Por Altamiro Borges
Até o Tribunal de Contas da União (TCU), sempre tão dócil com Jair Bolsonaro, já desconfia dos gastos no combate à pandemia da Covid-19. Na semana passada, o órgão afirmou que há indícios de ilegalidades no uso de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para a compra e distribuição de cloroquina e seus derivados e deu cinco dias de prazo para as explicações oficiais.
Não faltam motivos para desconfiança do TCU. Em pleno caos no Amazonas, com pessoas morrendo asfixiadas sem ter oxigênio nos hospitais, o governo federal enviou 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina em Manaus. O general-ministro Eduardo Pazuello, o patético “craque em logística”, torrou grana pública com um remédio sem comprovação científica.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021
Cadê o cartão de vacinação de Bolsonaro?
Por Altamiro Borges
Em 11 de janeiro passado, o juiz federal Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara Federal de Brasília, exigiu explicações do Palácio do Planalto sobre o sigilo de até cem anos decretado ao cartão de vacinação do presidente Jair Bolsonaro. O magistrado atendeu a uma ação popular da deputada federal Gleisi Hoffmann, presidenta do PT.
"Justamente pela controvérsia instaurada, é indubitável o interesse público na informação acerca do histórico de Jair Bolsonaro quanto à sua saúde e imunização, dado não se estar a tratar de um cidadão qualquer, mas do chefe de Estado e de governo da nação brasileira", justificou a parlamentar paranaense.
Em 11 de janeiro passado, o juiz federal Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara Federal de Brasília, exigiu explicações do Palácio do Planalto sobre o sigilo de até cem anos decretado ao cartão de vacinação do presidente Jair Bolsonaro. O magistrado atendeu a uma ação popular da deputada federal Gleisi Hoffmann, presidenta do PT.
"Justamente pela controvérsia instaurada, é indubitável o interesse público na informação acerca do histórico de Jair Bolsonaro quanto à sua saúde e imunização, dado não se estar a tratar de um cidadão qualquer, mas do chefe de Estado e de governo da nação brasileira", justificou a parlamentar paranaense.
Jornalões abafam carreatas contra Bolsonaro
Foto: Ricardo Moraes/Reuters |
Neste domingo (31), pelo segundo final de semana consecutivo, ocorreram carreatas e atos pelo impeachment do "capetão" Jair Bolsonaro em várias cidades. Os jornalões, porém, deram pouco destaque aos protestos. A Folha registrou apenas três atos e tentou estigmatiza-los. Já os jornais Estadão e O Globo deram notas minúsculas.
No oligárquico Estadão, que tem pavor das forças de esquerda, o registro foi curto e frio: "Manifestantes em frente ao Congresso Nacional criticaram a atuação do governo no combate à pandemia e pediram o impeachment de Jair Bolsonaro. Foram registradas também carreatas em São Paulo e no Rio de Janeiro". Ponto final!
domingo, 31 de janeiro de 2021
Greve dos caminhoneiros apavora Bolsonaro
O "capetão" Jair Bolsonaro, que já apoiou locaute de caminhoneiros para desestabilizar governos, está apavorado com a greve da categoria prevista para esta segunda-feira (1º). O farsante finge ceder às reivindicações do setor, ameaça reprimir e aposta na divisão da categoria. Apesar de tudo, o movimento cresceu nos últimos dias.
Segundo levantamento da CNN-Brasil, a paralisação "foi convocada pela Associação Nacional dos Transportes Autônomos do Brasil (ANTB), integrante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga (CNTRC). A ANTB representa cerca de 4.500 caminhoneiros em todo país". Na sequência, a própria CNTRC aderiu à greve.
Bolsonaro já insinua até recriar ministérios
Por Altamiro Borges
Na convenção do PSL que aprovou a candidatura de Jair Bolsonaro, em julho de 2018, o general Augusto Heleno cantarolou: "Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão". E teve otário que acreditou nessa bravata moralista. Hoje, o “capetão” cede tudo à turma de fisiológicos e pragmáticos do Centrão para se manter no poder. Até insinua que pode recriar três ministérios.
Nessa sexta-feira (29), em cerimônia oficial em Brasília, o presidente afirmou que vê "clima" para criar os novos cargos caso o governo vença a eleição para as presidências da Câmara Federal e do Senado. Foi uma típica oferta do "balcão de negócios". Pouco depois, diante da chiadeira – até de bolsominions menos tapados –, Jair Bolsonaro desdisse, como é do seu feitio.
MST: Em defesa da vida e da esperança!
Ilustração: Danila Silva |
Ancoradas e ancorados pela mística rebelde e cultivada com a cultura camponesa, a Coordenação Nacional do MST, no marco dos nossos 37 anos, reuniu-se de forma remota no período de 28 a 30 de janeiro de 2021, contando com cerca de 1000 delegadas e delegados de todo país, com o objetivo de analisar a conjuntura nacional, internacional, nos aprofundar no estudo da questão agrária, projetar a Resistência Ativa e a construção permanente da Reforma Agrária Popular.
Covas encerra licença médica no Maracanã
Reprodução do Twitter |
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), encerrou nesta sexta-feira (29) uma licença médica de 10 dias. Aparentemente recuperado, Bruno Covas foi um dos 5 mil torcedores autorizados a assistir à final da Copa Libertadores neste sábado (30), no Maracanã. De acordo com imagens e informações que circularam em redes e portais de notícias, a condição prevista pela Conmebol (confederação responsável pela competição) não parece ter sido cumprida. Para admitir essa cota de convidados no estádio, a entidade exigia distanciamento para evitar aglomeração.
A maior façanha de Bolsonaro (por enquanto)
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:
Aprendi, ainda menino, que é essencial reconhecer características e até mesmo eventuais qualidades tanto em adversários como em inimigos. Esse reconhecimento é essencial na hora de planejar o combate.
Acontece que quando se trata de enfrentar alguém irremediavelmente desequilibrado, um primata sociopata, garimpar qualidades é tarefa quase que impossível. Características, tudo bem. Mas qualidade, e ainda mais eventuais façanhas...
Eis porém que, de repente, ao repassar a semana pela memória, percebo que está sendo cometida uma injustiça enorme com Jair Messias.
Despenca, e isso a cada hora, uma avalanche de críticas contundentes contra ele e o general da ativa do Exército, Eduardo Pazuello, seu cúmplice no maior genocídio jamais cometido em nosso país e um dos maiores do mundo ao longo de pelo menos o último século.
Aprendi, ainda menino, que é essencial reconhecer características e até mesmo eventuais qualidades tanto em adversários como em inimigos. Esse reconhecimento é essencial na hora de planejar o combate.
Acontece que quando se trata de enfrentar alguém irremediavelmente desequilibrado, um primata sociopata, garimpar qualidades é tarefa quase que impossível. Características, tudo bem. Mas qualidade, e ainda mais eventuais façanhas...
Eis porém que, de repente, ao repassar a semana pela memória, percebo que está sendo cometida uma injustiça enorme com Jair Messias.
Despenca, e isso a cada hora, uma avalanche de críticas contundentes contra ele e o general da ativa do Exército, Eduardo Pazuello, seu cúmplice no maior genocídio jamais cometido em nosso país e um dos maiores do mundo ao longo de pelo menos o último século.
Bolsonaro acena com xêpa de cargos
Por Fernando Brito, em seu blog:
Depois de promover uma “farra de emendas” para ganhar votos na eleição da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro acena agora aos deputados com um lote de ministérios – Esporte, Cultura e Pesca – para sacramentar o que parece ser a maioria de votos que conseguiu por lá.
É provável, mesmo, que tenha esta maioria e que Rodrigo Maia venha a pagar por ter caminhado tanto tempo sobre o muro em relação ao governo, mas isso aí é café pequeno para os apetites que o Centrão pretende satisfazer com a eleição de Artur Lira à cadeira de mando da Câmara.
O que eles querem, mesmo, é o Ministério da Cidadania e sua Bolsa Família, de preferência turbinado por um novo benefício emergencial. A Saúde, outro pomo do desejo, não é para agora: é uma “fria” com pandemia, cloroquina e falta de ar na sala.
Depois de promover uma “farra de emendas” para ganhar votos na eleição da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro acena agora aos deputados com um lote de ministérios – Esporte, Cultura e Pesca – para sacramentar o que parece ser a maioria de votos que conseguiu por lá.
É provável, mesmo, que tenha esta maioria e que Rodrigo Maia venha a pagar por ter caminhado tanto tempo sobre o muro em relação ao governo, mas isso aí é café pequeno para os apetites que o Centrão pretende satisfazer com a eleição de Artur Lira à cadeira de mando da Câmara.
O que eles querem, mesmo, é o Ministério da Cidadania e sua Bolsa Família, de preferência turbinado por um novo benefício emergencial. A Saúde, outro pomo do desejo, não é para agora: é uma “fria” com pandemia, cloroquina e falta de ar na sala.
O ano que não quer ir embora
Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:
Ou o planeta que parou de girar no falso documentário 'Morte a 2020'
Já houve um ano, o de 1968, que não conseguiu, na sua época, desaparecer para ser esquecido.
O ano do famigerado A-I5 no Brasil é histórico e acabou eternizado num livro clássico que o consagrou para sempre. Agora, 2020 segue na mesma direção: estrebucha, e também por motivos funestos se perpetua.
Registrado num pequeno filme de 70 minutos, Death to 2020, traduzido como 2020 Nunca Mais é uma das produções da Netflix mais acessadas neste mês de janeiro - provavelmente pela necessidade de distensão das platéias, de rir ou pelo menos de sorrir um pouco, assaltados que estamos por eventos sombrios, por dois vírus - corona e política federal - há um/ dois anos.
Ou o planeta que parou de girar no falso documentário 'Morte a 2020'
Já houve um ano, o de 1968, que não conseguiu, na sua época, desaparecer para ser esquecido.
O ano do famigerado A-I5 no Brasil é histórico e acabou eternizado num livro clássico que o consagrou para sempre. Agora, 2020 segue na mesma direção: estrebucha, e também por motivos funestos se perpetua.
Registrado num pequeno filme de 70 minutos, Death to 2020, traduzido como 2020 Nunca Mais é uma das produções da Netflix mais acessadas neste mês de janeiro - provavelmente pela necessidade de distensão das platéias, de rir ou pelo menos de sorrir um pouco, assaltados que estamos por eventos sombrios, por dois vírus - corona e política federal - há um/ dois anos.
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