sexta-feira, 6 de novembro de 2020
Araújo e Salles, bodes da derrota de Trump
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Antes mesmo da cena final do dramalhão eleitoral norte-americano Jair Bolsonaro já começou a transfigurar-se.
“Trump não é a pessoa mais importante do mundo”. Podia ter encontrado uma frase melhor para dizer que os interesses brasileiros devem sobrepor-se a seu amor pelo republicano, mas seria pedir muito.
No poder bolsonarista, os aliados políticos conservadores do Centrão e os militares são os que mais torcem pela vitória de Joe Baden, mas não porque prefiram o Partido Democrata.
Eles acham com Trump derrotado, e depois de ter ido tão longe em seu alinhamento, será mais fácil convencer Bolsonaro a mudar a política externa, avançar no pragmatismo interno e reduzir a influência da ala ideológica. E na prática isso significaria, para começar, a substituição do chanceler Ernesto Araújo e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Antes mesmo da cena final do dramalhão eleitoral norte-americano Jair Bolsonaro já começou a transfigurar-se.
“Trump não é a pessoa mais importante do mundo”. Podia ter encontrado uma frase melhor para dizer que os interesses brasileiros devem sobrepor-se a seu amor pelo republicano, mas seria pedir muito.
No poder bolsonarista, os aliados políticos conservadores do Centrão e os militares são os que mais torcem pela vitória de Joe Baden, mas não porque prefiram o Partido Democrata.
Eles acham com Trump derrotado, e depois de ter ido tão longe em seu alinhamento, será mais fácil convencer Bolsonaro a mudar a política externa, avançar no pragmatismo interno e reduzir a influência da ala ideológica. E na prática isso significaria, para começar, a substituição do chanceler Ernesto Araújo e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O encontro de Marighella e Antonio Candido
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:
Às vezes, nos perguntam se não queremos esquecer tudo aquilo. E em nome do que o faríamos? E quem disse ser possível?
O terror daqueles 21 anos de ditadura não pode ser esquecido.
Há até quem deseje o esquecimento.
E luta e luta e o terror o revisita, de um jeito ou de outro.
Em nossos corpos, em nossos espíritos, estão marcas cravadas para sempre. As feridas não cicatrizam, e volta e meia sangram.
Às vezes, nos perguntam se não queremos esquecer tudo aquilo. E em nome do que o faríamos? E quem disse ser possível?
O terror daqueles 21 anos de ditadura não pode ser esquecido.
Há até quem deseje o esquecimento.
E luta e luta e o terror o revisita, de um jeito ou de outro.
Em nossos corpos, em nossos espíritos, estão marcas cravadas para sempre. As feridas não cicatrizam, e volta e meia sangram.
Eleições EUA: Um mito desmoralizado
Por Wevergton Brito Lima, no site Internacionalismo-21:
Muitos analistas anteciparam o que estamos vivendo agora: Trump declararia vitória durante a madrugada e tentaria, via Suprema Corte, onde tem confortável maioria de juízes ultraconservadores, impedir a contagem dos mais de 60 milhões de votos pelo correio que, segundo apontam pesquisas, são majoritariamente pró Biden. “Queremos que todas as votações parem”, declarou textualmente, na madrugada desta quarta-feira (4), Donald Trump.
Muitos analistas anteciparam o que estamos vivendo agora: Trump declararia vitória durante a madrugada e tentaria, via Suprema Corte, onde tem confortável maioria de juízes ultraconservadores, impedir a contagem dos mais de 60 milhões de votos pelo correio que, segundo apontam pesquisas, são majoritariamente pró Biden. “Queremos que todas as votações parem”, declarou textualmente, na madrugada desta quarta-feira (4), Donald Trump.
O que significa o Banco Central independente?
Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:
Nessa semana o Senado Federal brasileiro aprovou dois projetos importantes que tratam da função do Banco Central e da política monetária de forma geral. O primeiro deles versa sobre a proposta de independência do Banco Central do Brasil – que exerce a função de banco dos bancos – e foi apresentado pelo Senador Plínio Valério, do PSDB.
Para comentar esse fato trago à baila a grande economista Maria da Conceição Tavares, que – em uma edição do programa Roda Viva – foi questionada sobre o que ela pensava da proposta de independência do Banco Central. Tavares devolveu a pergunta de forma categórica: independência de quem?
Para comentar esse fato trago à baila a grande economista Maria da Conceição Tavares, que – em uma edição do programa Roda Viva – foi questionada sobre o que ela pensava da proposta de independência do Banco Central. Tavares devolveu a pergunta de forma categórica: independência de quem?
Bolsonaro escancara vassalagem a Trump
Editorial do site Vermelho:
Diante do impasse que envolve as eleições presidenciais dos Estados Unidos, cujos resultados estão sendo judicializados por Donald Trump, no Brasil o presidente Jair Bolsonaro, seu chanceler e seu clã aprofundam a conduta que rompe com as melhores tradições da diplomacia brasileira, expondo desnecessariamente a riscos os interesses do Brasil. Mesmo com o resultado pendente, Bolsonaro e seu entorno seguem demonstrando total preferência a um dos lados da disputa.
Diante do impasse que envolve as eleições presidenciais dos Estados Unidos, cujos resultados estão sendo judicializados por Donald Trump, no Brasil o presidente Jair Bolsonaro, seu chanceler e seu clã aprofundam a conduta que rompe com as melhores tradições da diplomacia brasileira, expondo desnecessariamente a riscos os interesses do Brasil. Mesmo com o resultado pendente, Bolsonaro e seu entorno seguem demonstrando total preferência a um dos lados da disputa.
Witzel é despejado do Palácio das Laranjeiras
Por Altamiro Borges
Eleito na cavalgada bolsonarista de 2018, o oportunista e "outsider" Wilson Witzel acaba de levar mais um "tiro na cabecinha". O Tribunal Especial Misto, responsável por analisar o processo de impeachment do governador do Rio de Janeiro, decidiu finalmente despejá-lo do luxuoso Palácio Laranjeiras.
Segundo a agência Estadão, "o governador afastado terá de deixar o Palácio Laranjeiras, em Laranjeiras, na zona sul, que é a sede oficial do governo e onde Witzel mora com a mulher e três filhos. A ordem para que deixe o imóvel foi decidida nesta quinta-feira". O defenestrado tem 15 dias para cumprir a decisão.
Eleito na cavalgada bolsonarista de 2018, o oportunista e "outsider" Wilson Witzel acaba de levar mais um "tiro na cabecinha". O Tribunal Especial Misto, responsável por analisar o processo de impeachment do governador do Rio de Janeiro, decidiu finalmente despejá-lo do luxuoso Palácio Laranjeiras.
Segundo a agência Estadão, "o governador afastado terá de deixar o Palácio Laranjeiras, em Laranjeiras, na zona sul, que é a sede oficial do governo e onde Witzel mora com a mulher e três filhos. A ordem para que deixe o imóvel foi decidida nesta quinta-feira". O defenestrado tem 15 dias para cumprir a decisão.
Russomanno, o bolsonarista, segue em queda
Por Altamiro Borges
O candidato do "capetão" Jair Bolsonaro na capital paulista, o midiático bravateiro Celso Russomanno, segue afundando. Pesquisa Datafolha feita nos dias 3 e 4 de novembro mostra que o queridinho da TV Record e da Igreja Universal (Iurd) perdeu quatro pontos, de 20% para 16%, e agora está embolado no segundo lugar.
Segundo a síntese publicada pela Folha tucana, "o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), se isolou na dianteira da corrida eleitoral na cidade, enquanto o deputado Celso Russomanno (Republicanos) agora empata na segunda colocação com Guilherme Boulos (PSOL) e o ex-governador Márcio França (PSB)".
O candidato do "capetão" Jair Bolsonaro na capital paulista, o midiático bravateiro Celso Russomanno, segue afundando. Pesquisa Datafolha feita nos dias 3 e 4 de novembro mostra que o queridinho da TV Record e da Igreja Universal (Iurd) perdeu quatro pontos, de 20% para 16%, e agora está embolado no segundo lugar.
Segundo a síntese publicada pela Folha tucana, "o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), se isolou na dianteira da corrida eleitoral na cidade, enquanto o deputado Celso Russomanno (Republicanos) agora empata na segunda colocação com Guilherme Boulos (PSOL) e o ex-governador Márcio França (PSB)".
Flávio Rachadinha é destaque na mídia mundial
Por Altamiro Borges
O senador Flávio Bolsonaro, o filhote 01 do presidente-capitão, finalmente virou destaque na imprensa estrangeira. Denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Flávio Rachadinha – como é apelidado carinhosamente – chegou às páginas dos principais jornais da Europa e EUA.
O britânico Financial Times, por exemplo, afirmou que as denúncias contra o pimpolho mais velho “ameaça enredar o líder do país”. Já o estadunidense New York Times registrou que o caso abala uma das principais promessas de campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018, a de “erradicar” a corrupção.
O senador Flávio Bolsonaro, o filhote 01 do presidente-capitão, finalmente virou destaque na imprensa estrangeira. Denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Flávio Rachadinha – como é apelidado carinhosamente – chegou às páginas dos principais jornais da Europa e EUA.
O britânico Financial Times, por exemplo, afirmou que as denúncias contra o pimpolho mais velho “ameaça enredar o líder do país”. Já o estadunidense New York Times registrou que o caso abala uma das principais promessas de campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018, a de “erradicar” a corrupção.
“Apóstolo” Valdemiro tem bens penhorados
Por Altamiro Borges
O site UOL informa que "a Justiça de São Paulo decretou nova penhora nas contas bancárias do apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus. É a segunda medida judicial determinada neste ano sobre as contas do apóstolo em razão de dívidas não pagas pela igreja".
O apóstolo-picareta, amigão de Jair Bolsonaro, dizia possuir a cura para a Covid-19, mas se deu mal na crise. Segundo o site, Valdemiro Santiago "alega ter sofrido uma queda enorme na arrecadação dos dízimos dos fiéis na pandemia do coronavírus".
O site UOL informa que "a Justiça de São Paulo decretou nova penhora nas contas bancárias do apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus. É a segunda medida judicial determinada neste ano sobre as contas do apóstolo em razão de dívidas não pagas pela igreja".
O apóstolo-picareta, amigão de Jair Bolsonaro, dizia possuir a cura para a Covid-19, mas se deu mal na crise. Segundo o site, Valdemiro Santiago "alega ter sofrido uma queda enorme na arrecadação dos dízimos dos fiéis na pandemia do coronavírus".
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
TSE vai cassar a chapa Bolsonaro-Mourão?
Por Altamiro Borges
Notinha da revista Época informa que “o corregedor eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, liberou nesta quarta-feira (4) para a pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ação que pede a cassação da chapa presidencial de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. A definição de uma data dependerá de Luís Roberto Barroso”.
Notinha da revista Época informa que “o corregedor eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, liberou nesta quarta-feira (4) para a pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ação que pede a cassação da chapa presidencial de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. A definição de uma data dependerá de Luís Roberto Barroso”.
O mito da independência do Banco Central
Por Rafael da Silva Barbosa, no site Brasil Debate:
A ideologia do liberalismo é constituída de grandes mitos. O primeiro deles é a própria nomenclatura, pois a palavra “liberalismo” presente nesta corrente se refere à liberdade para os grandes donos da riqueza e do dinheiro, ou seja, a corrente ideológica em questão prega essencialmente o liberalismo econômico, muito distante do liberalismo social e jurídico. E mesmo em termos econômicos, os ditos “liberais” não advogam em favor da liberdade econômica para os trabalhadores, micro e pequenos empresários ou para grande maioria da população. Basta lembrar que este mesmo liberalismo defendeu por longos séculos a escravidão (racismo) colonial como forma de manutenção das liberdades dos proprietários da terra (saqueada violentamente pelo colonizador) e da renda (exploração do trabalho escravo).
A ideologia do liberalismo é constituída de grandes mitos. O primeiro deles é a própria nomenclatura, pois a palavra “liberalismo” presente nesta corrente se refere à liberdade para os grandes donos da riqueza e do dinheiro, ou seja, a corrente ideológica em questão prega essencialmente o liberalismo econômico, muito distante do liberalismo social e jurídico. E mesmo em termos econômicos, os ditos “liberais” não advogam em favor da liberdade econômica para os trabalhadores, micro e pequenos empresários ou para grande maioria da população. Basta lembrar que este mesmo liberalismo defendeu por longos séculos a escravidão (racismo) colonial como forma de manutenção das liberdades dos proprietários da terra (saqueada violentamente pelo colonizador) e da renda (exploração do trabalho escravo).
Fora das manchetes: mortes por coronavírus
Por Fernando Brito, em seu blog:
Enquanto acompanha, a toda hora, a lenta contagem de votos nos Estados Unidos, o mundo não está prestando a atenção que deveria no que já se configura numa nova onda mundial da Covid-19 que já ultrapassou o volume da primeira, com mais casos e mais mortes em todo o planeta.
Ontem, segundo o acompanhamento da Universidade John Hopkins (gráficos acima) foi o dia com maior registro de novos infecções e novas mortes provocadas pelo vírus: 685 mil, com quase 11,5 mil óbitos.
Ontem, segundo o acompanhamento da Universidade John Hopkins (gráficos acima) foi o dia com maior registro de novos infecções e novas mortes provocadas pelo vírus: 685 mil, com quase 11,5 mil óbitos.
Limbo das boas intenções
Por João Guilherme Vargas Netto
Agora que o Congresso Nacional derrubou, com amplas maiorias na Câmara e no Senado virtuais, o veto do presidente da República à desoneração das folhas de pagamento por mais um ano é preciso que o movimento sindical persevere na luta para conquistar contrapartidas aos trabalhadores decorrentes das vantagens fiscais garantidas às empresas.
Agora que o Congresso Nacional derrubou, com amplas maiorias na Câmara e no Senado virtuais, o veto do presidente da República à desoneração das folhas de pagamento por mais um ano é preciso que o movimento sindical persevere na luta para conquistar contrapartidas aos trabalhadores decorrentes das vantagens fiscais garantidas às empresas.
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