terça-feira, 11 de agosto de 2020
Amarras de Bolsonaro e Guedes na economia
Editorial do site Vermelho:
Pode-se dizer que o Brasil pegou a contramão em relação ao movimento das economias de outros países. A situação de grave crise econômica, com as óbvias consequências sociais, se deve, no essencial, a atitude do presidente Jair Bolsonaro e de seu ministro da Economia, Paulo Guedes, de se aferrarem à pauta ultraliberal e se recusarem a enxergar a realidade pelas demandas da imensa maioria do povo.
É um governo tão entranhado no rentismo que chega ao ponto de recusar o caminho de outros países, mesmo com governos conservadores e neoliberais, que utilizam recursos do Estado para socorrer empresas e proteger empregos. Os países que adotaram essa orientação passam por menos dificuldades econômicas e apresentam melhores condições para a retomada do crescimento.
É um governo tão entranhado no rentismo que chega ao ponto de recusar o caminho de outros países, mesmo com governos conservadores e neoliberais, que utilizam recursos do Estado para socorrer empresas e proteger empregos. Os países que adotaram essa orientação passam por menos dificuldades econômicas e apresentam melhores condições para a retomada do crescimento.
As veias do Sul continuam abertas
Do site da Editora Expressão Popular:
Para onde quer que olhemos no Sul Global, encontramos situações que requerem explicações globais. A apropriação de bens comuns na África e na América Latina, a expansão das fábricas têxteis em condições sub-humanas de trabalho na Ásia, o domínio da produção dos países do Sul da Europa e Norte da África por empresas radicadas na Alemanha e na França; a dominação do Estado de Israel sobre a Palestina; as incontáveis intervenções militares no Oriente Médio; a imposição do american way of life pela indústria cultural estadunidense; são todas elas expressões de que o capitalismo global é um sistema gerador de desigualdade entre países e regiões. Essa desigualdade não é uma abstração: ela é vivida nos corpos dos oprimidos e oprimidas do Sul.
Para onde quer que olhemos no Sul Global, encontramos situações que requerem explicações globais. A apropriação de bens comuns na África e na América Latina, a expansão das fábricas têxteis em condições sub-humanas de trabalho na Ásia, o domínio da produção dos países do Sul da Europa e Norte da África por empresas radicadas na Alemanha e na França; a dominação do Estado de Israel sobre a Palestina; as incontáveis intervenções militares no Oriente Médio; a imposição do american way of life pela indústria cultural estadunidense; são todas elas expressões de que o capitalismo global é um sistema gerador de desigualdade entre países e regiões. Essa desigualdade não é uma abstração: ela é vivida nos corpos dos oprimidos e oprimidas do Sul.
A vitoriosa greve de 21 dias na Renault
Foto: Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba |
Vitoriosa a greve de 21 dias na Renault. Metalúrgicos da fábrica, em São José dos Pinhais, Paraná, aprovaram proposta negociada entre Sindicato e empresa que reverte as 747 demissões, consideradas arbitrárias pela Justiça do Trabalho. Assembleia aconteceu em segunda (10), na porta da fábrica.
Prevaleceu o Protocolo de Entendimento negociado entre o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e a Renault, sábado, 8. A votação será agora on-line pelo site da entidade, até as 14 horas desta terça, 12. A decisão deve aprovar retorno ao trabalho quarta.
Situação intolerável dos trabalhadores
Ilustração: Ben Wiseman |
Tedros Adhanom, o secretário da Organização Mundial da Saúde, alertou que junto à pandemia do coronavírus há uma infodemia, uma enxurrada de informações falsas aflitas e desorientadas. Isto se reproduz também nos números.
Enquanto atingimos no Brasil a marca quilométrica de 100 mil mortos e três milhões de casos confirmados (números redondos que consagram infelizmente a “normalização” da doença) vicejam as mais atordoantes numerologias porque todos sabemos que o pior é pior ainda que o numerado e não pode ser mascarado pelos números.
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
domingo, 9 de agosto de 2020
100 mil mortes e as idiotices de Bolsonaro
Por Altamiro Borges
No sábado (08), o Brasil superou a triste marca de 100 mil óbitos pela Covid-19. O “capetão” Jair Bolsonaro, apologista do ódio, da tortura e da morte, preferiu novamente evitar a solidariedade aos familiares e amigos. Postou apenas uma mensagem fria, anódina, nas redes sociais – com menos destaque do que suas postagens sobre o título do campeonato paulista. O presidente negacionista e fascista procura fugir do assunto. Mas ele será lembrado como o principal responsável por essa matança, como um genocida sem escrúpulos.
No sábado (08), o Brasil superou a triste marca de 100 mil óbitos pela Covid-19. O “capetão” Jair Bolsonaro, apologista do ódio, da tortura e da morte, preferiu novamente evitar a solidariedade aos familiares e amigos. Postou apenas uma mensagem fria, anódina, nas redes sociais – com menos destaque do que suas postagens sobre o título do campeonato paulista. O presidente negacionista e fascista procura fugir do assunto. Mas ele será lembrado como o principal responsável por essa matança, como um genocida sem escrúpulos.
PayPal 'comunista' bloqueia Olavo de Carvalho
Por Altamiro Borges
O filósofo de orifício Olavo de Carvalho teve sua conta bloqueada na plataforma de pagamento online PayPal na semana passada. De imediato, o guru de Bolsonaro – que usa o fantasma do comunismo para amedrontar e extorquir seus fanáticos seguidores – disparou nas redes sociais que foi vítima de uma “ação comunista”.
A multinacional PayPal é dos canais usados pelo fascista para receber pagamentos por seus cursos. A outra é a PagSeguro, do Grupo UOL – o mesmo que edita a Folha. As duas empresas foram pressionadas nos últimos dias pelo movimento Sleeping Giants-Brasil a boicotar difusores de fake news e de campanhas de ódio.
O filósofo de orifício Olavo de Carvalho teve sua conta bloqueada na plataforma de pagamento online PayPal na semana passada. De imediato, o guru de Bolsonaro – que usa o fantasma do comunismo para amedrontar e extorquir seus fanáticos seguidores – disparou nas redes sociais que foi vítima de uma “ação comunista”.
A multinacional PayPal é dos canais usados pelo fascista para receber pagamentos por seus cursos. A outra é a PagSeguro, do Grupo UOL – o mesmo que edita a Folha. As duas empresas foram pressionadas nos últimos dias pelo movimento Sleeping Giants-Brasil a boicotar difusores de fake news e de campanhas de ódio.
Bolsonaro sofre duas novas derrotas no STF
Por Altamiro Borges
O fascista Jair Bolsonaro, que já cogitou mandar tropas para fechar o Supremo Tribunal Federal – segundo relato da revista Piauí –, deve ter ficado ainda mais irritado com o Judiciário na semana passada. Ele sofreu duas novas derrotas. O Estadão destacou no título: “STF determina proteção a índios e ao Bolsa Família”.
Segundo a matéria, "em duas derrotas para o Palácio do Planalto, o STF decidiu proibir cortes no programa Bolsa Família durante a pandemia do coronavírus e obrigou o governo federal a adotar uma série de medidas para conter o avanço da Covid-19 entre os povos indígenas".
O fascista Jair Bolsonaro, que já cogitou mandar tropas para fechar o Supremo Tribunal Federal – segundo relato da revista Piauí –, deve ter ficado ainda mais irritado com o Judiciário na semana passada. Ele sofreu duas novas derrotas. O Estadão destacou no título: “STF determina proteção a índios e ao Bolsa Família”.
Segundo a matéria, "em duas derrotas para o Palácio do Planalto, o STF decidiu proibir cortes no programa Bolsa Família durante a pandemia do coronavírus e obrigou o governo federal a adotar uma série de medidas para conter o avanço da Covid-19 entre os povos indígenas".
A Amazônia arde e os túmulos proliferam
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Bolsonaro estimulou o fogo na Amazônia com as suas declarações odiosas à fiscalização do Ibama e a sua admiração selvagem aos garimpos. Bolsonaro estimulou a indiferença perante o vírus mortal, quando ironizou, dizendo que não era coveiro e quando -na sua negação doentia do perigo- disse que tudo era uma simples gripe, que não mataria mil pessoas nesta “terra desolada”. Continuou tolerado e respeitado pela mídia tradicional, pelo seu compromisso com as “reformas” destrutivas do Estado Social. Nada acontecia e nada aconteceu.
Bolsonaro estimulou o fogo na Amazônia com as suas declarações odiosas à fiscalização do Ibama e a sua admiração selvagem aos garimpos. Bolsonaro estimulou a indiferença perante o vírus mortal, quando ironizou, dizendo que não era coveiro e quando -na sua negação doentia do perigo- disse que tudo era uma simples gripe, que não mataria mil pessoas nesta “terra desolada”. Continuou tolerado e respeitado pela mídia tradicional, pelo seu compromisso com as “reformas” destrutivas do Estado Social. Nada acontecia e nada aconteceu.
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