domingo, 13 de outubro de 2019

Cartas marcadas prejudicaram Lula no Nobel

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quaisquer que sejam os méritos apontados no desempenho de Abiy Ahmed Ali, primeiro-ministro da Etiópia e Premio Nobel da Paz 2019, a verdade é que sua escolha está sendo comparada a vitória de Barack Obama - premiado quando era um presidente calouro, menos de um ano à frente da Casa Branca, e sua mais notável obra política consistia no slogan "Yes, we Can".

(Muitas pessoas acreditam que o slogan foi, de fato, a melhor herança de Obama, e que o presidente americano no máximo poderia ter sido um mau candidato ao Nobel de Literatura, mas isso é outra conversa).

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A guerra no bolsonarismo e a oposição

Brasil, EUA e o gosto amargo da humilhação

Por Haroldo Lima, no site Vermelho:

O governo de Trump acaba de mostrar que governante que não se dá ao respeito não é respeitado. Tratou Bolsonaro com o maior desprezo, desconsiderando olimpicamente as promessas que publicamente lhe fizera há poucos meses, e que provocara saltinhos de contentamento do presidente brasileiro.

O Brasil, sob Bolsonaro, inaugurou a diplomacia da subalternidade explícita, da bajulação escancarada e das continências ridículas dos lambe-botas. Frente aos Estados Unidos, não faz qualquer esforço para demonstrar sentimento nacional, aspirações próprias, postura independente. Ao contrário, esforça-se por não deixar qualquer dúvida que é um capacho assumido.

Resistir à censura é preciso

Por Pedro Gorki, no site Carta Maior:

A censura às artes, à literatura e à cultura em geral, é uma das características mais marcantes dos regimes autoritários e fascistas. Não são poucos os momentos na história em que peças de teatro foram proibidas, livros foram queimados, ou “recolhidos”, filmes deixaram de ser exibidos. No Brasil, vivemos um desses momentos de obscurantismo. Precisamos ter consciência dele para que possamos somar forças e dizer não à censura. É preciso resistir às trevas neomedievais.

Equador: componentes da rebeldia andina

Foto: Henry Romero/Reuters
Por Almir Felitte, no site Outras Palavras:

O Equador entrou em chamas nas últimas semanas. Revoltado com as políticas liberais e imperialistas impostas ao país pelo FMI, o povo equatoriano saiu às ruas em uma movimentação massiva que pode culminar com a queda de seu Presidente, Lenin Moreno. Mas a agitação política do país não vem de hoje.

Lenin fora eleito como sucessor de Rafael Correa para continuar a chamada “Revolução Cidadã”, como é conhecido o momento político iniciado pelo ex-Presidente, mais um ligado à corrente bolivariana que ditou os ritmos de boa parte da política sul-americana desde os anos 2000. Porém, desde o início de seu mandato, Lenin Moreno mostrou sua verdadeira face, traindo Correa, seu partido e todos aqueles que acreditaram estar votando na continuidade da “Revolução”.

Bolsonaro é cabo eleitoral na Argentina

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Alvo de desprezo e repulsa no mundo inteiro, Bolsonaro é do tipo que permite que o fracasso lhe suba à cabeça. Com zero de noção do ridículo, protagoniza palhaçadas em série.

A última - pelo menos até o momento em que escrevia este texto – foi ter dito que não permitirá que a Argentina eleja o candidato kirchnerista Alberto Fernández para a presidência. Bolsonaro fez essa promessa durante palestra a pretensos investidores internacionais.

Antes de entrar no mérito do assunto, uma pergunta: merece ser levado a sério como investidor estrangeiro no Brasil alguém que comparece a uma palestra do capitão imbecil?

Bolsonaro está cada vez mais perdido

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

De nada adiantou rastejar diante de Donald Trump como um gandula diante do ídolo.

Até agora, Bolsonaro, ou melhor, o Brasil só perdeu com essa paixão pelos Estados Unidos.

Escanteado na prometida entrada do país na OCDE, o capitão-presidente só tem colecionado derrotas em seus nove meses de desgoverno alucinado.

Ao rifar seu próprio partido alugado para fazer a campanha, Bolsonaro corre o risco de ficar isolado no Congresso nas mãos do Centrão de Rodrigo Maia.

Na política exterior, o governo é um completo desastre, errou todas as fichas.

Preta Ferreira deixa prisão após 109 dias

Neoliberalismo fracassa na América Latina

Bolsonaro quer sair do laranjal do PSL

Trump "dá o cano" no "Mito"

Por Fernando Brito, em seu blog:



Samy Adghirni e Justin Sink, da Bloomberg, dizem que tiveram acesso a uma carta do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, ao secretário-geral da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, José Angel Gurria, na qual apoia o ingresso apenas da Argentina e da Romênia, sugerindo que a análise de outros pedidos de admissão seria deixada para o futuro.

Sonegação no país chega a R$ 600 bilhões


Números do governo sustentam que a Previdência Social no país terá este ano um rombo de R$ 290 bilhões. E, por isso, a “reforma” da Previdência seria urgente, sem o que a seguridade social corre riscos e pode perder o equilíbrio financeiro, deixando pessoas sem aposentadoria nos próximos anos. Essa é uma ladainha ouvida à exaustão nos grandes meios de comunicação no país, empenhados em promover a reforma. Enquanto esse discurso prolifera, o setor financeiro se apropria de recursos públicos por meio dos títulos da dívida e permanece incólume frente a uma dívida pública que tem sua legitimidade questionada. E dívidas bilionárias resultantes de sonegação de contribuições à Previdência seguem intocadas.

A derrota da diplomacia da bajulação

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Com a experiência de quem passou oito anos entre o Fundo Monetário Internacional e o banco de desenvolvimento criado pelos BRICS, o bloco econômico-diplomático formado por Brasil, Russia, Índia, China e Africa do Sul, o economista Paulo Nogueira Batista Jr. deixou um registro sob medida para se prever o fiasco produzido pela diplomacia subserviente de Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo , que nos últimos meses alimentou a ilusão de que o país estava com ingresso garantido na OCDE, a organização que desde a Guerra Fria reúne as economias dos país alinhados com Washington.