terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

O preso Daniel Silveira “gravou” Bolsonaro?

Por Altamiro Borges

O jornal Estadão deve ter espalhado o pânico em Brasília nessa terça-feira (23): "O deputado Felício Laterça (PSL-RJ) disse que seu colega Daniel Silveira (PSL-RJ) – que está preso – gravou, clandestinamente, conversas com autoridades, como o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ)", afirma uma venenosa matéria.

Pode até ser bravata, puro terrorismo no campo minado que virou o PSL, mas a notícia gerou temores. Afinal, o ex-policial do Rio de Janeiro – inúmeras vezes preso e processado pela corporação militar – é famoso por gravar conversas e fazer chantagens. Ele sempre foi um mau caráter, segundo ex-colegas de farda e de bancada parlamentar.

Bolsonaro despenca na pesquisa CNT/MDA

Por Altamiro Borges

Bolsonaro segue derretendo em todas as sondagens de opinião – o que talvez explique o seu nervosismo com o descontrole da Petrobras. Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (22) mostra que a avaliação positiva do governo e a aprovação do desempenho pessoal do presidente tiveram queda significativa desde outubro do ano passado.

No período de outubro a fevereiro, segundo a sondagem, os que consideram o governo ótimo ou bom caíram de 41,2% para 32,9% – queda de quase dez pontos percentuais. Já os que afirmam que o governo é ruim ou péssimo subiram de 27,2% para 35,5%. Aqueles que classificam a gestão como regular oscilaram na margem de erro, de 30,3% para 30,2%.

Atraso na vacinação é culpa de Bolsonaro

O "Centrão" quer dar sobrevida a Guedes?

Por Fernando Brito, em seu blog:

Como nada é impossível neste Congresso avassalado pelo apetite do ‘centrão’ e pela destruição dos partidos políticos, que mídia e Judiciário, com Sergio Moro de porta-bandeira, promoveram, não é impossível que se consume o golpe planejado para a quinta-feira: eliminar as vinculações de gastos obrigatórios do país em Saúde e Educação, sob a chantagem de que, de outra forma, não haveria como pagar o novo auxílio-emergencial por conta da pandemia.

A Petrobras e o labirinto de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


Vai passando o tempo, e o presidente Jair Bolsonaro começa a ficar sem bravatas para tentar justificar os preços abusivos os combustíveis sob seu governo. Na maioria dos estados, o litro da gasolina já ultrapassou o valor de R$ 5, acumulando alta de 25,7% desde maio de 2020, conforme o Índice de Preços Ticket Log (IPTL).

O etanol também sofre com altas seguidas de preços e chega a custar mais de R$ 4,50 o litro, em algumas regiões. Além disso, um botijão de gás de cozinha de 13 kg é vendido, hoje, a um preço-médio de R$ 90 – o que força famílias mais pobres a retrocederem a expedientes como o fogão a lenha.

Num único dia, em 18 de fevereiro, a Petrobras anunciou um aumento recorde de 15,2% para o diesel e de 10,2% para a gasolina. Para tentar acalmar categorias como os caminhoneiros, Bolsonaro isentou combustíveis de impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins). Mas o efeito foi insignificante – uma redução de apenas 15% no preço da gasolina e 9% no do gás.

Forças Armadas: guerra de ocupação do Brasil

Por Jeferson Miola, em seu blog:


O Brasil está submetido a uma guerra. É uma guerra de tipo diferente, que combina fatores convencionais com dispositivos da guerra híbrida.

Outra diferença, e mais fundamental, além disso, é que não houve invasão e ocupação do território brasileiro por nenhum exército estrangeiro.

Não foi necessário que os norte-americanos invadissem o Brasil como fizeram com o Iraque e Afeganistão. Aqui, as próprias Forças Armadas brasileiras, em especial o Exército, atuam como força de ocupação que coordena o ataque e a repartição do butim de guerra.

Sobram evidências para se desfazer o mito – ou a ilusão – acerca da existência de generais profissionais, nacionalistas, competentes e patriotas. Trata-se de uma geração formada na cultura da conspiração e da tutela da democracia, inspirada ideologicamente na extrema-direita estadunidense, e que não se curva à democracia e ao poder civil.

Vem aí a "autonomia" do Banco Central?

O que é violência política de gênero?

Banco Central: passando a boiada

Lawfare: O caso Lula

O que não falam sobre o russo Alexéi Navalny

Dallagnol: "Não tenho vergonha na cara"

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Onyx Lorenzoni é perdoado pelo STF

Por Altamiro Borges

Após ter sido perdoado pelo juizeco Sergio Moro e até por Deus – segundo jurou em entrevista –, o capacho bolsonarista Onyx Lorenzoni agora é “absolvido” pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste fim de semana, o ministro Marco Aurélio Mello homologou o acordo que livra o falso moralista de investigação sobre uso de Caixa-2 em campanhas eleitorais.

Em agosto passado, o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência admitiu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que recorreu à “recursos não contabilizados” na sua eleição para deputado federal pelo DEM do Rio Grande Sul. Em troca de não ser alvo de uma ação penal, ele se comprometeu a pagar R$ 189.145,00 como multa.

Pastora Flordelis “perdoou” Daniel Silveira

Por Altamiro Borges


A deputada-pastora Flordelis dos Santos, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o também pastor Anderson do Carmo, não participou da votação sobre a prisão do miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ), na sexta-feira passada (19). A ausência da neopentecostal-bolsonarista não salvou o miliciano-bolsonarista do inferno.

Segundo o jornal Extra, a parlamentar alegou problemas de saúde. “Por força de todo nervosismo com minha situação jurídica e política atual e do estresse que o momento me ocasiona, fui tomada por um mal súbito (ainda sequelas de um AVC), que me obrigou a buscar ajuda médica", justificou a deputada, que atualmente não goza de muita credibilidade.

Os perigos da reforma cambial

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Houve algum debate, embora tardio e insuficiente, sobre o projeto de lei que concedeu autonomia formal ao Banco Central do Brasil (Projeto de Lei Complementar 19 de 2019). Ainda mais limitada tem sido a discussão de outro projeto de lei que diz respeito ao Banco Central, também aprovado pela Câmara no início de fevereiro – o que dispõe sobre o mercado cambial (Projeto de Lei 5.387, de 2019), apelidado por alguns críticos como o projeto da “farra cambial”. É deste segundo, que traz ampla reforma do marco legal do mercado cambial, que pretendo tratar neste artigo.