sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Mídia empresarial e suas cláusulas pétreas

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Conjuntura não é coisa fácil de lidar. Provoca tombos, escorregões, arranhões, contusões. Escapar de tudo isso, não é simples. Quase impossível. Viver é arriscoso, analisar conjuntura também. Para redução de danos, aconselha-se não só a leitura dos mais próximos, como dos mais antigos. É de Gramsci o conselho de saber distinguir os chamados movimentos orgânicos, relativamente permanentes, dos considerados movimentos de conjuntura.

Governo federal penaliza agricultura familiar

Foto: Jonas Santos
Por Elaine Tavares, no site Correio da Cidadania:

Quando se fala em agro­ne­gócio no Brasil, a ten­dência é pensar que esse é um setor que produz comida, mas isso é uma meia ver­dade. O setor agrí­cola com­porta cerca de quatro mi­lhões de propriedades ru­rais e a mai­oria delas, 84,4%, é co­man­dada pela agri­cul­tura fa­mi­liar. Só que no conjunto das pro­pri­e­dades, esses 84% re­pre­sentam apenas 24% da área ocu­pada para a agro­pe­cuária. Isso dá conta do imenso abismo que existe entre o la­ti­fúndio e a pe­quena pro­pri­e­dade fa­mi­liar, que é a que efe­ti­va­mente produz a co­mida que está na mesa do bra­si­leiro. As grandes pro­pri­e­dades, em torno de 16%, ge­ral­mente pro­duzem para ex­por­tação.

Passar a boiada contra os trabalhadores

Por João Guilherme Vargas Netto


As direções sindicais devem persistir na luta pelos 600 reais pagos até dezembro com todas as parcelas devidas e apostar que “mil Janones floresçam”, criando um clamor nacional favorável ao pagamento que modifique no Congresso Nacional a MP 1.000 (que corta pela metade o valor e poda os beneficiários).

Esta persistência contrariaria o absurdo de deixar o governo passar a boiada sem que a opinião pública, sem que os dirigentes partidários, sem que a maioria dos deputados e senadores se revoltem contra a insensibilidade fiscalista da dupla Bolsonaro-Guedes com as aflições emergenciais do povo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Quais narrativas queremos disputar?

Mídia comercial turbinou ultradireita no país

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


Apesar de diferenças nas linhas editoriais, especialmente quanto aos costumes e comportamento, o oligopólio midiático, unificado pela agenda econômica ultraliberal, não pode fugir da responsabilidade de ter parido o monstro bolsonarista. “Quando a esquerda passou a ganhar eleições, a mídia se encarregou de cumprir o papel da oposição”, explica Renata Mielli, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Wilson Witzel e a crise no Rio de Janeiro

Despejos continuam durante a pandemia

Em defesa dos livros

"Vala de Perus: Uma Biografia"

Um 'bolsominion' investigará as rachadinhas?

Por Fernando Brito, em seu blog:

Fernanda Alves, em O Globo, mostra o nome e o retrato do que realmente importa no afastamento de Wilson Witzel do Governo do Estado.

Está lá o procurador Marcelo Rocha Monteiro, de “arminha”, “pixuleco” e camiseta “Bolsonaro Presidente”, prontinho para ser escolhido para o cargo de Procurador Geral de Justiça do Estado e responsável maior pelo inquérito que apura as “rachadinhas” de Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro.

Do jeito que se tornou elitista e reacionária a corporação, devidamente cevada por salários que a colocam numa pretensa elite, não será difícil que ele consiga ficar com umas três vagas na lista que será levada a Cláudio Castro, o vice-governador que caiu no colo de Jair Bolsonaro para “encher de porrada” as investigações sobre o caso.

A redução perversa do auxílio emergencial

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

Não, leitor, você não leu errado. Embora pareça uma afirmação descabida – no nosso imaginário econômico tão profundamente marcado pela metáfora da família que não pode gastar mais do que ganha – a frase que dá título à essa coluna é facilmente verificada a partir da análise do comportamento das principais variáveis macroeconômicas.

Dallagnol deixa legado de abusos e crimes


Para o professor da faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) e integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Rogério Dultra dos Santos, o procurador Deltan Dallagnol abandonou o comando da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, porque “a maré virou”.

Em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual, nesta quarta-feira (2), Dultra avaliou que a Lava Jato não exerce mais a “liderança moral” de outrora sobre os rumos da política no país. Apesar de Dallagnol ainda contar com uma “blindagem” capaz de evitar a abertura de processos administrativos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

A reforma administrativa de Bolsonaro-Guedes

Editorial do site Vermelho:

A proposta de reforma administrativa entregue pelo governo ao Congresso Nacional é mais um ato do bolsonarismo contra o Estado. A peça é um amontoado de normas para desidratar os serviços públicos, um conjunto de medidas para suprimir cargos, reduzir salários, cortar benefícios e desqualificar as funções dos servidores. Como tem afirmado o ministro da Economia, Paulo Guedes, o objetivo é “economizar” recursos para o seu “ajuste fiscal”.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Mídia se cala diante de censura ao GGN

Bolsonaro e Congresso protegem super-ricos

Por Jeferson Miola, em seu blog:
                                     

No mundo inteiro governos nacionais criam mecanismos e políticas públicas para proteger as empresas – principalmente as micro e pequenas –, os empregos e os salários dos trabalhadores ante os efeitos da pandemia.

Nem mesmo os neoliberais desconhecem hoje a necessidade de intervenção do Estado e dos Bancos Centrais com medidas anticíclicas para contra-arrestar os efeitos tenebrosos da pandemia nas economias, nas sociedades e nas vidas das pessoas.

Quanto custa a Bolsonaro subir uns pontinhos

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:


Nos últimos dias, saíram duas pesquisas que trataram da avaliação de Bolsonaro, uma XP/Ipespe e outra do Datafolha. A primeira explicitamente contratada por uma empresa do mercado financeiro, a outra mandada fazer pelo proprietário do instituto, o jornal Folha de São Paulo, que estabelece a hora de realizar pesquisas de acordo com critérios indecifráveis.

A segunda teve um impacto forte. Afinal, o Datafolha se tornou, de uns anos para cá, uma espécie de instituto oficial da grande imprensa brasileira, a quem todos os conglomerados de mídia delegaram a função de pesquisar. O sistema Globo e até o concorrente direto da Folha no mercado paulista, O Estado de São Paulo, desistiram de concorrer no segmento.

Brasil sofre com ativismo judicial

Saímos de casa. E agora?

Governo quer orçamento desastroso para 2021

Como o jornalismo matou Chico Mendes