Macri, que usou durante toda sua campanha o slogan “Pobreza Zero”, desde que assumiu o cargo teve o cuidado de fazer exatamente o oposto com suas políticas econômicas.

O dado mais preocupante sobre o aumento da pobreza em geral na Argentina da era Macri é o seguinte: 46,8% das crianças menores de 14 anos são pobres e representam 10,9% dos indigentes. Em comparação com 2017, a pobreza entre as crianças cresceu 18% e a indigência, 43%.

Bolsonaro insiste em nazismo de esquerda

terça-feira, 2 de abril de 2019

Modelo de negócios da Globo está falido?

Por Altamiro Borges

Duas matérias publicadas na semana passada confirmam que a poderosa TV Globo passa por um período de muitas dificuldades – o que reforça a tese de que seu modelo de negócios está em crise. A primeira nota foi postada no site R-7, da rival Record:

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Corte de gastos? Globo perde doze jornalistas famosos em um ano

Por Keila Jimenez

A dança de cadeiras do jornalismo da Globo parece não ter fim. Agora foi a vez da jornalista esportiva Cristiane Dias deixar o canal. Em um ano, a Globo perdeu mais de doze de seus maiores nomes do jornalismo, que não tiveram contratos renovados. Trata-se quase sempre de funcionários renomados, experientes, com muitos anos de casa e muitas vezes com salários mais altos.



MEC à deriva e o caos na educação

Por Flávia Calé

O Ministério da Educação é das instituições brasileiras de maior relevância para a construção da nação. Tem o segundo maior orçamento da Esplanada, com previsão de cerca de 122 bilhões para 2019, e é um dos mais capilarizados nos estados, através de universidades e institutos federais que têm enorme papel não apenas na formação de jovens, mas também na pesquisa de ponta que ajuda a transformar as potencialidades locais em dinamismo econômico.

Sindicalismo: A saída é a entrada

Por João Guilherme Vargas Netto

É claro que o movimento sindical precisa continuar resistindo para garantir sua sobrevivência enfrentando as adversidades. As entidades sindicais (principalmente os sindicatos) devem realizar fortes campanhas de ressindicalização e oferecerem aos associados e às categorias neosserviços úteis, modernos, atraentes e remunerados.

É óbvio também que devem atuar de modo incisivo e judicialmente para garantir os acordos e convenções em vigência que determinam descontos em folha aprovados por assembleias (que não podem ser retroativamente impugnados por nenhuma medida provisória).

Israel e os líderes da Terra Plana

Por Marcelo Zero

Lula foi o único presidente do Brasil que teve efetiva projeção internacional, tornando-se liderança mundial muito respeitada no planeta. No planeta esférico e concreto, acrescente-se.

Tentando emular Lula, Bolsonaro e o chanceler mitômano de delírios pré-iluministas também pretendem ser lideranças mundiais.

Porém, ao que tudo indica, renunciaram a um lugar de destaque no planeta esférico e concreto e almejam ser líderes da Terra Plana, esse curioso mundo medieval ptolomaico recentemente ressuscitado pela imaginação fértil de astrólogos políticos.

O governo brasileiro vive hoje numa Terra Plana, geopoliticamente unidimensional e unipolar, na qual só cabem os interesses de coisas como o trumpismo e o Ocidente medieval vislumbrado por mentes gestadas por uma mistura implausível da Suma Teológica com generosas doses de LSD.

Os interesses dos EUA na América Latina

Por Joaquín Piñero, no jornal Brasil de Fato:

A partir dessa semana vamos dar uma breve pincelada no quadro geopolítico do nosso continente e principalmente na região mais conhecida como América Latina e Caribe. Para início de conversa, vamos entender quais são os principais interesses dos Estados Unidos (EUA) nessa parte do continente. Vamos lá:

Doutrina Monroe

Milícias, poder e a insegurança dos cidadãos

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Ao despedir-se da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, o general Richard Nunes apresentou como saldo da segunda intervenção federal o aparelhamento ou reaparelhamento técnico e operacional (armas e viaturas e similares) das polícias civil e militar do Estado: “Fizemos a intervenção com o propósito muito mais de reestruturar os órgãos do que de tratarmos do dia a dia da criminalidade” (O Estado de SP, 14/12/2018). Louvável fruto essa reestruturação, mas que, evidentemente, poderia ser alcançado, talvez com menos custos, mediante a simples transferência direta de recursos pela União. Ademais, pouparia as forças armadas de verem posto em xeque seu papel constitucional e arranhado o necessário respeito que por elas deve nutrir a sociedade.

Crimes da ditadura e o silêncio da Justiça

Por Caio Paes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Às voltas com os 55 anos do golpe civil-militar, completos neste dia 1º de abril, juízes, procuradores e ministros do STF se viram no centro das atenções. Tudo por conta das provocações do governo de Jair Bolsonaro, que reviveu a questão da ditadura mais uma vez ao determinar que quartéis celebrassem a data. Entre falas pomposas e decisões a favor e contra a recomendação do governo, a Justiça brasileira parece ter conseguido esconder seu papel principal nessa história: manter a impunidade dos crimes da ditadura.