sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Bolsonaro coloca Brasil à venda

Por Carlos Zarattini, na revista Teoria e Debate:

Em apenas nove meses de governo, Bolsonaro já demonstrou sua intenção de colocar o Brasil na posição de total atrelamento aos interesses dos Estados Unidos. Suas visitas constantes e do seu filho ao presidente norte-americano Donald Trump, a entrega do Centro Espacial de Alcântara no Maranhão, a nomeação de um oficial brasileiro para o Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos (Southcom) e até a abertura para importação do etanol americano são alguns fatos que comprovam essa submissão.

A elegante fuga da realidade

Por Marina Duarte, no site Brasil Debate:

O debate econômico no Brasil, por vezes, foge da realidade. Alguns articulistas bem colocaram que o estado da economia, visto das janelas da Av. Faria Lima, pode não condizer com a verdadeira realidade vivida pela ampla maioria da população brasileira.

Os especialistas começaram o ano desejando um futuro auspicioso ao país. No início de 2019, o Relatório Focus mostrava que a expectativa de crescimento do PIB para o fim do ano era da ordem de 2,5%. Ao longo de oito meses, a expectativa de crescimento para o corrente ano foi revista sucessivamente. Atualmente, essa expectativa chegou ao patamar de 0,8% – número que parece seguir teimosamente em busca do 0% e que ainda deve gerar novas frustrações.

Bacurau retrata um Brasil que resiste e luta

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O Prêmio do Júri do Festival de Cannes tem uma importância inegável na trajetória de qualquer filme, em qualquer país. Mesmo que Bacurau não tivesse sido premiado, porém, não faltariam ótimas razões para ir ao cinema.

A primeira: é um ótimo filme, sob todos os aspectos. Possui um bom roteiro, sustendo por um elenco de atores de qualidade e uma direção firme de Kleber Mendonça e Juliano Dornelles.

O enredo é muito bom e, como você já deve saber, pode ser acompanhado como uma referência corajosa e coerente com a tragédia política que se abate sobre o Brasil de nossos dias. Acredite. Agressivo, sem concessões, violento quando necessário, afetivo quando preciso, é uma obra com a rara coragem de ir a fundo nos problemas que expõe.

Nem sentar à mesa, nem pisar nas minas

Por João Guilherme Vargas Netto

Mesmo sem usar nenhuma metáfora belicista ou gastronômica considero um erro qualquer tentativa de aproximação amigável da direção sindical com o governo Bolsonaro.

É preciso não ter ilusões. Papai Noel não existe e, se existe, suas as renas são bestas ferozes e o seu saco é um saco de maldades.

Vejamos a aprovação com aquiescência de representantes sindicais do desmantelamento das normas regulamentadoras. Os efeitos desta “participação” serão sentidos por muito tempo e os prejuízos aos trabalhadores serão em um futuro próximo debitados na conta da irresponsabilidade sindical.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

'Super-Moro' virou bagaço. Vai pedir demissão?

Por Altamiro Borges

O jornalista Guilherme Amado agitou as redes sociais nesta quinta-feira ao postar na revista Época um título bombástico: “Moro a uma canetada de pedir demissão”. A matéria traz a foto de apoiadores do ministro em Brasília com um boneco gigante dele como Super-Homem – o Super-Moro. Mas pelo teor da especulação, o “marreco de Maringá” – como carinhosamente é apelidado – está mais prestes a virar bagaço no laranjal de Jair Bolsonaro.

Nova Ordem: Brasil sequestrado por militares

Vazamentos seletivos de Moro contra Lula

Marcos Cintra e a guerra nos porões

Pela paz na Venezuela, repúdio à OEA

Do site do Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela:

O Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela repudia a resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA) para ativar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) contra o Estado Venezuelano, ocorrida neste último 11 de setembro. A resolução é uma evidente ameaça de intervenção militar estrangeira à Venezuela, tratando-se ao mesmo tempo de um atentado contra a soberania e autodeterminação do povo venezuelano, e de uma ameaça à paz e a integração dos povos da América Latina.

O avanço do fascismo no Brasil

Foi crime contra o Estado de Direito

Por Tereza Cruvinel

Que mais falta ser revelado para que Sergio Moro, Deltan Dallagnol e parceiros do MPF e da Polícia Federal sejam acusados formalmente de crime contra o Estado Democrático de Direito, e sejam julgados e condenados por isso?

Temos lei para isso. O que falta é coragem às instituições de controle para colocarem o guizo no gato.

Debilitar as instituições, submetendo-as ao humor de uma opinião pública manipulada e iludida, também foi obra da Lava Jato.

Golpe da Previdência e parcialidade da mídia


Os veículos da imprensa tradicional ofereceram apoio decisivo à aprovação da “reforma” da Previdência, que restringe o acesso dos trabalhadores às aposentadorias. Principal medida econômica do governo Bolsonaro, a proposta está em tramitação no Senado.

Estudo elaborado pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, a ser divulgado nesta quinta-feira (12), revela que os principais jornais impressos e televisivos do país utilizaram-se de seus editoriais e da escolha de especialistas para silenciar opiniões contrárias. Assim, criaram artificialmente a impressão de que haveria “consenso” sobre a proposta.

A CPMF de um governo de agiotas

Editorial do site Vermelho:

Ainda não estão claras as causas da exoneração do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, que teria sido demitido por antecipar a recriação da CPMF em outros moldes. A hipótese mais provável é a de que o presidente Jair Bolsonaro fez mais uma das suas jogadas de marketing. Ele deixou a história de CPMF correr, fazendo ameaças demagógicas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e quando o assunto ganhou ares de concretude, despertando forte reação, respondeu, em tom prepotente, que mandou cortar a cabeça de Cintra, tentando sair da história como o salvador da pátria.

Contra as mentiras táticas, a voz da razão

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

O perigo mais sinistro que enfrentamos hoje não vem do atentado à liberdade de expressão através dos algoritmos da Google, empresa que mantém a população sem acesso a conteúdos divergentes dos meios hegemônicos, e principalmente os alternativos, com poucas chances de acessar opiniões progressistas ou antibélicas.

Tampouco vem da reforma tributária que a equipe de Bolsonaro pretende impor ao povo brasileiro, que abandona qualquer pretensão de responsabilidade fiscal, enriquece as corporações e os oligarcas, preparando o caminho para o desmantelamento final de políticas públicas como o da Seguridade Social.

A chanchada trágica que arruína o Brasil

Por Fernando Brito, em seu blog:

A insuspeita Miriam Leitão diz que a saída de Marcos Cintra da Receita Federal “confirma que o Brasil está sem rumo na área tributária“.

O Brasil tem rumo em alguma área, Miriam?

Diante dos problemas de caixa do “botequim” – desculpem a comparação, mas o gerente do estabelecimento a impõe – s providências são as seguintes: reduz-se as folgas (trabalhem aos domingos!), arrochem-se os salários, retardem-se as aposentadorias e ponham à venda cadeiras, mesas, balcões e o que mais houver.

Moro será como um Cunha do Judiciário

Por Rodrigo Vianna, no blog Viomundo:

Algumas pessoas se perguntam por que o STF não enfrenta Sergio Moro, apesar de tantas evidências de abuso de poder e ilegalidades reveladas na Vaza-Jato.

Parece-me óbvio que na Corte Suprema há uma leitura da correlação de forças.

Moro ainda tem poder simbólico na sociedade: cerca de 50% de ótimo/bom, pelo Datafolha. Mais que o “chefe” Bolsonaro.

Adversários precisam de Moro mais fraco, antes de ir pra cima.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Mídia monopolista treme na Argentina

Quem é Deltan Dallagnol?

Império dos acionistas mina sociedade livre

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Em meio às turbulências do capitalismo global, a Boston Review ofereceu aos leitores recordações de 1962. Conta a revista que, nesse ano da graça, Milton Friedman publicou o livro Capitalism and Freedom. Nele, o economista libertário sustentou ardorosamente a excelência dos mercados livres e disparou contra a intervenção governamental.

O livro também foi crucial para a defesa da primazia dos acionistas: as corporações não devem ter outro propósito, senão maximizar os lucros para seus acionistas. “Poucas tendências”, Friedman escreveu, “poderiam minar tão completamente os fundamentos de nossa sociedade livre quanto a aceitação da responsabilidade social pelos gestores corporativos, cujas obrigações devem se restringir a ganhar dinheiro para seus acionistas.”

Previdência, o debate desonesto

Por Denise Lobato Gentil, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O livro de Eduardo Fagnani é muito bem definido nas suas primeiras páginas: “um ato exasperado diante da estúpida imposição de novo retrocesso ao processo civilizatório brasileiro”. Não há melhores palavras para definir o que o autor sente e enfrenta no país nestes tempos sombrios. Depois de décadas de intensa luta, Fagnani escreve um livro que expressa o auge de sua angústia e o fervor de sua devoção à defesa dos direitos sociais e ao combate à pobreza.