quinta-feira, 9 de abril de 2020

Petardo: Gilmar Mendes critica sumiço de Moro

Por Altamiro Borges

Um dos culpados pela eleição do fascista “BolsoNero”, o juizeco Sergio Moro – que ganhou um carguinho no laranjal – desapareceu em plena crise do coronavírus. Quem registrou seu sumiço foi o ministro Gilmar Mendes, do STF. "Eu tenho sentido a ausência do Ministério da Justiça", cutucou.

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Sem citar o nome do juizeco, Gilmar Mendes explicou que Moro teria papel a desempenhar durante a pandemia. "Temos controversas jurídicas complexas entre União, estados e municípios, conflitos que são qualificados, e eu não tenho visto o Ministério da Justiça participar do debate".

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Na entrevista ao UOL, o ministro do STF ironiza que só ouviu o "muxoxo" punitivista de Moro. "No máximo tenho ouvido um muxoxo ou outro sobre liberação de presos. Acho que o Ministério da Justiça, pela sua tradição, precisa se fazer presente". O "marreco de Maringá" é um fiasco!

O pacto da morte do "capetão"

O mais patético dos ministros de Bolsonaro

Mandetta vira alvo das hordas bolsonaristas

Pandemia atingirá principalmente os pobres

Subnotificação esconde dimensão da Covid-19

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

A flexibilização do isolamento social defendida pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta – e que já vem sendo adotada em muitas cidades em diversos estados –, é uma irresponsabilidade. Em vez disso, devem ser adotadas medidas mais rigorosas em relação à única estratégia capaz de diminuir a velocidade de contágio pelo novo coronavírus causador da covid-19. O alerta é do médico epidemiologista Francisco Job Neto, do Distrito Federal, doutor em epidemiologia de doenças infecciosas no sistema prisional pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Domínio militar, equilíbrio instável

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

Tempos estranhos.

Não apenas pelo coronavírus, esse Deus ex machina.

Mas, pelo modo como a política se move, como o poder se movimenta, e como há dificuldade de dar nome aos bois.

Luís Nassif, intrépido jornalista, teve a ousadia de manchetar no dia 29 de março, agora agorinha: “Xadrez do novo período, em que Bolsonaro não mais governa”.

Li com atenção o texto. Essencial a quem quiser entender os meandros da atual conjuntura, penetrar a sua complexidade, entender singularidades.

A grande mídia não trata do assunto. Ao menos, dessa maneira. Prefere vociferar, e o faz, depois de ter sido parte indissociável da eleição do atual presidente.

Bolsonaro usa vidas em seu pôquer mortal

Por Fernando Brito, em seu blog:

Traz O Globo, hoje, o retrato, na Favela da Rocinha, do que chamei no TV Afiada de “Quarentena da Porcina”: a que deixou de ser sem nunca ter sido.

“60% a 70% das lojas abriram [e] o mercado popular está funcionando”, diz um líder comunitário que fala em “uma avalanche de pessoas” nas ladeiras estreitas da comunidade.

É mais, muito mais do que se registrou nos primeiros dias de isolamento parcial e infinitamente além do que seria prudente na hora em que a epidemia se prepara para exibir sua escalada de números.

Com o presidente da República defendendo a volta ao trabalho, contra as orientações médicas e a estas fazendo se dobrar com a “cura-jabuticaba” da cloriquina, as ruas da pobreza vão se encher mais e mais.

Bolsonaro e a panaceia da cloroquina

Do site Vermelho:

O pronunciamento oficial do presidente da República, Jair Bolsonaro, na noite de quarta-feira (8) foi mais uma demonstração de descaso com a situação dramática do povo. Repisando seus falsos conceitos, ele voltou a insistir no relaxamento da regra básica de contenção da transmissão do coronavírus, o isolamento social, destratou governadores novamente e reiterou a receita da cloroquina como panaceia contra a Covid-19.

Relaxar quarentena é brincar com a bomba

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Na segunda-feira, dia em que o ministro Henrique Mandetta balançou mas não caiu, o Ministério da Saúde divulgou boletim epidemiológico com parâmetros para o relaxamento do isolamento social: governadores de estados que não estivessem com 50% da capacidade hospitalar comprometida poderiam flexibilizar as medidas restritivas a partir do dia 13.

Ontem o ministro e seus auxiliares voltaram a explicar a orientação, dizendo tratar-se apenas de “parâmetros”.

Bolsonaro e Mandetta, por sinal, tiveram hoje uma conversa definida como "tranquila".

Um novo mundo surgirá. Mas, qual mundo?

Charge: Marco De Angelis/Itália
Por Gilson Reis

O confinamento social ao qual foram submetidos milhões de pessoas em todo o mundo, nos últimos meses, é algo jamais experimentado pela sociedade humana ao longo da história. É verdade que a nossa existência no planeta foi colocada à prova em dezenas de episódios factuais: disputas inter-impérios, doenças e pestes, guerras mundiais e continentais, confrontos étnicos, raciais e religiosos, enfim, uma coleção de fenômenos naturais e não naturais que submeteram a humanidade à diversos impasses existenciais.

Mulheres da periferia lutam contra a fome

Um "pacto pela vida e pelo Brasil"

Os ensaios do próximo jogo político

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Petardo: O isolamento e o pacto com a morte

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (8), o Brasil bateu novo recorde de mortes por coronavírus – 133 óbitos. Agora já são 822 vítimas fatais. Apesar da notória subnotificação, 16.195 casos foram confirmados. Mesmo assim, Bolsonaro – inimigo da ciência e apologista da morte – insiste no fim do isolamento social e pactua um recuo na área da saúde.

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No Boletim Epidemiológico-7, o Ministério da Saúde já sinalizou com a possibilidade do relaxamento gradual do isolamento. Segundo a Folha, a recuo agradou o "capetão", que "vê sinais de alinhamento do ministro Mandetta aos desejos do Planalto". A morte ronda os lares brasileiros!

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O recuo na quarentena é preocupante. Ao ultrapassar pela segunda vez a marca de cem mortes num único dia, Brasil entrou em uma nova fase na epidemia. "Daqui para a frente, o país deverá enfrentar uma forte escalada no número de vítimas", relata o jornalista Bernardo Mello Franco, no jornal O Globo.

O recuo vergonhoso de Bolsonaro