quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Fux reforça facção que corrompeu a Justiça

Por Jeferson Miola, em seu blog:                 

“Excelente. In Fux we trust!”. Esta celebração do então juiz Sérgio Moro com o parceiro Deltan Dallagnol em mensagem do Telegram se assemelha ao brado efusivo da torcida de um time; é uma espécie de exaltação de um Deus.

Esta celebração, gozada em ambiente absurdo de promiscuidade entre juiz e procuradores que agem à margem da Lei, é impensável sob a vigência do Estado de Direito, e só é entendida no contexto da corrupção e decomposição do sistema de justiça brasileiro.

Além de Fux, Moro e Dallagnol festejam outros ministros do Supremo que eles também chamam de “seus”: “Aha, uhu, o Fachin é nosso!”, e “Barroso vale por 10 PGRs”.

Guedes foi um desastre na Suíça

Edital da Funarte proíbe bandas de rock

Da revista CartaCapital:

Um edital da Funarte (Fundação Nacional das Artes) para promover a reposição de instrumentos de sopro em bandas restringiu a participação para grupos de um gênero musical popular: o rock.

O detalhe passaria despercebido e, na verdade, já foi condição de um edital passado da Funarte, de 2013, que possuía o mesmo objetivo de conceder instrumentos para determinados tipos de banda. No entanto, a figura do novo presidente da Funarte, Dante Mantovani, deixa a situação ao menos irônica.

Isso porque Mantovani tem um vídeo publicado em seu canal do Youtube em que explica, com detalhes, como que bandas de rock foram “planos soviéticos” para espalhar o comunismo pelo mundo.

Alvim, nazismo e o momento da vergonha

Racismo alimenta ações genocidas da polícia

Lula receberá prêmio mundial em Madri

Luiz Fux afronta os Poderes da República

Editorial do site Vermelho:

A resposta do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à decisão autoritária do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux de suspender a implementação do juiz das garantias por tempo indeterminado é uma síntese precisa. Para ele, foi uma atitude “desnecessária e desrespeitosa com o Parlamento brasileiro e com o governo brasileiro, com os outros Poderes”.

Desrespeito, a rigor, ao próprio Poder Judiciário, à medida que subverte o papel do STF e revoga uma decisão do seu presidente, Dias Toffoli, que havia expedido liminar suspendendo a implantação do juiz de garantias por 180 dias. Com uma penada, Fux afrontou tudo isso e a própria história da democracia.

Petardos: Bolsonaro retira poder de Moro

Por Altamiro Borges

Destaque no site da Veja: "Moro 'fica na Justiça' mesmo se pasta da Segurança for recriada, diz Bolsonaro. Presidente admitiu que cisão do ministério está em estudo: 'Lógico que o Moro deve ser contra, né?'". Pelo jeito, o "capetão" vai humilhar novamente o "marreco de Maringá"

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Já Andréia Sadi, em sua coluna no site G1, da Globo, informa que os "moristas" foram pegos de surpresa e estão preocupados. "Para aliados de Moro, eventual recriação do Ministério da Segurança Pública enfraquecerá o ministro". O que será que está rolando no laranjal bolsonariano?

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Glenn Greenwald e o estado de exceção

A economia para os 99%

Glenn e a lei de abuso de autoridade

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Recentemente sancionada, a lei sobre abuso de autoridade pode ser aplicada ao procurador Wellington Divino de Oliveira, que apresentou denúncia criminal contra o jornalista Glenn Greenwald, sem que ele tenha sido sequer investigado, e insurgindo-se contra a liminar do ministro do STF Gilmar Mendes, que proibira qualquer responsabilização do jornalista pelo raqueamento dos telefones de Sergio Moro e procuradores da Lava Jato (ADPF 601).

O coordenador do grupo de advogados Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, confirmando minha intuição jurídica, diz que eles estão mesmo estudando medidas contra o procurador com base na lei, votado pelo Congresso como reação aos abusos da Lava Jato e de outros setores do Judiciário.

Devastadores prometem "salvar o planeta"

Por Tiago Pereira, no Rede Brasil Atual:

Líderes políticos e empresariais estão reunidos em Davos, na Suíça, até a próxima sexta-feira (24), para a 50ª edição do Fórum Econômico Mundial (FEM). Entre os temas do encontro está o debate sobre formas de combate ao aquecimento global e às catástrofes climáticas ambientais decorrentes, principalmente, da emissão de gases do efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis.

Quando as ruas falam, a história ouve

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Caros amigos,

A carta abaixo, publicada em 15 de maio de 2018, é de assustadora atualidade.

Naquele mês, comemorávamos cinquenta anos de “Maio de 68”, questionando: “o que falta mais para irmos às ruas?”

De lá para cá, frente à tanto retrocesso e destruição, a pergunta continua e ecoa ainda mais vibrante: "O que falta mais para irmos às ruas?"

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A pá de cal na política industrial

Por Gilberto Bercovici, no site A terra é redonda:

Com a anunciada adesão do Brasil ao GPA, o governo Bolsonaro continua a passos largos a política instaurada a partir do golpe de 2016, buscando inviabilizar qualquer possibilidade de desenvolvimento autônomo do Brasil.

O anúncio recente de que o Ministro da Economia Paulo Guedes irá promover a adesão do Brasil ao GPA (“Agreement on Government Procurement” – Acordo de Compras Governamentais), patrocinado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) [1], não teve a repercussão necessária. Os impactos profundos que essa adesão causará à economia brasileira não foram devidamente percebidos. A imensa maioria dos articulistas limitou-se a mencionar a abertura do mercado de engenharia, com a possibilidade de atração de empreiteiras estrangeiras em substituição ao combalido setor de engenharia nacional. A questão seria limitada ao fim da reserva de mercado das empreiteiras nacionais [2], alvo primordial da destruição gerada pela “Operação Lava Jato”.

Boeing agoniza - depois de levar a Embraer…

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O gráfico abaixo registra, para a Boeing, uma queda livre que pode levá-la à falência; para a Embraer e o Brasil, mais um revés produzido pela volta do orgulho de colonizado – ou… “espírito de vira-lata”. Repare nos números, divulgados hoje pelo Le Monde: depois de vender 806 aviões de todos os modelos, em 2018, a fabricante norte-americana despencou para menos da metade – 380 – em 2019. Pior: destes, apenas 54 foram encomendas firmes, já fechadas. Enquanto isso, sua concorrente direta, a Airbus, avançava. Surpresas acontecem; mas, ao se manter o cenário, é quase inevitável uma drástica redução da Boeing e seu fechamento definitivo é uma hipótese real – inclusive porque os chineses preparam-se para também disputar o setor.


Um ano do crime ambiental em Brumadinho

Por Julia Castello Goulart, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Dia 25 de janeiro de 2019. 12h28 min. Um som estrondoso foi ouvido. Seu Sebastião jura ter ouvido dois sons, como bombas, seguidos um do outro. Dona Neiva começava a cozinhar o almoço quando o telefone insistiu em tocar. Roberta ouviu o filho batendo à porta de casa gritando que a barragem tinha se rompido.

Bastou um telefonema de uma amiga para Ana Paula saber que o pior tinha acontecido com seu marido que trabalhava na mina. E o seu irmão? Já para Helena foi a falta de um telefonema que fez seu coração pressentir algo muito ruim. O mesmo aconteceu com Joel. Chegou a ficar com o corpo paralisado ao ouvir a notícia do ocorrido na televisão.

Jornal Nacional e Guedes: o que está por vir?

Por Pedro Simon Camarão, no site da Fundação Perseu Abramo:

Jornalistas da Globonews criticaram o ministro da Economia, Paulo Guedes, em função das declarações feitas por ele no Fórum de Davos, na Suíça. Guedes afirmou que o problema do meio ambiente é a pobreza. Embora seja doutor em economia, o ministro não consegue enxergar que setores do agronegócio, madeireiras e garimpeiros ilegais são os grandes desmatadores de florestas.

Além disso, grandes indústrias e, novamente, o agronegócio e os garimpos ilegais poluem os rios e o ar. Há um bom tempo já que toda a comunidade internacional e o Brasil sabem que a busca incessante por enormes quantias de dinheiro é o que destrói o meio ambiente.

O liberal na economia e o Estado fascista

Por Fernando Brito, em seu blog:

A ação contra o jornalista Glenn Greenwald, embora provavelmente vá ser rejeitada pela Justiça e não prospere – atualmente, nunca se sabe se absurdos serão mesmo travados – é mais lenha no desgaste internacional do Brasil.

Muito embora a nossa grande imprensa, sempre tolerante (quando não raro servil) a tudo o que diga respeito a Sergio Moro, o ataque a um jornalista de renome mundial por seu trabalho, atropelando inclusive uma ordem do Supremo Tribunal Federal, tem consequências.

Era uma vez uma 'namoradinha'do Brasil…

Por Milton Alves, no site Curitiba Suburbana:

Aos mais novos é bom lembrar que a atriz Regina Duarte já foi a namoradinha do Brasil. Em “Malu Mulher,” Regina Duarte brilhou representando a mulher contemporânea, lutando por seus espaços e direitos – quebrando tabus. A série, que estreou em maio de 1979, dirigida pelo genial Daniel Filho, empolgou toda uma geração. Era o início da chamada “abertura política” da ditadura, as greves no ABC, a reorganização das entidades populares, o abrandamento da censura …Era o clima.

Petardos: Morista persegue Glenn Greenwald

Por Altamiro Borges

O promotor Wellington Divino, que assina a denúncia contra Glenn Greenwald visando castrar a liberdade de imprensa, é um conhecido miliciano do juizeco Sergio Moro. Ele tentou fazer fama perseguindo o ex-presidente Lula e, mais recentemente, o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz

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A perseguição ao jornalista Glenn Greenwald repercute na mídia mundial. Veículos e jornalistas postam que denúncia é um "atentado à liberdade de imprensa" e manifestam solidariedade ao editor do Intercept. Já no Brasil, a mídia monopolista registra de forma protocolar o ataque