domingo, 16 de agosto de 2020

O paradoxo Bolsonaro e o futuro

Por Marcelo Zero

Franklin Roosevelt dizia que pessoas famintas e desempregadas são o material com o qual as ditaduras são construídas.

Roosevelt sabia do que falava. Em sua época, viu a ascensão do fascismo e do nazismo na Europa ser alimentada e consolidada pela Grande Depressão.

Ressentimento, abandono, ódio e desesperança são sentimentos que podem ser facilmente explorados por propostas políticas autoritárias. Basta canalizá-los contra supostos inimigos que precisam ser duramente combatidos. Basta canalizá-los contra falsos culpados pela situação de crise.

É preciso derrubar a barreira da comunicação

Por Jair de Souza

Antes de começar a abordar as questões que me motivam a escrever este artigo, gostaria de esclarecer os significados das expressões políticas “direita” e “esquerda”, que vão estar presentes ao longo do texto

O uso dos termos “direita” e “esquerda” com conotação política surgiu a partir de um acontecimento fortuito durante o transcurso da Revolução Francesa. No recinto parlamentar da França naquele momento histórico, por mera casualidade, os representantes escolhidos para compor a Assembleia da nação ocupavam as seguintes posições no espaço físico da casa:

a) No lado direito do edifício se sentavam aqueles que estavam identificados com os interesses dos poderosos, ou seja, dos burgueses, dos grandes proprietários de terras, do alto clero e dos remanescentes da nobreza.

Brasil e EUA nunca foram tão parecidos

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:

Nunca fomos tão parecidos com os Estados Unidos.

Não da maneira que os seres humanos normais gostariam e que muitos desejaram ao longo de nossa história. Não ficamos mais próximos no nível de progresso e bem estar, no desenvolvimento da ciência, da tecnologia e das artes. Não nos tornamos semelhantes na civilidade, tolerância e respeito aos outros. Estamos lado a lado é na contabilidade de doença e morte.

Nos últimos dias, os dois países passaram praticamente juntos por barreiras numéricas que ninguém imaginava.

Os EUA atingiram a marca de cinco milhões de infectados pelo Covid-19 e 170 mil óbitos.

Datafolha não é pra lamentar; é pra reagir!

Por Antonio Barbosa Filho, em seu blog:

A pesquisa Datafolha que mostra algum crescimento na aprovação ao "governo" Jair Bolsonaro deixou parte das oposições de esquerda perplexas, quase catatônicas. O que fazer? Que povo é esse que aprova um genocida? Como derrotar o fascismo em 2022?

Todas essas indagações aparecem permeadas por profundo desânimo, que revela uma grande falta de formação político-ideológica da nossa militância, pelo menos daquela que atua na trincheira digital. Correndo o risco (calculado) de levar pauladas de muitos (as) companheiros (as) que respeito, ouso dizer que estou de saco cheio com a lamentação geral.

sábado, 15 de agosto de 2020

O ódio como política no governo Bolsonaro

Pandemia e neoliberalismo: a conta chegou

O golpe contra o direito dos autores

Queiroz: em cheque ou dinheiro vivo?

Só Guedes salva o Brasil de Bolsonaro

O dossiê contra os policiais antifascistas

Damares Alves defende suspeita de fraude

Crise econômica gera crise moral

Bolsonaro capitaliza o auxílio emergencial

Por que 100 mil mortes não espantam?

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

A mídia alternativa no combate às fake news

O Brasil em tempos de pandemia

Números e fantasias em torno do Datafolha

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

1- Na soma geral, Bolsonaro foi avaliado como "bom e ótimo" por 37% da população.

Recebeu "ruim e péssimo" de 34%.

Uma diferença irrisória, quando se recorda que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para cima ou para baixo.

2. Bolsonaro segue um dos piores presidentes desde a democratização. Após 18 meses de mandato, sua avaliação só é um pouco menos ruim que a de Fernando Collor - aquele que tungou a poupança e foi expulso do Planalto dois anos depois da posse.

Ceifadores e gastadores

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Em sua edição de 4 de agosto, o jornal Valor informa que “ministros tentam convencer Bolsonaro a ampliar gasto fora do teto. A necessidade de acelerar a retomada econômica deu força novamente à tese da ala do governo que defende a participação do Estado para gerar empregos, retomar obras paradas e estimular a atividade econômica”.

O recado claro da Renault do Paraná

Foto: Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba
Por João Guilherme Vargas Netto

Não é coincidência; é causa e efeito.

No mesmo dia em que os metalúrgicos da Renault voltaram ao trabalho depois de três semanas de greve vitoriosa em que a empresa foi obrigada a desfazer as 747 demissões, a GM negociou com o sindicato dos metalúrgicos de São Caetano um plano de lay-off e suspensão de contratos até março e um PDV no qual até um carro novo entrava como chamariz. Mas não demitiu.

A disposição das montadoras não era esta em junho quando a Nissan demitiu 398 trabalhadores em Resende e o presidente da Anfavea declarou que “o emprego está em risco sim”.

Juíza racista e o racismo do “senso comum”

Por Fernando Brito, em seu blog:

A juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba, que virou polêmica nacional por ter dito que um dos réus num caso de roubos no centro daquela cidade, era “seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta”, desculpou-se dizendo que não queria escrever o que escreveu.

Um juiz, pelo seu dever de prudência, jamais poderia ter feito o que nenhuma pessoa poderia fazer.