segunda-feira, 12 de outubro de 2020
O terrorismo midiático na eleição boliviana
“Estamos na reta final das eleições um ano após termos não só sofrido um golpe de Estado, senão o roubo do nosso voto, o desrespeito ao voto majoritário do povo boliviano, já que o informe da Organização dos Estados Americanos (OEA) nunca demonstrou nenhuma fraude. Na realidade, a guerra suja e o terrorismo midiático foi parte fundamental para induzir a uma convulsão social, em uma fase prévia às eleições onde aplicaram uma estratégia de desgaste cotidiano, de sabotagem, conspiração e manipulação da informação”.
A afirmação é de Dolores Arce, ex-diretora-executiva do Centro de Produções Radiofônicas da Bolívia (Cepra) e ex-chefe das Rádios dos Povos Originários (RPOs) – vinculadas ao Ministério da Comunicação, em entrevista exclusiva, nesta quinta-feira, na sede da Federação de Mulheres Bartolina Sisa de Cochabamba.
Bolsonaro: governo mais corrupto da história
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Corrupção: “Ação ou efeito de adulterar o conteúdo original de algo. Ação ou resultado de subornar, de oferecer dinheiro a uma ou várias pessoas, buscando obter algo em benefício próprio ou em nome de outra pessoa; suborno.” (Dicionário Online de Português)
Quando Bolsonaro afirma que a Lava Jato acabou porque em seu governo não há corrupção, ele, no afã de proteger os políticos do Centrão e seus filhos encalacrados na justiça, para variar, sabota a verdade factual e exerce sua monumental ignorância. Tudo de olho na eleição de 2022.
Tirante a piada de mau gosto segundo a qual o bolsonarismo é impermeável à corrupção - Queiróz, cheques para a primeira-dama, coleção de imóveis da família comprado com dinheiro vivo, promiscuidade com milicianos, rachadinhas e patrimônio do clã muito além de sua renda que o digam -, é possível listar sem esforço dez motivos que atestam que o governo Bolsonaro é o mais corrupto da história do Brasil.
Neonazistas da Grécia, Alemanha e... Brasil
Por Altamiro Borges
Na quarta-feira passada (7), a Justiça da Grécia declarou o partido neonazista “Amanhecer Dourado” como “organização criminosa” e indicou que seus líderes serão condenados a penas severas de prisão. A sentença, considerada histórica, foi comemorada por mais de 15 mil pessoas diante do Palácio de Justiça, em Atenas.
Segundo relato da agência de notícias France-Presse (AFP), o processo judicial durou mais de cinco anos e foi descrito pelo promotor Thanassis Kambagiannis como “o maior julgamento de criminosos fascistas desde Nuremberg” – o famoso tribunal que condenou os líderes sanguinários da Alemanha hitlerista.
Na quarta-feira passada (7), a Justiça da Grécia declarou o partido neonazista “Amanhecer Dourado” como “organização criminosa” e indicou que seus líderes serão condenados a penas severas de prisão. A sentença, considerada histórica, foi comemorada por mais de 15 mil pessoas diante do Palácio de Justiça, em Atenas.
Segundo relato da agência de notícias France-Presse (AFP), o processo judicial durou mais de cinco anos e foi descrito pelo promotor Thanassis Kambagiannis como “o maior julgamento de criminosos fascistas desde Nuremberg” – o famoso tribunal que condenou os líderes sanguinários da Alemanha hitlerista.
domingo, 11 de outubro de 2020
A tragédia do fim do auxílio emergencial
Por Altamiro Borges
"Em cenário considerado otimista, o Brasil ampliará em cerca de 16 milhões o total de pessoas consideradas pobres quando o auxílio emergencial pago aos mais vulneráveis terminar, no fim de 2020", informa a Folha, com base em projeções da FGV-Social. A desgraceira social, porém, deverá ser ainda bem maior.
"Esse contingente de 'novos pobres' ampliará para quase um terço os brasileiros que passarão a viver com menos de R$ 522,50 ao mês. O valor representa menos de meio salário mínimo e cerca de US$ 3 ao dia", aponta o jornal. Apesar da crônica da tragédia anunciada, Jair Bolsonaro já anunciou o fim do benefício.
"Em cenário considerado otimista, o Brasil ampliará em cerca de 16 milhões o total de pessoas consideradas pobres quando o auxílio emergencial pago aos mais vulneráveis terminar, no fim de 2020", informa a Folha, com base em projeções da FGV-Social. A desgraceira social, porém, deverá ser ainda bem maior.
"Esse contingente de 'novos pobres' ampliará para quase um terço os brasileiros que passarão a viver com menos de R$ 522,50 ao mês. O valor representa menos de meio salário mínimo e cerca de US$ 3 ao dia", aponta o jornal. Apesar da crônica da tragédia anunciada, Jair Bolsonaro já anunciou o fim do benefício.
A opção preferencial pela inteligência
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
Os debates em torno da eleição que se aproxima parecem confirmar os piores diagnósticos sobre nosso tempo: há uma sedução pela superficialidade, para não dizer pela burrice.
De nada adianta acusar o governo Bolsonaro e tudo que ele representa de negacionista, terraplanista, ignorante e inimigo da ciência e do conhecimento, se na hora de reagir os métodos são os mesmos. Tanto internamente como em relação aos eleitores, as forças progressistas vêm batendo no peito três vezes para assumir sua dificuldade em ocupar os territórios reais e imaginários da extrema direita.
Sempre acusada de não fazer autocrítica, as esquerdas agora aceitam se culpar pelo seu eventual fracasso eleitoral, elegendo alguns repertórios questionáveis como o judas de seus perrengues.
De nada adianta acusar o governo Bolsonaro e tudo que ele representa de negacionista, terraplanista, ignorante e inimigo da ciência e do conhecimento, se na hora de reagir os métodos são os mesmos. Tanto internamente como em relação aos eleitores, as forças progressistas vêm batendo no peito três vezes para assumir sua dificuldade em ocupar os territórios reais e imaginários da extrema direita.
Sempre acusada de não fazer autocrítica, as esquerdas agora aceitam se culpar pelo seu eventual fracasso eleitoral, elegendo alguns repertórios questionáveis como o judas de seus perrengues.
Reforma trabalhista 'enquadra' Judiciário
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
Em um mercado historicamente desestruturado, a “reforma” trabalhista de 2017 agravou os problemas, aumentou a insegurança e restringiu a ação do Judiciário. A análise é do professor José Dari Krein, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que na manhã desta quinta-feira (8) participou de painel do 20ª Congresso Nacional de Direito do Trabalho e Processual do Trabalho, promovido pelo Tribunal (TRT) da 15ª Região, no interior paulista. O tema do evento, que vai até amanhã, é a “Humanização nas Relações do Trabalho”. Confira aqui o link para inscrição e informações.
Bolsonaro e as trágicas marcas da pandemia
Editorial do site Vermelho:
O presidente Jair Bolsonaro ignora e naturaliza as trágicas marcas de 5 milhões de pessoas infectadas pela Covid-19 e de 150 mil mortos. Enquanto as famílias enlutadas enfrentam a perda de entes queridos, o presidente se move unicamente obcecado pelo seu ambicioso projeto de reeleição. Faz da Presidência da República uma espécie de comitê de campanha antecipada, visando o pleito de 2022, ignorando os problemas da nação.
O presidente Jair Bolsonaro ignora e naturaliza as trágicas marcas de 5 milhões de pessoas infectadas pela Covid-19 e de 150 mil mortos. Enquanto as famílias enlutadas enfrentam a perda de entes queridos, o presidente se move unicamente obcecado pelo seu ambicioso projeto de reeleição. Faz da Presidência da República uma espécie de comitê de campanha antecipada, visando o pleito de 2022, ignorando os problemas da nação.
'Boi Bombeiro' e o gado bolsonarista
Por Fernando Brito, em seu blog:
A defesa feita hoje pela Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, de que é a “queda” no tamanho dos rebanhos bovinos na região do Pantanal uma das responsáveis pelo recorde de incêndios naquele bioma, pois bois e vacas estariam deixando de “podar” o capim e, assim, facilitando a ignição da palha seca é mais uma das bobagens criadas pelo bolsonarismo, sem qualquer base científica, para procurar justificar a predação ambiental em nome da atividade econômica.
A defesa feita hoje pela Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, de que é a “queda” no tamanho dos rebanhos bovinos na região do Pantanal uma das responsáveis pelo recorde de incêndios naquele bioma, pois bois e vacas estariam deixando de “podar” o capim e, assim, facilitando a ignição da palha seca é mais uma das bobagens criadas pelo bolsonarismo, sem qualquer base científica, para procurar justificar a predação ambiental em nome da atividade econômica.
O STF e a nomeação de reitores
Por Luis Felipe Miguel
Sobre a decisão em curso no STF, relativa à nomeação de reitores: a Folha de S. Paulo, que não julgou necessário noticiar o assunto, ainda assim deu espaço para o petardo de um questionável deputado bolsonarista, dizendo que "Fachin, eleito por ninguém, legisla".
Sobre a decisão em curso no STF, relativa à nomeação de reitores: a Folha de S. Paulo, que não julgou necessário noticiar o assunto, ainda assim deu espaço para o petardo de um questionável deputado bolsonarista, dizendo que "Fachin, eleito por ninguém, legisla".
A usurpação de funções legislativas pelo Judiciário é, de fato um grave problema, mesmo quando as medidas são mais progressistas do que aquelas que o Congresso tomaria. Fere o princípio da soberania popular - não que ele valha um tostão furado no Brasil.
Os tempos que virão e os ventos que soprarão
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Não ouviremos mais a voz do ministro Celso de Mello nas sessões do STF, especialmente firme quando ele exaltava o primado da Constituição e da democracia, a sujeição de todos ao rigor da lei e a independência do Judiciário.
Nesta quinta-feira ele despediu-se da corte onde passou 31 anos, com o longo voto em defesa de sua determinação para que o presidente da República preste depoimento presdencial sobre o caso Moro.
A sessão ainda transcorre quando escrevo mas o que quero destacar são as palavras graves que disse na quarta-feira, ao receber homenagem dos colegas em sessão virtual.
Não ouviremos mais a voz do ministro Celso de Mello nas sessões do STF, especialmente firme quando ele exaltava o primado da Constituição e da democracia, a sujeição de todos ao rigor da lei e a independência do Judiciário.
Nesta quinta-feira ele despediu-se da corte onde passou 31 anos, com o longo voto em defesa de sua determinação para que o presidente da República preste depoimento presdencial sobre o caso Moro.
A sessão ainda transcorre quando escrevo mas o que quero destacar são as palavras graves que disse na quarta-feira, ao receber homenagem dos colegas em sessão virtual.
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