quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Os enigmas da morte do miliciano

Por Jeferson Miola, em seu blog:                               

A morte do miliciano Adriano da Nóbrega está cercada de enigmas. Os muitos pontos obscuros, as contradições e dúvidas sobre o episódio animam as suspeitas de execução.

As suspeitas sobre a queima de arquivo ganham veracidade porque Adriano não era um bandido trivial. Ele chefiava o Escritório do Crime, milícia especializada em assassinatos por encomenda com matadores de aluguel, e privava da intimidade nos negócios do clã Bolsonaro na política.

Por intermédio do sumido Fabrício Queiroz, a mãe e a esposa de Adriano ficaram contratadas pelo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembléia Legislativa do RJ até dezembro de 2018. Elas só foram demitidas depois que começaram as investigações sobre as “rachadinhas” e os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa contra Flávio Bolsonaro.

O Oscar e a democracia ameaçada

Editorial do site Vermelho:

Indústria Americana e Parasita, vencedores do Oscar em 2020, chamam a atenção para a natureza da crise que se alastra pelo mundo desde o colapso de 2007-2008. A quebra do banco Lemon Brothers, em 15 de setembro de 2008, foi o pico de um processo que vinha do final dos anos 1970, com solavancos bruscos nos anos 1990, e se acelerou a partir de 2007.

Os efeitos são os que os filmes vencedores do Oscar mostram. No caso de Industria Americana, fica demonstrado que a crise trouxe sérias complicações para o chamado mundo do trabalho. Além do desemprego em massa, que cresce sem perspectiva de reversão, há o rompimento com os paradigmas que regulam as relações de trabalho, conhecido como precarização.

A milícia virtual fascista e os jornalistas

Foto: Site da FUP
Por Conceição Oliveira, no Blog da Maria Frô:

Há 13 dias os petroleiros estão em greve nacional, 108 unidades paralisadas em 13 estados. A greve iniciou em solidariedade aos petroleiros da FAFEN-PR ameaçados de demissão em massa, com o fechamento da única fábrica do país que produz ureia sem formol como suplemento alimentar do gado bovino. O blog Sindicato Popular, ao contrário de grande parte da imprensa corporativa brasileira, vem cobrindo o dia a dia da greve.

Na última terça (12/02) os petroleiros fizeram um protesto na frente da Globo contra a falta de cobertura da imprensa ao movimento. Há nas emissoras de radiodifusão um verdadeiros silenciamento sobre a Greve Nacional dos petroleiros.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Mídia privatista sabota greve dos petroleiros

Por Altamiro Borges

Iniciada em 1º de fevereiro, a greve nacional dos petroleiros segue crescendo, conquistando novas adesões, e já é a mais importante da história da categoria desde a paralisação de 1995, durante o triste reinado de FHC, que durou 32 dias. Segundo balanço da Federação Única dos Petroleiros (FUP), “nesta quarta-feira, 12, já somamos 108 unidades na greve, em 13 estados, com mais de 20 mil petroleiros mobilizados”.

Apesar da importância da paralisação e da sua força crescente, a mídia privatista evita tratar do assunto. A greve quase inexiste no Jornal Nacional da TV Globo ou nos telejornais das outras emissoras – que exploram concessões públicas de tevê. Ela também não é motivo de comentários nas rádios e não ocupa as manchetes dos jornalões e revistonas. O esforço deliberado da mídia patronal é para invisibilizar a luta dos petroleiros.

Bolsonaro comandava grupos de WhatsApp

Clã Bolsonaro é exposto na TV aberta

Wall Street contra Bernie Sanders

Dar um basta a esse projeto autoritário

Te cuida, Queiroz! O Adriano já foi

Adriano era arquivo pronto para ser queimado

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Está difícil sustentar a versão de que o ex-PM Adriano da Nóbrega perdeu a vida num duelo a bala, no estilo matar ou morrer, numa pequena fazenda no interior da Bahia.

A imagem de faroeste não combina com a cena do crime, onde havia um único sinal de bala, escreve o repórter João Petro Pitombo, da Folha: "Moradores disseram que a ação foi rápida, com barulho de tiros por pouco tempo. A reportagem identificou apenas uma marca de bala dentro da casa, em uma janela de madeira seguindo a trajetória de dentro para fora."

Dias antes de ser morto, Adriano disse ao advogado que temia ser assassinado - e não há nenhum motivo para imaginar que não falasse a verdade.

O encontro de Lula com o Papa Francisco

CPMI confirma disparo em massa de fake news

Paulo Guedes, o verdadeiro parasita

Ataque a jornalista é "tática machista"

Patricia Campos Mello (reprodução do Twitter)
Da Rede Brasil Atual:

Hans River do Rio Nascimento mentiu em seu depoimento à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) das Fake News, nesta terça (11). A mentira – além dos insultos e ofensas misóginas à repórter Patricia Campos Mello – é comprovada por áudios, registros e prints das mensagens trocadas pelo ex-funcionário da empresa Yacows com a jornalista da Folha de S.Paulo.

Patricia Campos Mello e o veículo publicaram, à noite, as provas que desmontam as acusações da testemunha à reportagem. A jornalista revelou a contratação de empresas, entre elas a Yacows, para disparar ilegalmente mensagens em massa pelo WhatsApp para benefícios políticos. Baseada em documentos da Justiça do Trabalho e relatos do ex-funcionário, a matéria mostrou o uso fraudulento de nome e CPF de pessoas idosas para registrar chips de celular e garantir disparos de lotes de mensagens.

Treze teses sobre a catástrofe ecológica

Por Michael Löwy, no site A terra é redonda:

I.

A crise ecológica já é, e será ainda mais nos próximos meses e anos, a questão social e política mais importante do século XXI. O futuro do planeta, e, portanto, da humanidade, será decidido nas próximas décadas. Os cálculos de alguns cientistas sobre cenários para o ano 2100 não são muito úteis, por duas razões: (a) científica: considerando todos os efeitos retroativos que são impossíveis de calcular, é muito arriscado fazer projeções de um século; (b) política: no final do século todos nós, os nossos filhos e netos, teremos partido, então qual é então o objetivo?

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Petardos: Trump escorraça vira-lata Bolsonaro

Por Altamiro Borges

A Folha informa que “EUA retiram Brasil da lista de nações em desenvolvimento e restringem benefícios comerciais ao país”. O servilismo do “capetão” diante do Trump vai custar anos de atraso para o Brasil. A cloaca burguesa que tira selfies com o subserviente também sairá perdendo.

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Do UOL: "Para CNI, medida de Trump sobre Brasil é 'ilegal' porque quebra regras da OMC". Ao invés de bajularem o "capetão", empresários deviam exigir do governo postura mais altiva diante dos EUA. Cloaca burguesa é cúmplice do servilismo de Bolsonaro, que prejudica as exportações.

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Como aponta o sociólogo Marcelo Zero, a decisão de Trump de retirar o Brasil da lista do sistema de preferências dos EUA para países em desenvolvimento (Generalized System of Preferences-GSP) "deverá afetar aproximadamente US$ 4,45 bilhões das exportações brasileiras".

Medida dos EUA afeta exportações brasileiras

Por Marcelo Zero 

A retirada do Brasil da lista do sistema de preferências dos EUA para países em desenvolvimento (Generalized System of Preferences-GSP) era algo bastante previsível.

Esse sistema de preferências tarifárias, criado pelo Trade Act de 1974, assegura, aos países em desenvolvimento, acesso facilitado ao mercado norte-americano para cerca de 3.500 produtos. Trump, no entanto, vem restringindo cada vez mais os países e os produtos do sistema de preferências tarifárias.

No mesmo diapasão, a administração Trump vem fazendo grande pressão, na OMC, para acabar (ou restringir) com o tratamento especial e diferenciado para países em desenvolvimento.

Um ditador millenial em El Salvador

Por Franklin Selva, especial para o Centro de Estudos Barão de Itararé:

Desde que Nayib Bukele chegou à presidência de El Salvador, em junho de 2019, tem sido surpreendente a sua forma particular de lidar com o campo midiático, desde o uso, com inteligência, das redes sociais, aproveitando sua popularidade e o desgaste do resto dos partidos políticos, até o apelo ridículo a uma permanente vitimização política.

Em um chamado irresponsável à insurreição, Bukele passou de ser o presidente “cool” e “millenial” ao tradicional e obsoleto político que, nas décadas de 1960 e 1970, utilizou o assédio militar para amedrontar o povo. O atual mandatário, porém, usa o expediente para intimidar deputados da Assembleia Legislativa, como neste domingo (9), tomando o controle do Palácio Legislativo, após falta de quórum para realizar uma sessão extraordinária convocada pelo presidente. A ausência de deputados contrastou com uma enorme quantidade de militares. Ao invés de estarem patrulhando as inúmeras zonas perigosas de San Salvador, os soldados concentraram-se em ocupar o centro do governo na capital do país.

Destruição econômica é efeito da praga Guedes

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não e só na Educação, na Saúde, nos programas sociais, nas liberdades individuais, nas instituições republicanas, na universidade, na política – siga aí você com a lista, infindável – que o Brasil sofre um processo de destruição.

Os quatro anos de crise econômica – porque, afinal, tudo o que se anunciou como “retomada” foi ou está sendo, senão zero, bem perto disso – se assemelham a um cenário de devastação, e não daqueles que se tem após algum desastre, mas a uma terra arrasada, como nos versos e Sérgio Ricardo: “Quando a terra se arrebenta/Sem jeito de consertar”.

Afinal, todos os projetos econômicos, há cinco anos, resumem-se cortar investimentos, despesas, desmontar serviços estatais, alienar patrimônio… Ou seja, podar a árvore da economia e recolher lenha para queimar.

Arapuca do Moro para enganar miliciano?

Por Jeferson Miola, em seu blog:                   

Além de descumprimento de obrigação funcional, a não inclusão do miliciano Adriano da Nóbrega na lista nacional de bandidos do Ministério da Justiça foi interpretada como gesto de camaradagem e, ao mesmo tempo, de servilismo do ministro Sérgio Moro ao clã Bolsonaro.

No último 31 de janeiro, o Ministério justificou que “as acusações contra ele [o miliciano Adriano] não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”.

Esta justificativa é insustentável, porque desde janeiro de 2019 existe um alerta vermelho da Interpol para a captura internacional do miliciano vinculado ao clã Bolsonaro. Adriano foi incluído na lista da Interpol com outros foragidos e investigados na Operação Intocáveis, do MP/RJ.

Interpol é a sigla de Organização Internacional de Polícia Criminal, entidade da qual a Polícia Federal faz parte.