segunda-feira, 18 de maio de 2020
Mourão e sua ‘Verba volant, scripta manent’
Por Gustavo Conde
O vice-presidente da República se ‘moveu’ no artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo neste dia 14 de maio de 2020. É sua carta cheia de sutilezas para dizer: ‘estou aqui, pronto para assumir a presidência’.
Não é de hoje que o comportamento político do general da reserva vem se aproximando muito dos gestos de Michel Temer nos seis meses que precederam o impeachment sem crime – episódio conhecido tecnicamente como ‘golpe’.
Ele fala em ‘lealdade’ o tempo todo (Temer também falou), tem agenda própria (Temer também tinha), evita aparecer ao lado do presidente (Temer também evitou), sinaliza para o mercado e para o Congresso (Temer também sinalizou) e, acima de tudo, leva a arte da dissimulação a um novo patamar (Temer também levou).
O vice-presidente da República se ‘moveu’ no artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo neste dia 14 de maio de 2020. É sua carta cheia de sutilezas para dizer: ‘estou aqui, pronto para assumir a presidência’.
Não é de hoje que o comportamento político do general da reserva vem se aproximando muito dos gestos de Michel Temer nos seis meses que precederam o impeachment sem crime – episódio conhecido tecnicamente como ‘golpe’.
Ele fala em ‘lealdade’ o tempo todo (Temer também falou), tem agenda própria (Temer também tinha), evita aparecer ao lado do presidente (Temer também evitou), sinaliza para o mercado e para o Congresso (Temer também sinalizou) e, acima de tudo, leva a arte da dissimulação a um novo patamar (Temer também levou).
Bolsonaro desmoraliza os militares
Por Aldo Fornazieri
Disse bem o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, quando afirmou que “com método e paciência, Bolsonaro vai destruindo o Brasil e semeando a morte e o descrédito”. Penso, porém, fosse melhor substituir a palavra “paciência” por impaciência, pois a fúria destrutiva de Bolsonaro deixou de ser semanal e passou a ser diária. Não edificou nada até agora que beneficiasse o povo e que engrandecesse o Brasil. De fato, está sendo metódico e sistemático na destruição.
Disse bem o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, quando afirmou que “com método e paciência, Bolsonaro vai destruindo o Brasil e semeando a morte e o descrédito”. Penso, porém, fosse melhor substituir a palavra “paciência” por impaciência, pois a fúria destrutiva de Bolsonaro deixou de ser semanal e passou a ser diária. Não edificou nada até agora que beneficiasse o povo e que engrandecesse o Brasil. De fato, está sendo metódico e sistemático na destruição.
Pandemia e a sociopatia do neoliberalismo
Por Marcelo Zero
As medidas de isolamento social preconizadas pela ciência e pela Organização Mundial da Saúde no combate ao Covid-19 funcionam.
Sem uma vacina, é a única coisa que funciona.
Todos os países que as adotaram, ainda que de forma tardia e atabalhoada, conseguiram, após algumas semanas, reduzir o número de novos casos e de mortes.
A Espanha, que chegou a ter cerca de 10 mil casos diários no início de abril, agora tem cerca de 600.
A Itália, que hesitou em fazer o isolamento horizontal, chegou a ter mais de 6 mil casos diários, mas após semanas de lockdown tardio, tem menos de 600.
As medidas de isolamento social preconizadas pela ciência e pela Organização Mundial da Saúde no combate ao Covid-19 funcionam.
Sem uma vacina, é a única coisa que funciona.
Todos os países que as adotaram, ainda que de forma tardia e atabalhoada, conseguiram, após algumas semanas, reduzir o número de novos casos e de mortes.
A Espanha, que chegou a ter cerca de 10 mil casos diários no início de abril, agora tem cerca de 600.
A Itália, que hesitou em fazer o isolamento horizontal, chegou a ter mais de 6 mil casos diários, mas após semanas de lockdown tardio, tem menos de 600.
domingo, 17 de maio de 2020
O pior dos pesadelos vai virando realidade
Por Fernando Brito, em seu blog:
Os números, hoje e amanhã, talvez não assustem, porque nossos registros de casos e mortes do novo coronavírus já solidificaram a rotina de serem ainda mais subnotificados aos finais de semana.
Mas, na próxima, tenha a certeza, já seremos o país com o terceiro maior número de casos da doença e atrás apenas dos EUA e da Rússia, assim mesmo porque esta última tem mais casos registrados porque testa 12 vezes mais que nós.
Estas comparações não são, é claro, uma espécie de campeonato mórbidos, mas devem servir para que possamos avaliar o que estamos fazendo frente ao que outras nações fizeram e o que isso representou em redução dos danos causados pela pandemia.
Mas, na próxima, tenha a certeza, já seremos o país com o terceiro maior número de casos da doença e atrás apenas dos EUA e da Rússia, assim mesmo porque esta última tem mais casos registrados porque testa 12 vezes mais que nós.
Estas comparações não são, é claro, uma espécie de campeonato mórbidos, mas devem servir para que possamos avaliar o que estamos fazendo frente ao que outras nações fizeram e o que isso representou em redução dos danos causados pela pandemia.
Mortes no Brasil. A culpa é do Bolsonaro
Manaus, 15/5/20, sepultamentos no Cemitério Nossa Senhora Aparecida Foto: Alex Pazuello/Semcom |
É um caso patológico. No quebra-queixo com os jornalistas na manhã desta quinta-feira 14, na porta do Palácio do Alvorada, bem ao lado do curral onde estão confinados seus apoiadores, Jair Bolsonaro voltou a tratar da pandemia como se não tivesse nada a ver com o assunto. Aliás, desde a madrugada ele estava (ou se sentia) provisoriamente autorizado a agir de forma irresponsável. Uma MP em proveito próprio e em favor do ministro Paulo Guedes, editada na penumbra da noite, exime autoridades de futuros processos cíveis e administrativos quando comprovadas falhas no combate ao coronarívus, exceto se comprovados dolo ou erro grosseiro.
Bolsonaro sabota esforços contra a pandemia
Carreata contra quarentena, Av. Paulista, São Paulo, 17/5/20 Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas |
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), classificou como “atitude sabotadora” a insistência do presidente Jair Bolsonaro de acabar com qualquer estratégia de isolamento social contra o contágio pelo novo coronavírus. “Estamos vendo uma atitude de sabotagem objetivamente liderada pelo próprio Bolsonaro. É possível que nossos esforços no sentido de maior prevenção, para salvar vidas, em larga medida se percam”, disse hoje (16).
Coronavírus ampliará desigualdades sociais
Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:
Muito se alardeou por aí que a pandemia do coronavírus seria, relativamente democrática, na medida em que crises sanitárias dessa natureza não destingiriam classe social, raça ou gênero.
De fato, o vírus não escolhe o encubado, todos estão sujeitos à sua contração. No entanto, as consequências de tipo de infecção são diferentes em realidades socioeconômicas distintas.
A pandemia do coronavírus tende a alargar o fosso das desigualdades sociais e econômicas em, pelo menos, duas dimensões. A primeira delas é entre os territórios nacionais. Ainda que inicialmente propagada nos países mais ricos, as consequências do contágio sob a saúde e os impactos econômicos são deveras distintos entre as nações.
De fato, o vírus não escolhe o encubado, todos estão sujeitos à sua contração. No entanto, as consequências de tipo de infecção são diferentes em realidades socioeconômicas distintas.
A pandemia do coronavírus tende a alargar o fosso das desigualdades sociais e econômicas em, pelo menos, duas dimensões. A primeira delas é entre os territórios nacionais. Ainda que inicialmente propagada nos países mais ricos, as consequências do contágio sob a saúde e os impactos econômicos são deveras distintos entre as nações.
A democracia das redes em tempos de milícias
Por Luís Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:
Ao ser demitido, o ex-ministro, ex-juiz e integrante do governo Sérgio Moro foi convertido em inimigo de Estado e, ao ser colocado na posição de antagonista, passou também para o ataque. Dessa feita, o embate entre Moro e Bolsonaro revela estratégias diferentes de atuação política e, mais interessante, usos diferentes da rede social: enquanto Moro desenvolve o método de guerra híbrida, Bolsonaro faz das suas milícias digitais uma atuação de rede com base no engajamento de guerrilhas.
Crime de Bolsonaro ultrapassa fronteiras
Charge: Marian Kamensky/Áustria |
As consequências do descaso do governo Bolsonaro com a propagação do coronavírus ultrapassam as fronteiras brasileiras. O presidente do Paraguai, Mário Abdo Benitez, em visita à cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil em Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (13), disse que não vai reabrir a Linha Internacional entre os dois países porque o Brasil é uma grande ameaça.
A irresponsabilidade de Bolsonaro diminuiu o tamanho do Brasil na geopolítica local. O país poderia estar liderando uma ação conjunta regional, tanto no isolamento social quanto no suprimento das necessidades básicas para a sobrevivência das populações locais.
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