domingo, 21 de fevereiro de 2021

Os exageros nos 100 anos da Folha de S.Paulo

Por Altamiro Borges


O jornal Folha de S.Paulo completou nesta sexta-feira (19) 100 anos de existência. Impedido de realizar eventos de maior pompa em função da pandemia e também da própria crise do seu modelo de negócios, o diário usou seus espaços – virtuais e de papel – para se jactar dos seus feitos. Haja exagero!

Em editorial, que deu a linha para o restante das matérias e comentários, a Folha se vangloriou do centenário: "Em qualquer atividade, são poucas as organizações, públicas ou privadas, que chegam à marca. Menos ainda as que têm como atividade o jornalismo profissional, em sua vertente crítica".

Deixando de mencionar os vínculos na origem com a oligarquia reacionária de São Paulo ou seu papel nefasto no golpe militar de 1964 e no apoio aos generais "linha dura", a Folha registra que só "ganhou relevo nacional" na campanha pelas diretas-já, em 1984. O jornal seria um baluarte da democracia. Risível!

Terrorista Sara Winter abandonou Bolsonaro?

O futuro do movimento sindical

Quem prenderá os generais?

Por Manuel Domingos Neto e Roberto Amaral

Visitávamos Wanderley Guilherme dos Santos em meados de 2018. Ao saber que generais articulavam a campanha eleitoral de Bolsonaro, inclusive com envolvimento da “família militar”, Wanderley disse que daria voz de prisão se um deles lhe falasse algo neste sentido.

A lembrança nos ocorre quando o general Villas Bôas confirma, em depoimento colhido por Celso Castro (FGV), que, apoiado no Alto Comando do Exército, constrangeu o STF e afastou o candidato favorito.

A cúpula militar sabotou as eleições em benefício próprio. Seus integrantes assumiram importantes cargos no governo que ajudaram a eleger; seus protegidos foram agasalhados na administração pública. Contam-se aos milhares.

Militar que intimida juiz deve ser julgado e preso, assim como o magistrado que não se dá ao respeito.

Judiciário, Legislativo e a democracia

Editorial do site Vermelho:


A decisão da Câmara dos Deputados sobre a manutenção da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender em flagrante por crime inafiançável o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) tem importância que transcende o caso propriamente dito. Houve um alinhamento dos Poderes Judiciário e Legislativo na defesa do Estado Democrático de Direito, um enérgico pronunciamento contra mais esse arreganho do bolsonarismo. O resultado de 364 votos favoráveis à manutenção da prisão e apenas 130 votos contra foi importante, posto que neste episódio o golpismo bolsonarista ficou isolado, execrado e punido.

Pazuello e o cronograma fictício de vacinação

Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:

O general do Ministério da Saúde, mal acostumado com os tempos de caserna, quando o general fala qualquer coisa e cabo bate continência, imaginou que poderia divulgar e mandar pro noticiário um cronograma fictício de vacinação no Brasil, que iria passar quieto por todos sem provocar uma profunda reação.

Isso foi motivado pelo documento apresentado, divulgando o cronograma fictício de entrega de vacinas pelo ministério que, até hoje, só contratou duas vacinas para o país, se omitindo ou negando a oferta de 70 milhões de doses de vacinas da Pfizer, a oferta da Johnson com a vacina Jansen, a oferta da Moderna e a oferta da Sputinik V, que desde junho do ano passado procura o governo federal pra construir uma parceria sólida principalmente da vacina aqui no Brasil.

General na Petrobras: muito além do diesel

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não é uma mudança no comando da Petrobras, apenas.

A entronização do general Joaquim Luna e Silva na presidência da empresa. com a missão definida de “segurar” os preços dos combustíveis, é um marco cravado numa trajetória, que não é nova, de transformar endividamento em politica econômica.

À demagogia arrogante do “este ano zeramos o déficit e em 2020 já teremos superavit” com que Paulo Guedes estreou no Governo, à situação atual, na qual não temos nem onde cortar míseros R$ 30 bilhões para estender, como necessário, o auxílio emergencial pela pandemia.

Exército como facção partidária antipetista

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A confissão do general Villas Bôas sobre o ultimato do Alto-Comando do Exército à Suprema Corte para impedir ilegalmente a liberdade e a candidatura presidencial do Lula em 2018 é acompanhada de revelações que evidenciam a deturpação da atuação do Exército.

A geração de generais no comando nos últimos anos, originária das turmas AMAN 1971 a 1980, se caracteriza pela atividade conspirativa e pela condução do Exército não como instituição permanente de Estado, mas como um órgão faccional, politizado e partidarizado.

O livro-confissão “General Villas Bôas: conversa com o comandante” [Celso Castro/FGV, 2021] evidencia a intoxicação do Exército Brasileiro pelo pensamento reacionário, antipetista e ultraliberal.

Os desdobramentos do caso Daniel Silveira

Por Bepe Damasco, em seu blog:


1) Ficou claro que o caminho de Bolsonaro para implantar um regime autoritário no Brasil não será propriamente um passeio no parque. Mesmo contando potencialmente para uma aventura golpista com o apoio de milicianos, boa parte das polícias militares e civis, além de contingentes das forças armadas e da PF, o que vem sendo visto até agora é o recuo de Bolsonaro sempre que as instituições batem o pé.

2) Entre 25% e 30% da população brasileira aplaudiriam o conteúdo da fala do troglodita preso. Esses seres das trevas conterão a disseminação do ódio e a pregação antidemocrática nas redes sociais, e eventualmente nas ruas, ou dobrarão a aposta, tentando emparedar Bolsonaro por ter atirado o deputado aliado ao mar? A conferir.

E os ministérios da Fazenda e Planejamento?

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:


Muitas vezes, algumas mudanças de natureza política e institucional ocorrem para a boa direção, mas se dão por vias tortas. Esta parece ser a realidade do início do segundo biênio do mandato de Jair Bolsonaro. Desde a época da campanha eleitoral de 2018, o capitão prometia mundos e fundos no que se refere à configuração de seu governo. A identificação de um profundo descontentamento da população para com os rumos seguidos pelo país e com a forma como se desenvolvia a política de forma geral, abriu caminho para propostas do tipo panaceia, que iam desde a suposta ruptura com a forma fisiológica de governar junto ao Congresso Nacional até a liberalização geral da posse de armas para a população.

Desgoverno Bolsonaro e a política da caverna

Por Ricardo Antunes, no site A terra é redonda:

“Finalmente, a ralé da sociedade burguesa constituiu a sagrada falange da ordem e o herói Crapulinski se instaura nas Tulherias como o “salvador da sociedade”. (Marx, O 18 Brumário).

1.

Bolsonaro apresentou-se, durante a campanha eleitoral de outubro de 2018, como sendo um “radical” crítico do “sistema”, embora seja sua autêntica criação, onde nasceu e proliferou. O mesmo “sistema”, vale dizer, que foi responsável pelo golpe parlamentar em 2016.

Aproveitando-se de uma conjuntura internacional favorável, bem como de contingências internas que muito lhe beneficiaram no período imediatamente anterior às eleições presidenciais, o inesperado acabou por acontecer. A “contarrrevolução preventiva”, para recordar Florestan Fernandes,[1] que estava em curso desde o golpe que levou Temer ao poder, acabou por abrir o caminho para o trágico desfecho nas eleições em 2018.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

'Damares da Goiabeira' ataca direitos humanos

O deputado fascista e o general Villas Bôas

STF, os militares e o deputado bolsonarista

Juristas cobram código de ética da Globo

Daniel Silveira está a serviço de Bolsonaro

O perigo de Bolsonaro armar o "seu povo"

Saúde mental em tempos de pandemia

Bolsonaro e o preço de combustível

Por que Ratinho quer intervenção militar