quarta-feira, 1 de maio de 2019

Assange, WikiLeaks e o Estado vigilante

Por Santiago O'Donnell, no site Carta Maior:

O panorama diante de Julian Assange não é simples, mas tampouco é o do governo dos Estados Unidos. Há mais de cinco anos, Washington iniciou um juízo contra o fundador de WikiLeaks, através de um Grande Jurado constituído nas entranhas do complexo burocrático-militar estadunidense. Mas quando a embaixada equatoriana expulsou seu hóspede mais ilustre como se fosse um cachorro, o Departamento de Estado voltou a atuar mais fortemente, mas até agora conseguiu apenas a sua detenção em uma prisão britânica e um modesto pedido de extradição baseado somente em uma tentativa falha de decifrar a senha de um computador do Departamento de Defesa.

Bolsonaro refugia golpistas da Venezuela

Por Jeferson Miola, em seu blog: 

Durante os governos Lula, a embaixada do Brasil na Venezuela, orientada por Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães, sediava os exitosos esforços brasileiros pela paz, integração, amizade e desenvolvimento regional.

No governo Bolsonaro, cujo lunático vassalo das Relações Exteriores Ernesto Araújo viaja a Washington para buscar diretamente as instruções a cumprir, a embaixada do Brasil foi convertida em refúgio de golpistas e conspiradores – ou seja, de sicários norte-americanos.

Os acontecimentos na Venezuela, derivados da ofensiva do governo Trump na região, certamente não aconteceriam se Lula não estivesse sequestrado no cativeiro da Lava Jato em consequência da farsa jurídica montada por Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e sua malta de justiceiros.

A origem e o significado do 1º de Maio

Por Altamiro Borges

“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Há generais patriotas na Venezuela

General Padrino López. Reprodução: Youtube
Por Manuel Domingos Neto

Emocionante o discurso do general Padrino López, ministro da defesa da Venezuela.

Padrino fez curso de guerra psicológica nos Estados Unidos, mas não se pôs ao lado do Império.

Ladeado por todos os comandantes, falou como líder e chefe.

Rechaçou radicalmente a intervenção estrangeira, pôs na parede os terroristas mobilizados por Trump, denunciou a impiedosa guerra híbrida, responsabilizou os golpistas por qualquer derramamento de sangue que venha a ocorrer em seu país, deu aula sobre os conceitos "soberania popular" e "soberania nacional", concluiu com o brado, seguido por todos: CHÁVEZ VIVE!

A Previdência e a batalha da comunicação

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A Reforma da Previdência defendida por Jair Bolsonaro e seu superministro da Economia, Paulo Guedes, com amplo apoio da mídia monopolista, é um prato cheio para o rentismo. Na prática, porém, além de conservar privilégios, representa o desmonte da Seguridade Social e a destruição da aposentadoria para a absoluta maioria da população.

Governo Bolsonaro é movido a vingança e ódio

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Foram 120 dias que vão marcar a história do Brasil para sempre: antes e depois de Bolsonaro.

Nenhuma potência estrangeira seria capaz de promover no nosso país tamanha destruição em tão pouco tempo.

É uma verdadeira guerra de extermínio contra inimigos reais ou imaginários, para não deixar pedra sobre pedra da antiga civilização brasileira.

Os alvos principais são as mulheres e os gays, os professores e os aposentados, os sem terra e os defensores dos direitos humanos e do meio ambiente, os artistas e os intelectuais, as universidades e os estudantes, os índios e os negros, os jornalistas livres e todos os que tiveram a ousadia de conquistar a cidadania nos últimos anos.

Lula, paz, amor e sangue nos olhos

Por Gilberto Maringoni

Todo mudo já comentou. Sei que vou chover no molhado, mas é forçoso reafirmar: a entrevista de Lula, concedida a Monica Mônica Bergamo e Florestan Fernandes Júnior é um documento político solar. 

Lula se apresenta em grande fase - contrariando expectativas de que estaria deprimido ou desinformado - e com inigualável verve.

Faz o que todo quadro político de primeira linha deve fazer: coloca-se sempre na ofensiva.

Há trechos memoráveis e tiradas geniais.

Alinhamento da Folha ao Instituto Millenium

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O impeachment foi o fator de coesão de grupos dos mais diversos, que tinham em comum o antilulismo. Completado o golpe, com a eleição do inacreditável Jair Bolsonaro, há uma perda de rumo total dos diversos grupos de oposição.

O momento seria de fortalecimento de um centro democrático, tendo como bandeira unificadora a volta da democracia. Em vez disso, cada grupo tratar de juntar forças em torno dele próprio, cada qual apostando em um pós-Bolsonaro e sem conseguir curar as feridas das batalhas anteriores.

É por aí que se entende as movimentações da Folha de S.Paulo, agora sob o comando de Luiz Frias.

Venezuela: a extrema-direita perde mais uma

Presidente Nicolás Maduro (30/4/19). Reprodução: Youtube
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Talvez nem fosse preciso, mas as pegadas de Washington, na nova tentativa de golpe de Estado que a Venezuela sofreu hoje, ficaram clara na fala que o Conselheiro Nacional de Segurança, John Bolton, fez esta tarde, nos jardins da Casa Branca. Ela beira o bizarro.

Conhecido por seu papel destacado entre a extrema-direita norte-americana, Bolton nomeou, um a um, os funcionários do governo venezuelano que, segundo ele, teriam participado da conspiração militar para entregar o poder a Juan Guaidó, “presidente” autoproclamado. “Figuras como o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, o chefe da Suprema Corte, Maikel Moreno, o comandante da guarda presidencial, Rafael Hernandez Dala. Todos concordaram que Maduro tinha de ir embora. É muito importante que agora cumpram seus compromissos…”.

O objetivo de Bolsonaro é demolir o Brasil

Por Evilázio Gonzaga, no blog Viomundo:

O anúncio do fim de investimentos em ciências sociais revela que o bolsonarismo pretende transformar as universidades em escolas técnicas, formadoras de mão de obra barata para empresas exportadoras de commodities minerais e do agronegócio.

O objetivo é voltar ao padrão econômico da era colonial.

O anúncio de Bolsonaro sobre os planos de reduzir ou eliminar os investimentos nas faculdades de ciências humanos, além do espanto que provoca, também indica que há um método por trás dos bastidores, orientando as ações do governo.

Viva o 1º de Maio!

Por João Guilherme Vargas Netto

Para quem tem a pretensão de compreender o movimento sindical e de informar sobre ele fica muito difícil falar sobre o futuro, ainda que seja o amanhã e não incorrer no voluntarismo mais chão.

Às vésperas das grandes manifestações unitárias do 1º de Maio o mais prudente é desejar que os esforços das direções sindicais sejam recompensados pelo comparecimento maciço dos trabalhadores e trabalhadoras.

A pauta compacta e consistente de repúdio ao fim das aposentadorias da deforma previdenciária, de defesa da política de valorização do salário mínimo e de exigência da retomada do desenvolvimento com criação de empregos calou fundo nos materiais produzidos e teve eco na disposição de luta das bases sindicais.

Beth Carvalho canta Samba Lula-Livre

Um vento progressista na Espanha

Editorial do site Vermelho:

Um vento progressista soprou na Espanha neste domingo (28). Não foi um vendaval, mas teve força suficiente para erguer um dique contra a onda filo-fascista, de extrema direita, que ameaça o mundo e é motivo de preocupação das forças democráticas e progressistas.

Os espanhóis foram às urnas com disposição. O comparecimento foi de 76% dos eleitores - quase 10% (9,3%) a mais do que na última eleição geral, em 2016 - e a maior participação desde 2008.

O que esta disposição popular significa? A volta da política para o povo? Pode ser.

A entrevista de Lula e a picuinha da Folha

Por Tereza Cruvinel

O Face cobra atualizações da página, vocês que a frequentam também cobram, com razão.

Afora problemas de saúde e da vida, o caso é que me falta apetite para tratar do grande desastre brasileiro.

Para falar das tonterias de Bolsonaro e seu governo ou do rame-rame do Congresso.

Vou me esforçar.

A entrevista de Lula foi uma luz sobre a política, onde o debate é pobre e rasteiro. Indigente e agressivo. Áspero e raso. Eu imaginava aquilo mesmo, que Lula continuasse bem vivo politicamente, ainda que tenha os momentos de tristeza que mencionou na entrevista a Monica Bérgamo (FSP) e Florestan Fernandes Filho (El País).

Fazendeiros do Brasil, uni-vos e matem!

Por Jordana Pereira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Na última segunda-feira, 29 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) esteve em Ribeirão Preto (interior de SP) para abertura do Agrishow, um dos mais importantes eventos do agronegócio do país. Ovacionado aos gritos de "mito" por uma plateia de fazendeiros, Bolsonaro prometeu encaminhar ao Congresso um projeto de lei que isenta de punição o produtor que atirar contra invasores de terras.

Nas palavras do presidente - para ninguém achar que entendeu errado: “Vai dar o que falar, mas é uma maneira que nós temos de ajudar a combater a violência no campo é fazer com que, ao defender a sua propriedade privada ou a sua vida, o cidadão de bem entre no excludente de ilicitude. Ou seja, ele responde, mas não tem punição. É a forma que nós temos que proceder. Para que o outro lado, que desrespeita a lei, tema vocês, tema o cidadão de bem, e não o contrário”.

Beth Carvalho, guerreira do povo brasileiro

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Folha censurou entrevista de Lula

Do blog Nocaute:

Já com gravadores e câmeras ligados e os repórteres a postos, Lula leu um documento de três páginas sobre o caráter ilegal de sua prisão e sobre a perseguição que sofre pela mídia manipuladora. Confirmando o que ele denunciava, a Folha meteu a caneta e censurou a fala. Leia e veja, a seguir, o que os Frias cortaram.

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Minha condenação injusta e minha prisão ilegal há mais de um ano são mais que o resultado de uma farsa jurídica. São consequências diretas do fracasso social, econômico e político do golpe do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff em 2016.

"Maré Bolsonaro" reflui nos grandes centros

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Daniel Bramatti e Caio Sartori, no Estadão, fazem um excelente trabalho ao separar os índices de aprovação de Jair Bolsonaro, por renda, região e características das cidades onde vivem os entrevistados.

Ainda é forte, está evidente, o rescaldo da maré de ódio que submergiu o Brasil, mas é perceptível como ela se tornou vazante e, como todas as marés políticas, correndo, ao esvaziar-se, das capitais para as periferias e daí para o interior.

Democracia e a luta por Lula-Livre

Foto: Francisco Proner
Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

As forças progressistas brasileiras continuam desafiadas, hoje mais do que nunca, a encontrar justos termos de convergência e promover a unidade em torno de pontos comuns, condição indispensável para desencadear um amplo movimento político e social de oposição ao regime bolsonariano e à brutal ofensiva que este leva a efeito para destruir a democracia, os direitos do povo e a soberania nacional.

O vetor principal da ação conjunta das forças progressistas é a luta pela democracia, a resistência contra todas as manobras e golpes que restringem a liberdade política, atacam o Estado de direito, os valores e as conquistas da Constituição de 1988.

Amor em tempos de ira e de ódio

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Vivemos no Brasil bolsonariano e no mundo afora tempos de ira e de ódio, fruto do fundamentalismo e da intolerância como se viu em Siri Lanka onde centenas de cristãos foram assassinados no momento em que celebravam a vitória do amor sobre morte na festa de ressurreição.

Este cenário macabro nos faz renovar a esperança de que, apesar de tudo, o amor é mais forte do que a morte.

A palavra amor foi banalizada. É amor daqui é amor daí, amor em todos os anúncios que apelam mais para os bolsos do que para os corações. Temos que resgatar a sacralidade do amor. Não dispomos de um nome melhor ou maior para imaginar a Última Realidade, Deus, senão dizendo que ela é amor.