Foto: Ricardo Stuckert |
Fernando Haddad fez algo que só o qualifica como político e ser humano.
Mostrou que a conveniência nunca pode ser mais importante que a dignidade.
Para Haddad, oriundo da classe média alta paulistana, bem acolhido em círculos acadêmicos e da elite, seria simples e envaidecedor continuar contando com uma coluna semanal na Folha.
Mas a atitude do jornal, que já tornava isso um exercício permanente de tolerância – obrigação, aliás, de homens públicos – chegou a termos intoleráveis no editorial da edição de segunda-feira passada, onde acusava seu colunista da baixeza de afirmar que o ex-prefeito defendia o direito de Lula candidatar-se à presidência porque estaria “esperançoso por uma nova chance” de acabar por substituí-lo na chapa, como em 2018.