Por Breno Altman, no site Opera Mundi:
O governo de Jeanine Áñez, empossada por um golpe de militares e civis no dia 12 de novembro de 2019 na Bolívia, há quase três meses deixa um rastro de sangue e arbítrio. A usurpação do poder assenta-se sobre a violência repressiva e a cumplicidade internacional das forças conservadoras, protegendo o regime de exceção sob um manto de silêncio.
Pelo menos 36 pessoas foram mortas à bala por soldados, policiais e paramilitares desde a derrubada de Evo Morales. São cerca de mil os bolivianos feridos, mais de 1.500 os presos sem culpa formada. Dezenas se refugiaram, perseguidos à revelia de qualquer amparo jurídico, como o próprio ex-presidente. Rádios comunitárias foram fechadas, canais internacionais tiveram seus sinais interrompidos e jornalistas acabaram presos por subversão.
Pelo menos 36 pessoas foram mortas à bala por soldados, policiais e paramilitares desde a derrubada de Evo Morales. São cerca de mil os bolivianos feridos, mais de 1.500 os presos sem culpa formada. Dezenas se refugiaram, perseguidos à revelia de qualquer amparo jurídico, como o próprio ex-presidente. Rádios comunitárias foram fechadas, canais internacionais tiveram seus sinais interrompidos e jornalistas acabaram presos por subversão.