quarta-feira, 11 de novembro de 2020
“Maricas”, “pólvora” e o piriri presidencial
Por Altamiro Borges
A derrota de Donald Trump abalou Jair Bolsonaro. O vira-lata
sarnento parece que caiu de um caminhão de mudança. Ele também pode estar desajustado em função do cerco policial ao seu filhote 01, o Flávio
Rachadinha. Em poucas horas, o insano disparou seu piriri
verborrágico de forma descontrolada.
Em discurso no Palácio do Planalto, o genocida disparou:
"Todos nós vamos morrer um dia, tem que deixar de ser um país de
maricas". O total desprezo às vítimas da pandemia da Covid-19, que já
matou 162 mil pessoas no Brasil, só confirma que o sujeito é um psicopata.
terça-feira, 10 de novembro de 2020
As baixarias na reta final das eleições
De nada adiantou o apoio de Jair Bolsonaro, da Record e da Igreja
Universal do Reino de Deus (Iurd). O frágil Celso Russomanno desintegrou de vez
e tende a ficar de fora do segundo turno. Entre a primeira pesquisa Ibope e a
divulgada nesta segunda-feira (9), o bravateiro midiático caiu de 26% para 12% das intenções de voto.
O líder popular Guilherme Boulos (PSOL) ultrapassou o
bolsonarista e aumentou as chances de ir ao segundo turno. Na foto do Ibope, o
tucano Bruno Covas está com 32%; Boulos com 13%; Russomanno despencou para 12%;
Márcio França (PSB) aparece com 10%; e Jilmar Tatto (PT) tem 6%. O jogo ainda
está indefinido.
ONGs e o avanço da fascistização na Amazônia
Por Altamiro Borges
Enquanto Jair Bolsonaro segue com sua diarreia verbal, o que
acaba tendo um efeito diversionista na política, o processo de fascistização do
Brasil avança. O jornal Estadão informa que "o governo federal planeja
formas de estabelecer controle sobre as organizações não governamentais (ONGs) que
atuam na Amazônia".
Segundo a matéria, "por meio de um marco regulatório, a
proposta é ter o 'controle' de 100% das entidades na região até 2022 e inclui
limitar entidades que, na avaliação do Executivo, violam 'interesses
nacionais'". O plano foi elaborado pelo Conselho Nacional da Amazônia
Legal.
Brasil cai da 9ª para 12ª economia no mundo
O jornal Valor informa que o "Brasil deve deixar em 2020 de ser uma das dez maiores economias do mundo”. O fascista Jair Bolsonaro, que foi chocado pela cloaca burguesa e é funcional aos seus interesses mesquinhos e imediatos, está conduzindo o país para o desastre econômico.
Segundo o jornal, que é dedicado à "elite" empresarial, "com a desvalorização do real e a redução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o tamanho da economia do país em dólares vai sofrer forte queda neste ano e sair do seleto grupo das dez maiores do planeta, de acordo com dados do FMI compilados pela FGV".
Bolsonaro, o aliado do coronavírus
A pronta reação de amplos segmentos políticos e sociais à comemoração de Jair Bolsonaro pela morte de um voluntário dos testes da vacina Coronavac é absolutamente reveladora da sua irresponsabilidade como presidente da República. De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o caso nada tem a ver com a vacina. O gesto desrespeitoso Bolsonaro põe as suas pretensões políticas e convicções ideológicas acima de tudo e de todos, sem dar a mínima importância à vida dos brasileiros.
O que se pode esperar do governo Biden?
Charge: Allan McDonald/EUA |
A vitória dos democratas nos Estados Unidos precisa ser avaliada pelo ângulo da espetacular derrota de Trump que deve ser comemorada. É verdade que a agenda democrata e o discurso de Biden, a se confirmar, retomarão políticas enterradas sem solenidades por Trump como a climática-ambiental. Mas políticas afirmativas em relação ao racismo, à imigração e à saúde ainda são promessas, apesar do compromisso assumido, e precisarão passar pelo Congresso e Suprema Corte.
EUA: o neofascismo perde seu farol
Charge: Luc Vernimmen/Bélgica |
Na recente eleição nos EUA, muito mais importante do que a vitória de Joe Biden foi a derrota de Donald Trump. Por um motivo evidente: o impacto desse evento, tanto no plano mundial quanto na América Latina, em especial no Brasil, se fará sentir em todos os âmbitos das sociedades (na economia, na política, na cultura etc).
A Lava-Jato e a crise peruana
O Congresso peruano afastou ontem presidente Martín Vizcarra (2018-2020) por meio de um impeachment express. Vizcarra havia assumido a presidência do país após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynsky (PPK), que fora eleito em 2016. A queda de PPK foi consequência direta da Operação Lava Jato e encerrou o ciclo de estabilidade política combinada com crescimento econômico no Peru.
Entre 2002 e 2013, período que coincide com o superciclo das commodities, o Peru foi o país que apresentou maior crescimento econômico da América Latina, com média anual superior a 6% Nesse período, a pobreza foi reduzida pela metade e a pobreza extrema a um terço. Nos últimos, porém, o ritmo de crescimento diminuiu. Se em 2015, havia crescido 4,8%, ano passado ficou abaixo dos 2%.
Eleição eletrizante em SP e Porto Alegre
A reta final da eleição em São Paulo e Porto Alegre está eletrizante, e reserva fortes emoções na abertura das urnas no próximo domingo, 15 de novembro.
De acordo com pesquisa Ibope de 9/11, na capital paulista o candidato bolsonarista Russomanno é cada vez mais Russomanno, e dissolve como sonrisal n’água.
Boulos/PSOL “subiu parado”. Mesmo repetindo o percentual do levantamento de 30/10, assumiu o 2º lugar de Russomanno na competição.
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
Apagão no Amapá pode adiar as eleições
Por Altamiro Borges
A privatização do setor elétrico segue causando transtornos
no Amapá. Neste fim de semana, segundo relato do jornal Estadão, ocorreram
protestos em várias localidades que estão sem energia desde terça-feira (3)
devido a incêndio em uma subestação de Macapá. As manifestações foram
reprimidas pela Polícia Militar.
Diante do caos em vários municípios amapaenses, a Justiça
Federal determinou que a empresa espanhola Isolux, responsável pela subestação,
restabeleça o fornecimento de energia elétrica sob o risco de multa de R$ 15
milhões. A estatal Eletrobras foi acionada para consertar os danos causados
pela empresa privada.
Trump, Bolsonaro e as fraudes eleitorais
Por Altamiro Borges
Jair Bolsonaro, o vira-lata sarnento de Donald Trump, copia
o presidente dos Estados Unidos em quase tudo. "Gripezinha",
"histeria da imprensa", "vacina chinesa". Geralmente, ele demora
uma semana para o plágio desavergonhado. Numa questão, porém, o derrotado dos EUA parece
copiar o panaca nativo: a denúncia de fraude eleitoral.
Em 9 de março de 2019, Bolsonaro bravateou: "Eu
acredito que, pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar
brevemente, eu tinha sido, eu fui eleito no primeiro turno, mas no meu entender
teve fraude. Temos não apenas palavra, temos comprovado, brevemente eu quero
mostrar".
O trumpismo foi legitimado e segue vivo
Após dias de suspense, a vitória de Joe Biden foi, enfim, anunciada, aliviando a angústia e os temores dos que repelem a degradação da política. No plano internacional, esse resultado alimenta a esperança na retomada do diálogo multilateral. Em princípio, pois, a transmissão de cargo no dia 20 de janeiro próximo não será uma mera troca de presidentes, como já não fora a de Obama por Donald Trump, como se viria depois.