domingo, 10 de novembro de 2019

Voz de Lula restaura democracia brasileira

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Engana-se quem diz que a soltura de Lula irá aumentar a polarização política. No país que ruma ao Estado Mínimo, completamos dez meses de Discurso Único. Não há confronto de ideias nem debate. 

Desde 1 de janeiro de 2019, Jair Bolsonaro atua em posição de monopólio da fala. Diz o que quer, como quer, sem confronto a altura. "Bolsonaro dá 1 declaração falsa ou imprecisa a cada 4 dias," calculou a Folha (6/11/2019).

As redes sociais gritam, denunciam, protestos. O levantamentos de audiência indicam que a máquina de propaganda bolsonarista tem força também aí.

O porteiro e a banalidade do mal

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Como foi que o mundo das fake news avassalou o discernimento de nossa época, a ponto de instaurar uma espécie de servidão mental na qual o senso comum se submete à afirmação e a sua negativa com a mesma passividade, não raro, guiado pelo malabarismo cínico do mesmo emissor?

O papel da mentira na política assumiu um espaço proeminente, como bem sabe a sociedade brasileira, graças ao novo arsenal tecnológico capaz de adorna-la com atributos da verdade manipulando friamente o discernimento social, sobretudo nos escrutínios eleitorais.

O ambiente de relativização factual criou assim uma espécie de poder emergente a impor sua supremacia aos demais.

Uma nova onda rosa na América Latina?

Por Wagner Iglecias, no site A terra é redonda:

Incorporada à nascente economia capitalista, no início do século XVI, de forma subalterna, a América Latina viveu, até o início do século XX, um longo ciclo de integração à economia mundial. Nos 300 primeiros anos de sua existência na condição de colônia, obviamente. E depois, durante o século XIX, ainda como um continente prioritariamente voltado ao exterior, com suas nações, recém independentes, competindo entre si pelo acesso privilegiado aos mercados da Europeu e dos EUA.

Lula ataca no ponto mais fraco de Bolsonaro

São Bernardo do Campo, 9/11/19. Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

A cena, Lula carregado pela multidão, é um “replay”, de sentido contrário, às que vimos, com tristeza, em 7 de abril de 2018.

Com um símbolo que, provavelmente, será o complemento simbólico da imagem que será a “cara” do ato de recepção do ex-presidente no Sindicato do dos Metalúrgicos: a bandeira do Brasil que Lula, nos ombros da multidão, agitou freneticamente.

Se esta é a imagem, a palavra que fica de seu discurso de mais de 40 minutos, é “milícia”.

Foi com este estigma, por diversas vezes que ele marcou a testa de Jair Bolsonaro.


STF deu só o primeiro passo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jeferson Miola, em seu blog:                         

O STF restaurou o mandamento constitucional que ele próprio, Supremo, havia violado quando, de caso pensado [prender Lula], ofendeu a Constituição para, desse modo, autorizar a prisão antes de haver uma condenação inapelável [trânsito em julgado].

Por quase 2 anos o STF retardou a votação de Ações Declaratórias de Constitucionalidade sobre a matéria em decorrência das sucessivas manipulações da pauta da Suprema Corte. Isso aconteceu nas presidências de Carmem Lúcia e Dias Toffoli.

A estratégia de manter a Constituição violada tinha o propósito de suprimir a liberdade do Lula e banir o ex-presidente da cena política nacional e da geopolítica internacional.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Lula Livre, agora!

Lula e a histórica decisão do STF

STF derruba prisão em segunda instância

Lula denuncia "palhaçada" da PF

A expectativa pela liberdade de Lula

Ministro do desastre ambiental é emparedado

Lula já tem direito de deixar a prisão

Witzel manda a polícia para me intimidar

A força do "doído" e as hostes medonhas

Por Manuel Domingos Neto

Hoje os brasileiros passaram a ter as primeiras noções acerca da amplitude e da profundidade do megapacote recém-apresentado em vista da regulação de contas públicas. Direitos trabalhistas anulados e funcionalismo tratado como raça maldita. Pacto federativo em vigor atingido na medula sem que fique estabelecido um novo tipo de relação entre os entes da União. Fundos públicos de amparo às políticas sociais e múltiplas atividades do poder público, incluindo as estratégicas, sacrificados em benefício da liberação de recursos públicos para a especulação financeira...

STF derrota a Lava-Jato e pode libertar Lula

Do site da CTB:

Por 6 a 5 o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Artigo 283 do Código de Processo Penal, segundo o qual a prisão só pode ocorrer após o trânsito em julgado, está de acordo com a Constituição.

O novo entendimento pode resultar na libertação de Lula. O presidente do Tribunal, Dias Toffoli, deu o voto de minerva, acompanhando o relator, ministro Marco Aurélio.

Foi mais uma dura derrota da força tarefa da Lava Jato, que foi comandada pelo juiz Sergio Moro, em parceria com o procurador Deltan Dallagnol.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

A promotora bolsonarista ficará impune?

STF decide em defesa da Constituição

Vigília Lula Livre, 7 de novembro de 2019
Foto: Ricardo Stuckert
Do site Lula-Livre:

Configura-se como passo favorável às liberdades democráticas e aos direitos de cidadania a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), por maioria, de referendar as Ações Diretas de Constitucionalidade, impetradas pela OAB e o PCdoB, entre outras, que questionavam a execução provisória de sentenças a partir da 2ª instância.

Há anos assistimos o atropelo das regras constitucionais que determinam a presunção de inocência e o direito de se defender em liberdade até o transito em julgado, ou seja, até que haja condenação de última instância, sem a qual não se pode executar penas de tribunais inferiores, resguardados os casos de prisão cautelar previstos no ordenamento legal.

Congresso não engolirá 'pacotaço' de Guedes

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O pacote neoliberal de Paulo Guedes, se for ou fosse aprovado na íntegra, seria a mais ampla alteração da Constituição de 1988 e de seu espírito cidadão.

Em condições normais, tamanha reforma exigiria a convocação de nova assembleia constituinte.

Dificilmente, porém, o Congresso, apesar de seu pendor reformista-conservador, engolirá o pacote a seco, devendo regurgitar os pontos politicamente mais sensíveis, que não são poucos.

O futuro de Guedes, e do governo Bolsonaro, dependem muito de quando e quais pontos serão aprovados.

É perigoso minimizar ataques à democracia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Sempre que entram em cena os projetos estratégicos antipopulares e antinacionais do governo Bolsonaro, tais como a reforma da previdência, a privatização das empresas públicas, a entrega do pré-sal como xepa de feira e agora o pacote do ministro Guedes, que empurra o país de vez para o estado mínimo, brota uma discussão interessante na militância da oposição de esquerda.

Não são poucos os militantes que ocupam as redes sociais chamando a atenção de que é preciso foco no essencial e desprezo por tudo o que, na visão deles, não passa de cortina de fumaça para não vermos o rolo compressor passar. No ponto de vista peculiar desses valorosos ativistas, o nosso radar deve estar voltado apenas para o corte de direitos sociais e para as decisões de política econômica prejudiciais ao povo.

General Mourão foi enquadrado?

Por Luis Felipe Miguel

Durante a campanha do ano passado, o candidato a vice parecia tão boquirroto quanto o candidato a presidente. Uma façanha. Defendeu suspender a vigência da Constituição. Propôs dar um autogolpe. Comprometeu-se a acabar com o décimo-terceiro salário. Disse que negros e indígenas são inferiores. Um festival.

Esperto, assessorou-se, fez media training e emergiu depois da posse quase como um gentleman. Um paradigma de sensatez, de moderação. Um defensor quase convicto das liberdades.