quarta-feira, 9 de outubro de 2019
Líder do PSL: “Quintal de Bolsonaro está sujo”
Por Altamiro Borges
Temendo que as investigações sobre o laranjal do PSL cheguem ao seu clã, Jair Bolsonaro decidiu detonar o partido que lhe garantiu legenda para disputar a presidência da República. Em mais um “piriri verborrágico” em frente do Palácio do Planalto, o ingrato pediu a um seguidor babaca para apagar um vídeo em que pedia apoio à sua filiação no PSL. “Ó, cara, não divulga isso. O Bivar [Luciano Bivar, presidente nacional da sigla] está queimado para caramba. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido”.
Temendo que as investigações sobre o laranjal do PSL cheguem ao seu clã, Jair Bolsonaro decidiu detonar o partido que lhe garantiu legenda para disputar a presidência da República. Em mais um “piriri verborrágico” em frente do Palácio do Planalto, o ingrato pediu a um seguidor babaca para apagar um vídeo em que pedia apoio à sua filiação no PSL. “Ó, cara, não divulga isso. O Bivar [Luciano Bivar, presidente nacional da sigla] está queimado para caramba. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido”.
Bolsonaro teme o brilho de Chico Buarque
Por Altamiro Borges
Já tratado mundialmente como um sujeitinho tosco, agressivo e arrogante – que “não está à altura do cargo” que ocupa no Brasil, como desabafou o presidente francês Emmanuel Macron –, Jair Bolsonaro está prestes a cometer mais um vexame planetário. Nesta terça-feira (8), na entrada do Palácio da Alvorada, ele sinalizou à imprensa que não assinará o diploma concedido ao compositor, cantor e escritor Chico Buarque pelo Prêmio Camões, o principal troféu literário da língua portuguesa.
Já tratado mundialmente como um sujeitinho tosco, agressivo e arrogante – que “não está à altura do cargo” que ocupa no Brasil, como desabafou o presidente francês Emmanuel Macron –, Jair Bolsonaro está prestes a cometer mais um vexame planetário. Nesta terça-feira (8), na entrada do Palácio da Alvorada, ele sinalizou à imprensa que não assinará o diploma concedido ao compositor, cantor e escritor Chico Buarque pelo Prêmio Camões, o principal troféu literário da língua portuguesa.
terça-feira, 8 de outubro de 2019
Antes 'herói nacional', Janot amarga solidão
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Sentado ao centro de uma imensa mesa nos fundos da Livraria da Vila, nos Jardins, em São Paulo, com a caneta na mão para dar autógrafos, o ex-procurador geral da República Rodrigo Janot olha fixamente para ninguém à sua frente.
A seu lado, nenhum parente, amigo, colega de trabalho ou fã - é comovente a solidão do autor do livro “Nada Menos que Tudo”.
Sergio Moro, Deltan Dallagnol e, agora, Rodrigo Janot: um a um vão caindo os “heróis nacionais” fabricados pela Operação Lava Jato.
Sentado ao centro de uma imensa mesa nos fundos da Livraria da Vila, nos Jardins, em São Paulo, com a caneta na mão para dar autógrafos, o ex-procurador geral da República Rodrigo Janot olha fixamente para ninguém à sua frente.
A seu lado, nenhum parente, amigo, colega de trabalho ou fã - é comovente a solidão do autor do livro “Nada Menos que Tudo”.
TCU manda suspender propaganda de Moro
Por Fernando Brito, em seu blog:
Em despacho publicado hoje, o ministro Vital do Rego, do Tribunal de Contas da União, resolveu suspender liminarmente a veiculação dos comerciais do governo federal em favor do chamado “pacote anticrime” de Sérgio Moro.
Ele atendeu pedido do Ministério Público e dos deputados Orlando Silva, Paulo Teixeira e Marcelo Freixo, que protestavam pelo fato de ser propaganda que não se configurava como de “utilidade pública” mas de conquista de apoiamento a um projeto de lei a ser votado pelo Congresso.
Portugal vale uma festa – sem ressaca
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Num continente assaltado por movimentos conservadores e até fascistas, a vitória dos socialistas em Portugal merece ser festejada. Num dos primeiros países a enfrentar o ajuste da 'troika' que domina a política econômica européia desde a crise mundial de 2008, a vantagem maiúscula do PS sobre o PDS, principal partido da direita portuguesa, representa um voto claro a favor da resistência aos programas de austeridade e quebra de direitos.
Laranjal do PSL e a eleição presidencial
Se tivesse justiça no Brasil, a fraude no financiamento da campanha eleitoral de Bolsonaro- Mourão, conhecida como “laranjal do PSL”, levaria à cassação da chapa beneficiada pela fraude e obrigaria à convocação de nova eleição presidencial.
É isso que está escrito no § 3º do artigo 224 do Código Eleitoral brasileiro [Lei 4737/1965] e que, ao que parece, o TSE outra vez pretende ignorar.
Aliás, se o Brasil não estivesse sob a vigência de um Estado de Exceção, a chapa Bolsonaro-Mourão teria seu registro cassado pelo TSE ainda no transcurso do processo eleitoral de 2018; a candidatura fascista sequer teria prosperado.
Escorrega do bolsonarismo, cai no liberalismo
Por João Guilherme Vargas Netto
Há um substrato no bolsonarismo que é o seu apoio do mercado e do rentismo configurado, por exemplo, na manchete da entrevista dele no domingo, 6 de outubro, às jornalistas Tânia Monteiro e Andreza Matais do Estadão: “Economia é 100% com Guedes e não tem plano B”.
Portanto fica combinado que não basta resistir e atacar o radicalismo bolsonarista; é preciso resistir e atacar a nefanda política econômica dele que não está nem aí para o desemprego avassalador e despreza o movimento sindical.
Alguns dirigentes ao se contraporem corretamente ao GAET – Grupo Assumido de Entraves Trabalhistas – aceitam mudanças na Constituição que facilitam a desestruturação no mundo do trabalho segundo critérios liberais da famigerada Convenção 87 da OIT. O primeiro impulso é correto, mas o segundo é um desastre.
Há um substrato no bolsonarismo que é o seu apoio do mercado e do rentismo configurado, por exemplo, na manchete da entrevista dele no domingo, 6 de outubro, às jornalistas Tânia Monteiro e Andreza Matais do Estadão: “Economia é 100% com Guedes e não tem plano B”.
Portanto fica combinado que não basta resistir e atacar o radicalismo bolsonarista; é preciso resistir e atacar a nefanda política econômica dele que não está nem aí para o desemprego avassalador e despreza o movimento sindical.
Alguns dirigentes ao se contraporem corretamente ao GAET – Grupo Assumido de Entraves Trabalhistas – aceitam mudanças na Constituição que facilitam a desestruturação no mundo do trabalho segundo critérios liberais da famigerada Convenção 87 da OIT. O primeiro impulso é correto, mas o segundo é um desastre.
Odebrecht e o golpe fatal da Lava-Jato
Na semana passada, fechando um ciclo da operação Lava Jato, a Caixa Econômica Federal pediu a falência da construtora Odebrecht, segundo informaram vários órgãos de imprensa. Por outro lado, o Banco do Brasil também solicitou à Justiça a anulação do plano de recuperação judicial apresentado pela Odebrecht em junho. Em resumo, duas instituições nacionais – do Estado brasileiro – claramente orientadas para dar o golpe de morte na maior empresa privada do país e abrir o mercado para suas concorrentes norte-americanas
Ruralista quer legalizar grilagem de terras
O governo Bolsonaro iniciou-se com um conjunto de medidas que representaram retrocesso para a política agrária brasileira, especialmente no que se refere às mudanças nos aspectos institucionais e legais. Atualmente, as discussões pela regularização fundiária para grileiros via autodeclaração, bem como a desestruturação da reforma agrária, culminaram na demissão do general João Carlos Jesus Corrêa da Presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e dos demais diretores do órgão. O presidente e diretores do Incra discordaram da regularização fundiária por meio de autodeclaração de proprietários de terra.
WhatsApp admite disparo ilegal nas eleições
Da revista CartaCapital:
O gerente de políticas públicas e eleições globais do aplicativo WhatsApp, Ben Supple, admitiu que houve envio massivo de mensagens por empresas durante as eleições de 2018 no Brasil. A declaração ocorreu em palestra no Festival Gabo, na cidade de Medellín, na Colômbia.
Supple foi convidado para participar da mesa “Como o WhatsApp mantém a integridade da plataforma em período eleitoral?”, na sexta-feira 4.
“Temos visto desafios únicos. Sabemos que, no Brasil, há maior prevalência de grandes grupos. Sabemos que, nas eleições do ano passado, havia empresas que mandavam mensagens em grandes quantidades, que buscavam violar nossas regras de serviço para chegarem a públicos maiores”, afirmou o executivo. “Para ser claro, somos muito conscientes dessas ameaças.”
O gerente de políticas públicas e eleições globais do aplicativo WhatsApp, Ben Supple, admitiu que houve envio massivo de mensagens por empresas durante as eleições de 2018 no Brasil. A declaração ocorreu em palestra no Festival Gabo, na cidade de Medellín, na Colômbia.
Supple foi convidado para participar da mesa “Como o WhatsApp mantém a integridade da plataforma em período eleitoral?”, na sexta-feira 4.
“Temos visto desafios únicos. Sabemos que, no Brasil, há maior prevalência de grandes grupos. Sabemos que, nas eleições do ano passado, havia empresas que mandavam mensagens em grandes quantidades, que buscavam violar nossas regras de serviço para chegarem a públicos maiores”, afirmou o executivo. “Para ser claro, somos muito conscientes dessas ameaças.”
O atraso como projeto de nação
Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:
O Brasil vive experiência inédita da chamada economia do decrescimento, pois acumula em cinco anos (2015-2019) a inimaginável queda de 7,6% na renda nacional por habitante. Com isso, o espírito positivista que foi capaz de reunir a nação em torno do ideário do progresso adotado desde a formação da República Federativa, em 1889, encontra-se cada vez mais distante, somente presente, ainda, nas inscrições da bandeira nacional.
O levante do Equador contra Lenin Moreno
Manifestação em Quito, 08/10/19. Foto: Ivan Alvarado/Reuters |
A crise se aprofunda no Equador, e a Rede em Defessa da Humanidade, formada por intelectuais, artistas e movimentos sociais divulga um alerta sobre o endurecimento do governo neoliberal de Lenin Moreno e o aumento da repressão policial e militar contra os manifestantes.
Lenin Moreno tomou posse em 2017 e traiu a "revolução cidadã" iniciada pelo presidente Rafael Corrêa, do qual havia sido vice-presidente e que apoiou sua eleição naquele ano. No governo, Moreno abandonou o programa de reformas que favoreciam o povo e a nação e, a pretexto de combater a corrupção, impôs ao país um programa neoliberal radical, com medidas antinacionais, antipopulares e antidemocráticas. A oposição cresceu e desbordou numa verdadeira insurreição popular quando, no começo de outubro, o governo anunciou o fim dos subsídios à gasolina e ao óleo diesel, cujos preços para os consumidores dispararam.
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