terça-feira, 17 de novembro de 2020
Primos e ex-mulher naufragam com Bolsonaro
Por Altamiro Borges
O pé-frio do "capetão" nas eleições de domingo
(15) afundou até seus familiares. A revista Época relata que "Marcos
Bolsonaro, primo de Jair Bolsonaro, ficou no último lugar na disputa pela
Prefeitura de Jaboticabal, no interior de São Paulo. Marcos, que concorria pelo
PSL, recebeu 1.340 votos, apenas 4% do total".
Empresário do ramo farmacêutico, ele se definiu na campanha
como "patriota, conservador e cristão". O caroneiro também exibiu
imagens ao lado de outros nomes da extrema-direita, como Joice Hasselmann e
Júnior Bozzella. Mas o oportunismo do primo do presidente não seduziu os
eleitores da cidade do interior.
“Pé-frio”, Bolsonaro foi o grande derrotado
Num típico crime eleitoral, Jair Bolsonaro usou a estrutura do governo para fazer "lives" em defesa de vários candidatos. Ele até batizou de "horário eleitoral gratuito" do presidente. Agora, o pé-frio tenta esconder seu desastre nas urnas. O “capetão” foi o grande derrotado nas eleições municipais deste domingo (15).
Bolsonaro pediu voto para familiares e comparsas, exibiu santinhos e cartazes, distribuiu “colinhas” nas redes sociais e até gravou peças de campanha. Mas parece que a onda fascista sofreu um refluxo nas urnas. Segundo levantamento da revista Veja, "o resultado do esforço revelou-se uma decepção".
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
Bolsonaro indica mais um milico na Anvisa
A mídia especula que o clima azedou entre o capitão e os generais, que já falam em deixar o governo. Será? A cada dia, cresce o número de milicos no laranjal e avança o processo de militarização do Brasil. Na semana passada, Jair Bolsonaro nomeou mais um para a direção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo notinha da Folha, "o presidente indicou nesta quinta-feira (12) o tenente-coronel da reserva Jorge Luiz Kormann para ocupar uma vaga na diretoria da Anvisa. Para que possa ocupar o posto, ele precisará passar por sabatina no Senado" – o que já é dado como certo na atual relação fisiológica entre os poderes.
Derrota de Bolsonaro e a esquerda ampliada
Fechadas as urnas, o balanço das eleições municipais aponta algumas tendências claras...
1 - O PT se recupera parcialmente do desastre de 2016. Disputará segundo turno em duas capitais (Recife e Vitória), além de ter avançado em cidades de médio porte Brasil afora (Santarém, Juiz de Fora, Contagem, Feira de Santana, Guarulhos, Diadema, São Gonçalo, Caxias do Sul).
A imprensa conservadora, pela enésima vez, cantou o fim do PT, que não veio. Parece até o samba de Nelson Sargento: "agoniza mas não morre, alguém sempre te socorre...". No entanto, no balanço numérico de prefeituras e vereadores eleitos, o partido recuou mais um pouco.
Em Porto Alegre, Melo é Marchezan
Reprodução do Facebook de Manuela D'Ávila |
O povo de Porto Alegre escolheu mudar; deu um basta ao governo Marchezan Júnior/PSDB, que deixou a cidade abandonada, descuidada e promoveu enormes retrocessos culturais, econômicos e sociais.
O tucano é o primeiro prefeito da capital gaúcha que se candidata à reeleição e não alcança o 2º turno. Este resultado significa o rechaço da maioria da população à desastrosa gestão tucana na Prefeitura, que transformou a cidade num laboratório de inventos ultraliberais.
Lá como cá, desespero há
No dia 13 de novembro, a jornalista investigativa do New York Times, Jane Mayer, concedeu entrevista ao site Democracy Now.
Nos últimos anos, Jane se dedicou a investigar as escorregadelas e tropeções de Donald Trump.
Os eleitores de Bolsonaro diriam que a “capivara do Trump” é parruda, certamente tão parruda quanto aquela preenchida por rachadinhas e rachadonas da turma do Jardim das Milícias.
O rolo começa com o advogado de Trump, Michael Cohen, O causídico trumpista curte uma cana de três anos depois de ter sido apanhado pelo procurador Cyrus Vance Júnior com a mão na botija.
Por uma justa reforma tributária
Se a sociedade não se mobilizar, a reforma tributária proposta por Bolsonaro-Guedes promete tirar, a cada ano, R$ 32 bilhões dos trabalhadores com carteira assinada ao diminuir, de 8% para 6%, a contribuição patronal para o FGTS. (…) É hora de o Brasil reagir. Deixar a banda ou a boiada passar é enfiar o pescoço (e o bolso) na guilhotina.
A pandemia não apenas provocou crise sanitária no Brasil, mas aprofundou também a social. A pobreza aumenta. Dados divulgados pelo IBGE em 12/11 revelam que, em 2019, 51,7 milhões de brasileiros viviam na pobreza. Na extrema pobreza se encontravam 13,6 milhões de pessoas, com renda per capita inferior a R$ 151 mensais. Somos o nono país mais desigual do mundo.
Eleição nos EUA: Foi-se o original
Nunca uma eleição americana foi tão importante para nós. Nem é preciso explicar por quê. O brasileiro acompanhou a disputa nos Estados Unidos com um olho (ou dois!) cravados aqui no Brasil. Era como se estivéssemos diante de uma antevisão do drama que viveremos nas nossas próprias eleições presidenciais em 2022, momento em que o Trump tropical também tentará a sua reeleição.
domingo, 15 de novembro de 2020
Policiais e militares patinam nas eleições?
Inspirados pela vitória do "capetão" Jair Bolsonaro, centenas de policiais e militares se filiaram a várias siglas para disputar a eleição deste ano. O oportunismo, porém, parece que não rendeu bons resultados. Segundo garante o jornal Valor, os bolsonaristas da área de segurança não cativaram o eleitorado.
O levantamento do Valor tem como base as recentes pesquisas e foi focado na disputa para as prefeituras de capitais. Não leva em conta a eleição para vereador. O jornal registra que "até agora, os postulantes a prefeito que se apresentam como policiais, delegados, sargentos, coronéis e outras distinções do gênero patinam nas pesquisas".
As três tendências das eleições municipais
Não dá para confiar nas pesquisas eleitorais nem em períodos normais. Pior ainda em tempos de pandemia, de redes sociais e de fake news – só para citar alguns fatores desestabilizadores do voto. Mesmo assim, as mais recentes pesquisas parecem indicar três grandes tendências no pleito deste domingo (15):
1- O bolsonarismo não cativou o eleitorado e pode ser o maior derrotado nas urnas. Dos seis candidatos apoiados pelo "capetão" a prefeito nas capitais, quatro já naufragaram (São Paulo, Recife, Manaus e Belo Horizonte) e só dois ainda têm alguma chance de ir ao segundo turno (Rio de Janeiro e Fortaleza).
As cinco razões da irritação de Bolsonaro
Em sua coluna na revista Época, o jornalista Guilherme Amado
aponta alguns motivos que explicariam porque o presidente "saiu da
casinha", disparando a sua arminha verbal nestes dias. "O destempero de
Bolsonaro, que nunca se moderou de fato, apenas recolheu armas
estrategicamente, teve razão. Três razões, aliás", afirma.
A primeira, diz o colunista, é que "o presidente e os
seus aliados mais próximos sentiram a derrota de Donald Trump. O naufrágio do
strongman populista americano fez muitos apoiadores do presidente,
principalmente os não fanáticos, se questionarem se estão certos ao apoiar a
versão brasileira".
Sabará e as tranqueiras do partido Novo
Fundado em fevereiro de 2011, o Novo é um partido que já envelheceu. Só dá tranqueiras em seu interior, como o inepto governador mineiro Romeu Zema e o ministro das queimadas Ricardo Salles – este inclusive já foi chutado da sigla. Outro oportunista é o tal do Filipe Sabará, um quase candidato da sigla à prefeitura da capital paulista.
A Folha informa que "após ter sido expulso do Novo e ter desistido da candidatura a prefeito de São Paulo, Filipe Sabará decidiu colaborar com a campanha de Celso Russomanno (Republicanos)". O oportunismo rasteiro parece ser um requisito básico para ingressar na legenda de velhacos!
Demissões preparam privatização da Caixa
Enquanto o diversionista Bolsonaro volta a disparar a sua diarreia verbal – blefando sobre "pólvora" contra os EUA ou rosnando homofobia contra os "maricas" da Covid –, a pauta ultraneoliberal segue fazendo estragos na economia. Na semana passada, a Caixa Econômica Federal anunciou um novo plano de demissões.
A direção privatista do banco público abriu um novo PDV (plano de demissão voluntária) que objetiva ceifar 7.200 empregos, quase 10% do seu quadro de funcionários. Na prática, a dupla Bolsonaro-Guedes joga no desmonte desta instituição financeira indispensável aos brasileiros para favorecer os bancos privados.