sexta-feira, 16 de abril de 2021
A tragédia brasileira assombra o mundo
Capa do 'Libération' de 15/4 (Reprodução) |
Quando diferentes atores se uniram à mídia, em 2016, para afastar a presidente Dilma Rousseff, num processo de impeachment sem crime de responsabilidade, abriu-se a caixa de Pandora.
Nos cinco anos que se passaram, o país não parou de correr em direção ao abismo.
Agora, o mundo está em estado de alerta para o “risco Brasil”.
O país se tornou uma prisão a céu aberto para 215 milhões de brasileiros que não têm o direito de sair do país pois se tornaram um perigo para o resto da humanidade.
Vale a pena sonhar
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Este título do livro autobiográfico de Apolônio de Carvalho, um gigante na luta por liberdade e igualdade, emoldura com perfeição o sentimento experimentado por mim no dia seguinte à decisão do plenário do Supremo.
A anulação de todas as condenações de Lula pela quadrilha da Lava Jato de Curitiba é daqueles fatos épicos, cuja importância histórica será objeto de análise de pesquisadores desta e das próximas gerações.
Por ora, cabe assinalar que essa é uma vitória de todos os democratas e lutadores políticos e sociais que travaram o bom combate nas ruas, nas redes, nos partidos do campo popular e sindicatos, nas escolas e universidades, na imprensa contra-hegemônica e nas entidades da sociedade civil.
A anulação de todas as condenações de Lula pela quadrilha da Lava Jato de Curitiba é daqueles fatos épicos, cuja importância histórica será objeto de análise de pesquisadores desta e das próximas gerações.
Por ora, cabe assinalar que essa é uma vitória de todos os democratas e lutadores políticos e sociais que travaram o bom combate nas ruas, nas redes, nos partidos do campo popular e sindicatos, nas escolas e universidades, na imprensa contra-hegemônica e nas entidades da sociedade civil.
O sindicalismo e os dois Brasis
Por João Guilherme Vargas Netto
Não me refiro aos dois Brasis de Jacques Lambert – um país desenvolvido e um país subdesenvolvido – nem à casa grande e à senzala da Belíndia.
Refiro-me aos dois Brasis de hoje, um deles o Brasil dos brasileiros, dos milhões que sofrem desamparados a pandemia e se desesperam com ela e o Brasil dos políticos, dos que passam a boiada e alimentam as pautas diversionistas na mídia grande.
É o Brasil real, com suas necessidades e para o qual a VIA seria o caminho contraposto ao Brasil de costas para si próprio, encharcado das águas de Brasília e aprisionado em seus rolos sucessivos.
Infelizmente esta bolha política escandalosa contamina e perverte a própria oposição atônita e desorientada frente a cada novidade que aparece.
Não me refiro aos dois Brasis de Jacques Lambert – um país desenvolvido e um país subdesenvolvido – nem à casa grande e à senzala da Belíndia.
Refiro-me aos dois Brasis de hoje, um deles o Brasil dos brasileiros, dos milhões que sofrem desamparados a pandemia e se desesperam com ela e o Brasil dos políticos, dos que passam a boiada e alimentam as pautas diversionistas na mídia grande.
É o Brasil real, com suas necessidades e para o qual a VIA seria o caminho contraposto ao Brasil de costas para si próprio, encharcado das águas de Brasília e aprisionado em seus rolos sucessivos.
Infelizmente esta bolha política escandalosa contamina e perverte a própria oposição atônita e desorientada frente a cada novidade que aparece.
A pandemia da fome
Por Frei Betto, em seu site:
Não bastasse o genocídio promovido pelo governo Bolsonaro, favorecendo a infecção de 15 milhões de pessoas e a morte de 350 mil no Brasil, muitas delas asfixiadas em casa ou na fila de hospitais por falta de leitos, o povo brasileiro se vê, agora, diante de outro fator letal: a fome.
Em dezembro de 2020, de 213 milhões de brasileiros, 19 milhões literalmente não tinham o que comer. E 117 milhões não sabiam o que haveriam de comer no dia seguinte, sobreviviam em insegurança alimentar. Os dados são da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania Alimentar e Nutricional.
Basta olhar para as ruas do Brasil para constatar, tristemente, como é atual o poema “O bicho”, de Manuel Bandeira (1947): “Vi ontem um bicho / na imundície do pátio / catando comida entre os detritos. / Quando achava alguma coisa, / não examinava nem cheirava: engolia com voracidade. / O bicho não era um cão, / não era um gato, / não era um rato. / O bicho, meu Deus, era um homem.”
Não bastasse o genocídio promovido pelo governo Bolsonaro, favorecendo a infecção de 15 milhões de pessoas e a morte de 350 mil no Brasil, muitas delas asfixiadas em casa ou na fila de hospitais por falta de leitos, o povo brasileiro se vê, agora, diante de outro fator letal: a fome.
Em dezembro de 2020, de 213 milhões de brasileiros, 19 milhões literalmente não tinham o que comer. E 117 milhões não sabiam o que haveriam de comer no dia seguinte, sobreviviam em insegurança alimentar. Os dados são da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania Alimentar e Nutricional.
Basta olhar para as ruas do Brasil para constatar, tristemente, como é atual o poema “O bicho”, de Manuel Bandeira (1947): “Vi ontem um bicho / na imundície do pátio / catando comida entre os detritos. / Quando achava alguma coisa, / não examinava nem cheirava: engolia com voracidade. / O bicho não era um cão, / não era um gato, / não era um rato. / O bicho, meu Deus, era um homem.”
Kassio Conká pouco se lixa para coerência
Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:
Já escrevi que Kassio Conká seria, juntamente com Dias Toffoli, o pior ministro do STF. Ledo engano!
Hoje me penitencio, de chicotinho nas costas.
Kassio Conká não apenas não é o derradeiro da fila, como se agiganta a cada dia no proscênio de nossa Suprema Corte.
Kassio Conká tem a nobreza dos valentes que não temem o pior dos perigos humanos, o ridículo.
Kassio Conká sabe perfeitamente com que objetivo foi nomeado, sabe quem o indicou, sabe não ter predicado intelectual algum para vestir a toga e nesse conjunto de atributos reside sua grandeza.
Kassio Conká pouco se lixa para coerência jurídica, normas constitucionais ou letra da lei. É capaz de alegar ausência de direito de defesa em julgamento de um habeas corpus.
Já escrevi que Kassio Conká seria, juntamente com Dias Toffoli, o pior ministro do STF. Ledo engano!
Hoje me penitencio, de chicotinho nas costas.
Kassio Conká não apenas não é o derradeiro da fila, como se agiganta a cada dia no proscênio de nossa Suprema Corte.
Kassio Conká tem a nobreza dos valentes que não temem o pior dos perigos humanos, o ridículo.
Kassio Conká sabe perfeitamente com que objetivo foi nomeado, sabe quem o indicou, sabe não ter predicado intelectual algum para vestir a toga e nesse conjunto de atributos reside sua grandeza.
Kassio Conká pouco se lixa para coerência jurídica, normas constitucionais ou letra da lei. É capaz de alegar ausência de direito de defesa em julgamento de um habeas corpus.
quinta-feira, 15 de abril de 2021
CPI da Covid leva Guedes para UTI
Por Fernando Brito, em seu blog:
Há um homem à procura de uma porta de saída e ele é o ex-todo-poderoso Ministro da Economia, Paulo Guedes.
Está plantando nos jornais que considera deixar o posto, que já não é Ipiranga, se Jair Bolsonaro sancionar sem vetos o Orçamento, como quer o Centrão.
É o que faz, hoje, na capa do Estadão, em reportagem cheia de offs.
Guedes é um homem de temperamento e práticas autoritárias, incapaz de articular-se politicamente.
Conseguiu ter problemas na reforma da Previdência até com Rodrigo Maia, talvez o deputado mais alinhado com os cortes de direitos sociais que o ministro pretendia.
Está plantando nos jornais que considera deixar o posto, que já não é Ipiranga, se Jair Bolsonaro sancionar sem vetos o Orçamento, como quer o Centrão.
É o que faz, hoje, na capa do Estadão, em reportagem cheia de offs.
Guedes é um homem de temperamento e práticas autoritárias, incapaz de articular-se politicamente.
Conseguiu ter problemas na reforma da Previdência até com Rodrigo Maia, talvez o deputado mais alinhado com os cortes de direitos sociais que o ministro pretendia.
STF confirma: Lula segue elegível
Foto: Ricardo Stuckert |
O Supremo Tribunal Federal (STF) decretou, no início da noite desta quinta-feira (15), por 8 votos a 3, a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba no julgamento sobre decisão liminar do ministro Edson Fachin nesse sentido, anulando assim as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato. Com isso, Lula se mantém elegível. Fachin, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso votaram a favor de anular os julgamentos. Nunes Marques, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux foram votos vencidos.
Fortalecer a CPI, derrotar Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
Não são poucos os interesses – nem serão poucas as batalhas – em torno da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, instalada na terça-feira (13), no Senado Federal, para apurar a conduta da gestão Jair Bolsonaro no combate à pandemia. Escândalos como o descaso do governo federal ante o colapso da saúde no Amazonas, no começo do ano, poderão ser investigados e esclarecidos a fundo, expondo ainda mais o caráter genocida do bolsonarismo.
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